~POV Cobra~

Ai a minha pequena.Que saudades que eu tava dela...Do seu cheiro,do seu abraço,dos nossos corpos juntos.. Ah eu amava aquela maluca concerteza. Ma não podia ser do jeito que meu corpo queria,ela era minha irmã. Poxa, porque ela tem essa denominação sobre mim. Meu Deus. Eu tenho que parar de pensar assim.
Mas tá difícil. Ela não me ajuda me abraçando assim..Eu até que tava tentando sair daqueles abraços mas era maior que eu aquela vontade.
Eu tentei me afastar dela,mas o máximo que consegui foi uma semana. Fiquei fora de ar de tudo. Não atendia suas ligações ou do meu "Pai", o Gael. Mas foi impossível,eu simplesmente a amava. Até a Jade percebe isso,mas como bom mentiroso que sou sempre falo que é saudades de irmão, mas ela desconfia de algo, ou me esconde algo talvez..
Meu casamento com a Dama não é dos melhores... Ela é muito possessiva. Se faço algo errado é porque tava pensando em outra. Se eu luto e ela não tá por perto e eu perco a luta é porque ela é meu amuleto. A gente não tá dando certo mais. Perdeu a essência sabe. Caiu na rotina como dizem por aí.. Além disso ela parece esconder algo de mim. Fora sua mania de limpeza.. Ela encontra sujeira onde não existe. Vocês não tem noção.
Mas voltando a minha Pequena, hoje é aniversário dela. Combinei com meu pai sem que ela desconfiasse de algo que eu iria passar o dia com ela. Quando eu ia subindo as escadas da casa do meu pai pra acordar a Kah ela me surpreendeu com um pulo. Quase cai pra trás, mas as minhas habilidades de lutador me ajudaram a nos manter de pé.
Quando acabamos de matar as saudades saímos. Era cedinho ainda. Deixei uma mensagem para nosso Pai avisando que já tínhamos ido e que voltariamos à noite.
Tava tudo indo bem até que vejo Pedro nós encarando de longe. A abracei forte, sabia que foi ela quem acabou com o relacionamento deles, mas não sabia se ainda doia nela. Quando a olhei tive a resposta. Isso era uma coisa que só a gente entendia, os nossos olhares descreviam tudo.
Ele se aproximou da gente..
Pedro: Oi Kah. Oi Cobra. Tudo bem com vocês?
Cobra: Tamô bem Pedro. Mas agora a gente precisa ir beleza.
Pedro: Não! Eu preciso falar com a Esquentadinha. Por favor.-Eu não queria sair de perto dela mas ela assentiu e eu não tinha opção. Sai de perto deles e fui para o outro lado da praça em um lugar onde eu ainda tinha os dois em meu campo de visão.-
Karina: Fala logo Pedro que eu tenho que ir. Meu irmão tá me esperando.
Pedro: Kah em primeiro lugar Parabéns.. E em segundo, me perdoa por favor. Eu não queria te falar aquilo. Saiu na hora da raiva, me desculpa.
Karina: Olha Pedro, eu não devia, mas eu te perdoo sim.
Pedro: Então a gente é Perina de novo?
Karina: Não. Eu só te perdoo. Não quero voltar com você. Nunca mais. Eu não te amo mais. Eu te amei e muito, mas acredite acabou.
Pedro: Não Kah, não faz isso com a gente.- Eu vi de longe quando o Pedro puxou a Karina e a beijou. Vi também quando ela empurrou ele . Cheguei mais perto caso ela precisasse de mim.-
Karina:Não Pedro. Entende. Acabou. A gente acabou.-Lágrimas brotavam da face dos dois.-
Pedro:É isso mesmo que você que Kah?
Karina: É sim Pedro.
Pedro: Tudo bem. Só quero que você seje feliz, ah eu sei que talvez não te interesse mais , mas eu e minha banda vamos sair em uma turnê internacional. Mas se você não quiser que eu va eu não vou é só você me falar.
Karina: Pedro, eu quero que você seja feliz. Em qualquer lugar do mundo . Vai, vai ser bom pra você e sua banda. Ah e seje muito feliz por onde você for.
Pedro: Obrigado Kah.
Cheguei junto dos dois, ouvi o final da conversa e vi que eles tinham se acertado de vez. Nos despedimos dele e seguimos para minha surpresa para ela. Não trocamos uma palavra se que no caminho.
Chegamos a praia e já vi os olhos dela começarem brilhar.
Cobra: Vem Pequena. Eu aluguei uma casa pra gente passar o dia.- Seguimos até o local.- E aí, gostou?
Karina: Muito Cobra. Isso aqui é lindo. - Finalmente ela abriu a boca, não aguentava mais esse silêncio.- Vamos dar um mergulho?
Cobra: Claro. Trouxe algumas roupas suas. Tão lá no quarto, se você quiser ir lá trocar primeiro eu te espero aqui.
Karina: Obrigado Cobra. Espera aqui, eu me troco rapidinho.- Assenti e a vi sair pela casa. Não demorou 5 minutos e ela já retornava.- Vamos?
Cobra: Bora.
Assim saimos rumo ao mar. Ficamos por lá bastante tempo. Conversamos várias coisas e principalmente do término dela com o guitarrista, me deu vontade de sair dali e dar vários socos nele pelas palavras que ele disse da minha pequena. Mas respirei fundo e me mantive ali. Já tava ficando tarde e ainda não tínhamos almoçado.
Cobra: Vamos Kah. Nem almoçamos ainda.
Karina: Vamos, porque eu já tô morrendo de fome.- Rimos e fomos em direção da casa de praia que tinha alugado.-
Cobra: Bom, como nem eu nem você sabe cozinhar trouxe alguns congelados que a Bete preparou pra gente.
Karina: Graças à Deus, porque eu não tava a fim de comer gororoba não.
Rimos juntos. Esquentei os congelados e comemos. Após almoçarmos deitamos um pouco no chão e ela me perguntou o que eu menos queria responder naquela hora.
Karina: Cobra, e você e a Jade?
Cobra: Bom Kah. Não é uma coisa que eu queria falar agora, mas o que eu posso te dizer é que casamento não é tão bom quanto agente pensa. É meio que problemático e sendo casado com a Jade Gardel não ajuda muito sabe. Mas mudando de assunto, bora treinar um pouco.
Karina: Claro. É hoje que você beija a lona lutador. - Ri dela, claro que eu a deixaria ganhar, só pra ter o prazer de ver aqueles dois mares que ela chama de olhos brilharem para mim.-
Começamos devagar só mesmo para nós aquecer, depois fomos aumentando a intensidade e concerteza ela tava treinando muito. Nossa como ela melhorou. Lembrei das vezes que treinavamos, quando eu machuquei ela , quando ela cuidou de mim mesmo eu a querendo longe. Claro ela sempre teve por perto desde quando eu cheguei aqui no Rio, nossa ela é linda, mas é minha irmã e eu tenho que ter carinho por ela só isso.
Tava tão no mundo da lua , como dizem por aí que ela me acertou com um golpe tão forte que eu fui ao chão em segundos.
Karina: Caramba Cobra, tá sangrando. Será que dava pra você prestar atenção caramba.
Cobra: Desculpa Kah, é que eu tava meio que longe. E como você tá forte em Pequena.
Karina: Eu falei que eu ia te deixar no chão.- Ri dela, me levantei e fui lavar o rosto. Nossa ela tinha feito um estrago horrível em mim, mas a culpa foi minha. Sai do banheiro e ela tava preparando um brigadeiro.- Nossa você demorou em. Isso aí vai ficar bem roxo, mas você bem que mereceu.
Cobra: Pode ser. Hum, adoro brigadeiro, e eu acho que esse é so meu.
Karina: Ah não mesmo, o máximo que eu posso fazer é dividir com você.
Cobra: Tá bom. Melhor que nada.
Sentamos na sala e fomos devorar o brigadeiro. Quando já tava no final peguei a panela e sai correndo pela casa.
Karina: Volta aqui Cobreloa, isso também me pertence.
Estavamos fazendo círculos pela sala quando eu cansei e ela veio com tudo pra cima de mim pela segunda vez naquele dia. Só que dessa vez eu não tive equilíbrio e caimos ao chão.
Cobra: Ai Kah.
Karina: Desculpa, mas quem manda você roubar meu brigadeiro?
Cobra: Nosso brigadeiro. E uma vez Marginal sempre Marginal. Lembra?
Rimos,mas ela ainda permanecia em cima de mim. Eu ocilava em olhar entre seus olhos e sua boca lembrando do dia que nós beijamos. Parece que ela fazia o mesmo. Quando caimos na real do que estavamos prestes a fazer ela se levantou e me encarou.
Karina: Eu..Eu..Eu..- Ela estava nervosa assim como eu.- Eu vou tomar um banho pra gente ir tá bom? - Apenas assenti e ela segui para o banheiro.-
Levantei-me do chão e recolhi nossas coisas que se encontravam por ali e as coloquei no carro. Ela demorou mais que o normal para sair do banheiro ,mas não questionei nada. Não sei o que aconteceu com nossos corpos, só sei que era estremamente errado.
Ela saiu do banho tempos depois e fomos embora. Novamente o silêncio foi nosso companheiro.
Chegamos a casa de nosso pai e subimos. Todos estavam reunidos a nossa espera para um jantar de comemoração pra Kah. Nós olhamos várias vezes durante à noite, nossos olhos transmitiam desejo,paixão mas isso era errado, a gente tinha que esquecer aquilo. Fui durmir e sonhei com ela. Não poderia ser diferente.