Mais que uma bruxa escrita por Favorite Girl


Capítulo 6
Petróleo sólido


Notas iniciais do capítulo

Me matem, me joguem da sacada, me façam aprender a voar como a Alyssa Gardner.
Eu sei que já estou atrasada a mais de um mês, mas por favor me perdoem!!!! Matematica entrou na minha vida para acabar com tudo, estou desesperada por notas, minha mãe me deixou de castigo e acabei de terminar com meu namorado. ALGUÉM POR FAVOR ME AJUDE!!!!
Me desculpem mesmo! E vou pedir eternamente para que me perdoem.
Queria que o capitulo tivesse ficado maior, mas vou tentar fazer o próximo mais gordinho, eu prometo.
Não sei quando vou poder postar novamente, então não me matem se demorar. Não estou desistindo da fic, só NÃO TENHO MAIS VIDA!
Sorry o desabafo, espero que gostem.
Boa leitura ♥ - Favorite



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As coisas ao meu redor foram tomando lugar aos poucos. Minha visão foi entrando em foco a medida que senti meus pés pousarem novamente em algo firme e Gael se afastou de mim. Prateleiras e mais prateleiras estavam espalhadas aqui e ali, com coisas diferentes entre si me fazendo perguntar onde é que estávamos, mas assim que olhei para Gael esqueci todo que estava ao meu redor. Seus olhos penetraram os meus de tal forma que foi impossível não perder o fôlego. Meus lábios se separaram levemente e senti o fogo subir até minhas bochechas. Ele virou a cabeça, me deixando encarando o nada enquanto saia andando por aí entre as muitas coisas que havia naquele lugar. Chacoalhei a cabeça tentando fazer meus pensamentos voltarem a ter uma linha certa e o segui.

— Onde você disse que estávamos mesmo? – Perguntei assim que o alcancei.

— Não disse, mas, se quiser saber, estamos em um dos muitos depósitos da loja do senhor Olivaras – Congelei onde estava.

— A loja de varinhas? A Loja de Varinhas Olivaras? – Gael olhou para mim tentando entender o porquê da minha surpresa.

— Onde mais estaríamos? Disse que íamos comprar sua varinha e essa – Estendeu os braços mostrando o lugar ao nosso redor – É a única loja que pode nos dar uma.

Ele voltou a andar e o segui a passos rápidos. Logo encontramos uma porta em um canto mais afastado. Gael a abriu rapidamente fazendo com que algumas pilhas de caixa que estavam espalhadas pelo chão caíssem com um barulho alto. Saímos pulando por cima de toda aquela bagunça e seguimos por um corredor estreito para a parte da frente da loja. Um homem baixo e de cabelos em um castanho acinzentado estava de costas para onde estávamos, suas mãos ocupadas com uma cúpula de vidro que, dentro, continha uma varinha. Ela deveria ter mais ou menos 25 centímetros. De um preto sem manchas ou falhas. Reluzente. Um brilho imanava de toda a sua extensão, como se fosse feita de petróleo puro. Em uma das pontas cintilava uma pedra tão pura quanto um diamante, se não fosse um de fato. Para resumo: era magnifica.  

— Senhor Olivaras! Que bom vê-lo novamente! – Gael falou com todo o escândalo possível. O homem se assustou, quase deixando a cúpula cair.

— Não tão bom quanto esperava, senhor Muniz – A voz dele era um tanto aguda para um homem, mas seu tom deixava claro que aquilo não seria motivo para dar uns socos na cara do meu professor.

— Que mau humor, hein. Essa aqui – apontou para mim – é Bianca Miller, a garota de quem falei nas cartas.

— Procurando uma varinha certo? – Seu olhar se voltou para mim agora, enquanto colocava a cúpula em uma mesa ao lado – Nisso eu poderei ajuda-la.

Dei um pequeno sorriso sem saber exatamente o que falar, então o homem nos deu as costas e foi para os fundos da loja me deixando novamente sozinha com o loiro. Me voltei para ele com a curiosidade já inundando os pensamentos.

— O sr Olivaras não tinha...ahan...morrido? – Não pude me conter, a pergunta pulou da minha boca, escorregando entre os dentes antes que eu pudesse conte-la.

— Nem toda a história está nos livros, pequena Bia. Tente ver através deles, não baseada nos tais. A história é continua e não algo que possa se conter em páginas. Todos os personagens têm futuros, nada é da mesma forma para sempre. 

Mal ele acabou de falar e o Sr Olivaras já estava de volta. Em suas mãos continham cinco caixas, uma diferente da outra. Ele as espalho ordenadamente sobre o balcão e fez sinal com a cabeça para que nós chegássemos mais perto. Gael pessou por mim e foi para o lado da caixa de vidro com a varinha negra, enquanto fiquei de frente para as outras. A empolgação subia pela minha garganta e o sangue circulava rapidamente pelas minhas veias.

— Peguei algumas que talvez combinem com você, mas se nenhuma delas der certo procuro outras.

— Tudo bem -  disse, um pouco relutante.

—Vamos começar com essa.

O homem me estendeu uma varinha de um marrom claro, um pouco maior que o meu antebraço. Ela deslizou entre meus dedos e se encaixou relaxadamente na minha mão, porem a sentia fria. Pareci que ela não queria esquentar ao meu toque, pois, onde tocava, a temperatura ia diminuindo até fazer meus dedos doerem com o gelo que se desprendia dela. Insistindo, a agitei, mas nada saiu de sua ponta. Suspirei.

— Não é essa – comentei um pouco triste. Havia gostado dela, mas algo me dizia que isso não era suficiente para me prender a varinha.

— Próxima então – A guardou em sua caixa e me estendeu a próxima, porem aconteceu a mesma coisa que a anterior. O toque delas em minha mão doía, como se soubessem de algo que eu não sabia, como se já tivessem escolhido qual varinha seria a minha e nenhuma delas quisesse roubar o seu lugar, virando as costas para mim.

— Também não.

— Tudo bem, nunca é de primeira. Só precisamos achar a combinação certa.

Mas nenhuma delas parecia ser essa combinação. Uma após a outras, as varinhas passavam pela minha mão, esfriando cada vez mais meus dedos. Um desfile de cores, tamanhos e núcleos. Depois que já estávamos cercados de caixas e mais caixas, quando já estava desistindo de achar alguma que me servisse, o Sr. Olivaras socou a mesa com força, me dando um susto. Sua frustração era visível.

— Nunca, em toda a minha vida, encontrei um bruxo que não ache sua varinha. Isso é ridículo! Elas só podem estar brincando conosco – Ele se virou, mas logo suas costas relaxaram – Ou, o que temos aqui não é uma bruxa.

Senti a cor sumir de meu rosto, escoando por todos os cantos possíveis. Não que já não tivesse pensado na hipótese, mas vê-la assim, imposta diante de mim, era uma coisa totalmente diferente. Senti lagrimas preencherem minha visão, mas não era de dor, sofrimento ou tristeza, era de frustração. Era isso que eu estava. Frustrada. Gael percebeu meu desespero e, como um herói de capa esvoaçante, veio ao meu socorro.

— Retire o que disse! Não admito que você insulte a minha capacidade, ou melhor, a capacidade do Ministério de Magia de diferenciar um bruxo de um trouxa qualquer. Sem contar que é muita ousadia de sua parte duvidar do sangue de Bianca – A raiva transbordava de sua voz e preenchia a sala que antes estava em silencio. Sr. Olivaras se virou novamente para nós, com os olhos também ardendo de raiva e, em um movimento brusco, voltou a bater em sua bancada.

Tudo aconteceu em câmera lenta. A cúpula com a varinha deslizou para perto de mim em diagonal, logo depois se estilhaçando aos meus pés. Cacos de vidro flutuaram ao meu redor. Minha respiração entalou na garganta. Ouvi o loiro o meu lado soltar uma exclamação mínima de horror, enquanto os braços do Sr. Olivaras pendiam ao lado do corpo, sua boca aberta em um perfeito círculo. Seus olhos se mesclavam em tons de desespero, medo e outras emoções. Todas presas atrás de camadas castanhas de melanina.

Lentamente retirei meus pés da concentração de cacos de vidro. O barulho fazendo eco em uma sala que parecia selada a vácuo, pois até o ar não circulava mais. Tudo congelou ao meu redor. Inconscientemente, me abaixei e passei os dedos ao redor da varinha que antes estava presa a cúpula. Encaixando-a perfeitamente a mão, tudo se ligava perfeitamente. Voltei a ficar de pé, sentindo o poder irradiar do petróleo solido que se prendia firmemente a minha mão. A estendi para o homem a minha frente, que ainda estava paralisado.

Vi o trajeto que a varinha fez, percorrendo o ar em uma pequena meia lua. Em apenas um segundo o poder se desprendeu de minhas veias, canalizado pela estrutura de madeira que eu segurava. Uma magnifica luz azul irradiou de sua ponta, iluminando a sala e além dela, apenas deixando para trás algumas sombras. Coloquei o outro braço na frente do meu rosto, para me proteger do clarão. Vi Gael fazer o mesmo e, quando estava pronta para perguntar o que estava acontecendo, uma força colossal me impulsionou para trás, jogando pernas braços e tronco contra uma estante, enquanto, da ponta da varinha, saiu, nada mais nada menos, que um magnifico tigre de tons azuis e prateados. Seu rugido fazendo meus tímpanos vibrarem. Suas patas pousaram no chão com leveza e, em um trote continuo, ele circulou a sala parando em minha frente. Seus olhos azuis penetrando os meus. Vendo minha alma. Ou melhor, SENDO a minha alma. Perdi totalmente o ar em algum lugar em que não queria procurar, pois não queria acabar com o momento por causa de um simples suspiro. O tigre se esvaiu aos poucos, sumindo de vez em uma pequena reverencia a mim.

A sala ao redor voltou ao foco e percebi que Gael estava agachado ao meu lado, segurando meu pulso. Seu olhar preocupado me perguntando se eu estava bem sem que sua boca tivesse que falar qualquer coisa. De repente uma informação que nunca tive brotou em minha cabeça.

— Corda de coração de Dragão. 26 centímetros e meio. Abrunheiro. Pouco flexível. Achamos minha varinha.     


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Notas finais do capítulo

Comentem!!!!!!!
Precisamos achar um nome para o Gael e a Bia, então me ajudem a pensar!!
Até o próximo capitulo. Bjsssssssssss ♥ - Favorite



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