Miraculous Para Sempre escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 10
Capitulo 10


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! ^^



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— Tikki, isso não faz o menor sentido. – indagou Marinette a kwami.

As duas estavam conversando sobre uma abelha que resolveu aparecer em sua última luta contra o Músico do Mal. A tal Abelle tinha uma história quase tão ancestral como a primeira Ladybug da história e Tikki havia contado tudo o que sabia para a garota que recusava a acreditar. Já era hora do jantar e logo sua mãe a chamaria para descer, por isso a morena estava terminando de arrumar seu quarto conversando com sua kwami.

— É verdade Marinette. Tudo isso que lhe contei era o que eu sabia sobre Abelle e sobre a sua kwami, Liliy. – Tikki repetiu para a garota que a encarava. Precisava de mais explicações. – Tudo isso está escrito no Livro dos Miraculous, aquele mesmo livro que eu te disse uma vez que era muito importante e...

— É isso Tikki! – Marinette exclamou sorrindo largamente. – Eu tenho que encontrar com o Niakamo- Fu de novo. Ele tem as respostas que eu preciso, não tenho dúvidas.

— Acho uma ótima ideia. A busca pelo conhecimento é a melhor coisa que devemos buscar. – a kwami disse sorrindo a sua frente. A morena retribuiu o mesmo.

— Marinette, o jantar está servido. – a mesma ouviu sua mãe, Sabine a chamar logo após leves batidas em sua porta. A mesma retrucou que já iria descer e fez um carinho na cabeça de Tikki.

— Eu já volto para conversarmos um pouco. Talvez não teremos a visita de um certo gato preto esta noite para nos interromper. – disse abrindo a porta e descendo o primeiro degrau. Acrescentou baixinho antes de fechá-la: - Mas em qualquer caso, fique esperta Tikki.

Logo a garota já estava na cozinha sentando-se na mesa de jantar para comer com sua família. Sua mãe havia feito sua comida favorita, espaguete. Sorriu ao colocar o mesmo no prato e começar a devorar o macarrão.  Foi então que a mesma percebeu que algo estava errado. Sempre que seus pais queriam dizer algo sério com ela faziam isto.  Uma repentina tensão surgiu no meio dos três.

— Hã... Aconteceu alguma coisa? – perguntou receosa da resposta de ambos. Os dois se olharam e Sabine suspirou.

— Querida, nós recebemos uma encomenda de um bolo de casamento para amanhã. – a mesma respondeu lentamente. O seu semblante estava sério.

— Sério? Que bom! – a morena exclamou sorrindo. Mas ao voltar a encarar seus pais seu sorriso foi diminuindo. – Isso não é uma coisa boa?

— Claro filha, é algo ótimo. – Tom afirmou rapidamente. Mas logo acrescentou: - O problema é que o local da entrega é fora da cidade e não poderemos levar você conosco. Só voltaremos na segunda feira a noite.

Logo, a garota havia entendido onde ambos queriam chegar. Por algum motivo ela não poderia acompanha-los na viagem e isso queria dizer que ela ficaria sozinha em casa. Mas algo no olhar de seus pais dizia que não confiavam em deixa-la só. Abaixou o olhar para o prato a sua frente.

— Vocês não confiam em me deixar sozinha em casa, é isso? – indagou com a voz cabisbaixa.

— Não é isso querida. É que as coisas nessa cidade andam muito perigosas para você ficar sozinha. – Sabine explicou tentando soar tranquila. – Eu jamais me perdoaria se machucassem você Marinette.

— Mãe, o que poderia acontecer em apenas dois dias? – perguntou novamente olhando para a mulher a sua frente. – Se me der uma chance, eu posso provar para vocês dois que ficando em casa nada demais pode acontecer. Além disso, a Ladybug e o Chat Noir podem me socorrer se alguma coisa acontecer.

Tom olhou para sua mulher e balançou a cabeça levemente. Se existia uma coisa que Marinette não compreendia era a troca de olhares entre seus pais em assuntos sérios. Eles conseguiam conversar sem dizer uma palavra ao outro. Um pequeno sorriso se formou no rosto da mãe da garota e um balançar de cabeça deu uma pequena esperança para a garota de olhos azuis.

— Tudo bem filha, vamos fazer o seguinte. Nós te daremos um voto de confiança desta vez e deixaremos você em casa. Se quando voltarmos você estiver viva e a casa não for queimada, entenderemos que você já é madura o suficiente para ficar só de novo. –propôs com um pequeno tom de brincadeira no fim. Marinette riu e o seu sorriso voltara. – Entramos em um acordo?

A resposta foi simples e repetitiva. A mesma saira de seu lugar indo abraçar o pai do outro lado da mesa de jantar repetindo um “obrigada” alegremente. De fato, não havia como negar que sua família era muito unida. Mas se tinha uma coisa que Marinette amava em sua família era que, mesmo com um clima tenso, tudo acabava bem e com risadas. Algo que nunca iria mudar enquanto estivessem unidos. 

— Agora que está tudo resolvido acho que você já pode ser considerada responsável. – Tom comentou ajudando Sabine a colocar os pratos na pia. A garota sorriu enquanto arrumava a mesa de jantar. – Isto é, se não queimar a casa antes de voltarmos da viagem.

A garota ia protestar quando foi interrompida pelo som da campainha. Encarou os pais desconfiada, não sabia que teria visitas aquela hora da noite. Sabine começava a lavar os pratos quando encarou o marido. Parecia tão confusa quanto a filha.

— Pode atender a porta querida? – sua mãe lhe pediu abrindo a torneira da pia. A azulada assentiu estendendo a toalha sobre a mesa de jantar.

— Claro mãe. – Disse abrindo a porta e olhando o lado de fora. Não havia ninguém. Arqueou uma sobrancelha. Seria algum tipo de brincadeira?

— Quem é filha? – Tom perguntou tentando olhar por cima do ombro da garota. 

— Não tem ninguém aqui pai. – Marinette respondeu olhando mais uma vez para fora e em seguida para o pai. Tom deu uma pequena risada.

— Talvez seja o além te chamando Marinette. – brincou, enxugando os pratos lavados. – Ou então pode ser um fantasma. Porque não desce até lá embaixo para ver se encontra alguém? - assentiu abrindo mais um pouco a porta. - Só não grite muito alto senão a porta trava e você fica para fora com o fantasma.

Rindo com a brincadeira de seu pai, Marinette se dirigiu as escadas de casa. Tom nunca deixava passar a oportunidade de fazer uma piada com as atitudes desastradas da filha e isso já não era novidade para a morena. Estava acostumada com os comentários de que era descuidada e desastrada, afinal havia um pouco de verdade nesta história. Ela nunca fora tão cuidadosa com certas coisas.

Fora de sua casa, as pessoas se cobriam como podiam da fina garoa que caia sobre suas cabeças incessantemente. Alguns por conta de seu cabelo recém feito, outros atrasados para algum compromisso importante. Logo, a rua da avenida estava praticamente vazia e somente Marinette aparentava estar viva dentro de uma cidade parada no tempo. Uma cidade fantasma.

Respirando a ar gelado que estava sob a cidade e com o coração batendo contra seu peito, olhou ao redor da padaria. Nada. Virou-se e olhou na direção da escola coberta pela escuridão noturna. Não havia ninguém ali também. Um arrepio subiu pelas suas costas e sentiu estar sendo observada por um momento.

“Isso é loucura Marinette. Não tem ninguém aqui fora... é só a sua mente querendo te pregar uma peça.” A garota repetia mentalmente para si mesma, tentando se convencer.

Respirou fundo. A garoa agora já estava aumentando e isso era o suficiente para encharcar a roupa da garota. Seu cabelo começava a se prender em seu rosto e uma pequena brisa que a atingiu foi o que faltava para dar meia volta e entrar para dentro de casa. Quando girou a maçaneta da porta notou algo diferente. Havia um pequeno papel preso na fechadura dourada. Parecia muito antigo pela sua aparência amarelada.

A sensação de estar sendo vigiada voltou novamente e Marinette podia jurar que ouviu alguma coisa se mexer na rua ao lado de sua casa. Com a mente perplexa a garota pegou o pedaço de papel preso e entrou rapidamente em casa. O medo e o suspense, que há muito tempo a mesma não sentia, começaram a corroê-la lentamente a cada degrau das escadas que subia.

***

Dentro do quarto, Marinette ainda se sentia vigiada e a angústia começava a atingi-la diretamente. Havia se perguntado várias vezes o porque de estar sentindo aquilo de repente. Olhou para Tikki e percebeu o quão preocupada a kwami estava com a cara que estava. Deu um pequeno sorriso amarelo e fez um pequeno carinho em sua cabeça.

— Porque não lê isto logo Marinette? – a pequena joaninha aconselhou parando em seu ombro. A garota assentiu lentamente.

Soltando o ar que persistia em ficar preso em seus pulmões, Marinette abriu o pequeno pedaço de papel dentro de sua mão. Haviam poucas frases escritas com uma caligrafia perfeita que a garota leu com a voz um pouco trêmula.

“Seis pedras mágicas. Cinco confidentes. Um rebelde. Através da luz da chama da esperança se revelarão mostrando o seu destino. Onde surgirá a resposta que tanto almejam encontrar.”

Logo abaixo das pequenas frases estavam gravados pequenos símbolos que a garota não havia visto na vida. Simbolos que a mesma pensou ser algum tipo de código antigo. Olhou mais uma vez para o velho pergaminho e encarou a kwami em seu ombro. Ambas tinham o semblante pensativo nas palavras lidas.

— O que isso quer dizer Tikki? – a garota perguntou a kwami num fio de voz. A mesma balançou a cabeça lentamente.

— Isso é um mistério Marinette. A única pessoa que pode soluciona-lo é você. Nunca vi nada parecido com isto em toda a minha vida. – a kwami disse ainda encarando o papel a sua frente.

— Acha que isto possa estar relacionado ao Hawk Moth? – a garota indagou.

— Não sei. Mas se for o que eu estou pensando, isso pode ser uma pista muito útil para nós. – Tikki comentou olhando atentamente para os pequenos símbolos na beirada do pergaminho. – Acho que o mais certo a se fazer agora é guardar isto em um lugar seguro. Se isso nos levar ao Hawk Moth e ele souber disto, as coisas vão ficar muito mais dificeis se este papel sumir.

Marinette assentiu. A kwami estava certa. Se fosse mesmo uma dica para encontrar o vilão da cidade de Paris, Hawk Moth faria de tudo para se livrar daquele pedaço de papel. Teria de achar algum lugar especial para guardar aquela informação preciosa.

Não podia deixar que as trevas apagassem a única luz que ela tinha de salvar o mundo.


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