O amanhã sempre chega escrita por Sazi


Capítulo 14
Pedido


Notas iniciais do capítulo

Peço perdão pelo demora. Estava pensando em um rumo pra essa história e por fim muitas idias novas me ocorreram. Realmente eu mudei o final e tudo vai ser mais emocionante a cada dia e como um bom clichê vai haver pedidos de casamentos, gravidez indesejada e muito mais. Realmente espero que gostem. Ando lendo muito também. Dai me perdi de novo nos mundos alheios. Fico feliz pela presença de todos sempre aqui e por não abandonarem essa baixinha aqui.
Amo vocês, boa leitura.



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Dois meses se passaram desde o despertar daquele rapaz...

Os dias se prolongavam de uma maneira intensa, eu estava bastante cansado, mas o mesmo passo satisfeito com o meu progresso. A cada dia que se passava eu tinha a certeza de que aquela era a faculdade que eu queria. E ao mesmo tempo sabia que ela sugava não somente as minhas horas, mas me preocupava. Não somente ela, mas como também a situação dos meus amigos, que eram uma parte da minha família. Hirome e Matheus finalmente assumiram o namoro. Eu sabia!

Disse isso várias e várias vezes pra mim mesmo. Achava lindo o jeito como eles ficavam juntos, não era pra menos. Eles mereciam um ao outro. Lembro-me da noite em que saímos todos juntos para jantar e comemorar o namoro deles. Isso a dois dias atrás. Cada casal muito animado, com exceção dos solteiros. Aliás havia algo que me preocupava muito e aos poucos eu transparecia isso tanto para minha namorada quanto para minha irmã. Elisa e Kevin estavam a cada dia próximos demais. Eram quase inseparáveis e tinham uma atenção de um para o outro que me deixava meio curioso. Mas enfim aquela noite foi de grandes surpresas. Ficamos em um restaurante familiar por um tempo, comemos e brindamos ao amor alheio.

— Gente, tenho uma coisa para contar a vocês. - do nada Renan se pronunciou, se levantando e sorrindo ativamente. O que quer que fosse que ele queria dizer parecia realmente bom. Assim eu pensava.

— Vai fala. - ouvi Kevin encorajar e pelo olhar que ele me lançou sabia que seria algo serio e no fundo eu temi. Já que ele havia bebido um pouco, alias ele era o único de nós que bebia. Já que os outros haviam parado a tempos.

— Eu sou gay! - ele exclamou arrancando um: o que? da garganta de todos. Menos de Kevin e Elisa. Esses ficaram quietos e de cabeça baixa. Acredito que já sabiam. - Eu não sei se vocês vão me aceitar assim ou não, mas eu queria muito dizer isso e deixar claro que eu respeito muito todos aqui e...e... - do nada ele começou a chorar feito uma criança. Eu não sabia o que fazer e nem o que dizer. Não por ter algum tipo de pré-conceito, não era isso. Me senti  traído, éramos amigos a anos e ele não contou isso pra mim. Apenas pro Kevin e para Elisa, que naquele momento o abraçou e ele ficou chorando em seu colo. 

A cena foi até engraçada. Mas não era bem aquilo que eu queria comentar. Ele poderia ter confiado em mim. Eu também sou seu amigo.

— Você poderia nos ter dito isso antes. Somo seus amigos. - Laís soltou indignada. Essa é minha irmã. Sempre me representando.

— Não era isso, eu...- ele ainda choramingava.

— Tudo bem, não importa, o que basta é que ele contou pra todo mundo e sabemos o que ele é. - Matheus acudiu o chorão com palavras sábias e todos tentaram voltar a fazer o que estavam fazendo. Se distrair. Não queríamos que nosso amigo achasse que éramos homo fóbicos, quando o que queríamos apenas era um voto de confiança.

Tayla que estava ao meu lado apenas ria baixinho. Não sei de que, mas ela ria.

— O que foi?

— Eu duvidei disso sempre. Desde o dia em que você me apresentou a eles. - ela virou o rosto pra mim e pude sentir aquele perfume que me fazia perder o ar. Ah, como eu amava aquela mulher.

Respirei fundo e bem e sorri pra ela.

— Agora sou eu quem tem algo a dizer. - Elisa se ergueu deixando nosso amigo choroso de lado.

Olhamos apreensivos pra ela. Todos, sem exceção. Então era algo que o loiro não sabia. Fiquei nervoso.

— Meu pai finalmente vai embora para a nossa antiga cidade e eu vou...

— Ah não. Você não vai a lugar nenhum. - minha irmã nem deixou a garota concluir já estava de pé. Nossa amiga deu uma gostosa risada e pegou na mão de Laís, que estava ao seu lado na mesa.

— Eu vou ficar aqui, morando com o Renan. - novamente o velho O que? se fez presente. Era uma ótima noticia.

— Explica como foi que isso foi resolvido? - droga, ninguém vai me deixar perguntar não? Dessa vez foi Daniel quem questionou.

— Bem, eu não queria e nem quero ir embora. Meu pai começou seu velho discurso preocupado e questionou várias coisas. Nesse dia por coincidência Renan havia ido me dar uma ajuda com uma lição de casa e meio que interviu na conversa. Informando que havia ganhado uma casa e que seria um prazer me ter ao lado dele. Claro que ele se opôs por causa do meu namorado e por questões que eu não conheço.

— Ai eu disse que era gay pra ele. Ou seja, o pai da Elisa foi o segundo a saber. - naquele momento todos riram alto disso da declaração do ruivo. Que situação para se assumir eim? - Eu disse a ele que me comportaria e o engraçado foi que ele começou a rir de mim.

— Também pudera Renan. - Hirome disse animadamente.

— No fim era um obstáculo a menos. Era o que eu pensava, mas ele foi bastante insistente e no fim eu pensei que não iria dar certo. Ai tive de recorrer a alguém que eu não queria. Minha mãe. Pedi a ela e fui atendida. Ela ainda disse que mandaria uma ajuda de custo pra mim. Então ele não tem pra onde fugir.

— E seu namorado? - Matheus questionou. De novo interrompendo a minha vontade de falar.

— Esse foi um grande problema. Não que ele fosse incompreensível, mas ele não queria ceder a isso. Alias ele deve ter pensado mil besteiras, mas de novo o Renan veio me socorrer.

— Eu conversei com ele. - o ruivo agora de pé também começou a narrar. - Disse o que eu era e expliquei tudo. Bem parece que ele entendeu.

— Já que cedeu e pronto. A partir de amanhã eu e Renan vamos morar em um apartamento juntos perto da escola. - tivemos de aplaudir. Todos sem exceção.

Então ficou combinado que no dia seguinte iriamos ajudar na mudança deles.

Eu estava meio frustrado por não me deixarem perguntar quando eu queria então aproveitei que todos estavam naquela animação e sentados novamente e me levantei. Obtive a atenção geral dos presentes e fiquei mais nervoso ainda. Retirei uma pequena caixa vermelha em forma de coração do bolso e olhei para a pessoa que fazia meu coração acelerar dia a dia.

— Atenção a todos, quero que estejam cientes de que desde que essa bailarina boxeadora entrou na minha vida meu mundo virou de cabeça pra baixo. Foi a loucura mais gostosa de se ter e meus dias ganharam uma cor que eu nem sabia se existia. Ela é linda, meiga, inteligente, se preocupa comigo e com a minha família que inclui cada um de vocês. Ela faz por onde deixar meu coração apaixonado e o meu amor a cada dia cresce mais e mais. E eu não sei como eu consegui viver esses dias da minha vida sem ela. Assim como quero que ela esteja aqui, ao meu lado, até o fim dos meus dias. Posso não ser o homem perfeito e ter esse jeito dramático de ser, mas eu a amo e isso não sei como explicar. A cada dia cresce em mim. - abri a caixa e olhei pra ela. - Tayla, quer casar comigo?

Agora consegui deixar todos mudos. Vão, falem agora!

— Sim. - ouvi a resposta mais importante e senti os braços da minha amada envolver o meu pescoço.

Não sabia descrever a minha alegria e contentamento. Acho que se usasse todas as palavras do mundo, mesmo assim não seriam suficientes;

Foi a noite mais feliz pra mim ainda mais pelo fato de que eu sentia que muitas coisas iriam mudar.

....

Ajudar em uma mudança era complicado. Era Domingo e todos estavam ajudando ativamente. No dia seguinte os pai e irmão de Elisa iriam se mudar de novo. Falando nisso, por mais tranquilo que fosse aquele rapaz eu ainda não conseguia aceitá-lo de bom grato. Os outros mostraram o mesmo sentimento apesar de disfarçar bem, com exceção da minha irmã, que eu creio que se pudesse bateria nele. Assim se seguiu parte daquele dia, bem animado e tranquilo. No fim da tarde todos se despediram e eu conduzi minha linda noiva para casa. Combinamos de esperar ela completar dezoito anos e terminar a escola para podermos nos casar. Alias a nossa diferença de idade era bem pouca, mas já atrapalhava só naquele momento. Já que por mim eu me casaria com ela hoje mesmo.  Ao chegarmos a mãe e irmãos dela não estavam. Alias ainda não haviam voltado de um pequeno programa em família.

— Quer um refrigerante?- ela me ofereceu. Eu fiz que sim com a cabeça e esperei ela voltar com o liquido. Sentamos no sofá e fiquei bebendo devagar enquanto a via sem jeito ao meu lado. Terminei e pus o copo na mesinha que ficava a frente. Realmente só deu tempo disso, do nada Tayla se joga por cima de mim sentando em meu colo e me beijando de maneira intensa. Fiquei sem fôlego, creio que ela esquecia que eu não era um atleta como ela. Não sabia como proceder, não queria ser um completo tarado, mas tinha vontade de tocar em seu corpo. Fiquei mais assustado ainda quando ela quem tomou a iniciativa de tirar a minha blusa. Meu coração estava quase saindo pela boca. Quem era aquela e o que tinha feito com minha namorada?

— Calma, calma. - eu pedi separando os nossos lábios querendo recuperar o ar que me fugia.

— Eu preciso de você. Agora!

Fiquei assustado com aquela afirmação confesso, havia o misto de ser pego, tantas coisas passavam pela minha mente assim como o receio que eu nutria por não estar devidamente prevenido para aquele momento. Mas aqueles lábios e aquele toque macio e que era só dela me deixavam fora de mim.

— Não se preocupa. Minha família ainda vai demorar a chegar. - engoli em seco. Estava me sentindo uma donzela indefesa ali.

Respirei fundo e sorri. Aquela mulher era dona de mim e me deixava louco.

Por Leonardo Jonh Walker.


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Notas finais do capítulo

hahahahaha surpresos?



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