O amanhã sempre chega escrita por Sazi


Capítulo 4
Formatura


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos, desculpem a pressa com que estou atualizando essa trama. Sou assim mesmo, os primeiros capítulos fluem e depois eu paro. Acontece.
Espero que estejam gostando, logo novos conflitos virão.



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Os dias transcorriam bem rápidos e logo o fim do ano chegou e com ele as festas e a cerimônia de encerramento. Estávamos nos formando e tendo de encarar novos horizontes.

— Vai trazer a Elisa para a cerimônia? - eu perguntei pra minha irmã. Nesses quase dois meses que se passaram ela não desgrudou da menina. E aos poucos fomos vendo o quanto ela sofreu.

Aconteceu há dois dias, Laís chegou em casa chorando. Eu sabia que ela vinha da casa da vizinha e corri para ver o que ela tinha. Quando por fim ela se acalmou ela me contou tudo.

— Ela sofreu tanto. O pai dela perdeu o emprego e ficou como um vagabundo em casa, a mãe dela trabalhava demais e descontava a raiva toda dela batendo na filha. - mais choramingo. - Para completar o irmão dela tentou abusar sexualmente dela várias vezes. E ainda tinha o infeliz de um colega de escola dela que queria trata-la como amante. - Fiquei sem reação. Respirei fundo e abracei a minha irmã, para lhe dar coragem para contar o resto. - Então o pai dela começou a mudar. Mas a mãe dela saiu de casa. Abandonou a família para namorar outra mulher. Nesse meio tempo o irmão dela tentou se matar e foi internado em um hospital psiquiátricos. Mas as coisas iam melhorando quando ela aceitou namorar o filho do amigo de infância do pai dela.

— Eu nem sei o que dizer Laís.

— Tem mais.

— Mais? - meu Deus, será que ela não vai parar de sofrer?

— Quando ela achou que o irmão estava curado ele armou uma cilada pra ela e o namorado. Depois fugiu com ela e se envolveram em um acidente de carro. Por isso que ele esta em coma.

Nesse meio tempo nós vimos o irmão dela lá. Das vezes que minha irmã ia lá ela sempre ajudava em alguma coisa e uma dessas vezes ela ajudou a cuidar do rapaz. Eu sou curioso e também fui ver ele. Realmente era muito bonito e bem jovem como minha irmã dizia.

Deixei ela chorar um pouco e se acalmar. Daquele dia em diante eu estava mais e mais presente na vida da Elisa. Contei tudo a Tayla. Não sei se fiz bem. Mas eu contei. Agora era um segredo de nós três. Fato esse que nem Daniel sabia. Procurávamos encarar a menina com um ar normal. Por nada nesse mundo eu queria que ela pensasse que estávamos com pena  dela, por algum motivo sequer. Outra coisa me preocupava além disso. Kevin.

— Já convidei. Ela deve chegar logo. Disse que traria o namorado. - nós sabíamos da sua existência, mas ainda não o conhecíamos.

— Eu estou irritada com o Kevin ainda.

— Eu também. - Vou contar a vocês o motivo de tudo.

Naquele dia em que fomos nos reunir na casa da Elisa, o loiro foi o ultimo a ir embora. Laís havia esquecido o seu livro lá e quando foi buscar ela ouviu as ultimas palavras de despedida do rapaz para Elisa. Então ela esperou que a moça fechasse a porta e abordou o nosso amigo. Não vou repetir o que ela disse aqui, já que não vale a pena, mas devo garantir-lhes que ela não estava contente em vê-lo flertando assim com a nossa nova amiga. Já que ela sabia que no fundo o rapaz não sentia nada como também não iria querer nada com ela. E nós não permitiríamos que ele brincasse assim com alguém, ainda mais depois de tudo que soubemos.

Ele disse a acusou de psicótica. Isso irritou demais a minha irmã. Desde esse dia eles não se falam direito.

— Bom dia. - ouvimos uma voz conhecida e quando nos viramos encaramos uma Elisa bem animada. Ela estava radiante, um pouco maquiada e ao lado estava um rapaz.

— Bom dia Elisa. - Laís foi logo abraçando-a.

— Quero apresentar a vocês meu namorado. Leonny.

Os cumprimentos foram breves e logo os outros se juntaram a nós.

— Ela realmente tem um namorado. - Kevin comentou quando estávamos na fila para a entrega dos diplomas.

— E porque você acredita que ela estaria mentindo. - Matheus que estava um pouco à frente de mim questionou.

— Por nada, apenas...

— Não acredito que você vai falar merda. - Daniel que estava atrás do loiro deu logo a sua cutucada.

— Não se mete. Você não sabe o que eu ia dizer.

— Mas ele não é burro, cara. Deduzir é algo que se aprende ainda criança. - eu completei. Realmente ele estava certo. Renan não dizia nada. Sempre que a conversa se estendia em questionar o loiro ele ficava na dele.

Ficamos quietos para a entrega do diploma. Depois vieram fotos e mais fotos. Tayla estava linda como sempre. Ela ainda iria ter de estudar por mais dois anos.

— O namorado da Elisa parece legal. - ela comentou.

— Eu também achei.

— Kevin está esquisito hoje.

— Sim, ele está. Eu não estou gostando nada disso. - contei a ela o ocorrido daquele dia. Ela ficou pensativa, ainda mais que Renan que nada dizia sobre o caso, estava de conversinha com o loiro pelos cantos.

Coisa boa não haveria de sair dali. No dia seguinte seria o aniversário do Matheus. Hirome iria passar uns dias no Japão, antes disso tínhamos de garantir que ela fosse para a festa. Os outros não se estenderam nas perguntas sobre Lenny. Assim que ele quis ser chamado. Uma pequena festa seria oferecida por Elisa em sua casa pra nós. O quarto onde Ehtan ficava era o último, então o barulho que poderíamos fazer não o atingiria. Eu não sei por que, mas eu não gosto dele. Mesmo sabendo que ele está doente. Não quero me comparar a situação deles, mas eu nunca que veria Laís com outros olhos além de irmão. Muito pelo contrário, ela pode crescer como for, sempre vai ser uma criança pra mim. O senhor Carlos, pai dos dois, sempre está fora. Se eu o vi foram apenas umas quatro vezes nesse tempo todo. O homem trabalhava muito. E eu reclamando do meu pai indiferente. Isso me faz entender que por diversas vezes nós nos reclamamos demais por motivos bobos, sendo que existem pessoas que passam por problemas maiores do que os nossos e estão firmes.

— Como ela consegue sorrir assim? - Tayla se perguntava. Eu procurei ser mais amoroso com ela. Para não deixa-la com ciúmes da menina. Já que estávamos dando a ela um apoio enorme. Mas não precisava, minha namorada era incrível. E sentia a necessidade de ajudar a nossa nova amiga. A minha vida nunca foi perfeita, eu tinha os meus problemas. Mas ao invés de choramingar por causa deles, eu decidi seguir o exemplo daqueles que tem de ser fortes o tempo todo. A nossa comemoração estava animada. Mas a noite chegou e todos foram pra casa.

No dia seguinte teríamos mais festa e depois praia. Comemorar o aniversário do nosso coreano favorito.

...

Nos dividíamos em dois carros. Nem sei se comentei, mas eu tirei a minha habilitação e Laís ganhou a dela, que vai ser tirada ano que vem. Então eu usava o carro da minha mãe sempre que podia. Voltando ao assunto; Em um carro íamos eu e Tayla na frente. Laís e Daniel e Elisa atrás.  No outro que pertencia a Matheus, sim ele tinha o seu carro e se habilitou com dezesseis anos. Iam ele, Kevin, Renan e Hirome. O namorado da nossa amiga não poderia ir. Devo admitir que foi bem difícil concordar em trazê-la. Creio que seja por causa do seu corpo. Ele deve ter um complexo. Mas estávamos entre amigos e ela podia relaxar. Esse dia iria ser bem divertido.

Por Leonardo Jonh Walker.


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