Eu Desejo... escrita por Mrs Potato Head
Notas iniciais do capítulo
Olá pessoas!
*Tchauzinho de miss*
A semana seguinte demorou muito para passar. Muito mesmo, parecia que os ponteiros se arrastavam toda vez que eu olhava para o relógio. E eu definitivamente estava morta de cansaço. No começo parecia fácil. Cantar, pintar alguns quadros. Moleza.
Agora imagine fazer isso todos os dias, várias horas por dia, e ainda fazer as lições e trabalhos pedidos pela minha mãe. Era demais! Fora os serviços domésticos.
Como America, eu tinha aulas em casa, e o conteúdo batia com o da minha escola. Mas eu ainda não havia me acostumado com a rotina, e a cada final de dia eu ficava mais cansada.
Deixei meu corpo desabar no sofá. Minha mãe e eu havíamos acabado de voltar de uma apresentação, eram quase oito horas e meu pai já ia chegar. Eu mal tive tempo de ler o livro, mas suspeitava de que seria naquela sexta que anunciariam as selecionadas.
Estranhamente, senti meu estômago revirar.
Nos sentamos na sala para assistir antes de começar a preparar o jantar. Minha mãe parecia ansiosa também.
O brasão de Illéa surgiu na tela, acompanhado da versão instrumental do hino. O rei apareceu e falou brevemente sobre a guerra. As outras mensagens também foram curtas. Finalmente o mestre de cerimônias entrou e apresentou Gavril, que foi na direção da família real.
— Boa noite, Majestade — ele disse ao rei.
— Gavril, é sempre um prazer vê-lo.
— Ansioso por causa do anúncio, Majestade?
— Ah, sim. Ontem estive no salão onde o sorteio foi realizado e vi algumas das escolhidas. São todas adoráveis.
— Então Vossa Majestade já sabe quem são? — perguntou Gavril.
— Só algumas, só algumas — ele respondeu, soltando uma risadinha.
— Por acaso ele compartilhou essas informações com Vossa Alteza? — Gavril se dirigiu a Maxon.
— Não, de jeito nenhum. Vou conhecê-las ao mesmo tempo que as pessoas em casa — o príncipe respondeu.
— Majestade — Gavril voltou-se para a rainha —, algum conselho para as Selecionadas?
A rainha Amberly era linda, mas não sem um toque de autoridade. Ao mesmo tempo, parecia delicada e adorável. Era perfeita. Ela deu um sorriso sereno.
— Aproveitem a última noite como uma garota normal. Amanhã, independentemente do que virá, a vida de vocês mudará para sempre. E um conselho antigo, mas valioso: sejam vocês mesmas.
— Sábias palavras, minha rainha, sábias palavras. E agora vamos revelar as trinta e cinco jovens escolhidas para a Seleção. Senhoras e senhores, unam-se às minhas felicitações para as seguintes filhas de Illéa!
O brasão nacional voltou à tela. O rosto de Maxon aparecia em um quadradinho no canto superior direito. Gavril tinha uma série de fichas na mão, e estava pronto para ler o nome das garotas que, segundo a rainha, estavam para ter sua vida mudada para sempre. A Seleção começava naquele exato momento.
— Senhorita Elayna Stoles, de Hansport, Três.
A foto de uma menina delicada com pele de porcelana apareceu.
— Senhorita Tuesday Keeper, de Waverly, Quatro.
Veio a foto de uma garota sardenta. Ela parecia mais velha, mais madura. Maxon cochichou algo com o rei.
— Senhorita Fiona Castley, de Paloma, Três.
Era naquela hora. A próxima seria America.
— Senhorita America Singer, de Carolina, Cinco.
Minha mãe me olhou. Parecia surpresa.
— Senhorita Annalise Livyin, de Carolina, Cinco.
E a confusão começou. Mamãe ficou paralisada, olhando para a tela. Meu pai chegou naquele instante, perguntando o que havia acontecido. Eu não conseguia parar de rir.
— Annalise, o que sua mãe tem?
Respirei pelo nariz, ficando séria.
— Eu fui selecionada — respondi, gesticulando com o queixo para a televisão.
— Ah — disse ele, parecendo atordoado — Sério mesmo?
— A mais pura verdade.
Ele abriu um sorriso. O telefone tocou e minha mãe saiu do transe, correndo para atender. Ficamos olhando para ela enquanto falava animadamente, mexendo os braços e rindo. Quando desligou, se voltou para mim.
— Filha, querida, vamos começar a preparar o jantar? Hoje você vai dormir cedo, os próximos dias serão cansativos, mas garanto que vai gostar!
Ela parecia estar em um conto de fadas. Dava suspiros enquanto cozinhava, e as vezes olhava para o alto, pensativa. Depois que terminamos e nos sentamos para comer, ela não parava de falar em como eu era perfeita para ser princesa. Meu pai apenas concordava, assentindo entre uma garfada e outra.
Achei estranho ninguém ter notado que eu e America vínhamos da mesma província, até me lembrar de que eu era uma intrusa, e que algumas adaptações foram feitas para que eu pudesse me enfiar na historia.
Faltavam apenas alguns dias, e logo a Seleção realmente começaria.
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Sorry pelos erros ortográficos, beijão!