Vesti um vestido que eu comprei a pouco tempo, inspirado em uma das minhas personagens literária favoritas Louisa Clark, do livro Como eu era antes de você, ele é um tom de vermelho sangue, com as alças largas e justo até a cintura, depois ele é bem soltinho, o sapato é um peep toe Louboutin de 15cm preto, com uma única tira no peito do pé que leva até o tornozelo, coloquei um brinco dourado com pedrinhas brilhantes comprido que lembra uma pena, e três anéis também dourados de falange com pedrinhas brilhantes, prendi meu cabelo com uma trança fina na parte de traz e e fiz o babyliss deixando as pontas onduladas, passei uma maquiagem esfumaçada de preto e dourado, com um leve delineado, fiquei me olhando no espelho.

— Adorei o vestido – disse Dani sorrindo atrás de mim.

— Obrigada – sorri.

 Ela começou pela maquiagem, fiquei sentada na cama conversando enquanto ela se arrumava, e uma hora depois ela estava pronta, ela estava com um vestido rosa choque, ele era justo até a cintura e depois um pouco mais solto e no colo era trançado com faixas largas, parecia uma barbie.

— Você está linda.

— Obrigada. – ela franziu o nariz para mim alegre.

 Alguns minutos depois nós duas descemos, minha mãe não estava lá, apenas Jeremy, e meu pai, meu sangue gelou ao ve-lo, sabia que não iria demorar para isso acontecer, mas achei que demoraria um pouco mais.

— Oi Elena – ele me lançou um sorriso simpático – está linda – ele sorriu – as duas estão, você deve ser a Daniela – disse ele dando um comprimento com a cabeça, ela sorriu de volta. – Posso falar com você um minuto Elena? – ele perguntou, queria desesperadamente dizer não, mas caminhei com ele até a sala de jantar, onde não havia ninguém.

— Queria te pedir desculpas – ele suspirou encarando a mão – não foi certo ter apoiado Matt. – ao ouvir seu nome os pelos do meu braço se eriçaram.

— Está tudo bem, já foi – dei um sorriso falso, não queria dizer o que pensava, estamos aqui para comemorar o natal, o espirito natalino está no ar.

 Voltamos até a sala de estar, Jeremy conversava com Dani animado sobre algo que viram no celular dele, e pararam assim que eu apareci perto.

— O que estavam vendo? – perguntei.

— Nada – disseram os dois dando de ombros, revirei os olhos.

 Recebi uma ligação de Nick dizendo que ele já estava vindo, e que Lexa viria com ele, fiquei feliz, gosto da companhia dela também.

— Estava com saudade – ele me beijou ao passar pela porta.

— Eu também – retribui o beijo e o abracei, Lexa colocou o dedo na garganta fingindo vomitar e nós rimos.

— Oi Elena – ela me abraçou.

 Levei os dois até a sala de estar, eles colocaram alguns embrulhos em baixo dela e sorriram, fui apresenta-los a meu pai e meu irmão.

— Pai, esse é o Nick, meu namorado, e essa é a Lexa, nossa amiga. – Nick estendeu a mão para o meu pai, ele estava relaxado.

— Nick? – ele perguntou.

— Nickolas Bower senhor – Nick sorriu.

— Bower? – meu pai ficou com cara pensativa e então sorriu – mande lembranças aos seus pais.

 De onde eles se conhecem? Isso é irritante, mas não quero perguntar nada, ele saem andando e me deixam ali com Lexa.

— Você sabe de onde eles se conhecem? – perguntei á Lexa.

— Não, mas o seu pai é um politico Elena, ele é bem conhecido – disse ela dando de ombros.

 Nos servimos de champanhe, eu estava decidida a relaxar e me divertir com minha família e amigos hoje. Alguns amigos dos meus pais chegavam eles me cumprimentavam e diziam as mesmas coisas, nossa como você está bonita, como você cresceu, nem parece aquela garotinha que carreguei no colo, e assim por diante.

 - Você está maravilhosa Elena – Nick sorria me abraçando.

— Você também Nick – sorri e dei um selinho demorado.

— Meus pais mandaram lembranças – ele pegou uma mecha do meu cabelo e colocou para trás da orelha.

— Acho que meu pai gostou de você – sorri.

— Espero que sim. – ele deu uma pausa e me olhou novamente suspirando – você é maravilhosa Elena, de verdade, eu estou tão feliz com você. - por que do nada ele disse isso?

— Eu também estou Nick, muito.

— Eu te amo Elena Gilbert – arregalei os olhos, ele me ama? Meu Deus, não, eu não conseguia responder, eu não consigo dizer que o amo, não dá.

— Ai estão vocês – disse Lexa revirando os olhos, pegou na minha mão e na dele e foi nos puxando – já vão servir o jantar.

 Salva pelo gongo, ou melhor por Lexa, agradeci mentalmente ela ter aparecido ali naquele minuto, sabe-se Deus o que teria acontecido.

— Vem filha, vamos jantar – minha mãe sorriu ao me ver, e apontou o lugar ao lado dela.

 Nick puxou a cadeira e eu sorri agradecendo, ele se sentou ao meu lado, a mesa estava farta, com frutas á decorando e taças de vinho. Me servi e comecei a comer em silêncio, eu estava me sentindo estranha, um pouco sufocada, como se algo estivesse faltando, ignorei o pensamento e então fui puxada de volta ao momento, ouvindo meu pai e Nick conversando animadamente sobre alguma coisa de futebol, fiquei apenas ouvindo, pois não entedia absolutamente nada da conversa, minha mãe segurou minha mão e sorriu e se aproximou para cochichar algo em meu ouvido.

— Preciso confessar que quando você estava em coma, eu tive muito medo, medo de te perder, medo de nunca mais ter momentos assim com você, medo de você me deixar – seus olhos estavam com lagrimas.

— Não poderia te deixar assim tão fácil – encostei minha cabeça carinhosamente em seu braço e ela afagou meu cabelo e sorriu.

Continuamos a conversar animadamente, os amigos dos meus pais estavam animados também, conversando sobre coisas divertidas e viagens, Dani parecia um pouco entediada e conversava apenas com Jeremy que estava ao seu lado, e vez ou outra sorria para mim.

 Terminamos o jantar e comemos a sobremesa, depois os amigos dos meus pais se despediram e foram embora, quase todos juntos, era quase meia noite, fomos todos para a sala de estar, me sentei em um sofá e dei um gole no meu vinho, Dani se sentou ao meu lado.

— Você está desanimada – ela fez um beicinho.

— Não estou – sorri – estou feliz de estar aqui, em paz com toda a minha família e você – a abracei.

— O que você quer? – ela perguntou séria e então nós rimos.

 Depois dos brindes da meia noite, começamos a distribuir os presentes, entreguei o da minha mãe, de Nick, Jer, e recebi os meus, me sentei na poltrona e abri primeiro o da minha mãe, era um vestido Balmain  todo de estampa etnia preto e branco com alguns detalhes dourado, ele era de manga comprida e curto, um pouco exagerado, mas eu amei.

— Amei mãe – a abracei e sorri.

 Ficamos ali trocando os presentes, todos agradecendo uns aos outros, e então Dani foi abrir o que comprei para ela, confesso que estava animada para ver a cara dela.

— Elena Gilbert – ela gritou e me agarrou, dando pulinhos na sala, dei a ela um par de Louboutin. – Eu amei – ela ela me abraçou forte, e isso foi tudo, me senti realizada, fiquei muito feliz com a reação dela, e até me esqueci as parcelinhas que teria que pagar depois, mas por uma excelente causa.

 Ficamos conversando sobre algumas coisas, quando ouvi meu celular tocar ao meu lado, o numero era desconhecido, o atendi.

— Alô – disse.

— Elena? – era uma mulher, sua voz estava baixa.

— Sou eu, quem é? – perguntei e ouvi uma respiração de alivio.

— Elena é a Lilly – Lilly? A mãe de Damon? Por quê ela esta me ligando?

— Oi Sra. Salvatore.