Eu Desejo... escrita por Mrs Potato Head


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!

Aqui estou eu novamente com um novo capítulo. Espero que gostem!

Boa leitura!

*Tchauzinho com 2 beijos*



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Durante o jantar acabei sentada na ponta da mesa, longe de quase todo mundo e ao lado de uma garota da qual não lembrava o nome. O que era um fato que praticamente esfregava na minha cara que eu era uma intrusa. “Vai sentar longe de todos, já que não era para estar aqui”.

Isso me fez ter um jantar bastante tedioso, mas quase todo o tempo tentei esticar o pescoço o suficiente para ver o que Meri estava fazendo. Soltei um suspiro frustrado quando uma garota virou a cabeça de forma que tampou minha visão quase completamente.

Mas, para piorar tudo, as meninas estavam bravas comigo naquele momento, então eu recebi olhares feios o tempo todo. Porém eu confesso que aquela comida era simplesmente maravilhosa.

Depois que o jantar acabou, recebemos ordens estritas para ir direto para a cama.

— Afinal, vocês vão conhecer o príncipe Maxon pela manhã e vão querer estar bem dispostas e apresentáveis — explicou Sillvia. — Ele é  futuro marido de alguém nesta sala, afinal.

Não pude deixar de abrir um sorriso quando algumas meninas suspiraram com a ideia. Pobres iludidas.

Cada garota foi para o seu quarto. Eu estava me dirigindo para o meu, mas Marlee puxou a Meri e eu de lado.

— Anna, percebi as meninas te olhando estranho. Está tudo bem?

Cocei a testa.

— É verdade, e você sentou longe de todo mundo... — comentou America.

— Sim, claro. Mas... hum... Eu vou indo. Estou um pouco cansada.

Ambas assentiram. Acenei com e mão e comecei a me afastar vagarosamente, deixando-as conversarem sozinhas. Querendo ou não, eu estava atrapalhando as coisas.

Quando entrei no quarto, minhas criadas estavam esperando para me ajudar com os preparativos antes de dormir, o que significava tomar banho — de novo — e vestir a camisola azul-bebê que eu, particularmente, achei muito fofa.

Eu planejava ler um pouco antes de me deitar, o que novamente não seria possível com elas ali.

— Eu realmente acho que seria bom ficar sozinha novamente. Não consigo dormir com pessoas no mesmo lugar, sabe — mentira branca, não faria mal à ninguém.

— Ficarei aqui durante a noite, para o caso de precisar... — começou a Bianca.

— Não! Não será preciso, garanto que durmo e sempre dormi durante a noite toda. Não vou incomodar.

Gisele e Bianca me encararam, Ana apenas olhava para o chão em silêncio.

— É sério. Não se preocupem.

Ambas soltaram um suspiro, uma depois da outra, então assentiram.

— Se por acaso a senhorita precisar de algo, estaremos disponíveis. Toque a campainha — completou Gisele.

Depois fizeram reverências e saíram.

— Finalmente — murmurei, me dirigindo para a mala e tirando o livro lá do fundo.

Então me sentei na cama novamente, jurando para mim mesma que não iria adormecer com facilidade daquela vez.

Os minutos se passaram.

Os capítulos avançaram.

Até que eu ouvi um barulho estranho. Não liguei, já que podia muito bem ser um animal do lado de fora do palácio. Decidi parar de ler e me enfiei de baixo das cobertas depois de apagar a luz. Eu não estava conseguindo dormir, alguma coisa me deixava inquieta e me fazia virar de um lado para o outro na cama.

Então aquele barulho voltou e me deixou assustada daquela vez.

Quando olhei para o espaço na frente da cama, pude jurar que vi uma sombra. Uma sombra humana. Na mesma hora veio na minha mente as imagens dos rebeldes que vi na TV antes de ir para o palácio.

Meu coração praticamente parou e eu senti o estômago revirar dentro da barriga.

Sem parar pra pensar, rolei na cama até meus pés encontrarem o chão e comecei a correr, assustada demais para gritar ou chamar por ajuda.

Abri a porta e a deixei escancarada, sem olhar para trás. Conforme eu virava as esquinas nos corredores, me enfiando cada vez mais no interior do labirinto que era o palácio, mais me decepcionava por não ver nenhum guarda fazendo a ronda da madrugada. Onde eles estavam?

Foi então que aconteceu: quando diminuí a velocidade para virar pela milésima vez um corredor, já completamente perdida, senti meu corpo esbarrar com força contra outro. O homem me segurou pelos braços para que eu não caísse com o impacto — eu soube ser do sexo masculino pois percebi que era alto e musculoso. Antes mesmo de olhar quem era, já me senti aliviada.

— Graças a Deus, um guarda — eu estava ofegante e cansada de correr tanto. — No meu quarto... eu vi uma... uma pessoa... — foi então que levantei a cabeça, ainda com os braços dele em volta de mim.

Maxon.

Bem na minha frente.

Novamente, não pude deixar de ficar de boca aberta. Ele possuía uma expressão confusa, mas também preocupada. Ainda não havia me largado, e eu simplesmente esqueci do possível intruso que invadiu meu quarto.

— Você está bem, querida?

Então tudo voltou para a minha mente, me atingindo como um soco. Minha respiração voltou a ficar desregular, o medo quase tomando conta. Precisei lembrar do que minha mãe sempre dizia quando eu sentia medo. “ Respire fundo, tente pensar com clareza”. Fiz isso.

— Eu ouvi um barulho no meu quarto e então... eu vi uma sombra. Parecia ser uma pessoa...

Ele apertou um pouco mais meus ombros.

— Se acalme, senhori...

— No meu quarto! — Cortei-o.

Senti que meu tom ficou mais duro. Ele não estava entendo que eu falava de um provável ataque rebelde? O que ele tinha na cabeça?

De repente, dois guardas viraram o mesmo corredor, nos encontrando ali.

— Mas que gritaria é... Alteza? — Um deles falou, surpreendendo-se.

— Vão verificar o quarto da senhorita... — o príncipe buscou pelo meu broche — Annalise.

— Mas Alteza...

— Vão! — Sua voz soou clara e autoritária. Ele realmente se portava como um futuro rei. — Se encontrarem alguma coisa por perto, avisem imediatamente e chamem reforços.

Os dois guardas assentiram e saíram rapidamente, correndo pelos corredores.

Então finalmente me deixei descansar, me desprendendo dos braços de Maxon e me encostando na parede. Eu estava suando frio, provavelmente pálida também.

— Garanto a você que agora está tudo bem, não tem mais motivos para se preocupar — sua voz soou clara e levemente reconfortante, percebi que ele me examinava de longe.

Eu mantinha meus olhos no chão, respirando devagar.

— Não tem? Se o que vi foi o que acho que vi, tem certeza do que está falando? — Eu não conseguia entender a calma que ele aparentava estar sentindo, mesmo com todas aquelas coisas, mas me fazia ser ríspida contra a minha vontade.

— Fui treinado para essas situações e sei exatamente o que fazer, então não há preocupação — Maxon fez uma pausa. — Querida, tem certeza de que está bem?

Querida? Por que esse apelido me parecia tão familiar?

— Espere — levantei a cabeça, encontrando seus olhos. — O que você estava fazendo antes disso?

Ele franziu a testa.

— Desculpe, Annalise, mas do que a senhorita está falando?

Suspirei, frustrada.

— Disso, disso tudo. Eu correndo como louca, esbarrando em você...

— Entendo. Bom... certamente... — ele pensou um pouco. — Eu estava indo na direção do jardim. Posso saber o motivo da pergunta?

Bati com a palma da mão na testa.

— Não, eu não acredito!

Como eu pude deixar aquilo acontecer? A primeira conversa e briga de Maxon e America, e eu estraguei tudo! Estraguei tudo! Como pude ser tão burra?

— Não estou entendendo o problema. A senhorita não acredita em quê?

Sacudi a cabeça, me desencostando da parede.

— Vamos, se apresse, talvez ainda tenha tempo — peguei o príncipe pelo braço e voltei a correr, levando-o comigo. — Como chegamos no jardim?

Eu estava perdida, somente ele poderia nos guiar por aqueles corredores sem fim.

— Senhorita Annalise, o que...

— Somente Anna, por favor, e me diga logo! Qual é o caminho?

Ele pareceu se render, tomando a frente e trocando as posições — agora ele me puxava. Deve ter percebido que eu estava com pressa, pois aumentou a velocidade.

Em poucos minutos nós chegamos, encontrando uma entrada de jardim sem a Meri, e apenas dois guardas — um de cada lado da porta grande e larga de vidro — no lugar.

— Agora me explique, senhorita Annalise. Por que me trouxe aqui? — Perguntou Maxon, cruzando os braços no peito de forma autoritária.

Eu foi aí que eu percebi que estava ferrada.


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Notas finais do capítulo

Me desculpem por qualquer erro ortográfico e leitores fantasmas, se manifestem please!

Beijos ♥



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