Freedom escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 1
Prólogo: Uma assassina e seu violino


Notas iniciais do capítulo

Eu esperei muito por isso. Espero que gostem! Foi feito com muito carinho e amor!



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N: Hellen

Eu estava caminhando pelo pátio da mansão Charles Xavier. Não foi difícil entrar. A questão é achar o meu alvo.

— Sabe, Michelle, se passou mesmo por tudo isso, veio ao lugar certo. - explica Jean Grey (já ouvi falar muito dela).

— Sim, eu precisava me livrar da minha antiga vida. - respondi sorrindo.

— E depois do que aconteceu com os Vingadores, ninguém mais confia em pessoas com poderes.

— Quer dizer, mais do que já não confiavam.

— Triste realidade.

— Sabe, Srta. Grey...

— Pode me chamar de Jean. - ela responde sorrindo.

— Bom, Jean, eu adoraria conhecer tudo lá dentro.

E a professorinha mutante sorriu, mordendo minha isca. Foi uma loucura quando os Vingadores se separaram. Eu estava tranquila no Japão, em uma das piores férias que já tive. Só me lembro da base de Sokovia sendo invadida, uns agentes me mandando para o Japão, onde tive que matar um cara num show onde hologramas cantavam. Era uma coisa muito estranha. E quando eu pude, voltei para ver pessoalmente o que vi pela TV: Sokovia reduzida a zero. O único momento onde baixei a guarda do meu bloqueio telepático, mas por um bom motivo: queria que uma amiga me encontrasse. Mas não, isso não deu muito certo. Então larguei a Hidra e pensei num plano para achar meu antigo namorado. Então, os Vingadores se autodestruíram e eu achei uma boa oportunidade para fazer o que devia ser feito.

Comprei passagens de avião e, três meses depois do evento que podemos chamar de Guerra Civil (não que tenha sido necessariamente uma guerra), Michelle Davis decidiu buscar um abrigo na escola para jovens mutantes (porque superdotação é uma coisa totalmente diferente) com nada em sua mala a mais do que seu violino marrom em uma capa preta nas costas, e foi recebida de braços abertos pela professora Jean Grey. Ela me mostrou tudo lá dentro. Salas de aula, banheiros, quartos. Ainda não era o que eu queria.

— Ouvi dizer que tem uma máquina que amplia a telepatia. É verdade? - perguntei, curiosa.

— Sim, mas apenas o professor pode usar.

— Tenho telepatia e tecnopatia, como mostrei a você. Acho que consigo usar, e, além do mais, quero achar umas pessoas. - comentei divertida.

— Falarei com ele mais tarde. Você não pode ir.

Ah, ela me obrigou. Nem vem me culpar. A olhei nos olhos e pedi novamente, de uma forma autoritária e sabendo que minhas pupilas tornaram-se brancas:

— Me leve até o Cérebro.

Ela me obedeceu. Que novidade. Mas também, eu controlei a mente dela, o que eu poderia esperar? Bom, ela é telepata. Talvez apenas não estivesse esperando por aquilo. Ficava no subsolo e a porta tinha um enorme X. Quando ela se abriu, Xavier estava lá. Sorri.

— Professor? - chamou a ruiva – Temos uma nova aluna.

Ele retirou o capacete e sua cadeira flutuante sinistramente tecnológica se virou, revelando o velho careca com um sorriso gentil.

— Olá, minha jovem. Como se chama?

— Michelle. Michelle Davis. - respondi.

— É um prazer conhece-la, Srta. Davis. - falou à mim, e depois à Grey - Jean, pode nos deixar a sóis, por favor?

Mais hein?! Tá, né.

O silêncio não foi muito comum, por isso me intrometi na conversa telepática, e só para descobrir que era para ela mandar o namorado não se atrasar para a aula que daria em algumas horas. Jean se despediu e nos deixou. Me virei para Charles e perguntei.

— O que quer comigo?

— Sabe o que acontece quando você se mete em uma conversa telepática, minha jovem?

— Nunca tive contato com outros telepatas. - respondi.

— Você fica vulnerável. Seu nome não é o que você diz ser. Na verdade, você é Hellen Taylor, e veio aqui procurar uns amigos. Mas infelizmente, você não pode os encontrar. Não digo por ser limitação sua, já que você foi a melhor assassina da Hidra. Digo que você não deve.

— Tirou isso de onde? Só do que leu ou já sabia alguma coisa sobre mim? Bom, não importa. Aliás, eu nunca liguei muito para certo ou errado.

— Você pode ficar. Eles não podem ser encontrados agora, Srta. Taylor. Além do mais, não pode usar o Cérebro.

— Sim, e se quiser me impedir, morra tentando. Sabe, eu tenho experiência com isso. Não vai ser difícil.

— Hellen, os amigos que você está procurando não podem ser encontrados porque estão fugindo. Eu sinto muito.

Bufei.

— Se é assim...

Estendi minha mão esquerda e controlei com tecnopatia sua cadeira e a fiz passar por mim, mas quando fui o controlar mentalmente, ele me bloqueou. Ele tenta fazer mais do que isso, mas sou mais forte e supero seu poder, o prendendo na parede com minha telecinese. Eu precisava ser rápida antes que descobrissem.

Coloquei o capacete e ativei o Cérebro. Já tomou um soco no cérebro? Eu não, mas imagino que seja a mesma coisa. Uma dor muito forte atingiu minha cabeça e me fez gritar. Aos poucos, vou podendo ver várias pessoas em várias partes do mundo. Demorei a estabilizar. Dos dois amigos que eu buscava, apenas uma eu achei. Mas com certeza eu acharia ele. Onde ela está, o irmão, e meu namorado, está também. Retirei o capacete e pedi.

— Alguém me empresta um Quinjent? Preciso ir à Wakanda.

— Você não pode. - insiste Charles – Hellen, apenas ela está viva. O rapaz que ama, se foi.

— Ah, é claro. - zombei, revirando os olhos e saindo – Como disse, vou pegar o jato de vocês, tá?

— Por favor, isso é algo que a Lady Caos faria, não você. - falou enquanto eu passava pela porta, me fazendo parar bruscamente.

Agora ele provocou. Me virei e respondi.

— Talvez eu ainda seja ela. Com ou sem Hidra.


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Notas finais do capítulo

Então? Ficou bom?!