Quando chegamos em casa eu terminei de arrumar a minha mala, e ajudei Damon com a dele, porque as vezes ele parecia uma criança.

— Vou tomar um banho, quanto tempo temos para estar no aeroporto?

— Nosso voo é em duas horas e meia, acho que você tem meia hora – ele sorriu – seria um prazer me juntar á você nesse banho.

— De jeito nenhum Salvatore, nossa primeira vez depois de casados tem que ser especial, não no chuveiro de casa.

— Na banheira?

— Não. – disse séria.

— Então posso pelo menos te ajudar a sair desse vestido? – ele disse mordendo o lábio inferior.,

— Deve – ele riu e caminhou até mim.

 Coloquei meu cabelo sobre o ombro, e senti suas mãos em minhas costas, passando com delicadeza pela parte nua.

— Damon é só abrir o vestido. – ri.

— Vou fazer isso do meu jeito.

 Senti seus lábios em meu ombro direito, passando por meu pescoço, no ombro esquerdo, descendo pelas minhas costas, respirei fundo, meu corpo já estava pegando fogo por dentro, e eu o queria agora.

— Dane-se – me virei e o beijei, tirando seu terno e o jogando na cama.

— Não, não não, nada disso – Damon me afastou e começou a rir – tem que ser especial, Sra. Salvatore.

— Você fez de propósito – arquei as sobrancelhas, ele começou a rir, dei um tapa leve em seu peito – anda, me ajuda a tirar o vestido – virei de costas novamente.

 Seus dedos correram pelo zíper o descendo, e então senti o alivio, Damon me ajudou a tirar ele todo, fiquei apenas com a lingerie branca e a cinta liga com a meia também brancas, Damon me encarou mordendo o lábio com força.

— Não tire isso, pelo amor de Deus.

— Eu vou tomar banho.

— Não, não, por favor não, você precisa ficar assim.

— Prometo que vou vestir algo especial por baixo também, não se preocupe – sai caminhando até o banheiro, no caminho tirei o meu sutiã e o joguei para Damon, que riu se jogando na cama com a barriga para baixo.

 Tomei um banho rápido, sai enrolada na toalha, Damon não estava mais ali, o que era bom, pois ele me fazia perder o foco.

  Vesti uma calça jeans branca, uma blusa de manga comprida rosa degrade, e um scarpin preto, as malas já não estavam ali.

 Damon estava com Enzo, os dois sentados no sofá conversando e rindo, já passava das oito da noite, e nosso voo seria em duas horas.

— Prontos? – perguntei parando ao lado deles.

— Prontos – disse Damon se levantando e sorrindo.

— Agora você vai me falar para onde vamos?

— Não – ele deu um sorriso falso e saiu andando até a garagem.

 Entrei no banco de trás, Enzo dirigia e Damon foi ao lado dele, eles conversavam sem parar.

Cerca de trinta minutos depois chegamos ao aeroporto, nos despedimos de Enzo e fizemos o check-in, estávamos adiantados, então resolvemos comer alguma coisa.

— Como está se sentindo? – ele perguntou.

— Estou feliz, muito feliz, nosso casamento foi maravilhoso.

— Foi mesmo, não sei porque, mas acho que foi até melhor que o primeiro.

— Eu concordo, eu amei cada minuto, esse final de semana, foi melhor da minha vida, estar com todo mundo lá foi... Maravilhoso.

— Podemos fazer isso mais vezes – eu ri – não casar, é lógico, mas viajar com os amigos e a família.

— É uma boa ideia Sr. Salvatore.

— Obrigado Sra. Salvatore – brindamos com nossas xicaras de café.

 Nos caminhamos pelo corredor procurando nossas poltronas, me sentei na janela, e Damon ao meu lado, segurou a minha mão e sorriu.

— Animada para saber para onde vamos?

— Muito, você não vai mesmo me falar?

— Você vai descobrir em breve – ele beijou minha mão.

 Apenas deitei minha cabeça em seu ombro, e fiquei passando cada momento do dia de hoje, foi tão lindo, foi exatamente do jeito que eu queria, foi tudo simplesmente perfeito, eu acabei pegando no sono.

                                       DAMON

 Alguns minutos depois que o avião decolou, Elena dormiu com a cabeça no meu ombro, Deus como essa sensação é maravilhosa, a sensação de ter ela por perto, de ter ela ao meu lado, dela ser a minha esposa novamente, eu me sinto completo.

 Imagens do nosso casamento me voltam a mente, Elena caminhando em minha direção, com os lindos olhos brilhando, e um sorriso maravilhoso nos lábios, e era para mim, ela sorria para mim. Quando Elena estava namorando com aquele babaca, achei que eu havia perdido ela para sempre, que ela jamais seria minha pequena de novo, e como estou feliz em estar errado. Eu não poderia ter uma mulher mais perfeita ao meu lado, até seus defeitos são perfeitos aos meus olhos, ela me faz ter vontade de viver. Aquele dia, quando eu acordei enquanto ela se desculpava, e me pedia para voltar, eu tenho certeza que não foi por acaso, antes do acidente eu estava irritado, eu queria desaparecer, eu estava infeliz, miserável, e em certo ponto eu queria até morrer, mas ela me chamou, ela me pediu para voltar, foi tudo ela, eu tenho certeza que estou aqui hoje, por ela, pela minha pequena.

 Ficar observando enquanto ela dorme, é o momento que tenho para contemplar a vida, agradecer por ter ela ao meu lado, por tudo em nossas vidas ter se acertado.

Acordei com a comissária de bordo dizendo para colocarmos os cintos, que chegaríamos em cerca de vinte minutos, resolvi acordar Elena, que dormia como um anjo.

 - Ei, acorda dorminhoca – dei leves beijos em seus lábios.

— Hmm – ela resmungou .

— Está na hora de acordar, já estamos chegando.

— Chegando? Por quanto tempo eu dormi? – ela perguntou se ajeitando na poltrona coçando os olhos, como ela consegue ser tão meiga?

— A viagem toda – eu ri.

— Por que você não me chamou?

— Você estava cansada pequena, merecia descansar – dei um beijo em sua testa – agora olhe pela janela, e veja onde estamos.

 Ela correu a mão até a janela, e levantou a cortina, sua mão foi até a janela e ela riu, se virou para mim, com aquela risadinha infantil, e os olhos brilhando, minha menina.

                        ELENA

 Quando Damon me disse para olhar pela janela fiquei animada, eu não sabia para onde estávamos indo, levantei a cortina e o que vi foi de tirar o folego, ri como criança, toda boba, o sol estava nascendo, com o céu uma mistura de cores, e abaixo havia um mar azul, que chegava a doer os olhos, tão azul que parecia uma piscina, era provavelmente a coisa mais linda que já, a mistura do nascer do sol e aquele mar.

— Damon – disse recuperando o folego, - é tão lindo.

— Sabe onde estamos? – ele se inclinou para olhar pela janela – Barbados, Caribe.

— Está de parabéns Sr. Salvatore, não poderia escolher um lugar melhor, e mais bonito, estou apaixonada por esta visão.

— Em algumas horas estaremos lá em baixo, aproveitando nossa lua de mel, em baixo de um sol quente e um mar cristalino – ele beijou minha testa e se ajeitou em sua poltrona.

 Eu estava animada, ansiosa, queria descer logo, queria aproveitar cada minuto dessa lua de mel.

  Cerca de quarenta minutos depois, estávamos esperando nossas malas ao lado da esteira, quando elas vieram foi difícil de pega-las, em meio a tantas pessoas, mas conseguimos.

 Havia uma van, que nos levaria até o resort Bougainvillea Beach Resort Hotel, eu estava tão animada, mal conseguia ficar parada, Damon ria de mim, e vez ou outra eu o pegava me admirando.

— Para de rir de mim – disse fazendo beicinho.

— Não estou rindo de você, estou feliz, nada poderia me deixar mais feliz que esse sorriso no seu rosto.

— Todo sua culpa Sr.

— Fico feliz com a culpa – ele me puxou para um abraço.

 Quando chegamos fizemos um tour, o lugar era simplesmente maravilhoso, a beira mar, com piscinas por ele todo, de tirar o fôlego.

 Fizemos o check-in, e uma moça muito bonita e elegante nos conduziu até o nosso quarto, era a suíte de lua de mel, assim que entramos ela nos desejou uma boa estadia, e disse que nossas bagagens já chegariam.

 Entrei pela suíte e fui conhece-la, havia uma pequena sala, com sofá, uma televisão enorme, e uma mesa para duas pessoas, fui até a varanda, que dava vista para o lindo e azul mar, e algumas piscinas, continuei andando, Damon segurou minha mão e fomos até o quarto, a cama era enorme, acima do edredom branco havia um coração desenhado com pétalas de rosas, e um balde com champanhe rose no criado mudo, a varanda dava também para o grande mar, fiquei contemplando aquela visão por longos segundos.

— Você gostou? – disse Damon dando um beijo em meu ombro e me abraçando por trás.

— Estou sem palavras – suspirei – esse lugar, Damon é... Incrivel.

— Obrigado – ele riu. – o que quer fazer primeiro?

— Honestamente? Não sei se quero te agradecer com todo o amor possível, ou se quero colocar um biquini e ir até aquele mar lindo.

— Vamos tomar café da manhã, depois podemos ir até a praia, passar a tarde lá, e então voltamos para o quarto, e ai você pode me agradecer com todo o amor possível – ele riu e deu uma mordicada no lóbulo da minha orelha.

— Parece uma ótima ideia.

— E é, vem – ele pegou a minha mão e nós saímos do quarto.