Ok, eu não podia em hipótese alguma negar que eu estava seriamente nervosa, o que James falaria quando visse que eu estava de liga? Nessas horas eu gostaria de ser como Jackie, sensual e provocante, mas eu apenas sou a Bella de sempre, desajeitada.

         - Onde você vai? – Carlisle parou na porta de meu quarto me vendo arrumada.

         - Como assim onde eu vou? – retruquei – Você não recebeu a mensagem? Vou sair com o James.

         Eu o ignorei e achei estranho demais quando ele entrou em meu quarto e sentou em minha cama.

         Eu me analisei no espelho mais uma vez, estava usando um vestido azul petróleo, ele era curto e não possuía um decote grande na frente, porém atrás ele tinha um corte em V que acabava na base de minhas costas, tinha a manga três quartos e eu tinha que admitir que era lindo e ficara bem em mim.

         Estava usando um par de botas stiletto com o salto médio, ela era preta e ia até quase meu joelho, de inicio eu pensei que a liga ficaria feia, mas não marcou e a meia deixou a roupa ainda mais elegante.

         Meus cabelos estavam soltos, com seus habituais cachos na ponta e eu puxei uma mecha da frente para trás prendendo com um pequeno lacinho dourado, coloquei um brinco pequeno também dourado  que complementava minha corrente, aquela que eu nunca tirava.

         Passei um pouco de meu perfume favorito e retoquei a maquiagem que eu havia feito, tudo a base d’água é claro, vi pelo espelho que Carlisle continuava sentado e me fitando e por um segundo eu me deixei iludir pela compaixão em seus olhos.

         - O que foi Carlisle? – Questionei irritada enquanto pegava meu casaco.

         - Por que você não me chama mais de pai? – ele franziu o cenho.

         - Por que eu me sinto mais a vontade assim.

         - Bella, eu preciso conversar com você – ele falou serio, sua expressão mais fechada.

         - Não pode ser depois? Eu pretendo comemorar meu aniversario de um ano com o meu namorado agora.

         Ele ainda me fitava estranho.

         - Você está linda filha – seus lábios se curvaram em um quase sorriso e eu congelei.

         Desde quando Carlisle faz elogios a mim? Me chama de filha?

         - O-Obrigado eu acho – gaguejei.

         - Você está igualzinha sua mãe – ele veio até mim e me abraçou.

         Isso mesmo.

         Chocada? Mais que eu impossível.

         - O que deu em você Carlisle? – murmurei me afastando.

         - É que hoje quando eu parei pra prestar a atenção em você... Bella, você cresceu tanto! Está quase indo para a faculdade e em breve ficarei sozinho.

         Rolei meus olhos.

         - Você vive sozinho Carlisle – peguei o presente de James – Sempre que está em casa se isola na biblioteca ou no seu gabinete, mal me vê durante as refeições, então não mudará muita coisa.

         - Isabella, você sabe que eu sou ocupado... – Ele começou e eu lago interrompi

         - Eu já ouvi tudo isso – murmurei – Não precisa repetir o discurso, se quer conversar comigo me procure amanhã, até mais.

         Antes de ele retrucar eu peguei minha bolsa e sai de meu quarto, caminhei direto para a garagem, apesar de eu ter ganhado um porsche amarelo, eu não conseguia usar, achava aquilo ostensivo demais, chamativo demais. Eu simplesmente preferia meu volvo discreto.

         Entrei logo colocando uma musica reconfortante e fui para a casa de James, tentando ao máximo esquecer de tudo e me concentrar na noite que eu teria pela frente.

           Afinal era isso que importava, eu finalmente me entregaria a James sem reservas, e isso me fez esquentar de uma maneira estranha, eu sabia que ele seria carinhoso e definitivamente eu havia perdido a vergonha que eu tinha dele, seu olhar me fazia sentir desejada e bonita.

         Eu sorri.

         James era uma das poucas coisas boas em minha vida.

         Estacionei na frente de sua casa olhei mais uma vez conferindo minha maquiagem no retrovisor, e por incrível que pareça eu não estava a beira de um ataque de nervos ou algo do tipo, pela primeira vez na minha vida eu me deixaria levar, eu curtiria sem pensar no amanhã.

         Desci, peguei seu presente e fui até a porta.

         Em um timing perfeito ao mesmo tempo em que encostei meu dedo na campanhia ele abriu a porta.

         Seu cabelo agora estava daquele jeito que eu gostava, curtinho, seus olhos azuis me fitavam com desejo, vi ele me olhar dos pés a cabeça e antes que eu pudesse quebrar o silencio ele me beijou, avidamente, cheio de desejo, senti suas mãos deslizarem para meus quadris e suspirei, ele me puxou e fechou a porta atrás de nós, nossas línguas travavam aquela batalha deliciosa onde cada um tentava ter um pouco mais do outro, James estava tão ansioso quanto eu.

         Suas mãos percorriam meu corpo por cima de meu casaco, e querendo sentir sua mão quente em mim eu o retirei de qualquer jeito enquanto ainda o beijava.

         Ele interrompeu nosso beijo arfando e encostou sua testa na minha.

         - Oi – seu sorriso iluminou o meu.

         - Oi – respondi.

         Ele corou um pouco e eu acariciei seu rosto.

         - Desculpa – ele murmurou – É que eu acho que me empolguei demais com você assim perto de mim.

         Eu sorri.

         - Alguém já disse que você pede desculpas demais?

         Ele revirou os olhos e terminou de tirar meu casaco, guardando-o e logo em seguida pegou a sacola que eu havia deixado cair.

         Eu toquei suas mãos fazendo ele segurar.

         - São seus presentes – sorri.

         Ele me olhou animado e viu que eu havia comprado, um CD autografado do Offspring que eu consegui na internet e duas camisas.

         - Não acredito! – ele me olhou animado! – Como você conseguiu? É a minha banda preferida!

         Eu ri.

         - Eu sei babe – passei meus braços pelos seus ombros definidos – Consegui na internet..

         Ele sorriu.

         - Eu adorei Bells – seus lábios roçaram nos meus – Mas eu só vou te dar o seu depois do jantar.

         Eu nem preciso mencionar que as borboletas bateram frenéticas em meu estomago certo?

         Nós fomos para a cozinha e ele havia feito lasanha, meu prato preferido, nós comemos paciente e conversamos sobre fatos banais, sua mão sempre procurando a minha e seu olhar sempre se concentrando em mim, eu sabia que tinha que fitá-lo diretamente, tentar sei lá, ser sexy ou algo assim, mas tudo que eu conseguia fazer era corar.

         E o que me fez corar ainda mais, foi pensar na reação dele ao me ver com essa cinta liga azul.

         - Estava ótimo amor – eu falei comendo o petit gateau que ele havia feito de sobremesa.

         Ele havia feito um só, em vista que ele sabia que eu comia pouco, ele me chamou dando um tapinha em seu colo e agora estava eu aqui comendo e dando boa parte do sorvete e do pequeno bolinho em sua boca.

         - Sério, eu não sei como eu consigo me manter magra com você cozinhando desse jeito.

         Ele sorriu.

         - Ah baby, eu gosto de você assim – suas mãos repousaram em minha coxa e eu estremeci.

         E como sempre a Bella desastrada tremeu com a colher, resultado: Isabella lambuzada.

         - Argh, se eu não derrubasse nada não seria eu – murmurei envergonhada tentando me virar para pegar o pano na mesa mais ele não deixou.

         - Eu limpo pra você Bells – ele sorriu maliciosamente e passou sua língua pelo canto de meus lábios, meu queixo e no pouco que respingara em meu pescoço.

         - Delicioso – ele sorriu e eu mordi meu lábio inferior tentando não gemer com seu toque quente e sua língua ainda mais fervente.

         Querendo sentir seu gosto eu encontrei seus lábios e o nosso beijo começou gentil e logo passou para algo mais desejoso, nossas línguas disputavam uma batalha sem vencedores e eu pude sentir tudo em mim esquentar, um calor que partia de meu ventre e se irradiava por todo o meu corpo.

         Ele interrompeu nosso beijo em busca de ar e me olhou profundamente, eu pude ver toda a luxúria ali, seu desejo que ele tentava refrear.

         - Vamos lá em cima? – ele sorriu.

         Eu assenti e estava pronta para me levantar quando ele levantou me levando em seu colo, eu ri e ele deu de ombros.

         - Eu sei que esses saltos te cansam.

         - Com certeza James – eu sorri – Eu já falei que eu te amo?

         Seu sorriso se iluminou.

         - Sim, mas eu adoro ouvir – ele me colocou no chão quando nós entramos em seu quarto.

         Eu já estivera aqui diversas vezes, mas hoje tudo parecia ter um significado diferente, eu vi um violão em cima de sua cama, seus posters na parede, algumas roupas espalhadas, um típico quarto de garoto.

         - Cara, eu achei o seu presente em um leilão na internet, e bom como você tem quase tudo eu achei que esse seria um presente legal – Ele falou totalmente animado.

         Eu podia rir a qualquer hora com James, as vezes ele parecia um menino sorridente e tímido, mas por outro lado se escondia uma cara lindo e maravilhoso, com aquele ar de predador que faz qualquer garota derreter.

         - Qualquer coisa que você me der vai ser legal – eu sorri maliciosamente – Muito mais que legal, eu diria até excitante.

         Ok, eu estava seguindo os conselhos de Jackie, tentar ser provocativa mas não se insinuar demais.

         Ele me olhou com uma sobrancelha arqueada e um sorriso que espelhava o meu.

         - Aqui – ele deu um tapinha na cama ao seu lado e eu sentei – Esse violão foi autografado e tocado pelo próprio Axl.

         Meus olhos se iluminaram.

         Ele não estava falando serio, estava?

         - Ah meu deeeus! – eu o abracei e peguei o violão verificando o autografo – Meu deus, meu deus, é do Axl Rose mesmo?

         - Sim – ele sorriu tímido.

         - Amooooor eu amei! – falei enquanto dedilhava o violão perfeitamente afinado.

         Eu podia sentir o efeito do vinho que ele servira com a lasanha agora mesmo em meu organismo, eu sempre fui fraca para bebidas.

         Mas isso com certeza me relaxou, e de repente eu ansiei por mais.

         - James, pega mais vinho pra gente – eu sorri para ele e dei um pequeno selinho em seus lábios.

         - Ok – ele se levantou rapidamente e foi para a porta.

         Enquanto isso eu começava a tocar o meu mais novo instrumento, eu era fanática por musica e sempre fui.

         James gostava desse meu lado e ele dizia que eu era totalmente outra pessoa quando estava em um palco, por mais pequeno que fosse.

         Sim, eu já havia ido em bares de karaokê com meus amigos e namorado, e eles me obrigaram a ir lá cantar.

         E aquela foi uma das experiências mais legais de minha vida, eu me senti... Poderosa. E quando eu ouvi todo o bar se mexer no ritmo da musica que eu cantava, aquilo me fez entrar em júbilo e eu me soltei, como se eu estivesse acostumada com aquilo, e desde aquele dia eu soube que nada me fazia mais feliz do que cantar, expressar meus sentimentos através de minhas musicas.

         Eu queria seguir isso como uma profissão, montar uma banda, viajar por ai, tocar em bares diferentes, conquistar o mundo! Viver, arriscar, e ser eu independente de tudo.

         Mas Carlisle se opusera com veemência quando por acaso eu mencionei isto, ele dissera que nunca aconteceria, que eu faria faculdade em Oxford, ou talvez na Ivy League, eu tirava notas excepcionais e passava os anos com todas as honrarias possíveis.

         Eu apenas assenti, pensando que meu pai estava certo mesmo, que aquele era meu destino, ser uma médica ou uma advogada bem sucedida, ganhar dinheiro e mais dinheiro, manter o status do nome de nossa família, mais a cada dia que passava eu sabia que aquele não era o meu lugar, eu jamais me acostumaria.

         - Hey – James abriu a porta com o vinho e duas taças na mão.

         Ele me serviu e sentou-se ao meu lado, eu tomei todo o conteúdo de uma vez só.

         - Alguém aqui está querendo ficar bêbada? – ele riu.

         - Só pra relaxar – eu rebati sentindo meu corpo mais maleável e a vendo a tensão sumir lentamente de meus músculos.

         Ele deu mais uma risadinha e tomou o seu vinho, eu coloquei meu copo e meu violão de lado, pensando em como abordar o assunto... O que eu deveria fazer agora? Agir sensualmente? Beijá-lo? Falar minhas intenções?

         Droga, eu podia sentir meu estomago revirar e respirei profundamente, e fui até seu sistema de som olhei seus CDs até achar um mais tranqüilo, resolvi colocar logo a musica que eu sabia que falaria por mim.

         Eu deixaria mais uma vez a musica demonstrar todo meu sentimento e minhas intenções, com ela não tinha falhas, era melhor do que qualquer palavra que pudesse sair por meus lábios.

         Então Sex on fire do Kings of Leon começou a tocar.

         James sorriu para mim e eu deixei meus sentidos me guiarem, fui até ele e antes mesmo de raciocinar sobre minha próxima atitude eu sentei em seu colo, com uma perna de cada lado e ele me olhava com desejo e surpresa, minhas mãos foram para seu pescoço trazendo seus lábios até mim, e eu o beijei como se minha vida dependesse daquilo e James interrompeu nosso beijo por um segundo.

         - Você tem certeza disso? – ele perguntou.

         Eu podia ver em seus olhos que ele rezava para eu falar que sim, mas mesmo assim ele me deixou escolher, me permitiu parar.

         Mas eu sabia o que eu queria, eu queria ter minha primeira vez, queria começar a viver intensamente, arriscar, e eu o amo ele me ama, que mal poderia haver nisso?

         - Sim – respondi tímida.

         Ele tocou minhas pernas ainda cobertas pela meia da cinta liga e fechou seus olhos.

         - Eu amo você – ele falou e me encarou com toda a potencia de seus olhos azuis.

         Eu sorri e me levantei de seu colo.

         Eu devia estar um pouco alterada já por causa do vinho, por que eu sabia que a Bella em seu estado normal, morreria a fazer algo assim.

         Lentamente eu comecei a me mover ao som da musica, tirando lentamente meu vestido e ouvi ele gemer quando viu minha surpresinha.

         - Cinta liga Bella? – ele mordeu seus lábios – Você joga baixo comigo, fica difícil preservar sua inocência vendo você de cinta liga, com essas botas, e tão malditamente sexy.

         Eu sorri satisfeita.

         Pelo menos ele havia gostado.

         - Mas eu quero perder James – eu sorri e me livrei rapidamente de minhas botas, fui para o seu colo agora mais confiante com o olhar que ele me lançava.

         - Perder? – ele gemeu quando eu puxei suas madeixas loiras aproximando-o.

         - Minha inocência – eu sussurrei em seu ouvido.

         Ele gemeu de novo e agora suas mãos exploravam toda minha pele, eu me sentia quente, e sentia cada vez mais uma sensação incomoda no meio de minhas pernas.

Eu não sabia se era todo o tempo que nós havíamos esperado, se eram meus hormônios virgens, ou a antecipação, mas em um segundo tudo mudou e nós tentávamos nos livrar de toda roupa o mais rápido possível.

- Porra Bells, você é muito gostosa – ele gemeu baixinho massageando ainda mais meu ego.

- Eu quero você – deixei um som manhoso resvalar por minha garganta.

Ele desabotoou meu sutiã e eu deixei ele deslizar por meus braços exibindo meus seios, eu vi a luxuria em James aumentar ainda mais e seus lábios foram direto para meus seios, fazendo meu corpo tremer, e eu não podia conter mais meus gemidos, movimentei meus quadris por puro reflexo tentando provocar alguma fricção que acabasse com aquele fogo que eu sentia em minha intimidade.

Lentamente ele me deitou em sua cama, acariciando meu corpo naquele mesmo ritmo lento, me fazendo relaxar, e eu me perdi em um espiral de emoções, ele deitou por cima de mim e eu toquei sua barriga esculpida, seus ombros musculosos, seu cabelo macio e ele sorria para mim passando-me tranqüilidade, uma promessa muda de que ele cuidaria de mim, que ele não me machucaria.

         Eu sentia aquela urgência de ter algo me preenchendo crescer ainda mais, James vestia apenas uma calça jeans e eu logo fui até seus botões, ele sorriu divertido com minha pressa.

         - Calma amor – ele beijou meu pescoço – Nós temos a noite toda.

         - Mas eu preciso de você – reclamei com um muxoxo.

         Ele passou sua mão por minha bochecha enquanto sustentava seu peso na outra, ele me olhou com ternura, como se eu fosse uma boneca quebradiça.

         - Eu já falei que você fica linda assim? Toda manhosinha? – seus lábios roçaram nos meus – Eu quero que essa noite seja perfeita pra você, não quero que se arrependa nunca de ter se entregado a mim Bells.

         Eu procurei seus lábios comovida, nossos lábios juntos em sincronia, eu podia sentir todo esse sentimento, eu seguiria em seu ritmo, deixando ele me tocar a sua maneira.

         James se levantou e tirou sua calça ficando apenas com sua cueca boxer e eu senti meu ventre se aquecer ainda mais com a visão de seu corpo perfeito.

         Ele deitou sob mim, apoiando seu peso para não me machucar, ele explorou todo o meu corpo, beijando-me, lambendo, e mordiscando, me fazendo gemer alto, e me contorcer em baixo dele, deliberadamente ele tirou minhas meias, e o resto da liga, me deixando nua em pelos na sua frente, e eu esperei sentir vergonha enquanto ele analisava meu corpo, mas não consegui, eu apenas o desejava, desejava tanto que chegava a doer.

         - Tão linda – ele mordeu seus lábios e acariciou lentamente minhas coxas.

         - Oh por favor James – gemi tocando seu braço – Eu preciso..

         Ele sorriu e estendeu sua mão até a cômoda ao lado, pegando um preservativo e colocando em minha mão.

         - Coloca pra mim? – ele sorriu maliciosamente e eu me endireitei, ficando sentada em sua frente.

         Engoli seco ao tocar com minhas mãos tremulas a borda de sua cueca, eu abaixei-a lentamente deixando toda a extensão de James exposta, e ele jogou sua cabeça para trás perdido em seu próprio prazer.

         Eu retirei o preservativo e coloquei em James, roçando meus dedos nele em todo o processo, ele abafou um gemido e me olhou atentamente, e sem proferir nenhuma palavra ele deitou por cima de mim novamente, eu abri minhas pernas o dando livre acesso, e ao leve roçar de nossos sexos eu senti o fogo me consumir, eu precisava de James, ele me beijou arduamente e eu senti suas mãos em meu sexo massageando meu clitóris enquanto lentamente ele entrava em mim, eu senti uma dor aguda ao sentir ele partindo meu hímen, mas sua massagem se intensificou e ele me beijava intensamente, eu fui aos poucos deixando toda a dor inicial de lado.

         Senti ele me completar por inteira e nossos gemidos aumentaram, seus lábios eram sôfregos contra os meus, eu arranhei suas costas fortemente enquanto sentia ele se movimentar lentamente de inicio, e toda a dor se transformou em um prazer absurdo, me fazendo beijá-lo com ainda mais vigor, seu ritmo aumentou e agora eu sentia que era cada vez mais empurrada a beira de um abismo de prazer, a dor estava ali, mas ela passava despercebida aos toques de James e a sensação de tê-lo me preenchendo e me amando.

         Logo nosso ritmo aumentava ainda mais, nossos corpos suavam e eu sentia sua pele em minha pele, seu cheiro cravando em mim, nossas respirações acelerando e eu chegava na beira do abismo, até James entrar mais uma vez em mim e eu senti pontos de luz em minha visão, roubando todo o meu ar, eu gemi ou melhor eu berrei seu nome enquanto ele entrava e saia mais uma vez, eu ouvi ele gemer meu nome também e sabia que ele estava gozando assim como eu.

         Seus lábios famintos procuraram o meu e ele me beijou terminando o nosso ato, a minha entrega, James deslizou para o meu lado e após retirar sua camisinha e jogá-la no lixo ele me acomodou em seu peito, eu estava esgotada, minhas pernas doíam mas eu me sentia bem, e um sorriso serpenteou por meus lábios, e eu encostei meu rosto em seu peito nu, senti seus braços musculosos em minha volta, me aquecerem, e senti que poderia ficar ali para sempre.

         - Foi bom? – ele perguntou quando sua respiração se normalizou.

         Eu sorri e com meu dedo indicador eu fiz pequenos círculos na pele de seu abdômen, senti ele estremecer.

         - Maravilhoso – eu olhei para ele que sorria satisfeito – Eu sabia que você não me decepcionaria James – brinquei.

         Ele deu uma risada deliciosa e eu o acompanhei.

         - Eu tive medo de te machucar...

         - Mas não machucou – sorri me esgueirando para beijá-lo delicadamente.

         Uma de suas mãos repousava em meu pescoço enquanto a outra percorria lentamente minha coluna vertebral, fazendo carinho.

         - Passa a noite comigo? – ele perguntou esperançoso enquanto roçava seu nariz no meu.

         Eu sorri e o beijei mais uma vez e depois voltei a me aconchegar em seu peito.

         - Estava só esperando o convite – eu brinquei e bocejei.

         Ele soltou uma risada leve e voltou a me acariciar, fazendo o sono chegar ainda mais rápido.

         - Eu amo você Bells – ele sussurrou e beijou minha testa.

         - Eu também James – sorri  e o abracei mais apertado.

         E sentindo suas mãos me acarinhando eu peguei no sono, exausta e... Feliz.