Eu Desejo... escrita por Mrs Potato Head


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, tudo bem com vocês?



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Bom, na verdade eu estava em casa sim, mas não no meu mundo.

Uma brisa suave que entrava pela janela batia nos meus cabelos, jogando-os para trás dos ombros.

E eu não sabia o que pensar sobre aquela situação.

Eu estava fazendo um desejo, comemorando o meu aniversário junto da família e amigos, quando de repente apareço em um lugar totalmente desconhecido. Parecia ser um quarto comum. Tinha uma cama, um guarda-roupa e uma cômoda. E era muito apertado, muito mesmo.

Como eu não sabia o que fazer, comecei a vasculhar o quarto.

Primeiro abri as portas do guarda-roupa. Quase tudo era bege, marrom ou verde. Não pude deixar de sorrir ao lembrar de America.

Depois fui para a cômoda. Em cima dela havia um pouco de maquiagem, perfumes e cremes. Na primeira gaveta encontrei roupas íntimas, na segunda alguns pertences e a terceira estava quase vazia, tirando por um livro — o primeiro livro da coleção — e um envelope.

Abri primeiro o envelope. Nele continha uma carta:

Annalise Livyin

Bem-vinda à A Seleção. Atendendo ao seu pedido de aniversário, você será uma personagem do livro. Vou dar algumas instruções necessárias para a sua estadia aqui.

Você é uma cinco, como America Singer. Sabe pintar e cantar. Seus pais se chamam Douglas e Britany Livyin.

Você participará da Seleção e será uma das selecionadas, sendo assim trinta e seis escolhidas. Cabe ao príncipe Maxon Schreave decidir quando você vai embora, ou se você vai embora.

Como provavelmente viu, o primeiro livro da coleção está juntamente com esta carta, e recomendo que você leia novamente e o carregue para todos os lugares, inclusive o palácio.

É preciso que esteja disposta a sofrer as consequências caso cometa algum crime aqui, até pena de morte.

Caso não queira continuar, diga a palavra "voltar" três vezes seguidas.

Você poderá acompanhar a história pelo livro, mas saiba que ela poderá ser mudada drasticamente com sua presença.

Caso tenha alguma dúvida, escreva uma carta semelhante a essa e repita a palavra "dúvida" três vezes seguidas.

Obrigado pela atenção, boa história.

Li a carta várias vezes. Muitas mesmo.

Eu ainda estava um tanto cética quanto àquilo.

Peguei o livro e comecei a ler. Imaginei America, naquele exato momento, preparando o jantar com a mãe, ou, quem sabe, discutindo na mesa. Imaginei May e Gerad. Imaginei o pai de America.

E fiquei feliz, porque naquele momento tudo era real.

— Annalise! Me ajude aqui! — uma voz feminina gritou meu nome. Provavelmente era a minha mãe.

Comecei a andar pela casa, parando de vez em quando para olhar um lugar ou outro. Não era muito grande, então logo já decorei todos os cômodos.

Britany cortava uma cenoura quando entrei na cozinha. Ela parecia concentrada.

— Você descasca as batatas? Acho que vou precisar de uma ajudinha hoje, quero fazer uma surpresa para o seu pai — ela cochichou na última parte.

Sorri.

— Claro, Bri... Mãe.

Começamos a cozinhar juntas. Fizemos arroz com carne de panela e batata acompanhado de salada de tomate e cenoura. Para a sobremesa, ela fez pudim. Sim, pudim! Pelo visto a notícia era boa.

Um pouco antes da janta, conheci Douglas. Ele era um homem alto, tinha cabelos loiro escuro, como eu, e trazia consigo um violino nas costas.

— Oi, querida. Tudo bem? — ele veio até mim e depositou um beijo na minha testa.

Depois deu um selinho na minha mãe.

— Oi, pai — sorri para os dois. Pareciam felizes juntos, e realmente eram.

Arrumei a mesa e nos sentamos. Minha mãe, toda sorridente, disse que queria dar uma notícia.

— Hoje eu estava fazendo uma apresentação no aniversário de uma três. Parece que ela havia convidado algumas pessoas dois que gostaram da minha voz... — ela ficou em silêncio por um momento — Vou cantar semanalmente em um restaurante e fazer outra apresentação daqui alguns dias!

Meu pai parou a garfada na metade, eu encarei ela, surpresa.

Não que eu estivesse acostumada com essa vida, mas era algo bom, não era?

— Meu Deus, isso é ótimo! — Douglas exclamou.

— Sim! — falei, sentindo uma sensação boa subindo pelo peito.

— Ah, e outra coisa — Britany continuou. — Chegou isso pelo correio hoje — ela levantou um envelope. — Você vai se inscrever, certo, Anna?

O verdadeiro motivo de eu estar ali veio à tona, e fez eu me sentir mais feliz ainda.

— Claro, mamãe, amanhã preencho tudo — falei, pegando o papel de suas mãos.

Era exatamente como America descreveu. Espesso e levemente texturizado. Coloquei-o em cima das pernas e voltei a comer.

Jantamos conversando, o que me ajudou a conhecer um pouco sobre eles.

De noite, quando fui dormir, senti um felicidade interior, senti como se ali fosse o meu lugar. Não que eu não estivesse com saudades dos meus outros pais, os verdadeiros, mas eu gostava dali, e queria ficar.


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Notas finais do capítulo

Qualquer erro ortográfico, me desculpem!



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