Miraculous Para Sempre escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Hellou people. Está aqui mais um capítulo para vocês.
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Só um aviso, a partir deste capítulo as coisas vão mudar muito. Sugiro que prestem bastante atenção nos detalhes pois eles serão muito úteis lá na frente.

Boa leitura! ^^



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Já era noite. As grossas nuvens acinzentadas no céu que começavam a cobrir as estrelas indicavam que logo uma tempestade se aproximaria de Paris. Ao longe, várias pessoas fechavam suas janelas por causa do vento forte que as atingia. Definitivamente a época de chuvas em Paris não agradava muito alguns cidadãos. Um desses cidadãos era Gabriel Agreste. O grande estilista de Paris odiava o tempo das chuvas, pois sempre o lembrava de situações que tentava esquecer a todo custo. Coisas que não admitia voltar a pensar. Coisas desagradáveis ao ponto de fazer de tudo para fingir que o tempo continuava o mesmo. Mas talvez isso tivesse seu lado bom. Talvez esse tempo tivesse sua utilidade para algo que Gabriel Agreste estivera planejando há algum tempo. Algo que mudaria todo o rumo da história que já estivesse escrita para todos daquela família. Algo que nem mesmo Adrien poderia imaginar.

— Nathalie. – chamou ao apertar o interfone da secretária. Logo ouviu leves batidas na porta de seu escritório. – Entre.

— O senhor me chamou? – a assistente perguntou com o tom firme. Gabriel olhou fixamente para a mulher a sua frente. Inexpressivo, como sempre. 

— Sim. Quero ser informado quando ele chegar. Fique atenta.  – avisou, com seu costumeiro tom frio. – Pode ir agora.

— Sim senhor. – Nathalie afirmou antes de se retirar novamente da sala.

Poucos segundos depois, o grande estilista de Paris se levantou de sua poltrona e se dirigiu para a grande janela de seu escritório. Olhou para o céu nublado e em seguida para a Torre Eiffel próxima dali. Um resquício de felicidade passou brevemente sobre o seu rosto e logo desapareceu. Fazia muito tempo que não sentia o que estava sentindo naquele momento.

O jogo havia finalmente começado.

***

Adrien estava conversando com Plagg no andar de cima de seu quarto sobre o que Mestre Fu havia lhe dito mais cedo. O kwami já havia dito tudo o que sabia, mas o garoto percebeu que ainda havia algo escondido. Tentava arrancar algo sem sucesso do pequeno gato preto, quando ouviu um trovão cortar o céu ao longe. Olhou para a janela e viu as grossas nuvens cobrindo o céu. Iria chover.

“Droga. Se chover não vou poder sair de casa.”Reclamou mentalmente.

Queria encontrar Marinette aquela noite como Chat Noir, como o mesmo havia prometido. Precisava se encontrar com ela aquela noite. Fazia alguns dias que ele não aparecia no quarto da garota e isso estava o atormentando diariamente. O“porque” daquilo ele não sabia, mas tinha certeza que conversar com a morena o deixava melhor e melhorava sua noite. E isso o bastava para ficar melhor.

— Ah cara, não vou poder visitar a Marinette esta noite. – murmurou baixinho, mas ainda sim Plagg conseguiu ouvir.

— A que fofinho, o gatinho tá apaixonado. – provocou dando risada ao seu lado.

— Muito engraçado Plagg. – o loiro revirou os olhos, tentando convencer a si mesmo que a provocação de seu kwami era mentira. – Você sabe muito bem que eu amo a Ladybug. A Marinette é só... uma amiga.

— Sei Adrien. – o kwami insistiu ficando frente ao seu rosto novamente. – Se ela é só sua amiga porque toda vez que falo sobre ela você fica vermelho? – retrucou com um sorriso malicioso no rosto.

O garoto pensou em várias respostas para devolver a provocação de Plagg. Mesmo não querendo aceitar, era verdade o que o pequeno vulto preto falara. “Porque se preocupava tanto?” “Porque precisava conversar com ela todas as noites?” “Porque negava toda vez que estava apaixonado pela mesma? Não amava mais Ladybug?”. Não, não tinha tempo para pensar nisto e já ia revidar negando tudo o que o kwami disse quando foi impedido pelo barulho da campainha tocar e ecoar pelas paredes do quarto. Arqueou uma sobrancelha levemente. Não esperava ninguém. Também não havia sessão de fotos aquela noite. Nada, pelo menos ele não havia marcado nada á essa hora da noite.

— Quem será uma hora destas? – murmurou descendo as escadas e encarando a janela. Havia um táxi virando a esquina de sua mansão no mesmo instante. – Plagg, se esconda. Parece que temos uma visita inesperada.

Não ligou para o resto das provocações e reclamações de Plagg quando ouviu passos apressados se aproximando da porta de seu quarto. Reconhecendo imediatamente o dono do barulho, tirou a blusa branca que sempre usava e a jogou sobre o kwami numa tentativa de escondê-lo. Logo a porta se abriu revelando Nathalie com uma prancheta nas mãos. A assistente parecia esconder algo em seu rosto inexpressivo de costume.

— Adrien, seu pai pediu para você comparecer na sala. Ele tem uma surpresa para você. – disse sem rodeios ao loiro. Ainda estava com a sobrancelha arqueada quando se aproximou da assistente.

— Uma surpresa? – indagou desconfiado. Aquilo estava muito estranho... Seu pai nunca lhe dera nada, porque isso agora? Algo estava errado.

— Sim Adrien. Venha, ele está esperando você. – Nathalie insistiu abrindo a porta mais um pouco para o garoto passar.

Ainda se questionando o “porque” de tudo aquilo que estava acontecendo Adrien atravessou a porta do quarto sendo acompanhado de Nathalie. Olhou ao redor enquanto desciam silenciosamente pelas escadas do hall de entrada e não encontrou nada de diferente. Passaram pela sala de jantar que estava sendo colocada e entraram na sala de estar da mansão. Adrien sentiu o corpo paralisar instantaneamente. Não acreditava quem estava diante de si.

Seus olhos começavam a lacrimejar e sua respiração estava falhando. Sentiu sua cabeça girar por um segundo e suas mãos tremeram um pouco. Não podia acreditar que ele estava ali, diante de seus olhos. O mesmo cabelo loiro colocado para trás com gel... os mesmos olhos azuis gelados... o mesmo jeito de olhar para o irmão mais novo... o mesmo sorriso que tinha no rosto que deixava Adrien desconfiado... o mesmo irmão mais velho que o garoto precisava havia algum tempo.

— Félix? – foi a única coisa que o loiro conseguiu dizer quando conseguiu respirar novamente.

Um pequeno momento de silêncio veio como resposta, invadindo o cômodo. Félix parecia diferente e não era apenas impressão de Adrien. Ele havia se tornado um adulto e agora estava idêntico ao seu pai, inexpressivo e talvez frio como ele. Tantas lembranças boas, tantas recordações e tantos momentos felizes... Talvez agora só fossem parte do passado. Pensando nisso outra coisa veio a sua mente e o fez abaixar a cabeça lentamente. Havia se lembrado de sua mãe quando ainda era pequeno junto com seu irmão.

Estava tão imerso em pensamentos ruins que se assustou com a aproximação repentina de alguém lhe abraçando. Quando viu as roupas e percebeu que essa pessoa era mais alta do que ele deduziu ser Félix, se surpreendendo com a atitude do rapaz loiro. Sentiu um sorriso se formar no rosto do irmão mais velho e o abraçou mais forte. Havia se enganado, talvez seu irmão não mudara tanto assim.

— Senti sua falta maninho. – Félix disse bagunçando os cabelos loiros do irmão com um sorriso no rosto. – Olha pra você. Está tão diferente da última vez que te vi antes de ir para Londres. Você era tão pequeno e...

— Também senti sua falta Félix. – Adrien o interrompeu antes que continuasse relembrando como ele era quando pequeno. Havia um passado constrangedor que seu irmão sempre lembrava quando queria zoar com sua cara. – O que está fazendo aqui?

— Eu terminei os meus estudos no exterior e decidi voltar para casa. Agora vou fazer um curso de administração aqui em Paris. – contou se sentando no sofá. – Irei ficar de olho em você de novo Adrien.

— Fico tão feliz que seja os seus olhos Félix. – Adrien respondeu ironicamente cruzando os braços. Logo um trovão surgiu ao longe anunciando a chuva que se aproximava.

— Sinto muito interromper este momento de reencontro, mas seu pai quer falar com você no escritório Félix. – Nathalie indagou aparecendo na porta da sala segurando uma prancheta nas mãos.

O loiro assentiu passando a mão no cabelo e se levantando do confortável sofá. Olhou para Adrien uma última vez e antes de seguir com a assistente parou ao lado do irmão.

— Realmente é muito bom vê-lo novamente Adrien. – sussurrou baixo.

O loiro não pôde conter um sorriso quando Félix avançou em direção a porta.

— Digo o mesmo irmão. – sussurrou ainda de costas para o mesmo.


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