Existência Corrompida: O Corvo E O Tempo. escrita por Gabriel Alexandre


Capítulo 5
O Alquimista




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Após o confronto com Katrina o corvo perde o interesse em continuar a batalhar com ela ou começar uma nova batalha com o alquimista que não permitiu que Snap transformasse a mulher anjo em sua escrava, com indiferença Snap tira a máscara de corvo tomando forma completamente humana e suas vestes ficam simples, uma calça skinny preta com uma camiseta preta simples sem estampa, por último ele materializa um sobretudo preto do qual uma aura negra de fumaça sai delicadamente.

—Acho que por hora você não poderá mais voltar para Chronos, ele não irá te aceitar corrompida pelas trevas profanas como te deixei. -Snap fala com desdém.

Katrina grita, pois, em sua cabeça sente uma grande pressão que a deixa tonta, ela levanta cambaleando e diz humildemente.

—Talvez essa “corrupção” tenha me mostrado a verdade, ele é um bastardo deus dourado que não se importa com ninguém, ele impõe suas regras e todos devem seguir isso cegamente, ele me fez acreditar que os Lasttell estão tentando destruir o futuro glorioso, sendo que ele mesmo é quem está fazendo isso, não há gloria no que ele quer, eu não quero segui-lo mais. -Ela olha para o alquimista confusa. -E você? De onde você surgiu?

—Apenas estou atrás de respostas. -Responde Alenkhar rispidamente.

Snap olha para Katrina confuso, mas não com a mesma violência em seu semblante.

—E você? garota, vai fazer o que então? Ficar aqui e esperar as mãos gélidas do tempo vir acabar com sua vida? Você sabe que Chronos irá te matar, vai ficar ai esperando ou me seguir por ter te renomeado?

Katrina responde com um olhar sério, ela enche o peito com ar e fala rapidamente.

—Não sei se você pode notar com essa cabeça grande aí, mas aquele louco ali apareceu do nada e interrompeu você e por isso não sou coisa nenhuma sua. -Ela suspira. -Mas a briga foi de certo modo tão empolgante que irei te acompanhar para entrar em mais dessas, faz tempo que ninguém é páreo para mim como você foi…

O alquimista sorri, ele se afasta eles rapidamente deixando-os para trás.

—Hey! Você interrompe minha conquista sobre ela e depois sai de fininho assim sem nem mesmo falar mais do motivo o qual apareceu aqui? É Alenkhar né? Chega mais! -Snap fala carismático como não falava a um tempo. -Você procura respostas sobre o que?

Alenkhar respira fundo e então volta.

—Okay, não vou me fazer de difícil, se eu quero respostas e irei tê-las, pois, isso já está decidido eu darei respostas para vocês, bom, quero respostas sobre tudo isso que está acontecendo no nosso mundo, algumas pessoas que amo morreram no evento que aquele monstro metade anjo e metade demônio apareceu na minha cidade, por culpa desses deus e demônios loucos nós acabamos envolvidos nessa guerra e isso me irrita, estou atrás de um arcanjo.

Os olhos de Snap brilham em empolgação.

—De um arcanjo? E que arcanjo seria? Eu já tive apoio de um filiado do arcanjo Metatron.

Alenkhar se aproxima do corvo com violência e segura-o pela gola do sobretudo.

—Diga-me mais agora!

Os olhos de Snap se enchem de trevas revelando o vazio.

—Fosse você eu tomaria cuidado, me larga.

O alquimista repara no que está fazendo e arregala seus olhos desviando o rosto com vergonha.

—Me desculpa, não era minha intenção, eu preciso muito de informações que me levem até Miguel, não consegui achar um método de entrar no céu, então eu vim ao inferno por que me disseram que por aqui está alguém que lutou com um anjo chamado Sidriel e ele usaria mascará de corvo, pensei ser o monstro que atacou a cidade, mas por coincidência acho que é você, apesar de sua mascará ser negra, foi coincidência achar um defectioni parecido com aquele monstro e famoso por ter derrotado Leviathan como você, assim é provável que eu ache entidades altas.

O corvo se espanta ao ouvir isso.

—Eu? Famoso?

O alquimista gargalha.

—Você não sabia? Você virou um ícone de rebeldia e indulgência depois de que “morreu”, mas parece que é tão ruim como nos boatos que não morreu mesmo, você parece ser um defectioni poderoso.

—Snap fecha seus olhos e a face de Mephisto vem a sua cabeça como um lembrete de que ele não é mais um humano.

—É… Eu não sou bem um defectioni mais… Algumas coisas aconteceram e mudou um pouco o que sou, na verdade eu nem sei direito o que sou. -O corvo abre seus olhos vazios e negros como o vácuo da escuridão do universo.

O alquimista lê a energia de Snap rapidamente com uma técnica básica de clarividência.

—Eu pude notar que sua aura está estranha mesmo, de certo modo está mais… Divina.

O semblante de Snap muda e seus olhos voltam ao castanho avermelhado de costume.

—Divina? Me sinto sujo, pintado de preto e você me diz que estou com a aura divina? Isso é um tanto quanto contraditório, não acha?

Alenkhar ri como um adulto ri de uma criança que fala algo tolo.

—Não existem apenas deuses bons e “limpinhos” de luz, existem vários tipos de deuses, deuses da noite, das sombras, da morte, deuses que trazem doenças, existem vários tipos de deuses não tão “limpos” como você mesmo diz, mas não acho que você se encaixe em algo assim, é divino, mas não é como algum deus que eu conheça.

Katrina interrompe empurrando o ombro de Snap fazendo cara de tédio.

—Vamos lá corvo! Vamos procurar algo para fazer agora, essa conversa está me deixando com sono.

Snap olha sério para Katrina enquanto sua mão direita se enche de chamas negras.

—Desde quando sou seu amiguinho e ficarei andando por ai contigo? -Ele aponta para ela com a mão em chamas. -Fique calada e apenas siga minhas ordens, me encha o saco que eu purifico essa sua audácia com fogo.

Katrina faz uma careta.

—Eeee mal humorado, eu só quero me divertir, vamos procurar alguém para lutar… -Katrina fala empolgada materializando gelo de cor levemente rosada. -Mas que merda aconteceu com meu gelo? Corvo! Isso é coisa sua?

Snap ri ao ver a cara de decepção de Katrina.

—Parece que as propriedades da matéria de seus poderes mudou, agora ficou muito menos ameaçadora!

Katrina fecha a cara e em seu corpo aparecem as tatuagens que simbolizam seu poder, seus cabelos se tornam vermelhos e seus olhos brilham em luz branca.

—Não é possível! Isso é ridículo!

Ela levanta seus braços forçando as moléculas do gelo a mudarem e o rosa vira vermelho como se o gelo fosse feito de sangue.

—Agora sim! Essa de patricinha não é mais para mim, essa fase mudou hoje, vou aderir seu modelo emo gótico vampiro. -Katrina debocha de Snap.

O corvo olha e apenas ignora de modo frio.

—Então, como faremos para chegar em Chronos?

—Você realmente quer fazer isso? -Katrina suspira. -Ele não está no inferno na verdade, eu estava cuidando dessa base, ele está passando nesse exato momento por um vórtex dimensional para invadir o céu, provavelmente dentro do castelo atrás da muralha ainda reste algumas lacrimas do portão e poderemos reativá-lo, mas eu sugiro que não façamos isso, podemos ir a casa de sua família e solicitar reforços.

Snap perde a paciência.

—Não, minha tia está presa no tempo e devo acabar com Chronos para trazê-la de volta.

—Seu argumento por si só já é um motivo para não irmos, se sua tia está presa em um bolsão do tempo não adiantará irmos para atacar Chronos agora, afinal, onde ela está não tem o tempo em sí, está no vazio onde Chronos estava.

O vazio mencionado por Katrina revela memórias ocultas na mente de Snap, memórias de quando ele estava na caixa da calamidade de onde veio Zero, a imagem de Chronos selando um pacto com outros titãs para trazer Zero ao mundo, como num estalo Snap pensa que tudo isso pode ter sido arquitetado por Chronos.

—Vamos voltar para a mansão e eu também preciso encontrar Ikarus!


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