Miraculous Para Sempre escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

* Leiam as notas finais *



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LEIAM AS NOTAS FINAIS....

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Era mais uma manhã na cidade de Paris. Uma linda manhã, mas ainda sim, apenas mais uma manhã normal. Pelo menos era o que algumas pessoas pensavam ao olhar de um certo ângulo de certo hotel no centro da cidade. Um certo hotel que um certo prefeito importante havia mandado construir. O mesmo em que uma certa garota loira, considerada um pouco arrogante pelos outros, morava.

Apesar do que todos em sua volta pensavam dela, Cholé não era totalmente uma garota ruim. Se todos soubessem de seu passado não a julgariam como fazem em qualquer lugar que ela está presente. Que culpa tem uma garota que não conheceu sua própria mãe de ter tudo o que quer para fazer o que bem entende? As vezes, a loira pensava em tudo o que já lhe acontecera e refletia se estava realmente fazendo o que era certo. Se era mesmo necessário ser uma pessoa como ela era, arrogante e prepotente. Muitas vezes também se pegava arrependida por tudo o que já fizera de ruim as outras pessoas e até mesmo tentava concertar o seu erro, mas quando via que talvez não valeria a pena voltava a ser o que era antes.

“Se as pessoas não valorizam o que você faz, tem razão continuar fazendo aquilo?” era o que a garota falava a si própria quando percebia que não tinha retribuição do bem que estava fazendo. A frase fazia sentido em sua cabeça.

Mas, mesmo tendo tudo o que queria ter, ela sentia que no fundo não tinha nada. Uma vez até admitiu que o dinheiro não compraria aquilo que ela sentia falta. Não compraria o amor de uma família completa, não compraria amigos verdadeiros, não compraria a mãe que lhe faltava. Mas sempre que pensava isso via que, se contasse a alguma pessoa, ninguém a compreenderia. A única pessoa que podia realmente contar dentro de toda a França, era o seu mordomo Charlie. Ele fora o único que sempre a ouvira quando precisava e era o único que ela podia conversar como um amigo de verdade, sem que o mesmo a julgasse precipitadamente. E por incrível que parecia, ele parecia mais ser sua família do que seu próprio pai.  

Havia ficado até tarde da noite anterior conversando sobre sapatos da última temporada com o mesmo antes que seu horário de dormir chegar e Charlie ter que se retirar para o seu quarto próprio. Agora, quando o sol começava a aparecer por trás das nuvens e tentar aparecer por entre as grossas cortinas do seu quarto, Cholé ainda se encontrava dormindo até que o despertador de seu celular começa a tocar.

Apesar da irritação da garota, o despertador continuou a tocar e no fim, acabou sendo arremessado na direção do mordomo que acabara de entrar pela porta dos seus aposentos. O mesmo conseguiu se desviar e até mesmo agarra-lo antes de se chocar contra a parede e se espatifar totalmente.

— Ótimo arremesso senhorita Cholé. – elogiou encarando a garota que ainda enrolava deitada em sua cama. Parado em frente a sua cama ouviu as murmurações da mesma. – Mas devo informá-la que se não se apressar em levantar, sua cabeleireira particular não terá tempo para arrumar seu cabelo antes de ir para a escola e a senhorita precisará arrumá-lo sozinha.

— Tá legal, só me dá mais uns cinco minutos... – murmurou arrumando seu travesseiro e abanando sua mão indicando a saída. – Não se preocupe Charlie, mande a cabeleireira esperar mais um pouco. Já vou levantar.

— Como quiser senhorita. – Charlies respondeu e se virou para sair. – Antes que eu me esqueça, hoje é o dia da sua prova de história. Acredito que tenha estudado ainda ontem a noite.

A garota abriu os olhos com o susto. Como assim já havia chegado o dia da sua prova? O que iria fazer? Não havia se quer pegado o livro para estudar um minuto apenas, deixando todo o resto do trabalho para Sabrina fazer em seu nome para o dia seguinte e estava tão entretida em sua conversa sobre sapatos queaté se esquecera do dia da prova. Rapidamente a garota se levantou correndo de sua cama e foi para o banheiro se arrumar reclamando com Charlie porque não tinha dito antes.

— Achei que a senhorita se lembrava. Precisa ter um pouco mais de responsabilidade com os assuntos da escola ao invés de deixar tudo nas mãos da senhorita Sabrina . – o mordomo advertiu abrindo a porta com um pequeno sorriso no rosto. – A cabeleireira estará te esperando em dez minutos, não demore senhorita.

***

Logo a filha do prefeito já estava chegando próxima a escola, onde Sabrina a aguardava com diversas pastas de lições já feitas em seu nome. A mesma bufou, com raiva da garota. Devia tê-la lembrado da prova! Mas percebera que não podia contar mesmo com aquela garota para nada de importante quando a mesma apareceu na frente da porta de sua limousine, a abrindo. Parecia... feliz em vê-la?

—Bom dia Cholé. – disse para a mesma quando fechou a porta do carro. – Eu fiz a sua lição de Física, de Química e a de Matemática ontem a noite e terminei sua pesquisa de Biologia hoje cedo. Está tudo aqui, olha.

— Ô Sabrina, você não se esqueceu de nada?– Cholé cortou a animação do rosto da garota a encarando profundamente irritada. A mesma pareceu pensar por um momento. – A claro, como sempre você esquece alguma coisa. Você não me disse nada da prova de história de hoje, entendeu agora?

— Me desculpa Cholé, eu estava ocupada demais fazendo a sua lição ontem a noite e devo ter me esquecido de te ligar...

— Claro, como sempre eu tenho que fazer tudo sozinha. – a interrompeu entrando na escola, aos gritos com a garota. – Você é uma incompetente Sabrina, quando eu mais preciso de você alguma coisa acontece. Muito obrigada. – terminou com seu típico ar de sarcasmo.

Deixando a ruiva para trás, se dirigiu para a sala de aula. Muitos outros alunos lhe lançavam olhares reprovadores por seu comportamento de poucos segundos atrás, mas a loira não ligava para nenhum deles. Não precisava da opinião deles. Não precisava deles. Mas seu pai insistia em deixa-la naquela escola pública onde ninguém gostava realmente de sua presença. Uma das coisas que mais lhe fazia falta era ter alguém para conversar sobre aquilo que ela realmente gostava... Mas ela não se daria ao luxo de admitir que não tinha amigos, pelo contrário, em sua visão todos a amavam só não sabiam como mostrar isso abertamente. Levantou a cabeça e já dentro da sala de aula, sentou-se em sua cadeira habitual. A primeira na frente.

Logo a aula começaria e, pela primeira vez, a garota sentiu na pele o medo de fazer uma prova. Seria isto que os outros sem importância na sociedade sentiam? Medo? Passou seus olhos pela sala e viu, entre o resto da turma, Marinette sentada em sua carteira. A carteira atrás de Adrien. A mesma que ela teria ficado se Alya não fosse tão abusada no ponto de pega-la para ela e a morena. Não sabia se era somente por esse motivo que a odiara, mas não suportava aquela garota perto de si desde o fundamental. Não gostava de vê-la nem que fosse de ouro á sua frente.

— Bom dia alunos. – a professora entrou na sala dando inicio a aula e fazendo a loira começar a lixar as unhas.

***

O tempo já estava começando a mudar quando deu a hora do almoço e a limusine apareceu para levar Cholé de volta para o luxuoso hotel do seu pai, o prefeito. A garota de olhos azuis falava animadamente no telefone celular enquanto se aproximava de casa e passava por perto de um restaurante quando seu campo de visão alcançou uma garota que ela já havia visto antes. Seu nome não aparecia em sua mente e a mesma logo começou a se distanciar da mesma aos poucos.

“Olha como ela se veste. Deve ser filha do dono do restaurante pelas roupas que usa... tem até uma mancha de gordura ali... Credo!” a loira a reprovava mentalmente enquanto tagarelava com alguém importante no celular.

Logo, já estava entrando dentro de seu hotel. Foi de repente, num susto que a garota encontrou algo que não admirava nem nos reallyt’s show que apareciam em sua           T.V. nem mesmo na sua frente. Uma confusão. E ainda pior: uma confusão dentro de seu próprio hotel, o precioso hotel de seu pai. Haviam dois brutamontes tentando dar socos e pontapés em um pequeno senhor que tentava sair do local a todo custo. Olhou ao redor e procurou por seu pai. Quem sabe ele poderia mudar aquela situação? Seus olhos foram rápidos e correram por todo o térreo do prédio procurando por algum sinal que lhe mostrasse que ele estaria ali. Não encontrou ninguém, nem mesmo os seguranças que deveriam estar ali.

Suspirou irritada. Aqueles preguiçosos deveriam estar andando por ai ao invés de estarem fazendo o seu trabalho que o prefeito de Paris tinha os mandado fazer. Poderia usar várias palavras para descrever aqueles incompetentes que seu pai dizia ser “os seguranças” do hotel, mas não tinha tempo. Algo precisava ser feito para aquela confusão acabar e deveria ser rápido, pois aquilo poderia espantar clientes importantes para o sustento do prédio. Olhou ao redor e avistou Charlies perto do elevador. Uma idéia surgiu em sua mente.

— Desculpe Sabrina, mas eu preciso desligar.  – disse bruscamente cortando o que a garota falava, desligando o telefone em seguida. Rapidamente se dirigiu ao mordomo e o arrastou até o local da confusão, ouvindo perguntas sobre o que a mesma estava pensando. – Cale a boca Charlies, só me obedeça.

Um dos brutamontes havia pegado o pequeno senhor pela gola de sua camisa, o levantando no ar. O outro estava pronto para acabar com as ameaças e dar um soco no rosto do velho chinês quando a garota lhe deu um forte cutucão em seu ombro, o fazendo se virar.

— Ô cara quem você pensa que é? – a sua voz saiu tão irritada quanto seu pé batendo persistente no chão. O mesmo riu a olhando de cima a baixo.

— E você? Quem você pensa que é para falar nesse tom comigo loirinha? – a pergunta saiu da boca do homem e a atingiu como um balão de água fria. Ele não sabia com quem estava mexendo.

— Eu sou Cholé Bourgeois, a filha do prefeito Bourgeois e a razão de você e o seu amigo ai saírem do meu hotel. – disse sem rodeios apontando para os dois com relutância.   

— E como você pretende fazer isto, filhinha do papai? – o seu adversário indagou sorrindo sarcasticamente. Isso foi suficiente para lhe dizer que eles não iriam sair dali tão cedo.

— Achei que não iria perguntar. – respondeu com um sorriso nervoso passando por seu rosto. – Se os senhores não colaborarem e saírem do meu prédio, eu serei obrigada a chamar as autoridades para os dois e pelo que sei, isto é violência ao próximo e merece denúncia. Pelo que eu me lembre... uma denúncia acaba com a sua imagem pública e isso com certeza acabaria com a vida dos dois. Além do mais, os dois levariam uma multa pesada...isso se não ficarem presos.

— Tirando o pequeno empecilho de que o que estão fazendo além da violência, é invasão de privacidade e vandalismo no espaço pessoal de ninguém menos de que o prefeito. – completou o mordomo ao lado da loira.

— Já disquei o número da policia. Devo completar a ligação? – perguntou com a cabeça erguida mostrando o celular ao seu lado. Em seu rosto continha um sorriso vitorioso.

Por um longo minuto o sujeito a sua frente a encarou profundamente, querendo no mínimo, intimidá-la com seus olhos furiosos. Isso não fora suficiente para fazê-la baixar a cabeça e quando percebeu isso, o brutamontes rolou os olhos para o outro. No mesmo instante o velho chinês foi largado no chão e os homens foram embora com a cara amarrada.

Ao vê-los passar pela porta deu um salto e comemorou o ato que fizera. Sua felicidade era de tal forma que nem mesmo percebeu o chinês que acabara de salvar a encarando com um pequeno sorriso. Gritinhos de alegria e pequenas risadas preenchiam o térreo vazio aquele horário e assim como apareceram, cessaram quando a garota olhou a hora em seu relógio. Seu tempo estava contado.

— Obrigado senhorita Cholé. – foi a única coisa que a garota ouviu antes de subir as pressas pelo elevador. Precisava arrumar seu cabelo e tinha que almoçar primeiro.

Chegando ao determinado andar da cozinha, decidiu pedir alguma coisa para comer dentro de seu quarto e seguiu para o seu destino. Chegando lá, jogou o celular sobre a cabeceira de sua cama e foi até o banheiro visualizar a heroína daquele senhor em perigo. Mexendo em seu cabelo, ela viu um pequeno sorriso aparecer em seu rosto.

— Eu sou mesmo demais. Mesmo em desvantagem eu consegui colocar medo naqueles dois e salvar aquele senhor em perigo. É Ladybug, você não viu, mas eu também salvei uma pessoa... – disse sorrindo para o nada e arrumando os óculos escuros de seu reflexo. – Parece que não sou tão ruim assim como todos pensam. – murmurou dando uma piscada para o espelho e voltando para o quarto.

Foi quando notou algo estranho no quarto. Ao lado de seu celular estava uma pequena caixa preta hexagonal com pequenas linhas douradas encima. Tinha o tamanho exato de uma caixa de brincos de marca que ela comprara há algum tempo. A loira fez uma careta e se aproximou para pegar seu celular e sair do quarto, mas parou no meio do caminho quando sua curiosidade lhe cutucou a mente. O que teria ali dentro? Seria algum presente de seu pai para a mesma? Seria um colar caro? Ou então uma jóia rara? Algo precioso ou simplesmente mais um presente de Kim para tentar conquistá-la? Essas perguntas martelavam sua cabeça enquanto ela dava passos em direção a sua cama.

— Acho que se eu abrir acabo logo com essa curiosidade... Aliás, o que poderia dar errado em abrir uma caixinha como essa? – perguntou retoricamente para ela mesma tomando a caixinha em uma das mãos, a analizando novamente.

Parecia que havia algo escrito em seus lados mas não deu muita importância e abriu a tampa. Um brilho amarelo inundou todo o quarto da garota e a mesma jogou a caixinha longe, a fazendo cair no meio do quarto no mesmo tempo em que um pequeno ser de olhos azuis e pequenas listras pretas aparecia flutuando a sua frente. Cholé deu um grito o mais alto que pôde seguido de vários sapatos de grife sendo arremessados na direção do que a garota tinha a sua frente. Pegou seus travesseiros e gritou mais uma vez enquanto o ser amarelo tentava tranqüilizar a loira voando em sua direção.

— Acalme-se Cholé, eu não vou machucar você. Só quero te dizer o que eu sou e o que está acontecendo... – o ser foi interrompido por ser preso dentro de uma bolsa que foi pega dentro de seu armário. – Ok, podemos fazer do seu jeito então. Se sente mais segura agora?

— O que é você e como sabe o meu nome? Foi o meu pai que fez você? Como você veio parar aqui? Eu quero respostas primeiro e eu é quem faço as perguntas aqui. – Cholé disparou estreitando os olhos para a bolsa em suas mãos. Logo o ser passou pela bolsa e parou na frente do rosto da garota que recuou para trás.

— Meu nome é Lily, eu sou um kwami. Para ser mais específica sou o kwami da abelha e você foi a escolhida para usar o seu miraculous. – a pequena abelha disse flutuando a frente da garota que a observava atentamente. – O mesmo miraculous que você jogou no meio do seu quarto. Ele vai te transformar na Abelle e você deverá usar os seus poderes para ajudar Ladybug e Chat Noir no que aparecerá contra eles. Para se transformar em Abelle é só dizer:" Lily, mostrar as asas!" Então você terá os poderes que eu tenho para ajudar os outros. Mas tem uma coisa que...

— Isso é sério? Eu vou virar uma super heroína como a Ladybug? Isso é demais, preciso mesmo ver se é verdade. – Cholé indagou pulando da cama e pegando o pequeno objeto de dentro da caixinha preta que jogara no chão do quarto e colocando em seu rabo de cavalo, o prendendo. - Liliy, me transforme! – a garota gritou animada e logo a kwami foi sugada para dentro de seu pequeno pente em formato de abelha. 

Mas havia uma coisa que ela precisava saber sobre se transformar em Abelle... 

... que seu passado poderia atrapalhar seu presente.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que provavelmente vocês querem me matar por causa da minha escolha para o miraculous da abelha ser a Cholé mas eu tenho meus argumentos para ela ser a minha escolha. Futuramente ela será muito importante para a história inteira e principalmente para o fim. Então, se alguém ai quiser tacar pedras em mim ou me ameaçar de morte, ou até mesmo não entendeu o porque deste capítulo me mande um review ou uma mensagem privada que eu vou responder tudo para vocês novamente. Okay? O próximo capítulo sai antes de domingo. Beijos pessoal.



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