Ultimo dia de aula.

         Yeaaaah, ultimo dia! E ano que vem seria eu no ultimo ano!  

         E seguindo meu raciocínio, eu estaria logo livre de toda essa merda de colégio, livros, cadernos, professores, TUDO!

         Por isso que hoje só hoje eu resolvi me arrumar para ir ao colégio, não que isso fosse possível por que eu tinha que usar aquele uniforme clichê e horroroso.

         Fala sério! Saia xadrez, camisete e gravata.

         Revirei os olhos e alisei novamente meu suéter preto, hoje eu havia colocado a minha saia mais curta, minhas botas pretas de cano longo pairando um pouco abaixo do joelho, um camisete, meu suéter preto que deixava meu corpo acentuado, aquela gravatinha irritante eu coloquei solta, meus cabelos estavam impecavelmente lisos e penteados, o que era raro para mim, hoje eu havia passado até um pouco de maquiagem.

         Olhei meu reflexo no espelho.

         Sim, eu era idêntica a mamãe.

         Ela e Carlisle haviam estudado nesse mesmo colégio que eu estudo, e eu já havia visto fotos dela naqueles memorandos, ela era capitã das cheerleaders e meu pai era capitão do time de futebol. Ela fora rainha do baile e ele rei.

         Aposto que os dois formavam aquele típico casal perfeito, os dois lindos e ricos se amando eternamente.

         Yuck, eu simplesmente não acreditava que meu pai poderia ser assim.

         Respirei fundo e entrei em meu volvo preto, liguei o som e fui para o colégio cantando Muse desesperadamente.

          Eu passei pela beira-mar apreciando a vista, até no inverno tudo isso aqui era lindo, eu adoro a Califórnia e mais ainda minha cidade linda, sim por que não existe cidade que se compare a San Francisco, eu sabia também que minha mãe amava essa cidade, o motivo do meu pai querer sempre se mudar, mas por insistência minha e da Esme ele sempre desistia.

         Suspirei pesadamente ao ver que já estava chegando ao colégio, eu até gostava de lá e tinha algumas amigas e um namorado lindo, mas eu hoje eu estava meio nostálgica e tudo que eu podia ver ou pensar me fazia lembrar daquela mulher, a minha mãe.

         A pessoa mais importante do mundo que eu nunca vou poder conhecer, aquela que me amou em seu ventre e que mesmo o médico alertando que era um parto de risco, não desistiu e deu a vida por mim.

         Era se eu pudesse sentir o amor dela por mim, mesmo sem vê-la, eu podia sentir seu amor quando o sol aquecia minha pele, ou quando uma brisa suave agitava meus cabelos, ela havia desistido disso tudo, por mim. Por minha vida.

         E tudo que eu tinha dela eram fotos e vídeos, e um pequeno colar que eu não tirava nunca, ela havia comprado para mim antes mesmo de eu nascer, e no pingente havia as palavras “Mais que minha própria vida” em italiano, Esme me deu esse colar junto com uma pequena carta escrita por uma enfermeira solidária.

         Eu já havia lido tantas vezes que eu sabia de cor.

         Querida Isabella,

         Eu só queria que você soubesse que eu amo você acima de todas as coisas. Eu esperei por você e infelizmente por vontade de Deus eu não vou poder estar aqui.

         Mas eu quero que você viva! Viva intensamente por mim Isabella, seja feliz, realize seus sonhos e não deixe que as pessoas te digam o que você pode ou não fazer.

Levante todas as manhãs e me leve com você por seus dias! Se arrume e seja autentica, apaixone-se intensamente e arrisque. Seja feliz e deixe ao menos uma vez suas preocupações de lado.

Não se prenda a dor, liberte-se dela, você não tem culpa! Sorria da maneira mais bela, atraia olhares e seja você!

         Nunca desista dos seus sonhos meu pequeno anjo, persista, acredite e você alcançará.

A vida meu amor, é um dádiva, não a desperdice apenas existindo ao longo dos anos, mas sim viva! Você é linda e vendo você agora mesmo a poucos metros de mim, eu quero que você saiba que a mamãe vai estar sempre com você. Sempre zelando seus passos.

         Eu te amo minha pequena Isabella, mais que a minha própria vida.

         Eu parei o carro e apoiei minha testa no volante tentando reprimir minhas lágrimas.

         Eu sentia tanta falta dela, mesmo sem a conhecer. E isso era um sentimento tão estranho, por que você geralmente sente falta de algo que já viu ou possuiu. Mas não, comigo não era assim.

         Eu podia sentir o amor em suas palavras, e eu aposto que ela me olhava de algum berço ou nos braços de alguém enquanto sussurrava para a enfermeira escrever, mas ao contrário disso, eu aposto que ela falava para mim, eu queria poder me lembrar de suas palavras, do som de sua voz. Mas não, por que eu não a tinha por perto.

         E quando eu via minhas amigas desdenhar de suas mães, eu ficava ainda mais irada, por que elas reclamavam? E eu que queria tanto ter a minha e não posso? Por que tinha que ser assim? Eu daria valor a ela, eu a amaria e a ouviria.

         Mas não, eu não podia fazer nada disso, eu apenas poderia tocar meu pingente, ler suas palavras finais, seu epitáfio e dormir abraçada com meu travesseiro imaginando como seria quente e acolhedor o seu abraço, como seria sua gentil voz sussurrando cantigas de ninar para mim, parece infantil e ridículo, mas eu queria saber como seria ter isso.

         Eu queria saber como era ter um pai presente e que se importasse comigo, que ligasse pra algo mais do que dinheiro. Um pai que me amasse e que me olhasse com ternura e não com remorso e ódio.

         Por que estava escrito em sua testa, que ele preferiria que eu morresse no lugar de minha mãe.

         Mas eu não podia mais sentir isso, eram dramas infantis. Eu era quase uma adulta agora, eu tinha que ser forte e viver, realizar meus sonhos, fazer a vida de minha mãe valer à pena, a vida que ela me deu.

         - Bells, você não vai descer? – eu ouvi uma voz familiar me chamar.

         Eu sorri ao ver James e seus olhos azuis sorridentes.

         - Vou sim – murmurei rouca.

         Respirei fundo engolindo o choro trancado em minha garganta, arrumei meu cabelo pela centésima vez hoje e peguei minha bolsa e desci.

         - Uau Bella – ele sorriu e me deu um beijo de bom dia – Por que toda essa produção?

         Sorri ao os olhos azuis cintilantes de meu namorado, ele era lindo em todos os sentidos, além disso, ele era popular e co-capitão do time de futebol da escola.

         Eu sempre fui apaixonada por ele, mas nunca havia tido coragem de falar nada, então eu apenas deixava por isso mesmo e o observava de longe, até que um dia ele trombou em mim deixando todos os meus livros caírem e ao invés de me xingar e sair ou algo do tipo, ele me encarou por um minuto inteiro, sorriu e tocou minha mão.

         Desde então seus olhos azuis nunca me deixaram.

         Eu não podia negar que não sabia o que ele havia visto em mim, mas quem era eu para questionar sua sanidade? Se ele me queria eu apenas ficaria eternamente grata.

         Amanhã vai fazer um ano que nós estamos juntos.

         Um ano vendo-o quase todos os dias e eu finalmente pretendia me entregar a ele, ele não persistia muito no assunto mais eu sabia que ele queria. E eu realmente me sentia segura com isso, eu sabia que James era a pessoa certa.

         Aliás as coisas só esquentavam cada vez mais entre nós e os nossos amassos eram cada vez mais constantes.

         - Nada amor – eu falei passando meus braços por seu pescoço – Só estou animada, ultimo dia de aula não é mesmo?

         Ele me olhou intensamente.

         - Por que eu tenho a vaga impressão que você está mentindo?

         - Por que você é sempre tão chatinho? – imitei seu tom.

         Ele riu, colocou suas mãos em minha cintura e me beijou levemente.

         Bom, a principio eu acho que essa fora sua intenção, mas como sempre nós aprofundamos o beijo, e meu corpo estava praticamente colado ao seu.

         - Vão procurar um quarto! – Jackie falou enquanto passava por nós.

         Jackie era minha melhor amiga, e bom, amiga de James também, ela namora o Tyler, um garoto intercambista, eu já questionei ela de como seria depois que ele partisse? Ela apenas disse que preferia não pensar nisso agora.

         - Hey – eu a cumprimentei enquanto me afastava de James corando – Não vi você ai...

         - Do jeito que você estava com James duvido muito que veja alguma coisa. – ela sorriu maliciosamente enquanto James bagunçava seu cabelo.

         Eu gostava de meus amigos, eles eram como uma família para mim. Me davam o apoio que eu sempre necessitei, criavam aquela atmosfera amigável  e me faziam esquecer momentaneamente dos problemas.

         Com certeza devia minha sanidade a eles.

         - Você fala muito baixinha – eu reclamei – Onde está o Tyler?

         - Ah sabe aquela virose que todo mundo tava pegando? Então Tyler contraiu e bom, ele não pode receber visitas e muito menos vir para o colégio...

         Eu assenti e nós fomos em direção as salas.

         - Bells, eu vou indo pra ultima aula de biologia! – ela sorriu – Beijinhos!

         - Ok – sorri.

         Eu sempre fui uma garota de poucas palavras, meio tímida, era meu jeito ser assim, eu achava isso horrível é claro, mas James sempre me dizia que era isso que me deixava ainda linda.

         Com certeza ele tinha algum problema.

         - Então Bells, as aulas estão acabando... – ele deu um sorriso tristonho – Você sabe o que vem depois disso não sabe?

         Eu estremeci, James era um ano mais velho que eu e ele iria para a faculdade, eu tentava a todo custo evitar esse assunto eu não era boa com despedidas ou algo do tipo, ele afirmava com veemência que gostaria de manter nosso relacionamento, mas eu ficava pensando se ele realmente poderia.

         Afinal era faculdade! Cheio de garotas e festas regadas a bebidas e sexo.

         Realmente era querer levar um belo par de chifres.

         Não que eu duvidasse da fidelidade de James, mas era um pouco difícil resistir a toda essa atmosfera excitante, ele com certeza conseguiria uma bolsa de estudos por jogar futebol maravilhosamente bem e seria ainda mais bem visto, eu já tinha que cuidar com as cheerleaders vadias daqui, imagine em uma faculdade?

         Suspirei.

         - Eu tenho que ir... – murmurei.

         Ele segurou meu braço me olhando com uma expressão torturada.

         - Até quando você vai ficar evitando o assunto Bella? Nós temos que resolver isso! E você anda tão distante de mim!

         Eu toquei seu rosto gentilmente encarando seus belos olhos azuis que para mim era uma contradição. Como olhos tão azuis representando gelo ou a água poderiam ser tão ardentes? Me fazendo queimar por dentro?

         - Não é isso James – mordi meus lábios – É que você sabe como eu lido com despedidas, eu simplesmente não consigo!

         - Não é como se eu fosse ir amanhã Bella – ele fez um biquinho.

         Eu beijei seus lábios gentilmente.

         - Podemos conversar sobre isso depois de amanhã? – pedi com a voz melosa e sabia que ele cederia.

         - Isso não vale! – ele tocou minha cintura – Eu não consigo dizer não pra você assim... – ele beijou meus lábios com doçura.

         - E aliás o que tem amanhã de tão importante que não poderemos falar sobre isso? – ele fez uma cara fingida, ocultando um sorriso.

         Eu semicerrei meus olhos.

         - Não vai dizer que você esqueceu James!

         Ele riu deliciosamente e me empurrou contra a parede, me beijando agora com mais voracidade.

         - É claro que não – ele murmurou rouco – Como eu podia esquecer nosso aniversario de um ano? Um ano que eu estou com a garota mais linda dessa escola – ele me beijou de novo – Você vai lá em casa?

         Eu sorri.

         - Um jantar a dois Sr. James?

         - Sim – ele sorriu me puxando para mais um de seus beijos sufocantes – Meus pais vão estar fora da cidade e eu pretendo cozinhar para você, a menos que você queira sair e..

         - Shhhh – eu o interrompi rindo – Você cozinhando parece perfeitamente ótimo para mim, só vou chegar mais cedo para não perder essa cena ok?

         Ele revirou os olhos.

         - O que? Aposto que você fica incrível quando está concentrado cozinhando – eu mordi sua orelha em um sinal claro de segundas intenções.

         - Bella... – ele me repreendeu enquanto segurava minha cintura – Isso não significa que você precisa...

         - Shhh – coloquei meu dedo indicador em seus lábios – Relaxe ok James? Não vou fazer nada que você não queira.

         Eu sai de seu aperto rindo enquanto ele me encarava com certa luxuria.

         Era incrível como seu olhar me fazia sentir incrivelmente desejada, digamos que até bonita. James era o único com quem eu tinha tais liberdades e realmente me soltava, e isso tornava tudo ainda mais doloroso, sabendo que ele iria ir para faculdade.

         Suspirei enquanto enfrentava meu ultimo dia de aula.

           - Jackie, você tem certeza que essa ta boa? – eu perguntei pela milésima vez.

         Ela rolou seus olhos e tomou uma atitude que eu simplesmente achava que ela nunca tomaria.

         - ALEC! – ela berrou o nome de seu irmão mais velho.

         Nós estávamos em sua casa, era sábado a tarde e eu a convidei para ir ao shopping comigo, a inicio eu falei para ela que seria apenas para comprar algo para James, mas eu queria mesmo é que ela me ajudasse a escolher uma roupa sexy, e lingeries.

         Sim, por que eu jamais pediria isso a Esme, morreria de vergonha, mas Jackie era minha amiga, e quando nós entramos na loja da Victoria secrets ela logo sacou tudo e me fez comprar pelo menos umas quatro! O que era o meu motivo de pânico, por que agora eu simplesmente não sabia qual usar!

         E visto que eu pedi sua opinião em quase tudo, eu também pedi agora, mas ela dizia que todos estavam lindos e que qualquer um servia, por que ele nem iria olhar isso.

         Bom, eu acreditava nela, por que ao contrario de mim ela já havia feito sexo com seu namorado Tyler a muito.

         Alec bateu na porta de seu quarto e entrou em seguida, bom eu não estava preparada para isso.

         Nunca nenhum garoto havia me visto assim, eu estava com uma liga vermelha, uma calcinha quase inexistente me deixando completamente horrível, sem falar os sutiãs que faziam meus seios saltarem e parecerem ter o dobro de seu tamanho original.

         Eu deveria estar parecendo uma criança tentando ser sexy e não me admiraria se Alec começasse a rir no mesmo instante.

         Afinal eu já tinha tido uma paixonite aguda não correspondida por Alec, ele não sabia é claro, nem nunca iria saber, mas bom... Jackie não me perdoou.

         - O que você quer Jackie? – ele falou irritado enquanto se virava para nós.

         E ao invés de correr como eu queria, eu fiquei ali parada, pateticamente parada esperando suas gargalhadas.

         - Alec, por favor! Estamos em um impasse aqui e precisamos de sua ajuda!

         Ele me fitou demoradamente, dando uma pausa maior em meus seios e em minhas pernas, eu estava vermelha como um pimentão é claro e lançava olhares mortais para Jackie.

         - Wow Bella – ele comentou ainda olhando meus seios – Você hun, cresceu...

         - Alec! – Jackie bateu em seu braço – Não é pra você ficar secando ela pervertido!

         - Então pra que me chamou? – ele continuava me olhando e eu ficava cada vez mais constrangida e senti meus joelhos tremerem.

         Alec era lindo, absurdamente lindo como Jackie e o fato de ele estar me encarando com a luxúria evidente em seus olhos fazia eu me sentir... Envaidecida.

         - Bella comprou algumas lingeries e nós precisamos de uma opinião masculina. – ela falou como se oferecesse algum chiclete – Pode fazer esse favor maninho?

         Ele engoliu seco.

         - Claro.

         - Como eu imaginei – ela sorriu maquiavelicamente e eu senti medo.

         E vergonha, muita vergonha.

         - Vamos lá Bells, mostre a ele, não precisa ficar com vergonha! É só o Alec, ele já te viu até nua! – ela reclamou com um muxoxo.

         - É-É diferente, eu tinha sete anos – resmunguei ainda encabulada e congelada em meu lugar.

         Alec sentou-se na cama com um sorriso maroto.

         - Eu não consigo me lembrar muito bem, mas tenho certeza que prefiro você assim.

         Revirei os olhos.

         Que se ferre afinal, eu estava cansada de ser a bella acanhada, a bella tímida, a bella certinha.

         Hoje eu iria ter minha primeira vez com meu namorado, passar por uma avaliação de Alec não podia ser assim tão assustador, poderia?

         - Argh tanto faz! – murmurei – Me de a preta Jackie!

         Ela jogou para mim com um sorrisinho estranho.

         Bom eu sabia que por ela eu seria namorada de seu irmão, e tenho certeza que isso teve algum propósito.

         Mas apesar de achar Alec lindo, eu simplesmente amava James e não tinha coragem de traí-lo, eu o queria, apenas a ele.

         Entrei no banheiro e coloquei a lingerie preta com detalhes dourados, ela era um fio dental mais era um pouco maior que a vermelha, suspirei aliviada, eu ainda não acredito que estava seminua na frente de Alec.

         Coloquei o sutiã ajeitando meus seios, e logo coloquei aquele lacinho em minha coxa assim como eu havia visto no manequim, eu agradeci mentalmente por ter depilado na quinta e tudo estar na devida ordem.

         Sai do banheiro e vi que Jacki conversava aos sussurros com Alec.

         - Parem de cochichar! Eu sei que ta feia... – fiz um biquinho.

         Jackie rolou os olhos e Alec me olhava detalhadamente mordendo seus lábios.

         - Porra Bells – ele comentou nada educado – Você ta incrível.

         Eu comprimi meus lábios tentando não sorrir, mas meu ego inflou.

         - Obrigado Alec – sussurrei e dei uma voltinha rapidamente deixando ele ver o resto – Então qual eu uso?

         Agora eu podia até me sentir um pouco mais confiante sobre meu corpo, coisa que eu nunca fui.

         - Você ta muito gostosa Bells, mas prova o resto – ele passou a língua por seus lábios rapidamente.

         Jackie me olhava com aquele sorrisinho de quem vai aprontar uma.

         - Me da a rosa Jackie – sorri.

         Ela me deu e eu me troquei rapidamente no banheiro, essa era um pouco mais cavada e me deixava com certeza horrível, é sério eu me senti estranha usando uma peça como aquela, totalmente estranha.

         - Puta que pariu – ele mordeu seus lábios – James é um cara de sorte – murmurou sem pensar.

         Rolei meus olhos e Jackie me jogou a ultima, a azul.

         Eu entrei no banheiro ainda me sentindo estranha com a súbita atenção de Alec em mim.

         A azul era minha preferida, ela tinha um tom azul marinho que proferia um ótimo contraste com minha pele branca, ele tinha detalhes em strass e esse também tinha uma cinta liga, o sutiã deixava meus seios bem evidenciados e a calcinha apesar de ser um fio dental era fofa e não me incomodava tanto quanto as outras.

         Eu sai e vi Jackie sorrir.

         - Essa é a mais linda – ela falou e eu corei mais ainda.

         - Tenho que concordar com você Jackie – Alec murmurou ainda meio alterado.

         - Eu também gosto dessa – caminhei até o espelho ajeitando as meias – E como eu vou usar bota hoje, acho que ficaria legal não é Jackie?      

         - Com certeza Bells – ela murmurava com uma risada contida.

         Seria essa, sorri ao me olhar mais uma vez, eu não estava feia e meu corpo tinha curvas bem definidas para alguém da minha estatura, virei de lado me analisando, definitivamente eu era magra, mas não daquelas secas, era tudo proporcional e o mais importante era que James me amava.

         Me ama do jeito que eu sou, me quer assim. Meu sorriso se abriu e eu virei para eles, Alec parecia estar vermelho e se segurando enquanto Jackie ria.

         Esses dois... Dei de ombros e fui me vestir para ira para casa, afinal eu teria uma grande noite hoje.

         Sorri.

         Definitivamente.