Eu Desejo... escrita por Mrs Potato Head


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!

*Tchauzinho animado*



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Minha mãe estava certa, o resto da semana foi agitada. Várias pessoas, funcionários do palácio, foram para nossa casa tratar de assuntos diversos. Falamos com Sílvia e eu simpatizei bastante com o homem que tirou as medidas para as roupas. Foi engraçado, ele fazia piadas enquanto enrolava aquelas fitas em volta do meu corpo.

Mas eu fiquei irritada quando vieram perguntar se eu era virgem. Não por isso, já que eu até entendia a pergunta, mas ele também me avisou que eu deveria aceitar qualquer pedido do príncipe. Levantei uma das sobrancelhas.

— Como o senhor pode pensar que o príncipe Maxon seria tão baixo a ponto de pedir algo que eu não quisesse fazer?

Ele olhou para o chão. Estava claramente envergonhado.

— Senhorita — continuou, se voltando para mim —, não estou dizendo que acontecerá, estou apenas lhe aconselhando que aceite.

Respirei fundo.

— Tenha um bom dia, obrigado pelos seus serviços — falei, abrindo a porta e esperando que ele saísse.

Depois disso, resolvi arrumar minha mala. Não que eu tivesse muito o que levar, mas haviam algumas coisas. Primeiro enfiei o livro com a carta no fundo da bolsa. Depois algumas peças de roupa e por fim os bilhetes que meus pais tiveram a ideia de escrever como lembrança.

O do meu pai:

"Querida Anna, estou muito feliz por você, tenho certeza de que se sairá muito bem. E não importa o que acontecer, eu te amo."

E o da minha mãe:

"Meu amo, eu sempre soube que você é especial! Tenho certeza de que você será excelente, e até te vejo como a futura princesa de Illéa! Eu te amo, te desejo boa sorte!"

Quase me desculpei com ela por ter que decepcioná-la. Maxon ficaria com America, nada mudaria isso. Nunca.

Depois que terminei de guardar, fechei a bolsa e a coloquei num canto do quarto. Eu havia recebido o uniforme das selecionadas e dobrado, deixando-o na gaveta vazia da cômoda. O dia seguinte com toda certeza seria uma loucura, e eu estava morta de vontade de conhecer o palácio. Suspirava só de imaginar.

Fui para a sala, onde meu pai lia uma revista e minha mãe assistia a televisão.

— Anna, já terminou de arrumar suas coisas? Guardou bem os nossos bilhetes? — perguntou mamãe, prestando atenção em mim.

Assenti, me sentando.

— Querida, como você está se sentindo? — ela ficou em silêncio, me encarando. — Você quer participar da Seleção, certo?

Suspirei.

— É claro que quero, mãe. Eu quero muito. E quanto ao que eu estou sentindo... estou feliz. Muito feliz mesmo, só que fico pensando, e se o príncipe não gostar de mim? E se eu voltar para casa logo depois que conhecê-lo?

Ela olhou para o teto. Parecia estar escolhendo as palavras.

— Bom, não posso te garantir nada, não posso dizer que o príncipe irá se apaixonar por você, nem que você será escolhida. Mas acho que não devia se preocupar tanto com isso. Apenas vá, tente, e siga o conselho da rainha, seja você mesma.

Se ela soubesse que minha verdadeira preocupação era com o fato de eu não poder ver tudo de perto, ou de até mesmo voltar para o meu mundo tão cedo.

— É verdade, mãe, vou parar de pensar no assunto — concordei, me assustando com um barulho e dando um pulo no sofá.

— Ah, eles chegaram — disse minha mãe, correndo para a porta.

Olhei para o papai, que finalmente tirou os olhos da revista. Ele parecia confuso também.

Logo, várias pessoas começaram a entrar. Vieram umas cinco, todas desconhecidas para mim, cantando e dançando com colares coloridos pendurados no pescoço, chapéus na cabeça e pulseiras.

Eles batiam palmas, todos sorridentes. Quando pararam, minha mãe começou a se explicar.

— Me desculpe não ter contado para vocês, mas era uma surpresa. Depois que a Anna foi selecionada, liguei para alguns parentes que não víamos há tempos — disse ela, depois olhando para mim continuou. — Lembra que você disse estar com saudades deles?

Sorri, olhando para todos. Na verdade eu não fazia a mínima ideia.

— Claro, eu lembro sim — respondi, mentindo.

Basicamente, os que estavam lá eram meus avós maternos e paternos junto de uma tia. Fiquei surpresa pelo fato de todos estarem vivos, mas nada fazia sentido mesmo.

Comemos e ficamos conversando, mas evitei cuidadosamente falar muito, já que podia revelar minha verdadeira identidade. No final da tarde, todos foram embora, desejando boa sorte e muito felizes. Quando terminamos de fazer e comer o jantar, fui direto para a cama, apesar de demorar muito tempo para dormir de tanta empolgação. Eu estava ansiosa, feliz e ao mesmo tempo com medo.

Era uma mistura de emoções, até que o cansaço me venceu e caí em um sono profundo.


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Notas finais do capítulo

Desculpem pelos erros ortográficos, um beijo! :P