Comuniquei tudo que havia descoberto ao Ecklie e ele montou a operação. Seguimos até o primeiro galpão datado no endereço que Archie havia nos dado, mas foi um fracasso, o local estava vazio, a não ser pela colônia de baratas que habitava o local, então seguimos para o outro galpão que não ficava muito longe dali. Todas as viaturas seguiram para o segundo local, aquela era minha ultima esperança, meu coração batia forte e desesperadamente para encontrá-la ainda com vida. Quando chegamos ao velho galpão ele estava com as luzes acesas diferente do outro, foi então que todos nós podemos ouvir o grito de socorro de Catherine, não hesitei e corri até o lugar, mas Conrad me puxou:

  - Escute aqui Gil, eu sei que você quer muito salvar a Catherine, mas todos nós que também estamos na operação também queremos salva-la. Por isso eu não quero que você banque uma de herói e estrague nossa operação, entendeu?

  - Diga-me Conrad, se fosse sua esposa que estivesse lá dentro, o que faria?

  - Não tenho esposa!

  - Certo, e se fosse sua filha? – Ecklie permaneceu em silencio. – Então não me peça para ficar de braços cruzados!

  Segui o restante da equipe que já estava se posicionando par invadir o local, mais de trinta policiais estavam envolvidos na operação, além de todos nós do laboratório e Conrad como era o Xerife. Posicionei-me logo atrás de Brass e entramos no velho galpão da maneira mais silenciosa possível, Catherine voltou a gritar, e o suspeito estava com as mãos em seu pescoço. Ela tentava se debater a todo instante, mas com as mãos atadas ficava difícil se defender dele. Sua voz já estava falha e seus gritos de socorro estavam abafados e quase cessantes. Cath estava quase sem ar e sem forças para continuar a lutar por sua vida:

  - Policia...Ponha as mãos na cabeça e se afaste da investigadora! – Gritou Brass. O homem soltou Catherine imediatamente e se virou em nossa direção. Quando vi a verdadeira identidade do Sr. Anônimo fiquei pasmo, assim como todos do laboratório.

  - Phil?

  - Está surpreso Gil?

  - Eu não acredito... Meu próprio mentor é o assassino! O homem que me transformou no que eu sou hoje, o...

  - Sim, tudo que você é deve a mim. Eu dediquei anos de minha vida a você, o considerei como um filho e você se tornou um mal agradecido que foi embora sem dizer um misero “obrigado” e depois me venceu nos tribunais! – Falou ele gritando. – Você foi um grande idiota em não ter usado um decodificador para identificar minha voz na ligação! – Riu sarcasticamente.

  - Phil nós podemos resolver tu...

  - Não se aproxime ou eu atiro em você! - Gritou novamente, desta vez ele sacou uma arma de grosso calibre e apontando em minha direção.

  - Grissom, não cometa nenhuma besteira! – Falou Warrick apreensivo.

  - Phil, abaixe a arma por favor, nós podemos...

  - Eu mandei calar a boca. Você irá me pagar por tudo que me fez! – Falou apertando o gatilho. Em um ato rápido, Jim me empurrou e entrou na mira do tiro. A bala acertou em cheio seu peito e logo os outros policiais dispararam fogo contra Gerard. Dois tiros o acertaram, um se alojou em sua perna esquerda e o outro atingiu seu abdômen. Eu não sabia quem deveria socorrer primeiro. Não sabia se ajudava Brass ou Catherine, Nick então foi mais rápido do que eu, correu até Cath e desamarrou-a. A ruiva deu um salto da maca e seguiu imediatamente para onde nós estávamos. Eu tentei estancar o sangramento de Jim com meu colete, mas todo aquele sangue não parava de emanar de seu peito, Brass me fitava com um certo desespero nos olhos, tentando falar alguma palavra que acabava se perdendo em meio as gotas de sangue que espiravam de seus lábios. Os paramédicos logo chegaram levando Jim e Phil para o hospital, Gerard estava consciente e gritava a todo instante por conta da dor incessante dos tiros que lhe atingiram, já não podia dizer o mesmo de Brass, ele havia perdido muito sangue e não sabia o que poderia acontecer. Quando os paramédicos se retiraram eu estava tremulo e apreensivo, eu não queria que nada de ruim acontecesse com o capitão, foi então que Catherine segurou forte minha mão.

  - Ele vai ficar bem Gil. Jim é um homem forte!

  - Tomara Cath, tomara. E você, está bem?

  - Não...Mas vou ficar. – Falou me dando um sorriso confiante e ainda segurando minha mão.

  - Isto está feio! – Referi-me as grandes marcas roxas das mãos de Phil em seu pescoço.

  - Aposto que está! – Desta vez ela soltou minha mão e pôs a sua sobre seu pescoço, Sara então veio até onde nós dois estávamos.

  - Vocês vão para o hospital?

  - Sim vamos.