Lucky Strike escrita por ladyenoire


Capítulo 18
Capítulo 18


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!!!



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Marinette não existe mais, eu me chamo Miss Fortune. - repetiu ficando de pé.
— Não faça isso! Marinette, olhe para mim! - a garota desviou o olhar para Adrien, no entanto Gabriel a repreendeu.
— Miss Fortune, venha comigo. Preparei uma coisa especial para você. - ela assentiu e seguiu Hawk Moth para fora da sala, passando por Chat Noir que se debatia tentando chamar a atenção dela.
O garoto deixou seu corpo cair quando ouviu o barulho da porta se fechando. Os seguranças de Gabriel o levaram para um tipo de cela, onde Nooroo era encarregado de vigiá-lo.
— Porque Hawk Moth me colocou aqui? Porque ele não pega meus poderes de uma vez e acaba com essa merda? - perguntou agarrando as grades com força.
— Eu não sei. Te manter aqui foi uma ordem do seu pai. - respondeu o assistente.
— Aquele monstro definitivamente não é o meu pai. - socou a grade. Ele sentia lágrimas escorrendo pelos olhos enquanto o desespero tomava conta do seu coração. - Como consegue dormir à noite sabendo que ajuda Hawk Moth a fazer coisas tão terríveis? - ele ficou em silêncio - Você nunca parou para pensar no quanto essa situação de tornou extrema?
— Por mais que há coisas que eu não concorde, ele tem seus motivos para fazer o que faz.
— Quais? Ressuscitar minha mãe? - lançou uma pergunta retórica - Por mais que eu sinta falta dela, sei que não devemos machucar pessoas inocentes mesmo que isso a traga de volta. Não decidimos quem vive e quem morre.
— Quer dizer que você não faria o que fosse preciso para trazer de volta a mulher que você ama? - Adrien parou para pensar por alguns segundos. - Foi o que eu pensei. - socou novamente a grade com força.
— Acontece que mamãe está morta, mas Marinette não. Ela é a pessoa que eu amo e meu pai quer para ela o mesmo destino da minha mãe. Eu sei que não podemos trazê-la de volta. Não é isso que ela ia querer. Porém eu posso salvar a Marinette. - sentiu seu coração apertar mais a cada palavra - Se eu puder sair daqui. - disse com o tom de voz sugestivo. Rapidamente Nooroo entendeu a intenção do jovem.
— O que te faz pensar que eu vou te ajudar a sair daí? - ele ergue uma sobrancelha. Adrien suspirou pesadamente e encostou sua testa na grade.
— Redenção.
*
Marinette olhava para seu reflexo no grande espelho que havia na sala de Gabriel. A garota vestia um traje semelhante ao seu antes de ser akumatizada, porém ao invés de vermelho, azul e preto, era apenas branco e preto. Seus cabelos estavam soltos e desarrumados. Possuía luvas que iam da metade dos dedos até acima do cotovelo, botas com canos que iam até seus joelhos, fechando com o collant com gola alta e com mangas que iam até metade do antebraço, deixando uma parte do braço de fora, e a máscara. Tudo era branco trabalhado em detalhes pretos ou bolinhas pretas. A única coisa vermelha eram seus brincos, porém nem ela havia notado já que seus cabelos soltos cobriam as orelhas.
— O que você é do meu filho? - Gabriel questionou enquanto observava Miss Fortune.
— Namorada. - respondeu sem emoção na fala. Os olhos de Gabriel se arregalaram. Nem ela sabia de onde havia tirado essa informação, só parecia a resposta certa.
A azulada continuava na frente do espelho. Era como se observasse a si mesma, porém seu sentia como se observasse outra pessoa. Seu corpo fazia gestos involuntários e uma necessidade de sobrevivência tomou conta do corpo dela.
— O que sente por ele? - perguntou com um tom de voz calmo. Miss Fortune levantou a cabeça como se pensasse em algo. Um flashback de um garoto loiro invadiu sua mente. "Porque eu te amo, Marinette". A dor invadiu sua cabeça como se alguém estivesse a esmurrando ali mesmo. Ela caiu de joelhos, fechando as mãos em punhos e colocando do lado cabeça.
— Miss Fortune?
— Adrien. - ela sussurrou - Eu o amo.
*
Nooroo entregou o bastão, a máscara e o ioiô de Ladybug para Chat Noir, em seguida abriu a cela.
— Venha comigo. - Adrien o seguiu e os dois pararam em frente a uma parede.
— O que... - o loiro foi interrompido pelo mordomo que havia puxado uma alavanca escondida atrás de um tijolo e uma passagem foi aberta.
— Vá. Esse túnel vai dar em...
— Não! Eu não vou deixar Marinette. - tentou voltar mas foi impedido pelo homem que o segurou.
— Não há como salvá-la agora. E você não vai conseguir nada se for preso novamente. Agora me escuta. Esse túnel vai dar na sua casa. Você precisa sair de lá o mais rápido possível e ir até esse endereço. - o entregou um papel amassado.
— O que tem nesse endereço?
— Respostas. Agora vá. - empurrou o garoto para dentro do túnel. Chat apertou o papel e guardou no bolso.
— Obrigado, Nooroo. - o homem sorriu - Mas e o meu pai? Ele vai querer te matar.
— Deixa que eu me entendo com ele. Agora você precisa ir salvar a garota que você ama. - Chat Noir assentiu e agradeceu mais uma vez, logo saiu correndo para dentro do túnel.
*
— Hawk Moth! - Copycat entrou na sala dele, abrindo a porta violentamente.
— Já disse que não deve entrar dessa forma na minha sala. - disse bravo.
— Mas o Chat Noir, ele fugiu. - Gabriel bateu a mão forte na mesa, fazendo Copycat dar um pulo.
— Como o idiota do meu filho conseguiu fugir dos inúmeros seguranças que coloquei no local?
— E-Eu não sei... ele atacou Nooroo e as grades, ele as quebrou e eu não...
— É o suficiente. - levantou a mão no ar para que o garoto parasse de falar.
— Antibug e eu podemos ir atrás dele.
— Não, eu preciso de vocês para outra tarefa.
— E quem irá atrás dele? - um sorriso brotou nos lábios do Agreste.
— Chame a Miss Fortune.
*
Adrien saiu de casa ainda não acreditando que seu pai tinha um esconderijo atrás do retrato de sua mãe que ficava no escritório dele.
Ele queria parar para refletir sobre o que era a vida dele agora e o que seria daqui para frente. Porém quanto mais tempo fizesse isso, mais risco Marinette corria. Então ele olhou novamente o endereço e foi o mais rápido que pode para o local.
Adentrou o prédio indicado e parou em frente uma porta, receoso sobre bater ou não. Mas logo sem mais delongas deu três batidas.
A porta foi aberta revelando um velho chinês com camisa havaiana vermelha com detalhes brancos e uma bermuda.
— Desculpe, acho que foi engano. - o idoso olhou para Adrien como se soubesse exatamente o que ele queria.
— Entre, meu filho. - o loiro não questionou, apenas o seguiu para a sala. O velho sentou-se e gesticulou para que o felino sentasse em sua frente e foi isso que ele fez.
— Eu não sei bem o que vim fazer aqui. Nooroo, ele....
— Primeiramente, vou me apresentar. Meu nome é Fu e eu fui por muitos anos o mentor de sua mãe. - os olhos de Adrien se arregalaram - Mentor de Peacock.
— Peacock? - questionou confuso.
— Não conhece a história. - ele negou com a cabeça - Sua mãe era uma super heroína assim como você. Seu nome era Peacock.
— Mas como? Ela morreu no hospital onde trabalhava porque uma heroína não a salvou.
— Alice era uma boa pessoa, entre salvar sua vida ou a das pessoas inocentes, o que acha que ela escolheu? - a verdade atingiu Adrien como um raio. Todos os fatos que sabia sobre a morte da sua mãe estavam se ligando.
— Esse tempo todo, meu pai teve raiva da heroína que não salvou minha mãe, sendo que a heroína era a minha mãe. - Fu balançou a cabeça levemente.
— Mas creio que venho até mim por mais algum motivo, não é? - Adrien balançou a cabeça tentando afastar o desprezo que sentia pelo seu pai.
— Marinette... quer dizer, Ladybug.
— Tudo bem, eu sei quem são vocês.
— Como o senhor sabe?
— Isso é história para outro dia, mas basicamente eu também tenho poderes como vocês. Agora me diga, o que houve com ela?
— Ela foi akumatizada. Meu p... Hawk Moth, desenvolveu um vírus que dá poderes as pessoas, porém mexe com os sentidos delas e causa mutações. Nós fizemos um antídoto temporário que chamamos de Miraculous, mas depois ele não funcionou mais.
— Miraculous. - Fu repetiu e ficou de pé, se dirigindo a uma estante com um toca discos antigo. Logo ele apertou em algo e o toca discos se abriu, dando lugar a uma caixa preta com detalhes vermelhos. O velho pegou a caixa e sentou na frente de Adrien novamente.
— O que é isso?
— Isso, são Miraculous. - Adrien franziu a testa.
— Há muito tempo atrás, os Miraculous eram utilizados para curar os grandes guerreiros chineses e até os trazer de volta a vida.
— Marinette sugeriu esse nome por causa de uma lenda que a vó dela contava, mas não imaginei que pudesse ser real.
— Ninguém sabe da existência deles, a não ser os guerreiros que utilizaram e os seus criadores. - Fu pegou alguns frascos e entregou para o garoto - Use o Miraculous na sua amada e naqueles que precisam. Sua mãe ficaria orgulhosa do herói que se tornou.
*
Chat Noir chegou no depósito e passou todas as informações novas para os kwamis.
— Plagg, analise isso. - pediu para ele analisar a amostra do antídoto enquanto ele preparava suas coisas e reorganizava suas ideias. - Tikki, Marinette foi comprometida.
— Como assim? - a kwami vermelha perguntou - Ela foi akumatizada? - ele confirmou com a cabeça.
— O que conseguiram achar sobre o antídoto antigo e o vírus?
— Nós descobrimos que o akuma é temporário. - disse Tikki com a voz tristonha.
— Como assim?
— Quando uma pessoa está com raiva, e Hawk Moth aplica o akuma, essa pessoa segue suas ordens cegamente. Mas depois de um tempo, o efeito termina, porém as células continuam comprometidas, e é preciso aplicar o akuma novamente.
— Quer dizer que é possível que o Miraculous que eu e Ladybug produzimos nunca tenha funcionado de verdade?
— É bem possível. - o garoto pegou o necessário para a aplicação do Miraculous.
—Que ótimo. - ironizou.
— Adrien, temos um problema. - Plagg disse.
— O que foi?
— Se Ladybug ainda está com os brincos, o localizador indica que ela está vindo pra cá. - Adrien se aprontou rapidamente e saiu do depósito correndo. Assim que abriu a porta do contêiner e saiu do beco, sentiu uma presença em suas costas.
— Marinette? - virou-se para trás.
— Marinette não existe mais, eu me chamo Miss Fortune. - a garota pulou na direção do herói que desviou a tempo. Ela levantou do chão e parou de frente para ele.
— Eu sei que você ainda está aí. Tente lutar contra isso, my lady. - a azulada avançou contra Chat Noir e conseguiu acertar um soco no rosto dele, no entanto quando foi tentar acertar outro, ele segurou seu braço e o passou por cima da cabeça dela, em seguida a empurrando para frente com o corpo. - Não quero lutar com você.
— Quem disse que eu me importo com o que você quer? - ela tentou ir contra ele novamente, mas Chat estendeu o bastão na sua frente, a fazendo parar.
— Marinette, eu não vou lutar com você.
— Está com medo, gatinho? - provocou.
— Não. - respondeu sério - Você é definitivamente a única pessoa que me resta, eu nunca iria te ferir.


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Notas finais do capítulo

Minha outra fanfic de Miraculous para quem quiser ler: https://fanfiction.com.br/historia/695522/Young_Gods_Legends/
Não esqueçam de comentar o que acharam!! Espero que tenham gostado ♥ Kittykisses xx



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