Naquela mesma noite, Nick estava prestes a sair para trabalhar, mas antes recolheu sua correspondência:

  - Contas, contas, propagandas...o que é isso? – O cowboy se deparou com um envelope pardo, quando o virou teve uma grande surpresa.

“Olá investigadores, estou de volta e com mais um envelope para vocês, demorei um pouco por está montando o presente do Sr. Grissom, que pelo visto está quase completo, falta apenas a ultima peça. Façam bom uso.

PS: Esse será meu ultimo crime. Por isso quero fechá-lo com chave de ouro.”

  Nick não abriu o envelope pardo, pegou o restante de sua correspondência, as guardou em casa e seguiu para o laboratório. Sara, Greg e Warrick estavam em minha sala discutindo o fechamento de um caso quando ele entrou atônito:

  - Grissom, Grissom...

  - O que foi Nick, o que houve?

  - Ele voltou, o Sr. Anônimo me enviou um novo envelope! – Dei um salto da cadeira. – Eu não o abri, quis trazer-lo para que você o abrisse! – Antes de abrir o envelope, li o que estava escrito em seu verso, depois rompi o lacre.

  - Quem será a vitima desta vez? – Perguntou Sara.

  Ao retirar os papeis de dentro do envelope, tive uma grande surpresa. A vitima do Sr. Anônimo era Catherine. Ele narrava minuciosamente como a havia seguido-a e encontrado seu endereço. Depois mostrou-nos como a capturou e levou-a para o velho galpão. Assim como as outras ele iria estrangulá-la e depois a decapitaria:

  - Precisamos encontrá-los, não posso deixar que ele mate a Catherine.- Peguei o celular e liguei para a ruiva. – Anda atende, atende, por favor...

  - Veja isto Grissom! – Warrick ergueu um ultimo papel que era alem da contagem de todas as vitimas, quando desliguei o celular e o peguei em mãos, tive uma grande surpresa, o desenho de uma mulher nua sentada em uma cadeira estava em minhas mãos. Era perceptível que seu corpo era formado por varias outras partes do corpo de outras mulheres, todas haviam sido unidas por uma costura, mas a cabeça era a de Catherine.

  - Agora sabemos o porquê de ele sempre levar uma parte das vitimas. Ele criou uma escultura para você Grissom, e o troféu será a cabeça de Catherine! – Falou-me Sara.

  - Não pode ser, não pode ser, precisamos encontrá-la. Temos que ter alguma pista! – Falei perdendo a calma.

  -Hey pessoal, acho que sei onde pode ficar o galpão do Sr. Anônimo!- Falou Greg com todos os desenhos na mão. Então nos aproximamos dele. – Vejam esse outdoor, está com a propaganda daquela nova super modelo Anne Hyaller!

  - Isto fica na strip não é? – Perguntou Nick.

  - Isso mesmo Nick, e veja a fachada da floricultura Dawson!

  - Ele pegou a Maison com a Bullevard! – Falou Warrick. Sai em disparada até a sala de Archie.

  - Puxe um mapa da Maison com a Bullevard e procure uma espécie de galpão. – O rapaz acatou meu pedido, digitou alguns comandos no computador e encontrou dois galpões.

  - Ai está.

  - Obrigada Archie. – Desta vez me direcionei para a sala de Conrad e expliquei toda a situação, a operação de resgate foi armada e seguimos para o local.

  Catherine acordou em um local escuro, estava amarrada a uma espécie de maca, tentou se erguer, mas não conseguiu, estava um pouco zonza, feito um animal que acaba de acordar depois do sedativo. Foi quando uma gargalhada macabra ressoou pelo ambiente. Catherine ficou ainda mais assustada, quem era ela, e o que iria fazer com ela?

  - Finalmente iremos ficar cara a cara, Catherine Willows!

  Aquela voz soou muito familiar para a ruiva. Ela teve a impressão de já ter ouvido-a em algum momento, mas de onde a reconhecia? Onde já teria escutado-a? De uma cadeira no canto do galpão, ergue-se um homem e começou a caminhar em sua direção, quando ele se aproximou de seu leito, Cath reconheceu imediatamente quem era o dono daquela voz:

  - Phil?

  - Surpresa querida?

  - Como pôde, o próprio mentor de Gil? Você foi um grande investigador e agora está cometendo crimes?

  - Você falou certo, eu fui um grande investigador. Dediquei todos os anos de minha vida para ensinar tudo o que eu sabia ao Grissom. Arisquei varias vezes minha carreia por ele, pois Grissom foi como um filho para mim e o que eu ganhei em troca? Ele foi embora, fez as malas e partiu sem dizer um simples “obrigado”, assim como um filho rebelde e ingrato! Sabe, eu passei meses para superar a sua partida e quando voltei a trabalhar, eu estava mudado, um monstro obcecado pela figura de Grissom, surgiu dentro de mim.

  - Mas se você o tem como um filho, porque não lhe disse quando voltaram a se encontrar no caso do ator famoso acusado de assassinato?

  - Por que? – Inquiriu ele em um tom bem alto. – Porque eu o moldei para ser como eu e não melhor. Ele não deveria ter me vencido nos tribunais, então o que eu quero a todo custo, é destruir-lo, vê-lo sofrer e quando descobri sobre o amor que ele sente por você...ha-ha, essa foi a minha arma secreta!

  - Você está enganado, Grissom não é apaixonado por mim!

  - É claro que é, e você sabe muito bem disso, tanto que até corresponde esse amor! Atingindo você, eu também estaria atingindo ele, pois você é o ponto fraco de Grissom! Peste bem atenção no que eu irei lhe mostrar agora. É um presente para o Gil. Um troféu por tudo que ele me fez. – Quando Gerard acendeu todas as luzes do galpão, Cath se deparou com uma escultura feminina, formada por diversas partes do corpo de outras pessoas. O cheiro de formol era tão intenso que provocava náuseas na ruiva. – Veja, está quase completo, falta a ultima parte que será ocupada por sua linda cabecinha, ela será o topo do troféu!