Eu Desejo... escrita por Mrs Potato Head


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!

*Tchauzinho "cheguei"*



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Na manhã seguinte protestei com um gemido quando minha mãe entrou no quarto para me acordar.

— Annalise, acorde. Você irá daqui a pouco.

Num pulo, levantei da cama e comecei a me arrumar. Vesti o uniforme das selecionadas — uma calça preta, uma camisa branca e a flor da minha província — e optei por fazer um rabo de cavalo daquela vez. Calcei um tênis surrado e peguei minha bolsa, colocando-a no ombro.

Na sala, me certifiquei de dizer a eles que os amava, caso não fosse mais vê-los. Nós iríamos de carro até uma praça para me despedir das pessoas da nossa província junto de America. Durante o trajeto todo muitas pessoas acenavam e ficavam esperando para nos ver passar. Eu até me senti meio sufocada, de tanta gente e o motorista do carro quase atropelou algumas crianças que corriam de um lado para o outro.

Quando chegamos, pude ver Meri de mãos dadas com May. May era linda, sorridente e parecia frágil, delicada. Acenei para elas, com um sorriso fraco nos lábios. Subi no palco, agora mostrando os dentes e encarando todos, principalmente as garotas que me olhavam feio. Exatamente como America pensou, nós éramos um símbolo, como se mostrássemos que os de castas inferiores também valiam alguma coisa.

Sorri mais ainda, lançando um olhar para Meri. Ela havia entendido, e abriu o sorriso também. Comecei a prestar atenção no prefeito:

— E Carolina estará torcendo por essas belas jovens! A filha de Magda e Shalom Singer, a senhorita America Singer! E a filha de Britany e Douglas Livyin, a senhorita Annalise Livyin!

A multidão explodiu em aplausos e gritos, mandando beijos e jogando flores.

Pelo canto do olho, pude ver que Meri procurava por Aspen. Não pude deixar de soltar um suspiro. Apesar de eu sempre ter apoiado America e Maxon, não achava justo ela ter uma imagem tão suja sobre ele.

Logo o avistei, segurando aquela garota nos braços e sorrindo para ela. Olhei novamente para a Meri. Sua expressão vacilou um pouco, mas logo ela abriu um sorriso tão grande quanto o anterior. O prefeito voltou a falar:

— Senhoras e senhores, queiram unir-se a mim na despedida a America Singer e Annalise Livyin, nossas filhas de Illéa prediletas!

Uma banda tocava o hino nacional e as pessoas gritavam cada vez mais. O prefeito se aproximou de nós e começou a sussurrar.

— Vocês gostariam de dizer algumas palavras, minhas queridas?

Olhamos para ele. Eu havia me esquecido daquilo.

— Obrigada, mas estou tão maravilhada que acho que não conseguiria — disse a Meri, sorrindo.

Ele assentiu e se voltou para mim.

Respirei fundo, nervosa.

— Acho que vou querer sim.

Ele pareceu ficar animado.

— Um pouco de atenção, pessoal, a senhorita Livyin gostaria de falar!

A multidão ficou em silêncio, todos atentos para uma palavra minha. Comecei a me arrepender, e tudo que eu havia pensado em dizer, por um momento, parecia idiotice.

O prefeito me entregou o microfone e fez um gesto com a mão, numa forma de tentar me encorajar. Peguei o objeto e fitei aquele mar de gente. Ser o centro das atenções nunca fora uma vontade minha.

— Ahn... — um som alto e agudo ecoou pela praça, fazendo com que todos tapassem os ouvidos. — Obrigada a todos que estão aqui, fico muito grata por isso.

Uma seção de gritos e aplausos. Continuei:

— Eu não espero que vá ganhar, de forma alguma, mas quero dizer que apenas o fato de saber que há tantas pessoas torcendo por mim — olhei para America e sorri - por nós, já me deixa feliz e animada. Então muito obrigado, o apoio de vocês é essencial para que estejamos aqui!

Durante longos minutos as pessoas não pararam de aplaudir. Meu rosto já estava doendo quando o prefeito começou a falar qualidades sobre nós duas. Quando terminou, fui instruída a me despedir rapidamente da minha família.

Me aproximei dos meus pais e abracei os dois, sem dizer nada. Tinha certeza de que entenderiam, apenas com o meu afeto. Ficamos ali por um tempo até que chegou a hora de eu ir embora.

— Por aqui, senhorita Annalise — fui conduzida até o carro novamente.

Antes de entrar, olhei para onde estava America. Mas não só ela, Aspen olhava intensamente na sua direção. Ele parecia desesperado, louco de amor. Mas ela virou a cara e entrou no carro também. Antes de ele virar, olhou para mim. Murmurei as palavras "deixa comigo", sem deixar sair som da boca. Ele pareceu ter entendido, pois assentiu, aliviado.

Eu fui empurrada para dentro, então fecharam a porta e entramos em movimento. Durante o trajeto, fiquei pensando. Minha cabeça já estava confusa. Como eu pude dizer que ajudaria Aspen, se torcia para Maxon? E o que eu falaria para ela? Não fazia sentido, e eu não queria estragar as coisas. Mas eu havia dito a ele para deixar comigo. Precisava fazer alguma coisa, mas precisava ser uma coisa que não afetasse os sentimentos de America pelo príncipe. Então eu poderia falar que tentei, mas que não havia dado certo. Isso já era suficiente.


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Notas finais do capítulo

Me desculpem por qualquer erro, espero que tenham gostado! :D