Nosso pequeno milagre escrita por babylockser


Capítulo 2
Capítulo II




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Gajeel estava cansado. Nunca em toda sua vida tinha conversado tanto. Olhou para a janela e viu que já estava quase escurecendo, talvez fosse melhor irem embora logo. Virou-se para o lado, no intuito de chamar Levy, porém ela não se encontrava mais lá.

— Tsc, maldita baixinha. Onde ela foi parar? – praguejou, levantando-se e procurando-a em todo lugar.

Parou ao sentir algo puxando sua calça e olhou para baixo, deparando-se com a mesma menina de cabelos azuis. Ela sorriu e apontou para um quarto no final do corredor.

— Ela está com a neném.

Gajeel franziu as sobrancelhas em confusão, pensou em perguntar sobre o que ela estava falando, mas a menina já tinha ido embora.

Resolveu ir até o quarto, ver se Levy realmente estava lá; qual foi sua surpresa ao não apenas encontrá-la, mas também deparar-se com a maga chorando, enquanto fitava um bebê dentro de um berço.

— Você parece estar se recuperando rápido, né? Ainda bem. – sorriu, limpando as lágrimas que insistiam em cair. – Eu espero que você possa crescer e ser uma ótima menina. Quem sabe você não vire uma maga também, hein? – murmurou, lembrando-se de como havia encontrado aquele pequeno ser.

Levy tentava fugir dos ataques de um monstro, enquanto Gajeel atacava o mesmo da melhor forma que podia.

— Ah, faz alguma coisa, Gajeel! – a azulada abaixou-se, desviando de um lançamento de fogo que via em sua direção. – Daqui a pouco, vou virar pó, se continuar desse jeito!

— Mas, esse monstro é trabalho para o Salamandra! Eu sou um dragon slayer de ferro, não de fogo! – o moreno também tentava desviar das investidas do “monstro cuspidor de fogo”, apelido dado pelo Redfox.

— Vamos nos esconder e esperar ele ir embora! – Levy segurou a mão do namorado e disparou em direção à uma caverna que tinha ali perto. No processo, acabou sendo erguida por ele e levada dessa maneira.

— Você anda muito devagar. – fora a explicação para tal ação.

[...]

— Parece que ele foi embora! – Gajeel olhou ao redor da caverna, não vendo nenhum vestígio do monstro. – Fica aqui que eu vou procurar as plantas e já volto, baixinha.

A azulada abriu a boca para responder, mas o mago já tinha desaparecido.

— Idiota. – sussurrou, embora um sorriso tivesse surgido em seus lábios.

[...]

Franziu suas sobrancelhas, levantando-se do chão e indo até a entrada e saída da caverna, achando estranho a demora do namorado, quando foi surpreendida pelo monstro de antes. Arregalou os olhos e correu para o fundo da caverna, rezando para que a criatura não conseguisse entrar.

Escutou um som fino e agudo vindo de seu lado e espreitou os olhos, desconfiada e curiosa. Aproximou-se, cautelosamente, de um embrulho – um amontoado de pano, para falar a verdade – e abriu sua boca em um “O” ao ver o que era.

— Um bebê! – murmurou, levando as mãos à boca, incrédula.

Viu, ao longe, Gajeel chegar e lutar com o monstro. Olhou de volta para o pequeno ser e suspirou, pegando-o delicadamente e colocando-o em sua mochila, tomando o cuidado de deixá-la parcialmente aberta, oferecendo oxigênio à criança.

Ao ver que o moreno finalmente havia derrotado a criatura, juntou-se a ele e rumaram de volta à Magnólia.

O Redfox não conseguia entender o que estava acontecendo; mil perguntas rondavam sua mente e ele não conseguia achar a resposta de nenhuma delas.

Viu alguém se aproximando e tratou de se esconder, iria descobrir o que houve com Levy por conta própria, sabia que ela não iria lhe dizer.

—-x—

No dia seguinte, Gajeel retornou ao orfanato, sem Levy, dessa vez. A diretora pareceu surpresa ao vê-lo, mesmo assim, lhe ofereceu um sorriso.

— Em que posso ajudar?

— Preciso saber sobre uma coisa e acho que a senhora pode me dizer.

Ela assentiu e adentrou o local, sendo seguida pelo mago.

—-x—

— Foi há algumas semanas. Levy achou essa bebê abandonada em uma caverna durante uma missão e a trouxe para cá, já que não possui condições financeiras para criá-la.

Gajeel mal conseguia acreditar nas palavras que escutava. Por que a namorada não tinha lhe dito nada? Lembrou-se então, da conversa que tiveram na volta daquela missão e a ficha finalmente caiu.

— Gajeel. – chamou, depois de uma intensa luta interna ocorrer dentro de si. – O que você acha de crianças?

— Crianças? Um bando de pirralho que só sabe chorar, comer e fazer cocô. – respondeu, dando de ombros. – Por quê?

— Nada. – a maga suspirou. Realmente, não valia a pena dividir a sua descoberta com o dragon slayer. Gajeel tinha a mesma afeição paterna de uma pedra.

Naquele momento, ela sentiu pena de seus futuros filhos. Não que ela pensasse em ter filhos em breve, claro.

— Quantos... quantos anos ela tem? – indagou, tentando procurar as palavras certas.

— Não sei ao certo, mas não deve passar dos dois anos.

A cabeça de Gajeel rodava. Estava namorando com Levy fazia apenas alguns meses, mas tinha certeza que ela era a sua parceira escolhida.

— Posso vê-la?

A diretora assentiu, guiando-o até o quarto da menina. O dragon slayer aproximou-se com cautela do berço e fitou aquele pequeno ser vivo; os cabelos tão negros quanto o seu, as bochechas estufadas e gordinhas e as mãos abraçando a grade com força. Não conseguiu não sorrir diante aquilo.

Virou-se para a diretora com determinação. Uma determinação que Gajeel não sentia há tempos.

— Preciso que a senhora cuide dela só mais um pouco. – aproximou-se da mulher e pediu. – Por favor, não a entregue a ninguém. Nós viremos buscá-la.


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Notas finais do capítulo

Gajeel fofo, não sei lidar ♥



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