O amanhã sempre chega escrita por Sazi


Capítulo 20
Sequestro


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, espero que estejam animados assim como eu para reta final dessa trama.
Muitas emoções vão acontecer e logo coisas inesperadas vão lhes surpreender.



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Aquele era com certeza o momento mais importante da minha vida. Eu andava para um lado e para o outro feito uma barata tonta. Tayla e eu estávamos dormindo juntos naquele dia em sua casa, quando ela começou a sentir as contrações. Desesperei-me como sempre e minha noiva estava mais calma do que eu. Levamos ela as pressas no carro de Matheus, que por sorte me atendeu. Nem me lembrava que meus pais também tinham um carro, sabia nem se eu tinha colocado uma cueca. Chegamos ao hospital e eu estava agoniado com tudo.

— Amor, amor. Respira, isso. Assopra, assopra. - eu estava tentando acalmar ela.

— Quem seria esse? - uma enfermeira perguntou.

— É o pai dos bebes. - minha noiva disse. E eu ouvi a mulher rindo de mim. Como assim? Ela tem coragem de rir em uma hora dessas?

— Senhor, vou leva-la para a sala de cirurgia, gostaria de vir junto?

— Claro. - eu assenti.

Chegando na sala fui preparado conforme as normas de segurança e me preparei para assistir ao parto. Pra mim demorou uma eternidade, mas foram apenas alguns minutos. Não tive coragem de ver aplicarem a anestesia e nem de cortarem a barriga dela. Mas me foquei quando o médico tirou o primeiro bebe.

— É uma menina. - a minha pequena Aira estava nascendo. Ele me deixou pega-la. Eu nem sei descrever aqui como eu me senti quando eu tive a minha bebe nos braços, assim toda sujinha de sangue e chorando. Nem me lembrei que Tayla queria vê-la. Só notei isso quando a enfermeira me tomou o bebe e mostrou a mãe.

— Agora o menino. - o médico disse me entregando Allen. - tão lindo. Meu Deus, não tenho de que reclamar. Meus filhos ali saudáveis no meu colo. Chorei sim, como uma criança. Estava feliz, demais e não sabia o que dizer para ela, só lhe lançar um olhar tão emocionado quanto o seu.

...

Os gêmeos nasceram de sete meses, e tiveram de passar um tempinho na incubadora. Mas estavam saudáveis quando foram pra casa. Eu não me aguentava de alegria e ao mesmo tempo tinha a consciência de que teria muitas responsabilidades. Combinamos de que ela ficasse na minha casa, apesar de sua mãe ir visitar e ajudar, a minha estava dia e noite ao lado dela. Sendo a vô mais babona possível. Era engraçado até. Meu pai ficou encantado com os netos e Laís nem se fala. Eram um bando de babões. Meus amigos vieram vê-los e Kevin ficou emocionado em pensar que logo seria o bebe deles ali. Assim como eu experimentando aquela sensação incrível. Mesmo sabendo que não eram apenas flores e que as responsabilidades em ter trazido aquelas crianças ao mundo era muita.

Eu não se  estava realmente preparado para isso, mas eu faria de tudo para ver eles felizes, minha família.

O quarto deles foi algo que eu me emociono só de lembrar. Meus pais separaram um cômodo e os meus amigos arrumaram tudo e compraram todos os móveis, cada um contribuiu com algo.

Eles estavam sendo os melhores amigos que uma pessoa poderia ter, eram a minha família e não importava quantos anos passassem eu estaria ao lado deles e assim como eles ao meu lado.

Acordava de noite para ajudar Tayla trocar ou cuidar deles. Via minha mulher cansada e com sono a ponto de dormir sentada enquanto os dois sugavam sua forças junto com o leite. Sentia pena dela ao mesmo tempo que me sentia completamente esgotado e só para não perder o costume de ser eu. Quando acordava para cuidar das crianças, seja lá qual fosse a hora da madrugada eu mandava uma mensagem pra Kevin, dizendo o que estava fazendo e mandando ele se preparar. Que viria algo sim pra ele. Sim eu era horrível. Mas fazer o que, se não fosse assim, não seria Leonardo Walker.

O tempo passava rápido até e logo estávamos nos preparando para levar Elisa ao hospital para que ela tivesse o primeiro filho dela. Meu amigo estava a flor da pele e ao mesmo tempo que estava animado estava nervoso. Receoso e desejando urgentemente ver o rosto de seu filho. Eu entendia bem o que era isso. Deixei as minhas vidinhas em casa e junto de Daniel e Ehtan acompanhei o casal até a maternidade.

— Será que vai dar tudo certo? - Kevin sussurrava pra nós, quase inaudível.

— Claro que vai. Se meus gêmeos deram. - sei que nenhum corpo é igual, mas não havia porque deixar ele nervoso.

— Vai dar tudo certo. Alias tudo está planejado.  - Ehtan dizia. Não sei porque não consigo engolir esse garoto. Além do que coloquei ele pra trabalhar no mesmo local que eu afim de vigiar ele. Tinha medo do que ele podia fazer. Já que pra mim havia algo muito errado com ele. Demais.

— Vai ficar tudo bem. - Elisa dizia em meio a um sorriso forçado, eu sabia que estava doendo. Eu entendia isso. Não como ela, mas eu entendia e pressentia que a dor era enorme. Tayla tentou me explicar quando eu perguntei. Mas nunca seria o mesmo. Ela quem estava sentindo aquilo e diferente da minha mulher ela teria a criança normalmente. O loiro estava tenso quando e se desesperou quando ela começou a gritar de dor. Os médicos a levaram juntamente com o pai.

Ehtan e eu ficamos na sala de espera aguardando que desse tudo certo.

Todos os outros chegaram apos um tempo, Laís andava de um lado para o outro nervosa e eu dava um sinal para que Daniel tentasse acalma-la. Já que ela era cardíaca.

...

Houve uma hora em que o projeto de pedófilo saiu de perto de nós, eu estranhei na hora e queria segui-lo, mas fui parado com a noticia de que a criança nascera bem. Um menino. O loiro chorava de alegria e foi nos abraçando contentes. Comemoramos juntos e logo depois fomos ver ele na incubadora. Segundo o loiro ele ficaria lá por umas horas até que tudo se resolva. Elisa estava bem e foi corajosa. E eu um tio orgulhoso.

— Onde está o tio da criança? - Matheus me perguntou depois de um tempo quando voltamos do quarto da Elisa.

— Falando nisso ela perguntou por ele. - comentou Hirome

— Sim, mas eu não soube o que dizer. Eu vi ele saindo e quando menos esperei o Kevin veio anunciar o nascimento pra nós.

— Realmente isso é estranho demais. - Laís se ergueu de onde estava sentada e ficou andando. Porcaria de menina chata para querer enfartar.

— Se senta amor. Você não pode ficar passando emoções fortes. - Daniel tentou remendar. Mas minha irmã era minha irmã e o que reina no nosso sangue é teimosia.

— Eu vou ver se acho ele. - Renan de dispôs a procurar.

— Vai, por favor. - Kevin concordou.-  Não quero preocupar a Elisa e vou dizer a ela que ele está conosco por aqui.

— Que família eim? - Hirome disse. - O pai abandona, a mãe não esta nem ai e o irmão da uma de doido.

— Nós quem somos a família dela. E agora ela não está só, então não importa se eles não estão aqui. - Kevin começou. - Por mais que eu a veja triste por isso ela sabe que estamos aqui para o que der e vier.

Concordamos em uníssono.

...

Mais um tempo se passou e nada do Renan voltar.

— Estou preocupado. - estávamos na sala de espera do hospital , ninguém quis ir pra casa, já que a criança estava bem e pronta para ser liberada junto com a mãe. Decidimos ficar e ir juntos pra casa.

— Eu vou atrás dele. - Matheus se dispôs a levantar quando avistamos o loiro ofegante.

— Então?

— Não achei ele em lugar nenhum e ele não atende o telefone.

— Isso é verdade. - Kevin completou. - Tentei ligar pra ele várias vezes e nada.

Ficamos com aquela sensação ruim e meu estômago começou a doer.

— Gente eu estava achando ele meio estranho esses meses. - eu tinha de dizer.

— Como assim? - Hirome perguntou. Ela era a que menos convivia com ele

— Ele está mais carinhoso e cuidadoso com a Elisa, se eu não soubesse que ele era irmão dela diria que seria o seu namorado. - Renan completou com um  olhar de assombro.

Senti algo me dar um calafrio enorme e todos se entreolharam assustados.

— Meu Deus, meu filho! - Kevin declarou e todos corremos para ver se estava tudo bem com o bebe.

Quando chegamos lá a criança não estava no local e o desespero tomou conta de nos.

— Doutor, doutor. - Kevin parou o primeiro que viu. - Onde está meu filho?

— Pergunte aquela enfermeira ali. - ele apontou para uma moça. Corremos até ela sem nem ao menos agradecer

— Ei, moça. Onde está o bebe do berço vinte?  - eu perguntei afoito.

— Uma das novatas o levou para o troca-lo, mas...- ela hesitou como quem procura algo perdido no ar.

— Mas o que? Fala mulher.

— Calma Leonardo. - Daniel me corrigiu

— Ela já devia ter voltado. - ela disse sussurrando e quase ineludivelmente.

Ficamos mais assustados ainda e a enfermeira saiu perguntando pela outra as que estavam ali cuidando das crianças. Entramos em desespero e a segurança do hospital foi acionada e concordamos em não dizer nada a Elisa por enquanto.

A espera era interminável e a policia foi chamada, não tinha jeito, o bebe realmente foi sequestrado.

Por Leonardo Desesperado John Walker


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