Eu Desejo... escrita por Mrs Potato Head


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!

Boa leitura!



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No dia seguinte, depois que acordei, lembrei do pequeno encontro que Aspen e America tiveram. De como já estava brava de tanto ser chamada de linda e sua confusão com relação à carta. Afinal, ela queria se casar com Aspen, mas não podia deixar de pensar no quanto sua família seria beneficiada caso ela ao menos fosse selecionada.

Me senti estranha por saber de coisas tão íntimas sobre a America. Antes eu nunca havia pensado nisso, porque não era real. Mas agora que ela realmente existia, parecia uma inflação.

Me vesti consideravelmente bem. Eu sabia que seria escolhida, então queria pelo menos dar uma boa impressão.

Coloquei uma calça bege, passando os braços por uma regata da mesma cor. Calcei uma sapatilha preta, um pouco desbotada, mas bonita. Fiz uma trança e a coloquei sobre o ombro direito.

Depois de pronta, pequei o livro e continuei a leitura. America havia sido subornada pela mãe para que se inscrevesse, mesmo já tendo decidido aceitar o pedido de Aspen.

Peguei a minha própria ficha e fui me reunir com meus pais. Eles estavam na sala de estar e conversavam animadamente.

— Bom dia — falei, me sentando junto deles.

Os dois responderam e minha mãe perguntou se eu já ia preencher o formulário. Falei que sim e comecei a escrever.

Fiquei imaginando o que aconteceria caso eu não me inscrevesse. Afinal, eu tinha certeza que seria escolhida, mas e se nem ao menos mandasse a ficha para eles? Eu voltaria para casa? Teria que acompanhar tudo pela televisão?

Aquelas perguntas ficaram ecoando na minha mente, mas chacoalhei a cabeça como uma forma de afastá-las.

Foi tudo muito simples. Preenchi nome, idade, casta e informações de contato. Também precisava colocar peso, altura e cor de cabelo, olho e pele. Fiquei meio incerta de colocar que sabia cantar e pintar, afinal nunca tinha feito essas coisas na vida — pelo menos não da forma correta.

Depois de terminar li tudo novamente, só para conferir se estava igual ao livro.

"Para a casa da família Livyin

Confirmamos no último censo que uma mulher solteira entre dezesseis e vinte anos reside atualmente em sua casa.

Gostaríamos de informá-los sobre uma oportunidade próxima de honrar a grande nação de Illéa.

Nosso amado príncipe, Maxon Schreave atinge a maioridade este mês. Para adentrar esta nova fase de sua vida, ele deseja ter uma companheira ao seu lado, uma verdadeira filha de Illéa. Se sua filha, irmã ou protegida elegível estiver interessada na possibilidade de tornar-se a noiva do príncipe Maxon e a adorada princesa de Illéa, por favor, preencha o formulário anexo e entregue-o no Departamento de Serviços Provinciais da sua localidade. Uma jovem de cada província será escolhida aleatoriamente para encontrar-se com o príncipe. As participantes serão hospedadas no agradável palácio de Illéa, em Angeles, enquanto durar sua estada. A família de cada participante será recompensada generosamente por seu serviço à família real."

Aquilo era empolgante. E só depois de ler é que eu me dei conta realmente do que estava acontecendo. Era como se eu estivesse no piloto automático, e de repente acordasse. Eu nunca havia me imaginado podendo falar com a America, tocar em Maxon ou entrar no palácio. Isso nunca havia nem passado pela minha cabeça. Também nunca havia pensado em mim nesse sistema de castas. Era maravilhoso poder presenciar tudo aquilo.

Com tudo preenchido, avisei minha mãe que já podíamos ir até o Departamento de Serviços Provinciais.

Quando saímos de casa, pude sentir o sol esquentando minha pele. As casas eram bem simples, percebi conforme andávamos. A maioria era feita de madeira, tirando algumas que provavelmente pertenciam a pessoas de castas superiores.

Não levou muito tempo até chegarmos lá, talvez quinze ou vinte minutos. E, com toda a certeza do mundo, o que aconteceu depois foi surpreendente. Pelo menos pra mim.

Parada, junto de sua mãe, lá estava ela. Com um sorriso de orelha à orelha, e eu sabia o motivo. America. Em carne e osso, ao vivo e em cores. E melhor ainda: logo que a senhora Singer nos viu, acenou e andou na nossa direção sendo seguida pela filha!

Eu quase desmaiei, admito. Segurei o ar com o coração na garganta até elas nos alcançarem. Era muita emoção.

— Olá! Quanto tempo! — minha mãe falou, sorrindo.

— Olá! Como estão as coisas? Olhe essa menina! Está enorme e cada vez mais linda! — a mãe da Meri comentou, mas pude perceber que ela não estava assim, tão feliz.

Exatamente como America pensou, o espírito de competitividade dela era elevado.

A senhora Singer olhou para mim. Sinceramente, ela era quase como eu havia imaginado.

— Oi — falei, um pouco baixo demais — oi — repeti, dessa vez para a Meri.

— Oi — ela respondeu, entusiasmada. Parecia avoada.

— Vamos entrar na fila? — minha mãe perguntou.

— Sim, claro — a mãe de Meri respondeu.

As duas ficaram conversando, eu permaneci calada. America viajava.

Ela tirou a foto antes, e enquanto estava lá avistei a garota que parecia sangrar de tanto batom vermelho na boca. Soltei uma risadinha.

Me chamaram. Eu entreguei a ficha e me sentei no banquinho. Sorri mostrando os dentes. Depois que terminei, aproveitei a oportunidade e fui falar com a Meri. Não sei o motivo, mas eu queria confortá-la.

— Ahn... Vai dar tudo certo, tá? Eu sei que você não queria estar fazendo isso, mas vai ter um final feliz no final — ela fez uma expressão confusa.

— Como você...?

— Apenas aguente, certo? — completei, me juntando a minha mãe.

Fiquei pensando se havia falado a coisa certa. Ou se não devia ter falado nada. Talvez eu tenha feito uma coisa ruim, mas esperava que não.


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Notas finais do capítulo

Caso tenha algum erro ortográfico, me desculpem! >



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