Modified By Disappointments escrita por Amanda Katherine


Capítulo 16
Primeira desilusão.


Notas iniciais do capítulo

yoooo minnaaaaaa... espero que gostem. Beijoos.



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    Depois que os pombinhos voltaram da floresta, era até estranho de ver o chamego dos dois. Mas era bonitinho. Nos arrumamos para dormir, uma picape ao lado da outra. Justin se deitou ao meu lado e me abraçou forte. Olhei para o céu e foi a coisa mais linda que eu já vira. Milhões de estrelas, só deixava tudo mais lindo e romântico.

— Dominik? – chamou Justin.

— Que é? – respondeu cheio de preguiça.

— Já imaginou o que serão aqueles pontos brilhantes lá em cima? – disse se referindo às estrelas.

— Ah Justin... eu não imagino, eu sei! – respondeu cheio de vanglória.

— É? O que são? – respondeu com curiosidade.

— São vagalumes. – disse Dom e nós rimos. – Vagalumes que ficaram grudados naquela... coisa grande azul escura.

— Oh. – disse Justin e riu. – Eu sempre pensei que fossem bolas de gás estourando a bilhões de quilômetros daqui.

— Justin... pra você, só existe gás.

   A essa hora, nós parecíamos um bando de hiena rindo. Eles fizeram a peça de Rei Leão.

— Vocês armaram isso? Seus trapaceiros. – disse Sylwia socando o braço de Dominik de leve.

— Juro que não, se tivéssemos armado, não sairia tão certo. – disse Justin.

— Vocês são uma peça. – disse rindo.

......

   A manhã estava linda, nem o sereno nos incomodava, pois Justin e Nick fizeram uma tenda com umas lonas em cima da picape. Eu era provavelmente a única que estava acordada. Me levantei com cuidado para não acordar Justin. Peguei minhas coisas de higiene e caminhei até a beirada do rio. Me ajoelhei ali e lavei meu rosto com aquela agua duramente gelada. Abri a garrafa de agua e despejei no copo e escovei meus dentes.

    Tudo ali estava tão surreal, eu nunca poderia imaginar que isso um dia poderia acontecer, eu me sentia tão leve, mas ainda assim, insegura. Tenho medo de acordar no outro dia e tudo voltar ao normal.

   Sylwia e Dominik se tornaram tão importantes para mim, eu nunca poderia sequer imaginar em ter dois melhores amigos assim como eles, que agora são meus irmãos.

  Eles me apoiaram até quando eu disse que ainda gostava de Justin. Ao invés de me dar um peteleco na cabeça. Eles nunca me julgaram, nunca me questionaram, foi muito pelo contrário, eles me deram forças quando eu mais precisei, quando todos haviam me virado as costas.

   Quando eu sentia que estava perdendo tudo e todos, eu também sentia que estava os ganhando. De alguma maneira, sinto que tenho uma dívida pendente com eles. Sei que não deveria sentir isso, pois amigos não cobram por estar ao lado do outro nas horas difíceis, mas eu realmente sinto que devo estar ali para eles também, e é exatamente isso que irei fazer.

   Minha vida teve que ter uma grande reviravolta para agora estar se encaixando perfeitamente, e sinto que ainda há muitas voltas a ser dada até se encaixar. Como um cubo magico.

— Que milagre, a princesa acordou cedo.

— Meu Deus Justin, que susto. – disse pondo a mão em cima do peito.

— Está uma manhã boa não?

— Sim, quero aproveitar cada detalhe daqui, para levar comigo para sempre. – sorri olhando para o rio.

— Quando estivermos velhinhos, você pode contar nossa história à nossos netos e bisnetos. – disse Justin me abraçando por trás.

    Não disse mais nada, apenas sorri, aquelas palavras de certa forma me confortaram, me fez ter esperança de que Justin e eu não nos separaríamos nunca.

— Justin...?

— Hm?

— Eu te amo, e tenho medo de te perder...

— Não vai ser tão fácil você se livrar de mim. – disse beijando meu pescoço e me apertando em seus braços.

— É sério bobo. – disse sorrindo. – É sério... eu sinto que algo ruim vai acontecer... isso me deprime.

— Nada vai acontecer minha princesa, porque eu sempre vou estar aqui pra te proteger. Nós vamos proteger um ao outro. Eu também te amo muito. – ouvir aquilo fazia meu coração saltar, como se fosse a primeira vez que estava perto de Justin. Em seus braços, mas mesmo assim, aquele pressentimento ruim permanecia dentro de mim, cavando um buraco cada vez mais fundo.

    Me virei para o mesmo e olhei em seus olhos, os mesmos que um dia me fizeram chorar, hoje é o motivo dos meus sorrisos. Justin é tão doce, meigo, amável, muito diferente de antes. Se eu nunca o conhecesse melhor, iria pensar pra sempre que ele era um insensível. Ainda bem que o conheci. E hoje posso dizer que sou feliz.

....

   O dia passou rápido, fizemos várias atividades e comemos muitas besteiras, até nadamos. Mas infelizmente chegou hora de voltar pra casa. Afinal, hoje é o grande dia do baile. Só de pensar chega a gelar toda minha espinha. Eu ainda considerava a opção de não ir.

   Já era quatro e meia, cinco e meia eu e Sylwia tínhamos cabeleireiro, o baile começaria às sete. Já em casa, fiz um suco para Dom e Sylwia, Justin subiu para tomar um banho.

— Então em... – disse rindo enquanto sentava no sofá para conversar com eles. – Quem diria.

— Ai Demi... – disse Sylwia escondendo seu rosto atrás de Dom.

— Quando vocês se conheceram eu já sabia que ia rolar. – disse convicta.

— Eu também... Eu pensei: essa rosada tem que ser minha. – disse Dom se gabando.

— Ai seu bobo. – Sylwia complementou, dando-lhe um leve tapa no braço. – Mas então Demi, já resolveu o que vai fazer sobre aquele assunto?

— Ah, se for sobre Jack... eu não consigo tira-lo da cabeça. Está tudo tão confuso. Dia e noite, noite e dia e eu ainda não consegui encontrar uma resposta pra ele. É deprimente porque eu o queria aqui do meu lado mais que tudo... Eu o amo tanto...

— Não posso dizer que te entendo porque eu não perdi ninguém, mas eu sei que esta doendo muito. – disse Sylwia.

— Sim, mas ainda bem que eu tenho Dom que está sendo como um irmão para mim. Assim eu não sinto tanta falta e necessidade de Jack. Estou sendo suprida da melhor forma possível por vocês dois... Obrigada.

....

Justin Pov’s.

   Tenho que admitir que desde quando comecei a ficar com a Demi, minha vida mudou de cabeça para baixo, cada vez que a vejo, meu coração palpita, mesmo sabendo que ela já é minha. Antes, eu sentia tanta raiva dela, não sei o porque, mas eu gostava de implicar com ela, fazer ela ficar irritada e com as bochechas vermelhinhas, mas tudo perdia a graça quando eu olhava para seus olhos e via a tristeza estampada nele, e pensar que o causador daquilo era eu...

    Mas agora é tudo diferente, Demi me ama, me aceitou do jeito que sou, e eu a amo também... Da minha maneira, mas amo. Sinto que ela é a mulher da minha vida. E vou fazer de tudo para preservar isso.

   Acabo de sair do banho e coloco um shorts qualquer e uma camiseta, caminho pelo corredor para descer as escadas, mas escuto eles conversando, e paro no topo assim que vejo sobre o que era a conversa.

— Ai seu bobo. – Sylwia diz envergonhada, não sei por que. –Mas então Demi, já resolveu o que vai fazer sobre aquele assunto?

— Ah, se for sobre Jack... eu não consigo tira-lo da cabeça. – O QUE? – Está tudo tão confuso. Dia e noite, noite e dia e eu ainda não consegui encontrar uma resposta pra ele. É deprimente porque eu o queria aqui do meu lado mais que tudo... Eu o amo tanto... – eu não poderia acreditar que Demi fez aquilo comigo, depois de tudo... Saí de lá antes de escutar algo mais desagradável, se é que era possível... Confiei tanto nela, abri meu coração, mostrei minha vida, minha família, como Demi pôde?

   Eu estava desolado, meus olhos ardiam como se estivessem com pimenta, até que sinto uma lagrima escorrer, e trato de limpa-la imediatamente, não vou chorar por Demi, não mesmo.

.....

Demi Pov’s.

    Justin estava demorando tanto, Sylwia e Dom disseram que iriam embora para descansar para mais tarde. Os levei até a porta e subi encontrar Justin. Assim que abro a porta do quarto, Justin estava deitado sobre a cama, com as mãos envolta da cabeça, como apoio. Sorri com aquela cena fofa. Caminhei até ele e me sentei colocando minha mão em sua barriga.

   Justin não teve nenhuma reação, apenas se virou para o lado, me dando as costas. Me aproximei novamente e o abracei por trás e no mesmo instante, Justin se levantou indo até o banheiro e batendo a porta. O que eu fiz agora?

  Caminhei até o banheiro e dei três leves batidas na porta.

— Justin... aconteceu alguma coisa? Eu fiz algo de errado? – perguntei o mais doce possível.

— Não sei, me diz você Demetria, você fez algo de errado? Tem algo que queira me contar? – disse rude.

— Justin, do que você esta falando? Abre aqui, vamos conversar...

— Eu não entendo... eu fiz tudo certo, por que? Por que você fez isso comigo?

— Isso o que Justin? Eu não estou entendendo nada...

— Eu confiei em você... mostrei o que eu sentia, te apresentei minha família. Dei o meu melhor e é assim que você retribui? – dizia Justin com a voz embargada, pronto para chorar.

— Justin? Você está brincando comigo? Porque se estiver, por favor pare... eu não quero... não quero...

— Não quer o que? Esta fazendo isso pelo o que eu te fiz na escola? Pedir perdão não foi o suficiente?

— Justin? – disse socando a porta com força. – Me diz o que esta acontecendo.

— Esta acontecendo que você é uma vadia. – disse ele abrindo a porta e me olhando com a maior cara de ódio que eu já vi na vida.

— O que? – depois de ouvir aquilo, meus olhos se encheram de lagrimas, e eu me senti uma fraca, por demonstrar a fraqueza. – Justin... eu não sei do que você tá falando...

— Sabe, só não quer assumir. Mas saiba que a partir de hoje, você esta livre pra tê-lo com você. Eu já sei de tudo, não precisa mais omitir.

— Justin eu... do que você está falando? – dizia com a garganta travada por conta do choro que estava por vir. Eu não entendia o que estava acontecendo.

— Você é desprezível Demetria, você é uma vagabunda. Eu confiei em você. Aquela carinha de boa moça, de anjinho. Sempre se fazendo de vítima. Mas você sempre foi essa pessoa horrível. Eu posso ter feito tudo, mas eu jamais faria o que você fez.

— E O QUE FOI QUE EU FIZ? – me explodi não aguentando mais ver meu pequeno castelo ser destruído.

— Por que aceitou namorar comigo enquanto gosta de outro? – perguntou ele quase num sussurro. – Poderia ter me deixado ir, poderia ter ficado com ele.

— Com ele quem? – disso chegando perto de Justin. – Me diz o que aconteceu? – pedi colocando as mãos em seu rosto e olhando em seus olhos.

— Eu... ouvi. – começou a chorar. – Eu ouvi na sala você dizendo à eles que não conseguia esquecer... que o amava... – não poderia acreditar que Justin fez aquilo. Me afastei dele e apenas deixei que as lagrimas caíssem enquanto assistia ele com ódio de mim. – Eu nunca vou te perdoar, eu vou embora pra mim casa e você se vira. Fique sozinha. – disse pegando sua mala e arrumando suas coisas.

— Eu queria muito que ele estivesse aqui e te desse um soco no meio da sua cara. – disse quase num sussurro, olhando para o chão.

— Por que não dá você mesmo no lugar dele? Esta com tanta raiva de mim... por que você mesmo não faz isso?

— Porque isso é um papel para irmãos fazer. – disse chorando. – Justin... Jack era meu irmão que morreu no dia em que nascemos... ele morreu por minha causa. Eu roubei sua vida. E eu fico pensando nisso dia após dia, me culpando também pelos meus pais terem se separado. Porque se Jack estivesse aqui, eles estariam juntos, mas minha mãe está com algum problema e meu pai foi tentar ter um menino com outra mulher... eu devo te agradecer porque eu descobri isso quando você me trancou no porão... eu ia te contar, amanhã para não estragar essa noite que era pra ser especial. A única coisa que eu precisava era do seu apoio. Obrigada por confiar em mim. – disse retirando a aliança do meu dedo e colocando-a em sua mão. – Por favor, saia logo. – disse caminhando para meu quarto. Fechei a porta e me joguei na cama afogando minhas lagrimas em meu travesseiro. Os soluços eram tão alto, que me fazia sentir pena de mim mesma.

    Eu não poderia acreditar nas coisas que ouvi da boca de Justin. Eu estava me sentindo destruída. Completamente destruída, como se uma bomba tivesse caído em cima de mim e destruído tudo o que eu construí. Como eu fui tão tola em achar que daria certo?

   Peguei meu celular e liguei para Sylwia.

— S.. Syllwia... eu sinto muito. Me desculpe... me desculpe... – dizia chorando. – Você me disse que esse era seu primeiro baile... mas eu não vou poder ir... me desculpe...

— Demi.. Demi, se acalma, respira e me fala o que aconteceu?

— Eu e o Justin... nós terminamos... – como era difícil ouvir aquilo em voz alta.

— Calma, eu já tô chegando ai... – e desligou.

      Eu deveria ter desconfiado que esse dia chegaria.... eu estava feliz demais. Com certeza não iria durar.

   Me levantei e tomei um remédio para dormir. Essa é a única coisa de que preciso por agora.

............


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Notas finais do capítulo

Comentem o que estão achando uhuhu vejo vcs no próximo cáp.



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