— Gajeel! – chamou, correndo em sua direção assim que o viu entrar na guilda. – Você não vai sair para nenhuma missão hoje, certo?

— Oh, baixinha! Que felicidade em me ver, até parece que me ama! – sorriu e esparramou os fios azulados da maga.

— É lógico que eu te amo, seu idiota. Afinal, somos namorados. – resmungou com um bico adorável. O dragon slayer soltou o seu costumeiro “gi-hi” e passou o braço sobre o ombro da garota.

— O que você que fazer hoje? – indagou, curioso para ver o que ela carregava com tanta alegria.

— Isso! Diz que podemos aceitar, por favor! – mostrou um cartaz de missão para o moreno que o pegou e começou a lê-lo com o cenho franzido.

— Passar um dia no orfanato de Magnólia? Que raios de trabalho é esse? E sem recompensa ainda!

— É um trabalho voluntário, Gajeel. Ultimamente, várias crianças tem sido abandonadas e o orfanato está sem pessoas para ajudar a cuidar deles. E não, eles não tem dinheiro para contratar novas pessoas, por isso estão pedindo ajuda dos magos. – explicou, antes que o namorado pudesse abrir a boca para falar algo. – Eu sei que você não gosta desse tipo de missão, mas é que eu realmente queria ir...

O Redfox virou o rosto para o lado, sabendo que cederia se encarasse os olhos da menina.

— Não tem mais ninguém que possa ir? – indagou, amaldiçoando todas as garotas da guilda por terem saído com seus respectivos namorados.

— Não... todas saíram. – Levy abaixou a cabeça e levantou logo em seguida, tendo uma ideia. – Sobrou apenas Jet e Droy, posso chamá-los se você não quiser ir, tenho certeza que eles não irão se impo-

— Onde é esse tal de orfanato? – questionou, já indo em direção à saída da guilda. Até parece que ele deixaria sua baixinha ir com os dois paspalhões.

Levy sorriu e correu para segurar-lhe a mão, entrelaçando os dedos. Aquela tática sempre funcionada. Na verdade, ela nem sabia onde seus amigos estavam.

—-x—

Fitaram o prédio relativamente pequeno e esperaram a diretora aparecer. Era uma mulher de idade, parecia bem cansada, porém feliz.

— Vocês não imaginam o quanto estou aliviada por terem aceitado a missão. As crianças estão loucas para conhecê-los!

— Nós que agradecemos pela oportunidade. Meu nome é Levy e esse é o meu namorado, Gajeel.

Gajeel tentou sorrir amigavelmente após receber um cutucão da garota.

A diretora sorriu de volta e pediu que entrassem. O dragon slayer mal pôs os pés dentro do prédio e quis sair no mesmo instante. Levy, por outro lado, tinha os olhos brilhando ao ver tantas crianças adoráveis juntas.

— Bem-vindos ao orfanato de Magnólia! – os pequenos gritaram em coral. A maioria parecia ter entre seis e sete anos, havia alguns mais novos e outros mais velhos.

— Olha, seu cabelo é igual ao meu! – uma menina chegou perto de Levy, mostrando seus fios azulados, o que chamou a atenção de Gajeel.

— Tem razão! Eu tenho mais duas amigas que tem cabelo dessa cor, acredita?

O moreno sorriu de canto ao ver a namorada conversando tão naturalmente com a pequena. Estava tão distraído que não percebeu quando um menino chegou perto dele e encostou em um de seus metais.

— Tio, o que é isso na sua cara? – assustou-se, quase caindo para trás, já que tinha se agachado para tirar os sapatos antes de entrar na casa.

— Vai assustar outro, pirralho! – resmungou, fazendo o menino recuar alguns passos.

— Gajeel! – Levy ralhou com o namorado. – Não se preocupe, querido, ele não vai brigar com você. – voltou sua direção ao menino que assentiu e voltou a se aproximar do moreno.

— Isso são metais. – respondeu, sentindo seu rosto corar levemente por ser alvo de tantos olhares infantis.

— Por que você tem metal no rosto, tio? – dessa vez, foi uma garotinha quem perguntou.

— Porque sou um dragon slayer de metal. – encolheu os ombros, como se fosse óbvio.

— O que é dragon slayer? – outra menina questionou, curiosa sobre o termo.

— Você é burra? Dragon slayer é a magia que apenas os magos mais fortes possuem. Com essa magia, eles podem matar dragões! – um garoto respondeu no lugar do Redfox.

— Uau, parece muito legal! – o menino que havia tocado em seu metal anteriormente, exclamou. – Aquele mago de cabelo rosado que destrói tudo com fogo também é um dragon slayer, né?

— Ah, o Salamandra! – Gajeel resolveu entrar na conversa, já que era algo que o interessava. – Para dizer a verdade, eu sou muito mais forte que ele, gi-hi!

Levy sorriu ao ver o namorado se divertindo com as crianças, respondendo suas perguntas e mostrando algumas transformações simples.

— Levy- san, ela está acordada hoje, se você quiser vê-la... – a azulada foi tirada de seus devaneios por uma das funcionárias do orfanato.

— Sim, eu quero vê-la. Obrigada. – sorriu, olhando para Gajeel uma última vez, antes de seguir a mulher.