A new love escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 7
VII. | Ataque


Notas iniciais do capítulo

Olá, novamente!

Gostaram do capítulo anterior? Espero que sim.

Tenham uma boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/691898/chapter/7

Meu pai fez inúmeras perguntas a respeito do meu primeiro dia, tentei responder todas calmamente e me desviei assim que tive a oportunidade, eu sabia mentir muito bem mas não gosta de engana-lo tanto, já bastava a enorme mentira que eu o havia contado do motivo da minha viagem para cá. Eu também não podia lhe contar a respeito do Caius, como eu iria explicar que em meu primeiro dia já arrumei um namorado?

Tomei o meu banho e coloquei o mesmo jeans, troquei a blusa e passei perfume, deixei meu celular em casa e segui meu pai até o carro, ele dirigiu tranquilamente até a cidade e para em um restaurante pequeno e agradável, meu pai me disse que eu poderia escolher qualquer coisa do cardápio e o jantar foi agradável e ele me fez rir bem mais do que em sua aula. Nós seguimos para um pequeno passeio por Seattle e meu pai logo me arrastou para uma soverteria.

Nós conversamos mais e mais. Ele me contou sobre a época em que ele e a mamãe namoravam e como eles ficaram apavorados quando eu nasci e após um longo tempo ele entrou no assunto do divórcio e da triste época que eu ficava com ele e após uma semana minha mãe tinha que me buscar porque eu simplesmente não parava de chorar. Após isso ele soltou a “bomba”, me contou entusiasmadamente que estava namorando com uma assistente de dentista da cidade.

Após o soverte o meu pai me disse que ia fazer uma ligação e que eu poderia caminhar um pouco pela praça ali em frente. O obedeci e fui, provavelmente ele iria ligar para a namorada e se eu tivesse o número do Caius eu também ligaria para ele nesse momento.

Um homem usando uma camisa vermelha está sentado a alguns bancos do meu e me olha de vez enquanto, ele não me parece familiar e eu começo a ficar nervosa com o fato dele está me olhando a cada cinco minutos mas não consigo sair do canto, é basicamente como se ele estivesse me mantendo paralisada no banco, ele levanta e logo está na minha frente, concluo sem nenhuma explicação que ele é um vampiro.

“Olá, Grace Rowell!” ele diz, seu hálito fede a sangue.

Ele me pega meu braço e o aperta com uma força excessiva, ele me puxa no banco e me faz andar à sua frente, eu tento gritar mas não consigo e isso me deixa mais apavorada ainda. O homem me levou até um beco escuro e me jogou no chão com uma força extrema, isso fez o meu ombro doer intensamente e arranhou uma grande parte do meu braço, ele agachou-se ao meu lado e passou seu dedo pelo arranhão sujando seu dedo de sangue e lambendo o sangue do seu dedo.

“Vampiro” sussurrei.

“Oh!” ele exclamou. “A humanazinha de Caius Volturi”.

Meu coração acelerou instantaneamente. Como ele sabe ao meu respeito? Tentei me levantar e correr para fora daquele beco mas o vampiro pisou no meu tornozelo e me jogou contra a parede fazendo a minha cabeça bater na parede com força, a dor se alastrou rapidamente e eu coloquei a mão nela tentando fazer a dor parar, em vão obviamente. O vampiro ajoelhou-se novamente ao meu lado e riu.

“Aro ficará tão feliz em ter sua cabeça guardada!” ele disse.

Ele abaixou mais um pouco e fungou próximo ao meu pescoço, minha respiração e o meu coração estavam rápidos e até mesmo eu já podia ouvir, perguntava-me a quanto tempo eu já estava nesse lugar com esse vampiro e porque Aro me queria, porque queria a minha cabeça?

“Me deixe ir, por favor, me deixe ir” sussurrei suplicante.

“Por que eu te deixaria ir? Você será o meu alimento, não entendeu ainda bobina? Eu vou te matar e te jogar no castelo dos Volturi, da forma como me foi orientado fazer!”

“Por quê? Por quê?”

“Porque eles querem. Se Aro quer algo, Aro consegue!”

Ele ficou de pé e segurou o meu tornozelo começando a me puxar para a saída do beco indo em direção a praça novamente. De repente meu tornozelo foi solto e eu fui deixada no chão, graças a minha cabeça que doía eu permaneci com os olhos fechados, tentando não ver quem estava ali, ouvir barulhos altos de coisas quebrando e logo em seguida um forte cheiro de algo queimando.

“Grace?” ouvi a voz do Caius e abri os olhos devagar, ele estava ajoelhado à minha frente com uma expressão preocupada no rosto, tentei me mover e me abraçar a ele, mas o meu ombro doeu e eu permaneci novamente no chão. “O que está fazendo aqui sozinha?”

“Ele me pegou, o vampiro” sussurrei.

“Eu já cuidei dele.” Caius disse. Ele me ajudou a sentar e desapareceu rapidamente, o cheiro de fumaça acabou e eu aproveitei para me verificar, eu coloquei a mão no meu tornozelo e o apertei, doeu e eu o larguei, preferindo não mexer muito, o meu ombro doía um pouco e o meu braço ardia, levei minha mão e senti o molhado do sangue. “Onde está doendo?” Caius perguntou me assustando ao reaparecer novamente ao meu lado.

“Meu ombro e tornozelo”.

“Vem, cadê o seu pai?”

“No restaurante em frente à praça”.

Caius me pegou nos braços com uma extrema facilidade e me levou até o restaurante, o meu pai estava lá dentro fazendo um telefonema e parecia extremamente preocupado com algo, provavelmente comigo. Alguém abriu a porta de vidro para o Caius e meu pai correu ao nosso encontro ao me ver, ele passou a mão na minha testa, provavelmente verificando o sangue e em seguida puxou uma cadeira acolchoada onde Caius me colocou.

“Quem é você?” meu pai perguntou sem prestar muita atenção no Caius.

“Caius” ele respondeu simplesmente após pensar por um longo tempo. “Querem que eu chame um médico? Posso ligar para o Dr. Cullen”.

“Conhece o Dr. Cullen?” meu pai perguntou.

“Conheço sim, estou morando na casa dele, sou um velho amigo”.

“Claro, será de grande ajuda”.

Caius se retirou pegando seu celular.

O meu por sua vez ficou em cima de mim tentando ver os meus ferimentos e tentando me ajudar, mas estava praticamente me sufocando com todas as suas perguntas e sem me dá nenhum espaço. Alguns minutos depois Caius volta e ajoelha-se ao meu lado, fazendo meu pai ficar surpreso com o gesto.

“Vocês se conhecem?” ele perguntou vendo Caius pegar minha mão.

“Pai, pode nos dar uns minutos? Por favor?”

“Ah, certo, irei pegar mais água” ele falou desconfortavelmente.

Caius riu baixinho e eu o acompanhei, logo ficando séria e deixando o cansaço e o medo me vencer, permiti que as lágrimas caíssem e abaixei minha pose de garota durona, minha cabeça estava latejando da mesma forma que o meu tornozelo ardia em dor, eu mal conseguia pensar naquele momento e nem queria lembrar da forma com que aquele vampiro me ameaçou, como falou naturalmente que iria me matar e entregar a minha cabeça em uma bandeja ao Aro, eu sou capaz de aguentar tudo isso pelo Caius? O meu amor é assim tão forte? O melhor que posso fazer agora é fugir, esquecer o Caius e segui a minha vida, segui e sempre me esconder porque Aro não irá me esquecer tão fácil, mas eu consigo fazer isso? Consigo deixar Caius sair agora que eu finalmente o tenho?

“Grace, o que aquele vampiro te falou? Eu preciso saber”.

Funguei baixinho e me aconcheguei ao seu braço, a pele dura e gelada não fez se afastar, ao contrário, só me fez me apegar mais ao braço dele sentindo certeza que esse é o meu lugar para sempre.

“Eu não quero falar sobre isso” sussurro.

“Mas é necessário. Eu preciso te proteger, não poderei te proteger sem saber o que aconteceu, o que ele lhe falou”.

“Ele ia me matar” sussurro contra o seu braço. “Disse que ia entregar a minha cabeça em uma bandeja para o Aro”

Caius ficou rígido em seu lugar, talvez fizesse ideia de que Aro tentaria algo dessa forma, mas não fazia a menor ideia de que agiria tão rápido e tão violentamente, ele não precisava de tanta violência para me levar até Volterra.

Ele estava prestes a falar novamente quando a porta se abriu, o Dr. Cullen entrou por ela trazendo consigo sua maleta e com um homem de cabelo cor de bronze ao seu lado. Caius ficou de pé imediatamente e foi até os dois vampiros mais novos, eles conversaram por cerca de um minuto e em seguida Caius saiu do restaurante, tentei ficar de pé e o alcançar, mas não consegui, meu tornozelo ainda doía e eu não podia simplesmente sair correndo, Caius já deveria ter desaparecido em sua velocidade de vampiro.

“Para onde ele foi?” perguntei quando os dois Cullen paparam a minha frente.

“Te proteger” Dr. Cullen disse.

Após isso nós permanecemos em silêncio, o Dr. Cullen cuidou dos meus ferimentos e não me falou mais nada do Caius e sobre a curta conversa deles. Após os cuidados o meu pai pagou o restaurante e nós formos embora, não trocamos nenhuma palavra e eu fingir dormi, mas a minha cabeça não parava de trabalhar, onde Caius estava? Como ele iria me proteger?

Quando chegamos em Forks o meu pai me levou para o meu quarto e eu imediatamente adormeci, na manhã seguinte Alice e Bella apareceram e falaram ao meu pai que iriam cuidar de mim, elas me levaram para a mansão e lá me explicaram a respeito do dom da Bella e que era seguro para mim e para o meu pai a minha permanecia na casa deles, eu não falei nada, apenas pensava no Caius.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Comentem.