Como conheci seu avô escrita por maysd


Capítulo 7
O pequeno Jonh Winchester.


Notas iniciais do capítulo

Esse cap faz um paralelo com o primeiro na hora do nascimento do Jonh.



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(.........)

— E nem eu, acreditem.- falou Castiel.  

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— Achei que estava protegido, como ela te encontrou?

— Pelo visto ele não se escondeu direito Sammy.

—  Não é que não me escondi bem, é só que Anna era esperta e  suspeitava de mim.- falou.

 

Normal- Illinois 22 de Abril de 1954:

Pra entrar na casa Castiel desfez temporariamente o sigilo para que Anna pudesse entrar, refazendo-o logo em seguida,  Annael parecia desconfortável  ali dentro já que não tinha poderes.

— Sinto muito por isso irmã, mas aqui dentro é mais seguro podemos conversar e ninguem vai nos ouvir.- falou  Castiel sentando com dificuldade na cadeira. Anna imitou o gesto. –Tudo bem... como me encontrou?.- um pouco ofegante.

Anna olhou bem para a jovem a sua frente, era como se aquela casca nunca fora ocupada por um anjo, agora simplesmente parecia uma jovem humana como as outras.

—  Daquela vez que conversamos e você falou sobre desobediência, ou melhor, quando você resolveu ficar com essa casca, percebi que havia algo errado com você. Então fiquei te observando e logo descobri o que estava acontecendo.- Anna falou com um leve tom de reprovação.- Eu sempre soube o quanto você era imprudente, mas fiquei ainda mais supresa com tudo aquilo.

Castiel permaneceu em silencio ouvindo a ruiva falar.

— Quando você não voltou, resolvi descer e pegar uma casca, eu sabia que ia precisar de uma pra te encontrar. Escolhi essa jovem, porque o seu humano a conhecia e fiquei surpresa ao ver você,  nas memórias dela.- finalizou.- Mas não se preocupe, eles  não notaram sua ausência e eu não contei a ninguém, ainda.

A morena suspirou aliviada nessa parte.

— Anna, você e eu lutamos juntas em varias batalhas, somo irmãs e eu agradeço pelo que fez por mim, mas..- respirou ao sentir uma contração mas ignorou.- Eu não estou fazendo nada errado, apenas quero viver minha vida, eu tenho uma família agora.. estou feliz.- falou tentando controlar a respiração.

— Olhando pra você eu diria que não, está com dor.- falou a ruiva observando a morena se mexer na cadeira.- Você parece estar sofrendo muito.- franziu o cenho.

— Não estou, é só que é dificil me locomover assim, mas isso não quer dizer que eu não esteja feliz.- respondeu.- Estou passando por um momento único e ..É inacreditável.

— O quê irmã?.- falou a ruiva.

— A vida.- falou, vendo que Anna não entendeu resolveu continuar.- Eu.. eu posso sentir, dentro de mim.- a chuva caia pesada lá fora mas nenhuma das duas percebeu.- É tão complexa..

— Cass.. Milie?.- ouviu a voz do Henry, que corrigiu o nome ao ver a visitante.-  Josie? O que faz aqui.- segurando as compras.

Castiel olhou para o Winchester vendo-o totalmente encharcado e depois para Anna.

— Henry, essa não é a Josie.- falou vendo a face confusa do maior.- Pelo menos não agora.- vendo o marido jogar as compras de qualquer jeito e entrar de uma vez na sala.

— Então quem é?.- ficando ao lado da morena.

— Fique calmo não estou aqui pra machucar Castiel.- falou a ruiva calmamente.- Só pra dar um recado.

Para o jovem Winchester, era estranho ver sua amiga ali sentada na sua frente e saber que o que estava ali não era realmente ela, e sim outro ser. 

— Este é outro anjo, minha irmã Anna.- falou Castiel levantando da poltrona. – Henry é melhor trocar de roupa.- tentando mudar de assunto.

— Não Cassie eu vou ficar aqui.- estava muito preocupado.

Não ia sair de perto da morena porém, quando olhou naqueles olhos azuis suplicantes, entendeu que talvez ela não queria que ele escutasse o que seria dito ali. O maior não disse mais nada, suspirou pesadamente e saiu em direção ao quarto.

— Que recado  Anna?.- falou Castiel quando o jovem sumiu pelos corredores.

— Você sabe Castiel.- olhando-a fixamente.- Por favor, o que quer que tenha feito desfaça, recupere sua graça e volte comigo agora.- vendo a morena franzir o cenho, continuou.-  Você pode enganá-los durante anos mas ainda assim, eles vão perceber que você fugiu, não importa quanto tempo passe virão atrás de você e vão te punir.

Podia ver que Anna estava realmente preocupada, e provavelmente só queria ajudar, respirou fundo.

— Eu não me importo.- respondeu.- Não vou pensar nisso, vou aproveitar o tempo que me resta e se isso acontecer, vou arcar com as consequências.- pôs a mão nas costas sentindo a dor no quadril ficar extremamente forte.- Eu não me arrependo do que fiz... e eu faria de novo.- as pontadas no baixo ventre ficavam mais seguidas.

— E porque?.- Anna não conseguia entender o motivo de tanta teimosia.

—  Porque eu amo o Henry.- falou.

 - Cassie.- ouviu a voz do maior.- Você.. nunca tinha dito isso antes.- falou emocionado saindo do corredor e indo em sua direção.

— Sinto muito por isso.- falou olhando nos olhos verdes do maior, respirou fundo já incapaz de ignorar a dor.- Eu te amo Henry, e ... a melhor coisa que já me aconteceu foi ter te conhecido...- ofegante.

— O que está fazendo?.- perguntou Anna fazendo o casal se per captar que ela ainda estava lá.- Castiel?.- levantou da poltrona vendo a morena respirar cada vez mais rápido.

— O que foi querida?.- olhou pra baixo vendo uma pequena poça d’água em baixo dela.- Não pode ser, justo agora?..- vendo a morena respirar entrecortada.

Era difícil se manter em pé, suas pernas estavam bambas teve que se apoiar em Henry que a pôs nos braços.

— Há quanto tempo está sentindo dores?.- ele perguntou.

— Já acordei.. assim. – respondeu. Henry arregalou os olhos.

— E porque não me contou?!...Podíamos ter ido a um hospital.- andando rapidamente em direção ao quarto.- Agora não dá pra ir a lugar algum com essa tempestade.- falou após colocá-la na cama.

 - Eu.. não queria.. te preocupar.- gemeu com a contração.- E não queria dar.. alarme falso... de novo.

Anna entrou no quarto vendo a jovem em trabalho de parto deitada na cama.

— Tem certeza que quer continuar com isso, irmã?.- vendo a jovem acenar freneticamente. Suspirou dando-se por vencida.- Eu não posso ajudar com meus poderes, mas vou ficar aqui.

— E porque não pode?.- falou Henry tentando acomodar melhor a morena.

—  Porque Castiel fez uma escolha ao se tornar humana, essa é uma das consequências, não posso intervir.- falou se aproximando da morena.- Irmã seja forte, você suportou arrancar suas asas, isso não deve ser tão diferente agora.- falou em tom manso enquanto fazia cafuné nos cabelos negros da jovem.

A morena concordou levemente com a cabeça já não conseguindo mais conter os gritos de dor.

AGORA:

 

Os irmãos ainda estavam em silencio tentando processar tudo, Castiel continuou falando.

— Passei horas sentindo uma dor excruciante, praticamente quebrei a mão do Henry por ter segurado com tanta força, mas, mesmo com isso, quando o bebê nasceu...- deu um pequeno sorriso.- Quando o tive em meus braços pela primeira vez.- olhava para as próprias mãos.- Eu... tive certeza que tinha feito a escolha certa.- sorrindo pra eles.

 

Normal- Illinois 23 de Abril de 1954

 Castiel se sentou na cama e sorriu ao olhar para o lado, Henry estava sentado em uma poltrona com Jonh nos braços, ainda fazendo gracinhas para o bebê que dormia tranquilamente.

— Você está bem irmã?.- ouviu Anna perguntar.

A morena sorriu  tentando, com certa dificuldade, levantar da cama.

— Cassie, não.- Henry levantou da poltrona ainda ninando o bebê.- Você precisa ficar em repouso.- se aproximando da esposa.

— Estou bem.- falou sorrindo enquanto pegava a criança nos braços.- Muito obrigada por nos ajudar Anna, isso significou muito pra mim.- se aproximou mais da ruiva.

Anna ficou surpresa quando Castiel a fez segurar o bebê em seus braços, tão vulnerável e inocente, sorriu sem perceber quando o pequeno abriu seus sonolentos olhos azuis pra fitá-la enquanto bocejava.

— Ele é tão pequenino.- falou olhando para o bebê que agora sorria pra ela.- Acho que entendo você agora Castiel, todos os humanos começam assim, inocentes, e nós precisamos zelar por eles pra que não percam essa essência.- entregando delicadamente o bebê para a mãe.

— Que bom que compreendeu isso.- falou a morena sorrindo.

Depois de alguns minutos, caminharam para sala e Castiel desfez novamente o sigilo para que Anna pudesse sair livremente da casa.

— E o que acontece agora?.- falou Henry já estavam na varanda.- Não vai contar isso a ninguém não é?.- a ruiva fez que não com a cabeça.- E quanto a Josie?.

— Não se preocupe, apagarei sua memória, ela não se lembrará de nada.- falou.- É hora de ir. – saindo da casa sendo acompanhada pela morena.

— Vou sentir sua falta Anna.- falou Castiel abraçando a ruiva.- É costume retribuir os abraços.- vendo que a ruiva não sabia o que fazer.

— Hãm.. sim, claro.- retribuindo meio desajeitada. Henry, que agora estava com Jonh nos braços, não pôde deixar de rir com essa cena.- Você tem algo muito valioso aqui.- apontando os dois na varanda.- Por favor tenha cuidado.

— Eu terei, à deus irmã.- falou e Anna sorriu sumindo logo em seguida.

Castiel sorriu e caminhou em direção a casa, ao lugar onde pertencia junto das duas pessoas que mais amava no mundo.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado.



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