A new love escrita por Senhorita Fernandes


Capítulo 6
VI. | A verdade


Notas iniciais do capítulo

Olá minha gente :)

Então, hoje eu vou postar dois capítulos pra vocês que pediram tanto, depois as atualizações voltam para as sexta-feira e tem mais, eu me mudei (de nove), adivinha por onde eu tô agora? Tô em Goiânia-GO, mas já tô arrumando as malas pra voltar pra casa, portanto... só volto eu dezembro pra cá.

Espero que gostem.
Boa leitura!



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P.O.V Grace

Meu pai ficou radiante ao descobri que eu iria morar com ele em Forks, ele praticamente fez uma festa pelo telefone e eu me senti um pouco mal por estar mentindo para ele, dizendo na cara de pau que queria passar mais tempo com ele, eu queria somente o Caius, mas morar com o meu pai depois de tanto tempo era assustador, apesar dele ser o meu pai ele era um completo estranho para mim e ele nunca soube cuidar de mim, mas ele ficou tão feliz e prometeu tantas vezes que dessa vez eu irei gostar que eu acreditei nisso também, nós seremos bons companheiros!

Ele também insistiu que eu faltasse ao primeiro dia de aula, mas eu insisti que havia dormido o suficiente dentro do avião, outra mentira. Acordei de seis da manhã, me arrumei o melhor que consegui e fui para a cozinha minúscula, as únicas coisas grandes na casa do meu pai eram os quartos e os banheiros. Ele me preparou ovos mexidos e uma pasta que ele fazia e que eu amava, colocou o café na minha frente e pôs o leite, tudo da forma como eu faço, provavelmente ele ligou para a mamãe para pedi essas recomendações.

“Quando chegar da escola nós podemos ir para Seattle e você pode, sei lá, comprar algumas coisas para você, o que acha?” ele perguntou entusiasmado.

“Não sei, acho melhor deixar para de noite” disse. “Talvez eu vá dormi de tarde ou se eu conhece alguém interessante na escola eu possa sair com ela”.

“Oh, tudo bem, mas chegue na hora do jantar, certo?”

“Podemos ir jantar em Seattle se quiser”.

“Seria maravilhoso! Tudo bem, esteja em casa as seis?”

“Parece bom para mim.”

Nós terminamos o nosso café da manhã em silêncio e seguimos no carro dele para a escola, a única que tinha em toda a cidade, meu pai parou na vaga indicada a ele e descemos, estávamos entrando na escola quando os olhares se voltaram para o estacionamento dos alunos, virei o rosto também e vi um carro luxuoso e que provavelmente custava milhões parar em uma vaga e seus ocupantes descer, três homens com os seus dezesseis e dezoito anos e duas mulheres de dezoito, pareciam modelos famosos, cutuquei o meu pai.

“Quem são aqueles?” perguntei baixo.

Meu pai olhou e soltou um assovio baixinho.

“São os Cullen, os ricos da cidade. A maior parte são filhos adotivos do Dr. Cullen mas aquela mulher mais baixa é namorada de um dos filhos e os garotos são primos que estão passando um tempo com eles, a baixinha é uma das filhas”.

Impressionante!

Entrei e peguei meu plano de aula, fui para o meu armário e esperei o toque para entrar na sala, as aulas se passaram rápido e uma das aulas foi a do meu pai que é professor de história e é muito bom por sinal, acho que nunca ri tanto enquanto ele explicava alguma guerra. Quando o sinal tocou e fomos dispensados eu caminhei até o meu armário e coloquei meus livros, ao fechar vi as duas garotas Cullen na minha frente.

“Oi Grace!” a baixinha falou sorridente. “Sou a Alice e essa é a Bella”.

“Oi”

“Você é nova na cidade, certo?” Bella perguntou.

“Sou sim, cheguei hoje”

“Oh, coitadinha, você deve estar cansada” Alice diz em um tom que em qualquer outra pessoa soaria falso, mas com ela soa animado e como se fosse algo divertido, quase como se ela não soubesse o que é ficar cansada. “Você quer ir na nossa casa hoje após as aulas?”

“Oh, vocês são rápidas!” digo rindo.

“Alice, conte para ela” Bella sussurra.

“É o seguinte Grace, nós sabemos porque você está e podemos te levar até ele se você quiser, obviamente você terá que confiar em nós”

Caius!

“Tudo bem, eu vou!”

“Podemos ir almoçar com você?” Bella pergunta timidamente.

“Claro”

Será que elas eram como ele? A pele era clara mas os olhos eram dourados e não vermelhos como o do Caius, minha cabeça começava novamente a doer com teorias e mais teorias.

As aulas se passaram mais devagar e era torturante, Bella e Alice me acompanharam na última aula que era de educação física, elas ficavam sentadas porque ambas tinham um sério problema no joelho devido a um acidente, eu suei litros e demorei uma eternidade no banheiro. Ao final do dia eu voltei para casa com os Cullen.

A casa deles ficava fora da cidade, era branca, grande e com paredes de vidro, uma casa que eu adoraria morar. Eles desceram e eu os acompanhei envergonhada, os garotos sumiram para a garagem e Alice abriu a porta de madeira da casa, o hall de entrada era iluminado e tinha uma belíssima escada.

“Você pode subir, assim que subi o primeiro lance ele estará na sala de televisão” Alice orientou.

Envergonhada eu subi lentamente a escada, nem um pouco preparada para me encontrar com ele, só agora percebi que não estava pronta, eu tinha várias suspeitas na minha cabeça e vergonha de perguntar e obter respostas, e se as respostas for coisas que eu não quero e não devo ouvir?

Terminei de subir a escada e entrei na sala, inicialmente eu nada vi, mas voltei meus olhos para a janela e o vi. Ele estava usando roupas pretas novamente e uma touca vermelha escondendo o cabelo loiro, seus olhos estavam vermelhos como o sangue e ele me olhava, um sorriso rasgava o seu rosto e eu poderia morrer com essa imagem na cabeça.

Fui até ele, controlando-me para não correr. Ao chegar perto dele não aguentei, abracei-o com força e percebi que seus braços e barriga eram duros da mesma forma que sua bochecha e também era frio, ele não pareceu se importar com esse contato e eu ignorei o frio, ele me abraçou de volta e novamente eu senti que podia morrer. Ficamos longos minutos abraçados, eu não entedia porque eu já o amava tanto e em tão pouquíssimo tempo mas preferia não questionar essa belíssima brincadeira que a vida fez comigo, só iria aproveitar ao máximo.

Com relutância eu o soltei, me afastei um pouco dele e fiquei passando, envergonhadamente, a mão na camisa do seu moletom sem saber o que perguntar primeiro.

“Pode perguntar” ele sussurrou colocando uma de suas mãos nas minhas costas, eu o abracei novamente e engoli em seco, preferia perguntar sem ver sua reação. “Não tenha medo”.

“Quem é você de verdade?” sussurrei. “Por que é tão frio? Por que os olhos vermelhos? A pele fria e essas características de alguém que saiu do século passado”.

Caius acariciou as minhas costas lentamente.

“Eu nasci em mil e trezentos antes de Cristo” ele sussurrou sério.

Meu coração começou a bater rápido e meus olhos se arregalaram, ele não podia ser tão velho, ele deveria ter morrido, não pode ser, não pode, isso é impossível!

“Isso é impossível” sussurrei.

“Você sabe o porquê de ser verdade” ele disse sério. “Pergunte, faça a pergunta correta dessa vez”.

“Você é um vampiro?” perguntei tão baixo que temi ele não ouvir.

“Sim”

Comecei a chorar e me soltei dele, caminhei para longe assustada e parei ao encostar em uma parede. Ele veio ao meu encontro, sobrancelhas franzidas com tristeza em seus olhos, ele provavelmente não esperava essa reação.

“Grace, essa é a verdade, me desculpe”.

“Os Volturi?”

“Vampiros.

Apertei meus olhos com minhas mãos tentando parar de chorar.

“E os Cullen?”

“Vampiros também” ele respondeu tranquilamente.

“Isso... Isso é impossível, deixe-me ver! Eu quero ver!”

“Ver o quê?” ele perguntou confuso.

“Eu quero ver você” disse chorando.

“Você já está me vendo”.

“O vampiro. Eu quero ver você como vampiro.”

Ele arregalou os olhos e se afastou.

“Eu não posso, isso é perigoso!”

“Beba o meu sangue, Caius.” pedi autoritária, sabendo que ele não me obedeceria. “Eu só irei ficar se você me mostrar!”

Escutei passos vindo da escada e um homem pálido e loiro apareceu, ele tinha uma expressão assustada no rosto e olhava diretamente para o Caius, pareciam ter uma conversa mental entre si, discutindo provavelmente o meu pedido.

“Me mostre!” gritei histericamente, sentindo vergonha de mim mesma por estar agindo dessa forma, ele não podia ser, não podia e não é.

“Certo, eu te mostro!” ele disse.

Ele desapareceu da minha frente e voltou trazendo uma bolsa de sangue humano, passou o braço ao redor da minha cintura e foi para a janela, arregalei meus olhos e me encolhi em seu peito, ele só podia ser maluco, onde fui me meter? Caius pulou e se pôs a correr, as árvores passavam em vultos ao meu lado e as minhas lagrimas cercaram assim como meus olhos me fazendo piscar freneticamente. Ele parou em uma clareira e me deixou no chão.

“Você quer me ver para acreditar, certo?” ele perguntou.

“Sim.”

“Você tem certeza disso?” assenti firmemente. “Tudo bem!” ele primeiramente tirou a camisa e caminhou até um raio que havia ali perto, corri até ele temendo vê-lo queimar, mas sua pele não queimou, ela brilhou como pequenos cristais. “Só vampiros tem pele assim, nossas células se transformam e endurecem, ficam como milhares diamantes que brilham a luz do sol e para completar, eu bebo sangue humano!” ele rasgou o plástico e com os olhos fixo ao meu bebeu a bolsa, seus olhos ficaram um pouco mais vermelho e seus caninos parecia milhares de vezes mais afiado, apesar de ser uma cena quase torturante de ser ver, Caius era a pessoa mais bonita e perfeita que já vi em minha vida. “Acredita agora?” ele perguntou limpando os lábios e seus dentes, fiquei o encarando durante todo o tempo em que ele limpou seus lábios e boca e se livrou do sangue, andei até ele e passei meus braços por seu pescoço, puxei-o até a minha altura e o beijei, não um selinho como em Volterra, um beijo de verdade.

Ele me afastou sorrindo, minha boca agora tinha um forte gosto metálico e isso era muito ruim.

“Acredita agora?” ele perguntou novamente.

“Acredito, sr. Vampiro” disse timidamente.

Ele me pegou de volta nos braços e me levou de volta para a casa dos Cullen, nós descemos para a sala e eu encontrei todos, eles suspiraram aliviados ao me ver sã e salva e me cumprimentaram como se eu fosse da família a milênios.

Caius me levou de volta para casa em seu carro, ele estacionou em frente à minha casa e ficamos em silêncio lá dentro, apenas olhando para frente sem falar nada e sem se tocar, somente eu respirava.

“E agora?” perguntei.

“E agora o quê?”

“Como fica nós dois. O que somos?”

Caius apertou o volante lentamente e virou-se para mim.

“Grace, você lembra de ter me visto com uma mulher no castelo?”

“Lembro”.

“Pois bem, ela é a minha esposa”

Isso machucou.

“Oh! Então quer dizer que eu sou sua amante?”

Ele franziu as sobrancelhas com a declaração, talvez tivesse passado tanto tempo dentro daquele castelo sem acompanhar o mundo que nem ao menos sabe o que significa essa palavra.

“Eu e ela não somos mais um casal há um longo tempo, talvez você não tivesse nem nascido quando eu e ela começamos a brigar e a deixar de ser um casal. Eu não a quero mais, eu não a amo mais a um bom tempo e é por isso que estou aqui com você e é por isso que nós somos um casal, concorda?”

“Somos um casal?” perguntei sorrindo mais feliz do que podia imaginar. “Isso me parece uma boa opção, mas e a sua esposa?”

“Vamos fazer o que qualquer outro casal faz nesse momento, assinar o divórcio e eu poderei segui a minha vida ao seu lado”.

“Mas eu sou mortal” falei baixo.

“Eu sei que é e eu sei que agora que você sabe sobre mim e sobre os Volturi, é questão de tempo até Aro me dar um prazo. Irei precisar, em algum momento, te transformar em vampiro e eu sinto muito por isso” ele disse.

“Não se preocupe com isso, deixe isso para outro momento e vamos aproveitar enquanto sua família não envia nada, somos um casal, lembra? Somo só eu e você, não me importo em virá vampira para te ter ao meu lado. Eu estou disposta a deixar tudo por você, Caius!”

Ele sorriu orgulhoso e me beijou, um curto selinho como sempre. Eu desci e o vi parti em direção a casa dos Volturi, agora era o momento de ir jantar com o meu pai e tentar esconder a toda a felicidade que estou sentindo.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem! (: