Miraculous Para Sempre escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 11
Capitulo 11




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Era domingo de manhã e, apesar de estar no inicio de épocas frias e chuvosas, o sol mostrava-se por trás de pequenas e quase invisíveis nuvens no céu. Um vento frio passava por entre os altos prédios e sobrados de toda a França e atravessava o centro de Paris como um fantasma assombra uma velha mansão, fazendo ninguém se atrever a entrar sem permissão. Vários franceses fechavam seus comércios, prontos para irem para suas casas descansarem e aproveitarem o resto da semana com sua família. Entre várias pessoas que começavam a perambular pelas ruas principais do centro da cidade estava Lila. A garota estava com sua roupa de costume e carregava um sorriso no rosto. Parecia guardar uma boa noticia e estava levando a mesma para compartilhar com alguém. Ninguém menos do que Kattie, sua confidente.

Atravessando a rua na qual passava, parou em frente ao grande sobrado do lado do restaurante L’eVentSoffie. Possuia um grande portão prateado que impedia qualquer um de entrar sem que fosse convidado pela família O’Greens mas por trás continha um vasto jardim com pequenas árvores de cada lado da casa. Pequenas hortênsias roxas decoravam o jardim, o deixando com um pequeno ar de interior parisiense e tudo isso, destacava ainda mais o grande terreno que aquele sobrado ocupava.

— Lila! – ouviu uma voz conhecida exclamar por trás do grande portão e o abrindo em seguida.

— Oi Kat. – cumprimentou a ruiva com um abraço. Um grande sorriso não saia de seu rosto e a ruiva logo percebeu isso a encarando.

— O que foi? O que era tão importante que você não podia dizer por mensagem? – indagou deixando a amiga entrar em sua casa.

— É algo muito bom e depois muito importante para dizer apenas por uma simples mensagem de texto Kat. – respondeu segurando a mão da amiga que a guiava pela casa.

Passaram pela grande sala que separava a sala de estar da sala de jantar e subiram a pequena escada que dava para o segundo andar do sobrado dos O’Greens. Lila já havia passado por ali várias e várias vezes desde que conhecera Kattie, há muitos anos atrás. Conhecia a casa e o quarto da ruiva como a sua própria palma da mão.

Atravessava o corredor em que a senhora O’Green colocava suas plantas favoritas na parede e pelos quadros que ela e Kattie pintavam nas horas vagas. Passavam pelo quarto de seus pais e ao lado da janela no final do corredor era o quarto que as duas ficariam pelo resto do dia.

Por dentro, o lugar parecia ainda maior do que era visto do corredor. Haviam pequenos quadros sob uma cama bem organizada e arrumada e ao seu lado haviam uma grande estante de madeira escura que ocupava boa parte do quarto com diversos objetos da garota. Do outro lado do quarto estavam o computador e uma escrivaninha com cadeiras, muito utilizada pela mesma para pintar seus quadros e realizar suas tarefas escolares e no chão havia um tapete vinho escuro que cobria o resto do quarto. As duas se sentaram onde haviam grandes almofadas abaixo de uma pequena janela aberta.

— Então... Você vai me falar o que está escondendo ou não? – a ruiva perguntou cruzando os braços para a amiga a sua frente. A morena soltou uma gargalhada.

— Tudo bem Kat. – sorriu arrumando o cabelo atrás da orelha. – Bom, eu conversei com os meus pais... e consegui fazer que eles me colocassem na escola que você vai estudar. Surpresa! Vou estudar com você! – exclamou balançando as mãos com um pequeno sorriso.

— Que legal Lila! – gritou abraçando a amiga com um sorriso. A morena retribuiu sorrindo ainda mais. – Isso merece uma comemoração! O que você acha de ouvirmos algumas músicas canadenses e norte americanas de sucesso com alguns dos melhores doces do restaurante do meu pai? – sugeriu entrelaçando a mão ao lado do rosto.

— Claro, mas dessa vez eu escolho. – avisou lhe apontando o dedo rindo.

— Ok, só dessa vez. – garantiu lhe mostrando a língua e entregando o celular nas mãos da morena, saindo do quarto logo em seguida. – Eu já volto. Vou pegar os doces com o meu pai. Escolhe as melhores por favor, não tô afim de chorar.

Com o sorriso ainda largo, Lila viu a garota desaparecer em meio o comprido corredor do segundo andar. Segurando o celular de Kattie, a garota começou a procurar músicas que agradavam ambas em conteúdo musical. Foi quando notou uma mensagem de um desconhecido aparecer na tela abaixo de onde estava a lista de reprodução de músicas canadenses. Arqueou uma sobrancelha. Quem poderia ser? Não era ninguém que Kattie conhecia e nem ninguém que ELA conhecia.

“Será que devo ver quem é essa pessoa?... Não, melhor não.” Balançou a cabeça. Não podia mexer nas mensagens de sua amiga dessa maneira.

A curiosidade a matava por dentro e Lila odiava isso. Olhou angustiada para o celular e tentava se convencer de que esperar Kattie chegar para verificar a mensagem era o mais certo a se fazer naquele momento. Nunca pensou que a sua ruiva pudesse demorar tanto Não podia ser traiçoeira e trair a confiança de sua melhor amiga. Pelo menos tentaria não fazer isso.  

***

Já era noite quando as amigas se despediram uma da outra e Lila foi para sua casa. Haviam combinado de se encontrarem e irem juntas para a escola no dia seguinte, algo que jamais iriam deixar de fazer. A morena de olhos verdes havia feito o mesmo caminho para voltar para casa quando percebeu algo estranho em uma das ruas do centro. Um pequeno senhor com um blusa vermelha com flores tropicais amarelas estava sendo seguido por um ladrão que vinha logo atrás, carregando um pé de cabra na mão.

“O que será que ele... essa não! Ele vai matar aquele senhor a pancadas e depois roubar o banco! Assim não terão testemunhas e ele não vai poder ser preso. Preciso fazer alguma coisa.” Pensava rapidamente em sua cabeça, se escondendo na esquina da rua pouco movimentada.

Olhou para o poste de luz acima de onde ambos iriam passar e teve uma ideia. Conhecia um atalho que daria exatamente onde os dois iriam passar e se escondeu atrás de uma das latas de lixo que estavam ali empilhadas. Espiando rapidamente a rua, pegou uma pedra que estava no chão e apontou para a lâmpada do poste a sua frente. Só tinha uma chance...

Atirou. A pedra acertou o ferro do poste e voltou se chocando contra o rosto do ladrão o fazendo soltar um berro de dor. Lila se apressou em se abaixar e novamente jogou uma pedra na direção onde o bandido estava, soltando uma pequena risada que escapou de sua boca. A tampou imediatamente quando ouviu passos pesados se locomoverem em sua direção.

Sua respiração falhou e por um momento a morena se esqueceu como respirar. Fechando os olhos com força, esperou o que temia: o ladrão encontra-la. Pôde ouvir os gemidos de dor do homem e o ranger de dentes mostrava que o mesmo estava irritado com a pessoa que lhe tacara uma pedra segundos antes.

“É isso o que eu ganho em ajudar as outras pessoas? Morrer na mão de um criminoso? Não pode ser possível... Pelo menos aquele senhor não está frito, sou eu no lugar dele.” Dizia mentalmente a si mesma quando ouviu um barulho de outras latas caírem no chão, sendo reviradas.

— Hey! – alguém berrou do outro lado da rua e desviando sua atenção para essa pessoa. Quem poderia ser louco o suficiente para fazer tal ato? Ela não conseguia pensar em nada e nem ninguém. – Porque não mexe com alguém do seu tamanho?

Então Lila reconheceu a voz. Era Kattie. O pânico tomou conta da garota e no mesmo instante a garota se levantou de onde estava enxergando a cena do ladrão correr em direção a ruiva e levantar o pé de cabra para ataca-la.

Num impulso, pegou a primeira coisa que viu a sua frente e correu por trás do homem levantando o objeto que estava em sua mão: uma tampa de lixeira.

— Não encosta um dedo nela! – berrou batendo com toda a força e fúria que alguém poderia ter na cabeça do homem, deixando sua arma cair no chão. Logo após o ato, o mesmo se virou pronto para acabar de uma vez por todas com quem mexeu com a pessoa errada. Lila estremeceu, porém continuou encarando o sujeito a sua frente. – Eu não faria isso se fosse você cara.

Nem teve tempo de perguntar o que ela queria dizer com aquilo quando sentiu algo lhe acertar em cheio entre as pernas o jogando no chão. Um urro de dor pôde ser ouvido a quilômetros daquela rua quando as duas garotas correram para longe chamar os policiais noturnos que estavam passando ali por perto e que acabaram prendendo o sujeito suspeito de assalto a banco.

— VOCÊS VÃO VER SUAS MENINAS INTROMETIDAS. EU VOU ATRÁS DE VOCÊS – o homem berrou ainda gemendo de dor quando foi levado para dentro das viaturas.

— Você tem o direito de permanecer calado. – o policial o repreendeu fechando a porta da viatura. Virando-se encarou as duas garotas a sua frente e arrumou sua blusa de frio. – Qual o nome vocês garotas?

— Kattie e Lila. – a ruiva apresentou apontando para cada uma. As duas se entreolharam e voltaram a encarar o policial a sua frente.

— Parabéns, vocês fizeram um ótimo trabalho ao procurar as autoridades civis. – elogiou olhando para o seu relógio e franzindo a testa. – Posso perguntar o motivo das duas estarem nas ruas de Paris a essa hora da noite? Esse horário é muito perigoso meninas, vocês viram o que pode acontecer se estiverem no lugar errado a hora errada. Devo ligar para os seus responsáveis virem busca-las...

— Não será necessário senhor policial. Nós moramos naquela casa. – Kattie apontou para o sobrado a poucos quilômetros dali começando a caminhar lentamente e arrastando Lila junto. – E bom... acho que já está na hora de entrarmos. Hã... tenha uma boa noite. - Ainda ouviram reclamações quando chegaram na casa da garota e avisaram os pais de Lila que ela iria dormir em sua casa.

Após muito tempo de tentar convencer a garota de dormir na cama de Kattie, as duas se deitam para dormir em suas camas improvisadas e começam a pensar sobre o que havia acontecido aquela noite.

— Kattie? – a morena chamou.

— Sim Lila?

— Como você apareceu no momento em que eu mais precisava? – indagou encarando o teto.

— Eu estava preocupada e então acompanhei você indo para casa. Quando vi que você mudou o caminho fui verificar o que tinha acontecido. – a ruiva explicou encarando a estante perto de onde estava.

— Promete que sempre vai aparecer na hora que eu precisar de você? – perguntou Lila a melhor amiga, lhe encarando.

— Eu prometo. – afirmou com um sorriso. – Ou pelo menos vou tentar.

Ambas riram e foram dormir, mal sabendo que alguém do lado de fora observava a janela do quarto.


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Notas finais do capítulo

Dupla imbatível! ^^ Então, o que vocês acharam? Mande sua opinião ai.



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