Tentando Aturar Você! escrita por Julie Kress


Capítulo 15
Pequenas descobertas chocantes...


Notas iniciais do capítulo

Hey, pessoal!!!

Depois de quase um século, estou de volta com essa Fic haha

Adorei escrever esse capítulo e espero que gostem.

Boa leitura!!!



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No dia seguinte...

P.O.V Da Sam

Acordei com o maldito despertador tocando. Gruni, e às cegas comecei a desferir tapas por cima da cabeceira até acertar o aparelhinho barulhento e fazê-lo parar de tocar. O despertador acabou sendo lançado para o chão, torci para que tivesse se espatifado todo, seria uma maravilha.

Que horas eram? Não fazia ideia, dane-se, não tinha nada para fazer além de comer e dormir mesmo...

Será que o cara tinha um emprego? Se é que tinha, no que ele trabalhava? Ele não tinha cara de ser motoboy, atendente de lojinha, caixa de supermercado, mecânico, entregador de jornais, carteiro... Bem, ele poderia ser qualquer coisa, certo? Até mesmo um garoto de programa, ou um barman.

Me remexi na cama me sentindo desconfortável, tinha a ver com o meu novo corpo. Me sentei e olhei para o volume formado por baixo da boxer branca, eu estava com uma porcaria de uma ereção matinal.

Ah, não! Aquilo não, mas que merda. Como poderia dar um jeito naquilo? Eu precisava fazer a "barraca" abaixar, por quê aquela coisa amanhecia dura? Que estranho, já tive sonhos quentes e já acordei molhada, agora acordar dura estava sendo a primeira vez.

Era outra sensação, mais sensível e latejante.

Levantei-me incomodada, corri para o banheiro e me enfiei dentro do box. Abaixei a cueca devagar, e vi aquela coisa saltar e me senti um pouco enojada, terminei de tirar a boxer, tomei coragem e peguei naquilo.

Fiquei analisando-o, não era enorme, e nem um pouco pequeno. Claro que nunca fiquei medindo outros por aí, mas aquele era maior do que o do Tyler, meu ex-namorado.

Liguei o chuveiro, a água estava gelada, eu poderia regular pra água morna, mas decidi que água fria seria melhor para acalmar meu "companheiro".

Saí do box, abri o armário acima da pia. Olhei para os frascos de shampoo e condicionador, também havia sabonete em barra, e sabonete líquido. Optei por sabonete líquido, o peguei e voltei para o box, me enfiando embaixo do chuveiro.

Estremeci sentindo a água fria escorrer por meu corpo, fechei os olhos e travei o maxilar, aguentando firme. Em seguida, abri os olhos, desliguei o chuveiro e abri o frasco. Comecei a me ensaboar, começando pelo peitoral, abdômen, sentindo os músculos daquele corpo masculino.

Músculos definidos na medida certa. Braços, coxas, e o bumbum durinho, o apertei só para confirmar.

Deixei para lavar "aquilo" por último, comecei lavando pela base, com as duas mãos ensaboadas. E aquele negócio pareceu ter criado vida em minhas mãos, endurecendo instantâneamente. Parecia ferro revestido em veludo. Oh, tão duro e macio...

Me encostei no azulejo de quadradinhos azuis e brancos, com o coração martelando, a respiração ficando descompassada. Droga, eu estava mesmo ficando excitada?

Da base à pontinha, parei ali, sentindo-o latejar, acariciei a "cabecinha" inchada, era avermelhada e... Foi quando a ardência me atingiu de cheio, me fazendo urrar.

— CARALHO!!! - Gritei.

E como aquela porra ardia, ardia tanto. Desesperada por alívio, liguei o chuveiro e me enfiei embaixo dele, tentando me livrar da espuma, do sabonete que havia provocado a maldita ardência na "cabecinha" inchada e sensível...

Minutos depois...

Escovei os dentes, fitei meu reflexo, ainda era assustador. Aquele rosto, aquele corpo, e aquela voz. Deus, por quê isso tinha que acontecer? O que fiz para merecer aquilo?

Só pode ser castigo, talvez, eu esteja pagando por ter vendido o porquinho da Índia do meu irmão. Ou porque comi o peru do último Natal sozinha e coloquei toda a culpa no meu pai, ou talvez seja por aquela vez que fiz a mamãe passar a maior vergonha na frente das amigas dela, ou foi por quê peguei "emprestado" o skate da Vicky, quebrei sem querer, remendei com fita adesiva e nunca contei à ela?

Toquei na barba ralinha, será que eu devia deixar o rosto lisinho como bumbum de bebê? Caramba, mas estou achando essa barba por fazer tão sexy.

E se eu acabar me cortando? Do jeito que sou desajeitada, é bem provável que aconteça, então desisto.

Saí do banheiro vestindo um roupão cinza, abri o guarda-roupa, escolhi uma camiseta preta, uma camisa vermelha de abotoar, e uma calça jeans azul.

Vasculhei a gaveta de cuecas, encontrei uma bela coleção de boxers, três sungas, algumas cuecas tradicionais listradas ou com estampas de bolinhas, e uma sunguinha rosa muito suspeita.

Peguei uma boxer preta, fechei a gaveta rindo e vasculhei as outras gavetas, atrás de meias. Escolhi um par de meias brancas, fui ao sapateiro, estavam empilhados e alinhados dentro das caixas. Peguei um par de tênis azuis com branco da Nike, e coloquei as roupas e os sapatos escolhidos em cima da cama.

Retirei o roupão em frente ao espelho, encarei meu novo corpo despido. Suspirei, por quê eu tinha que parar justamente naquele maldito corpo atraente?

Meu olhar desceu pelo abdômen, e foi para baixo do umbigo, descendo pela linha de pêlos até lá embaixo. Pelo menos, ele depila as virilhas e não mantém uma mata Amazônica.

Sempre adorei homens limpinhos, e com alguns pêlinhos no peito. Uh, que tesão.

"Esse moreno é um deus grego, socorro."

O Tyler depilava as pernas, os braços e as axilas. Aquilo era broxante, e por quê diabos estou pensando no meu ex mesmo? Devo parar com isso.

Comecei a me vestir, o gel de cabelo e o pente estavam no banheiro. Com preguiça, decidi apenas alinhar os fios molhados com os dedos. Era mais prático.

Fui para a cozinha, sentindo o meu estômago reclamar. O apartamento era pequeno e possuía uma cozinha apertada.

Tive uma luta com a cafeteira, ela acabou ganhando. A porcaria não queria funcionar de jeito nenhum, peguei uma caixa de leite gelado, esquentei e achei uma lata de achocolatado no armário.

Também achei um pacote de pão, fiz dois mistos quentes com queijo, presunto e requeijão. Pelo menos a sanduicheira foi boazinha comigo.

Fitei o relógio na parede, já se passava das 08:00 horas.

Tirei o relógio de pulso porque era pesado e me incomodava. Eu poderia vendê-lo e conseguir mais de 30 pratas, certo? Não tenho trabalho mesmo, aonde vou conseguir grana?

Voltei para o quarto, ele tinha uma escrivaninha com um Pearbook azul, um aparelho de som em cima de uma mesinha, o Pearphone estava na cômoda.

Comecei a vasculhar as gavetas da cômoda, achei alguns preservativos, cinco HQ's hentais, três revistas da Playboy, uma agenda, dois CD's com capas transparentes, e na última gaveta, encontrei sua pequena coleção de filmes pornôs.

"Cruz,credo! O cara curte uma sacanagem, hein? Se eu encontrar algemas, chicotes e lubrificantes, vou cair fora."

Um título me chamou atenção, o nome era: "Loirinhas peitudas bronzeadas"...

Lembrei de ter achado um no quarto do Alex com o título: "Morenas bundudas com marquinhas de biquíni"...

Ele mesmo intitulava, e esse cara pelo visto também gosta de intitular seus filminhos...

Outra coisa me chamou atenção, era um livro com o título: "Mate-me de prazer." Era um livro erótico que tinha uma capa vermelha.

O peguei e decidi folheá-lo por curiosidade, achei uma "dedicatória" no verso da capa.

" Fico excitada toda vez que leio esse livro, sempre penso em você, amor. Imagino suas mãos e sua boca em mim, me arrancando gemidos. Gemo o seu nome quando me toco pensando em ti, se for me matar um dia. Por favor, mate-me de prazer."

De: Sua Sammy, comilona.

Para: Meu moreno favorito.

Larguei o livro no chão, incrédula. Voltei a pegá-lo, com as mãos trêmulas e virei as páginas rapidamente, até parar na última. Havia uma foto íntima colada ali...

Foto de um casal, na cama, despidos, ambos sorrindo para a câmera, cabelos desgrenhados e sorrisos satisfeitos.

Era eu e o tal de Fredward.

Soltei um gritinho, largando o livro de novo no chão.

Mas como aquilo era possível, se eu nem o conheço?

[...]

P.O.V Do Freddie

Não achei chaves de carro ou de moto nas coisas dela, só havia uma bicicleta lilás com cestinha no "Hall" do Loft, se é que eu poderia chamar aquilo de Hall, ao entrar no Loft, logo já estava na sala minúscula, com um mini sofá vermelho, um simples rack com TV e aparelho de DVD, uma mesinha de centro, e o compartimento era dividido por uma cortina laranja, do outro lado ficava a cozinha, com poucos eletrodomésticos que se resumia no básico.

A pia de alumínio estava com uma pilha de louças sujas, a bancada de madeira estava suja de migalhas, e no centro havia uma mesinha redonda com dois lugares, e uma das cadeiras estava bamba.

Suspirei triste, imaginando a vida difícil que ela levava ali, será que a loira passou por muitas necessidades?

Peguei o pote de Cookies que estava em cima da geladeira, que tinha a pintura desgastada, com as laterais enferrujadas.

Sacodi o pote, ouvi um tilintar de moedas. Tirei a tampa, e me deparei com algumas notas e muitas moedas. Conferi o dinheiro, ao total era 48 dólares e 55 centavos. Aquilo tinha que bastar, eu precisava chegar em Vancouver.

Preparei um pouco de café, tomei com algumas torradas amanteigadas, e resolvi preparar um lanche para a viagem. Abri um pacote de pães, fiz três sanduíches de salame com queijo, preparei um achocolatado e coloquei numa garrafinha térmica.

Eu não poderia ficar gastando o pouco dinheiro que eu tinha comprando lanches por aí, certo?

Coloquei a mochila preta nas costas, só havia o básico ali. Algumas mudas de roupa, um par de meias extras, escova de dentes, desodorante e uma escova de cabelo.

Saí do Loft, trancando tudo direitinho, guardei as chaves num dos bolsos laterais da mochila, ajeitei o gorro roxo, também estava vestindo uma jaqueta vermelha, blusa sem decote com gola alta, e uma calça jeans preta.

Ela só tinha All Stars, sapatênis, botas, Coturnos e sapatilhas. Calcei um de seus sapatênis, e coloquei um par sapatilhas pretas dentro da mochila.

A manhã estava cinza e fria, fui andando e procurando o ponto de ônibus mais perto dali. Pedi informação para um senhor, e ele me indicou o ponto mais próximo.

Verifiquei a hora no PearPhone vermelho, já eram 07h:35min. Sentei no banco, ao lado de uma moça ruiva que estava fumando.

— Quer? - Me ofereceu um cigarro.

— Não fumo. - Murmurei.

— Ah, que pena. Fumar é tão bom. - Sorriu, antes de dar mais uma tragada.

— Duvido que ainda vai dizer isto quando estiver condenada numa cama hospitalar, morrendo de câncer. - Retruquei.

— Ai, credo! - A ruiva fez careta. - Você é daqui de Seattle mesmo? - Perguntou após soltar uma baforada.

— Sou. - Respondi.

— Tá indo pra onde, gata? - Perguntou me olhando, curiosa.

— Vancouver. - Me levantei, olhando para os lados, não havia passado nenhum ônibus.

— Tô aqui só de bobeira, sabe? Esperando o tempo passar, fumando... Bem, é o seguinte. Tenho moto e posso te levar pra Vancouver por 50 pratas. - A ruiva levantou sorrindo, mostrando o capacete que estava em cima do banco e eu não tinha reparado.

— Só tenho 25 dólares. - Menti.

— Fechado. - Ela jogou o capacete preto pra mim. - E o que têm no saquinho de papel aí? - Apontou para a sacolinha marrom.

— Sanduíches. - Respondi.

— Passa pra cá, tô morrendo de fome. - Tomou a sacolinha da minha mão. - Tá indo fazer o quê em Vancouver, loirinha? - Indagou pegando um sanduíche, e deu uma grande mordida.

— Estou indo atrás da minha garota. - Respondi sem hesitar.

— Uau! - Arregalou os olhos verdes. - Ela te deixou? Porque se foi, essa menina deve estar louca. Com todo o respeito, você é muito gata e parece ser gente boa! - Sorriu pra mim.

— Valeu. - Sorri sem graça.

Ela nem imaginava que eu era um homem habitando o corpo de uma mulher, devia estar pensando que eu era uma garota apaixonada por outra.

— Aonde está sua moto? - Perguntei mudando de assunto.

— É aquela alí. - Apontou para uma Suzuki azul, estacionada ao lado de uma Yamaha preta.

[...]

Me apresentei usando o nome da Sam, e a ruiva disse que eu poderia chamá-la de Abby. Ela conduziu a moto numa velocidade absurda, me fazendo várias vezes gritar como uma garotinha medrosa. E ela só reduziu a velocidade por medo de ser multada, e também ameacei que vomitaria nela à qualquer momento.

Foi menos de duas horas de viagem, por sorte Vancouver não ficava tão longe de Seattle.

Verifiquei o papelzinho com o endereço que a Vicky havia me dado, e o prédio aonde o meu "eu" do futuro morava ficava ao lado de uma confeitaria.

— Chegamos, gata! - Abby parou a Suzuki em frente ao Boodwack Plazza.

Desci da garupa, tirei o capacete e entreguei a ela. O pagamento havia sido adiantado.

— Se por acaso ela não te quiser de novo, estou aqui solteira e interessada, beleza? - Me entregou um papelzinho amarelado.

Seu número estava anotado ali, sorri assentindo.

— Vai me ligar se ela te rejeitar? - Perguntou, encarando o volume dos seios da Sam, ops, dos meus novos amiguinhos.

— Te ligarei sim. - Menti.

A motogirl ruiva era uma gata, isso eu não poderia negar, mas nunca gostei de garotas com piercings e muitas tatuagens.

— Então tchau, gata, nos vemos por aí. - Se despediu, ligando a moto.

— Tchau! - Acenei.

A ruiva deu partida, indo embora e eu entrei no prédio.

Minutos depois...

— Terceiro andar, apartamento 53G. - Murmurei, lendo o papelzinho com as informações que a Vicky havia me dado. Olhei a placa na porta cinza e confirmei.

Toquei a campainha umas cinco vezes, parecia que não tinha ninguém em casa. Toquei de novo umas três vezes e esperei, finalmente a porta foi aberta e eu me vi do outro lado...

Na verdade, era o meu corpo com a alma da Sam no lugar da minha.

— Oi, Tampinha. - Sorri, lhe chamando pelo apelido que ela sempre odiou.

Seus olhos arregalaram, giraram e ela foi tombando para trás, perdendo os sentidos. Fui rápido, consegui segurá-la antes que ela caísse e batesse a cabeça no chão...

— Droga! - Resmunguei, tentando carregar a loira desmaiada.


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Notas finais do capítulo

E aí??? O que acharam???

Gostaram???

Comentem, gente! Bjs