A new love escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 8
VIII. | Ao resgate – Part I


Notas iniciais do capítulo

Olá! Como vocês estão? Espero que estejam bem, vamos parar o falatório mais cedo e vamos ler, agradeço a todos os comentários que estou recebendo e espero que comentem neste capítulo também. Um enorme beijo para todos!



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O meu sonho com o Caius foi perturbador e eu preferia não lembrar da forma como ele andava, do seu sorriso maníaco e nem da forma histérica como Aro ria, divertindo-se com tudo o que acontecia, sem contar com o medo que me corroía e me fez acordar.

Ao acordar eu estava em um quarto escuro, uma grossa cortina cobria as prováveis paredes de vidro da mansão. Sentei-me na cama, meu tornozelo ainda doía um pouco e minha cabeça já estava melhor, sem dor e os arranhões começavam a criar cascas. Esse já era o segundo dia desde o ataque, o segundo dia que se iniciava comigo na casa dos Cullen esperando alguma notícia a respeito do Caius e sempre finalizava o dia sem nenhuma notícia.

Esme apareceu na porta do quarto. Ela era a esposa de Carlisle, uma mulher doce e amorosa, tratava a todos como seu próprio filho e tentava me mimar ao máximo. Sentei-me na cama aconchegante que até o momento eu não sabia de quem era e retribui ao sorriso da vampira mais velha, ela trazia consigo uma pequena bandeja com o meu café da manhã, tratava-se apenas de pão com geleia, suco industrializado e alguns pedaços de bolo.

“Bom dia, querida” Esme disse sorridente. “Como está se sentindo?”

“Bem.”

“E o tornozelo?”

“Melhor, está doendo menos graças ao remédio” explico.

Ela põe a bandeja sobre a cama, estico-me e pego um dos pedaços de bolo e dou a primeiro mordida, nesse mesmo instante Alice aparece na porta preocupada, suas sobrancelhas estão franzidas e se ela fosse humana definitivamente estaria chorando.

“Eu o vi” Alice informa.

Largo o bolo na bandeja e fico de pé, avançado contra a vampira, agarro-me aos seus ombros frios aguardando alguma resposta, esperando saber onde ele está.

“Ele foi pego, Grace” Alice diz. “Aro o pegou, eu não consegui ver direito mas vi ele de joelhos diante do Alec”.

Dou um passo para trás assustada. Ele foi novamente pego pelo Aro, será que ele foi ao encontro deles? Por que Caius seria estúpido a esse ponto? Ele sabe o perigo de ir até eles, isso é me proteger? Ir de encontro a morte?

“Eu preciso ir atrás dele” digo rapidamente.

“Você não pode ir até ele” Esme diz atrás de mim. “Ele está com Aro, ele também está atrás de você e tem poder o suficiente para te matar, Caius sabe se cuidar, ele sabe como sobreviver dentro do castelo de uma forma que você não sabe”.

Respirei fundo sabendo perfeitamente bem que aquela era a verdade, o único que sabia como sobreviver lá dentro era ele, Caius sabia andar por aquele castelo, sabia o ponto fraco de cada vampiro e sabia perfeitamente como lidar com o Aro e toda a sua arrogância, o que eu poderia fazer? Qual o meu poder contra o líder deles? Sou apenas humana.

“Vocês podem me ajudar” digo.

Mesmo sem poder respirar Esme e Alice param, sinto que elas temem os Volturi tanto quanto eu e pergunto-me porque, elas são vampiras, são imortais e temem a própria raça, quem realmente os Volturi são?

“Não podemos” Alice diz o obvio. “Eu sinto muito, mas como Esme falou ele sabe se cuidar, ele sabe perfeitamente bem como lidar com o Aro”.

“Por que vocês não podem? Vocês também são vampiras”.

“Os Volturi não são só mais um clã de vampiros, eles são os reis, são eles quem dão as ordens e os mais poderosos. Eles têm os vampiros mais poderosos e podem matar quem eles quiserem” Alice me explica. “Caius sabe lidar com eles porque ele já foi um deles, Caius já teve o mesmo poder que Aro tem. Se existe algum vampiro capaz de lidar com Aro, esse vampiro é o Caius”.

“Por favor!” imploro.

“Nossa família não tem uma boa história com os Volturi” Esme diz calma.

Suspiro frustrada. Sento-me novamente na cama e ignoro o meu café da manhã, Alice sai do quarto saltitando como sempre e desaparece da minha linha de visão, Esme é a única que continua comigo no quarto, esperando pacientemente que eu coma mais algum pedaço, exatamente como uma mãe faz com seu filho doente.

Relutantemente eu comi o pedaço do bolo que eu comia anteriormente e tomei o suco, Esme ficou satisfeita e pegou a bandeja e saiu, eu ajeitei os travesseiros e tentei planejar a minha ida para resgatar o meu namorado, mas como faria isso? Não era possível eu simplesmente entrar e mandar Aro me devolver o Caius, eu não tinha nem ao menos como comprar uma passagem de avião e meu pai me proibiria imediatamente de largar a escola para voltar a Volterra sem motivo aparente, eu não podia falar a respeito do Caius ainda, era muito cedo.

Eu adormeci sem perceber. Acordei durante a noite, eu não escutava mas sabia que todos estavam fazendo algo, meu tornozelo ainda doía e eu não podia sair da casa, eles todos saberiam que eu estava saindo, eu precisava era voltar para casa apesar de todo o perigo pelo qual eu estaria me expondo, mas eu precisa correr o risco, eu precisa ver e salvar o Caius, mesmo que isso custasse a minha vida.

“Esme?” chamei, a vampira apareceu na porta imediatamente. “Eu quero ir para casa, preciso buscar roupas limpas”.

“Oh!” ela diz. “Eu posso lavar as suas”.

“Não quero causar esse incomodo todo, além do mais eu preciso ver o meu pai, estou com saudades” digo tentando ser convincente. “Bella poderá ir comigo”.

Nesse instante um vampiro de cabelo cor de bronze aparece na porta, ele cruza os braços e sorri um pouquinho, como se soubesse exatamente o que irei fazer.

“Ela está mentindo” ele diz. “Se ela for para casa ela irá fugir, ela quer ir para Volterra para salvar o Caius”.

Esme me olha horrorizada.

“Como sabe?” pergunto já entregando os pontos, é obvio que Esme preferirá acreditar no vampiro.

“Sou Edward, leio mentes” ele diz.

Os dois saem e eu volto a deitar. Eu não volto a dormi, fico apenas deitada na cama esperando a manhã chegar, eu choro e não me preocupo em chorar baixo, quero que eles ouçam e saibam o que estão fazendo comigo, a dor que estão me causando.

Em um certo ponto da madrugada a porta se abriu, ligaram a luz e eu me virei, vi que era a Bella entrando e trazendo consigo um grosso casaco.

“Levante-se, nós vamos para Volterra”.

“O quê?”

“Eu sei pelo que você está passando” ela me explica enquanto me ajuda a ficar de pé, eu visto o casaco e a espero terminar sua explicação. “Edward certa vez acreditou que eu estava morta e foi para Volterra, ele ia revelar a existência dos vampiros aos humanos e queria morrer, Aro quase o matou, eu não medi esforço para o salvar mesmo sendo uma humana. A minha história está se repetindo, eu vejo você em mim e sei a dor que está sentindo.”

Eu não disse nada a ela, não conseguia nem ao menos começar a tentar agradecer. Bella me pegou nos braços e pulou a janela, exatamente da forma como Caius fez ao me revelar seu segredo, ela correu em sua velocidade vampiresca e parou alguns minutos depois, quando me situei nós estávamos em Seattle, pegamos um táxi e fomos para o aeroporto.

Bella comprou nossas passagens com o seu cartão de crédito, passamos algumas horas esperando o nosso voo para a Itália e embarcarmos sem bagagem e sem data para retornar, ficamos em silencio durante toda a viagem e desembarcarmos de dia, passamos todo o dia no aeroporto para proteger a identidade da Bella, pela noite nós saímos e Bella, para poupar suas forças, roubou um carro para imos até Volterra.

Nesse momento todo já sabiam da nossa fuga, Bella precisou desligar seu celular para poder dirigir sossegada e me proteger ao mesmo tempo, eu estava com pena dela por todo o esforço que ela estava fazendo e nem me conhecia direito, elas podiam até mesmo morrer dentro daquele castelo.

A viagem durou cerca de um dia porque Bella precisou caçar, ela estava ficando mentalmente cansada com mais facilidade graças a minha proteção, por vezes eu pedi a ela para parar, mas ela disse que não iria, Caius não a perdoaria se ela me deixasse morrer. Chegamos em Volterra no dia seguinte, Bella desfez seu escudo para que eles nos achassem propositalmente e assim se fez, alguns minutos depois dois vampiros me escoltavam em direção ao castelo, Bella foi mantida presa contra todos os nossos planos e eu me vi frente a frente com a morte.


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Notas finais do capítulo

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