Sentimento Incompleto escrita por Gabi chan02


Capítulo 38
Dia de calafrios


Notas iniciais do capítulo

OIOI YAAY ♥
Como cêis tão? 'u'

Demorei muito mais do que o planejado pra postar hoje, o plano era ter postado de madrugada junto com Cidade Perdida, mas eu estava morrendo de sono e semi-ressaca porque não aguento meio copo de vinho sem falecer. Aí hoje eu descubro que não tinha nem revisado esse capítulo ainda e não pra postar durante a tarde. Ainda bem que é sexta e época de férias ahahaaa
Revisei rapidinho, reviso de novo amanhã, se não não ia ter como postar hoje ainda.
E é niversário da Rin e do Len, nunca vou deixar passar em branco ♥
Fiz bolo de cenoura, ficou lindo, sabor 10/10, cobertura dlç, bem amarelinho (ღ˘⌣˘ღ)

Mas então, pois é, estou rescrevendo Cidade Perdida e já comecei a postar!!
https://fanfiction.com.br/historia/785371/Cidade_Perdida/
Não sei quantos aqui são dessa época, se é que sobreviveu alguém, mas eu postei a primeira versão lá em 2013 dsfnkjfgjkfd
Agradeço demais quem der uma olhadinha ♥

Eu dei uma sumida de novo, né? Já podem me chamar de Mestre dos Magos (prefiro 'Magas', please).
Surtei, larguei faculdade, tô desempregada. 2019 tá ó, eu sei lá. E quanto mais parada fica a minha vida, mais parada essa fanfic fica.
Vontade de voar no pescoço de quem vem me irritar a paciência ^^
Eu costumava ser bem mais "resistente", mas finado 2017 me virou do avesso pra sempre (tirando o finalzinho de dezembro por causa do 10º aniversário, que me distraiu um pouco).
Relacionamento abusivo é um cu. Ainda me sinto observada aqui e evito falar sobre...
"Mayu só tentou tirar de nós a sanidade que nunca teve [...] leva tempo pra se livrar das marcas que alguém faz você acreditar que tem".

Enfim, minha irmã estava grávida. Estava porque já nasceu, olha só quanto tempo faz que eu não posto pffff
Uma vez eu fiz uma piadinha de atraso nas notas, perguntei quantos descendentes os leitores já tinham tido durante a minha ausência. Nunca achei que isso ia acontecer literalmente AHAHAH
Mas minha irmã não é minha leitura (ninguém da minha família sabe do que eu escrevo), é só pra introduzir um fato curioso: a filha chama Agatha.
Olha minha vida imitando a minha arte de novo :DDD
Tudo bem que aqui na fic é tia Ágata, mais BRzado... Não faço ideia do porque deixei o nome assim se a fic não é no BR, eu ia mudar em algum momento, mas agora não vou mais, pra diferenciar hehee

AHH, SUPER IMPORTANTE: Leias as notas finais, como sempre. Dessa vez eu tenho uns detalhes pra explicar de uma mudança na fic.

Boa leitura ♥



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Rin POV

Nós não tínhamos nada além daquilo para conversar. Ou melhor, não tivemos coragem de falar mais. A despedida foi a mesma de sempre, com um toque melancólico disfarçado.

Miku e eu chegamos em casa com os primeiros flocos de neve da praticamente noite, apesar de ainda ser umas 17 horas da tarde. Não descartei a hipótese óbvia de que Mamoru tinha mais assunto comigo, e admito, não queria lidar com isso agora. Por isso insisti que Miku ficasse conosco, sabendo que assim ele não falaria.

— Nenhuma notícia do Len ainda? – Miku me perguntou antes de eu voltar para a segurança do meu quarto.

— Nada. E agora já deve ser tarde lá...

Sei que as chances dele ainda estar acordado são grandes se não tiver nada para fazer, mas não sei se vai já vai ter aula no dia seguinte ou qualquer compromisso e decidiu dormir mais cedo, ou qualquer coisa que possa não ser favorável para conversa.

Não tinha nada melhor para fazer (ou melhor, tinha sim... a música, mas estava procrastinando), então puxei assunto com Harry de novo, que respondeu de imediato.

"Ah, eu vou sobreviver. Não preciso da

aprovação dele. Não vai mudar quem eu

sou, então não vou perder tempo.

Se a Alice e meus amigos me aceitam, pra

mim já tá ótimo."

"É esse o espírito, eu acho... mas eu sou

a última pessoa que pode opinar entre

discussões familiares pfff "

"Ahahaaaa

A rebeldia corre solta no nosso sangue

High five o"

"High five o/"

“Mas então

Você sabe algum jeito drástico de fazer

o Len responder? Tô no vácuo ainda.

Ele falou com você? Tem como avisar?

Ou tem o número dele? Se é que tenho

esse direito 'u' "

"Se não te respondeu no Twitter ainda,

não vai responder ninguém online.

Também não falou nem comigo, então..."

"Mas se ele esquecer de silenciar o celular,

manda um monte de mensagens logo de

manhã. Ele vai reclamar, mas nunca falha."

"Valeu S2

Vou falar com ele de manhã, então

Agora tá tarde, eu tenho que dormir..."

Depois disso, só podíamos torcer para que ainda não tivesse mudado de número, de chip ou algo assim. Preferimos acreditar que ainda é cedo e que Len dificilmente sairia de casa para isso em um final de semana tão perturbado.

Ao que tudo indica, Alice não mudou muito desde a infância e ainda é a pessoa mais meiga e amigável que já vi nesse mundo, beirando a inocência (nem mesmo sei como nos aguentou). Harry é mais caótico, não me surpreendeu termos nos dado bem tão rápido, uma sinceridade aberta e confortável. Nossas vidas familiares eram um tantinho parecidas, também, só que a mãe de ambos faleceu e o pai não é dos melhores tipos...

Ter pessoas confiáveis perto de Len podia ser a diferença entre a vida e a morte. Eu não ia economizar esse recurso. Só de saber que posso contar com esses dois já me deixa mais tranquila com a situação por lá.

Enfim, podia me concentrar no que fazer com as três folhas de um, aparentemente, diário antigo que trouxe para casa.

Por pura preguiça de pensar em algo melhor e uma onda de curiosidade com o trabalho, comecei a traduzir palavra por palavra no Google Tradutor, e depois frase por frase. Isso ia demorar uma eternidade, e o sentido era quase nulo.

Tudo o que consegui depois de quase três horas obcecada com isso foi um simples:

"Está nevando bastante, como naquele dia. Faz um ano que fugimos hoje, um ano desse dia que nos mudou para sempre. Estamos ainda mais felizes por termos escolhido a Irlanda, que é território neutro nesta guerra infernal que começou motivada por um religioso, ironicamente. Estamos seguros aqui. Me sinto em segurança pela primeira vez na vida."

Claro, enquanto eu anotava a tradução, tentava adaptar e fazer com que as frases tivessem sentido em inglês. Nem me arrisquei tentar qualquer coisa em japonês ou seria uma tarefa com o dobro de dificuldade levando em conta o meu tradutor preguiçoso.

Poderia procurar alguém na Yamaha Project, já que tem gente para tudo naquela escola. Até mesmo alguém que seja da Holanda, quem sabe, o número de estrangeiros tem aumentado por lá. Ou procurar ajuda online, também não seria impossível. Mas quando parei para respirar por alguns instantes e vi o pouco resultado de horas dedicadas, achei melhor só ir tomar um banho, comer alguma coisa e me preocupar com isso depois.

Talvez eu crie coragem de perguntar diretamente para tia Ágata. Com sorte, não seria nada de mais e eu teria algumas respostas em breve.

Quando percebi que todas as minhas chances de conversar com Len se esgotaram e que já era ainda mais tarde, encerrei o dia e fui dormir cedo, por mais que isso significasse demorar mais para pegar no sono. Pela primeira vez tive a nítida sensação de que estava sozinha e continuaria pela noite toda, por todas as seguintes. Não teria Len ao meu encontro se virasse para o outro lado, mexendo no meu cabelo, sentindo seu calor, o cheiro, a respiração, a sensação de ouvir seu coração batendo...

Acordaria sozinha de novo.

...

Miku conseguiu ficar ainda mais surpresa do que no dia anterior por me ver em pé no mesmo horário que ela. Gostou da ideia de sairmos juntas e ter mais companhia. Encontramos Ayumi e Ichiro, do grupo de aula dela, na estação de trem. Como Hikari me contou no bilhete, tinha conversado com todo mundo, então ficou tudo bem entre nós.

Não consegui me concentrar em nada direito até Gumi nos arrastar para o telhado depois do almoço. Uma vassoura velha largada lá há sei lá quanto tempo, como sempre foi usada para segurar a porta fechada.

Dezembro começou impiedoso e o frio entrava até os nossos ossos. Nos isolamos num cantinho com um pouco de sol, sem fazer muita diferença, mesmo sendo meio dia. Miku me abraçou de lado em busca de calor humano, mas desistiu logo, eu não sou fonte de calor.

— Ah, fala logo, Gumi! – reclamou. – Eu não quero ficar aqui por muito tempo.

— Por onde eu começo? Acho que pelo importante fato de que os Akira foram expulsos no mesmo dia da briga – divagou. – A diretora nem quis olhar para a cara deles ou dos pais de tanta decepção, a pedagogia que resolveu tudo. E logo no dia seguinte, algumas professoras e duas alunas do conselho estudantil começaram uma palestra desde a sala dos mais novos sobre abusos e assédios, aconselhando todo mundo a procurar a conselheira se quisesse ou precisasse de ajuda pessoal ou anônima. Vai até tentar contratar mais uma pra ajudar, porque é bastante gente. Mas essa é só a parte "boa", nada de muito novo.

É realmente reconfortante saber que os alunos, especialmente as meninas, poderiam contar com a certeza de ajuda em pelo menos um lugar. Se tudo correr bem, nada do que aconteceu conosco envolvendo o Akihiro vai acontecer de novo, pelo menos não aqui dentro. Os ensinamentos das palestras levariam a consciência para fora também.

— E a Yukari? – Miku perguntou, curiosa. Eu apenas escutava. – Estamos tentando resolver o mistério de como aqueles dois conseguiram sair da Academy K. Você tem cara de quem sabe.

Gumi sorriu feito uma detetive em pleno trabalho.

— Suspensa. Só voltou hoje, mas não interagiu com ninguém. Do nosso clube está suspensa por um mês, então só conversamos por mensagem, foi assim que eu descobri uma coisa nova. Pelo jeito, a Mayu mexeu nos arquivos e documentos da A.K. e se "auto transferiu" com o Akihiro para cá por conta própria. Quando os pais descobriram, a merda já estava feita e a transferência também... a diretora daqui não ficou sabendo até esses dias, então não deu em nada antes.

A cara de choque em nós duas foi bem visível. Sabia que a resposta seria chocante, mas não tanto. Uma proeza dessas, tanto esforço, só para infernizar a nossa vida... Que grande falta do que fazer.

— Essa nem é a melhor parte. Mas isso precisa morrer entre a gente, no máximo entre os outros Cryptonloids... – Gumi falou mais baixo de repente. – Se lembram das audições de vocês, né? Quantos concorrentes vocês tinham?

— Uns cinco ou seis, eu acho – Miku respondeu, pensativa. – Uma pessoa sozinha, uma dupla e um trio, além de nós. Isso é tudo o que sabemos, e já deve ser muito.

— Mayu era a pessoa solo. Ela sabia da existências de vocês desde antes da Rin e do Len entrarem na escola dos pais dela, por causa disso. Por isso que já começou a implicância logo na primeira semana. Nem a Yukari sabe como ela descobriu isso, é um mistério. Essa menina tinha que tentar carreira na CIA, FBI, KGB ou sei lá.

Miku se engasgou com o vento. Eu tive um calafrio. Mayu de repente pareceu muito mais determinada do que era e nunca agradeci tanto por essa menina já estar longe e de caso encerrado conosco.

Lembrei de uma coisa...

— No dia que ela cortou meu cabelo, ela falou alguma coisa... tenho quase certeza que era sobre as audições, faz sentido agora. Eu não sabia que ela sabia de tanta coisa naquele dia.

"Então, se conseguir passar nessas audições e ainda ganhá-lo, não se acomode. Eu não vou desistir."

Foi o que ela disse. E realmente, não desistiu.

Mas o que eu falei também se concretizou.

"Então tente. Realmente tente. Com toda sua força, com todos os seus recursos. Arrisque tudo. Arrisque a confiança de todos. E então vamos ver quem terá a razão aqui."

A Akira finalmente provou do próprio remédio, apesar dos custos para todas nós.

— Ela foi negada pela Crypton na penúltima etapa, que deve ter acontecido pouco antes de quando ela resolveu picotar o seu cabelo e tentar te incriminar, Rin. Ela perdeu pra vocês, mesmo que fossem um grupo maior do que o esperado – Gumi justificou. Realmente, a data da nossa audição final foi decidida menos de uma semana antes do ocorrido do cabelo. Ela deve ter tentado estragar a nossa imagem para não sermos aceitos na Crypton e podia ter dado certo... se a tia Ágata não tivesse aparecido bem naquele dia e nos salvado. Ágata é a verdadeira e única heroína nessa história. – Depois que você e o Len conseguiram sair da escola "dela" e o plano falhou, ela achou que teria uma segunda chance se conseguisse entrar aqui na Yamaha Project também quando a Interpoid abriu mais vagas. E trouxe o embuste de guarda-costas... ela sabia que ele tinha aquela obsessão pela Rin, infelizmente, e mesmo assim não pensou duas vezes em usá-lo. A Yukari jura que a Mayu jurou que não sabia que ele ia passar dos limites.

Mais um calafrio. Queria poder apagar algumas memórias. Nessa parte, eu acreditava em Mayu. Ninguém tem como prever as atitudes de alguém tão manipulador e abusivo, ainda mais no nível de Akihiro.

— A Mayu me disse isso também. A Yukari não aguentou, por isso que ela espalhou a foto do beijo antes da hora e agiu por conta própria. Ela desabou a torre todinha só com isso.

"Fomos todos traídos e somos todos culpados". Finalmente a frase de Yukari fez sentido.

— Ela quis acabar logo com essa briga, Rin, de uma forma drástica. Por isso contou para Lily que o Len sabia das novas mensagens que o Akihiro te mandou. A Lily contou para ele e para a Mizuki. E ele atacou o Len, já que ele não deveria saber... – Gumi me olhou sem jeito. – E ela disse que se eu falasse com você, é pra te dizer "desculpa". Ela recebeu só uma suspensão porque assumiu por vontade própria tudo o que fez no mesmo dia da confusão.

— Que ela venha pessoalmente, então... – murmurei, rancorosa. No fundo, senti pena. Yukari não tinha tanta culpa assim, também foi manipulada o tempo todo.

— Rude... mas é verdade – Miku sussurrou, triste. – Mudando de assunto, e a Lily? Ela também foi ameaçada pelo Akihiro, não é? É o único jeito dela ter o ajudado.

— Foi, mas eu não tive coragem de falar com ela, então não sei direito o que aconteceu entre eles. – Gumi ficou meio constrangida. – Ela deu um fora do Gakupo e tem me ignorado. Os dois estão tentando manter distância mesmo sendo quase impossível com os nossos trabalhos. Ele também, o trouxa não fala mais nem com o Kaito. E isso envolve a Luka, e eu não vou ousar perturbar a paz dela nem em um milhão de anos.

Pena que a paz de Luka não era imperturbável o tempo todo. Ela só era do tipo mais reservada com os próprios problemas.

Depois de uma quieta reflexão fria, Miku voltou a falar. 

— Mas... a Crypton não avisou a Interpoid que a Mayu já tinha perdido uma audição? – Miku tentou, inocente.

— Não tinha porque eles se meterem na decisão da outra gravadora – expliquei.

— Nem a Yamaha...? – continuou. Era difícil de acreditar que tudo isso aconteceu de uma forma que poderia ser facilmente evitada.

— Também não se meteu.

— Mas deve ser por isso que gravamos tudo na Interpoid ao invés da Crypton, mesmo que os produtores e maioria dos Vocaloids fossem de lá. – Gumi tentou nos animar. – A Crypton não quis ela lá dentro. Sabiam do histórico dela.

— Teríamos alguma defesa se fosse na Crypton, ficariam do nosso lado... – Miku começou, respirou fundo, desistiu. – Ah, não importa. Já está feito. Eu não quero perder a calma por algo que já passou.

— Relaxa, vocês ainda são os queridinhos. – Gumi riu, enchendo o ego de uma Miku que jogou os cabelos para os lados, se exibindo, rindo também por alguns segundos.

— Miku, só me diz uma coisa... – eu falei, interrompendo o clima que tinha finalmente melhorado. – Você tem a sensação de que isso ainda não acabou?

— Não, por quê? – Felizmente, a resposta foi rápida. – Os Akira foram completamente expostos. Nada nesse mundo vai colocar eles no nosso caminho de novo. Principalmente no seu.

Miku foi tão otimista e confiante que eu não ousei discordar. Mas infelizmente, ela não entendeu. Não me referi aos Akira.

E sim à Crypton.


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Notas finais do capítulo

Barraco concluído com sucesso ✓✓
Finalmente a versão real oficial de tudo o que aconteceu entre Mayu, Yukari, Lily e companhia no dia da treta da saída da escola pfff
Tudo o que "ouviram" antes dessa versão, tirando o que a Luka contou no POV dela, que também estava certo: era tudo rumor, confusão e mentira.
Eu não via a horaaaa de revelar como a Mayu sabia de tudo desde o comecinho 'u'

Enfim, a mudança que comentei: lembram no capítulo 31, que mencionei que o Leon tinha "50 e poucos anos"? Então, tive que refazer umas contas, porque refiz a "árvore genealógica", então tive que mudar a idade dele pra uns 60 e poucos. Bem ok boomer mesmo.
Por conta disso, também mudei o nome da avó materna da Rin e do Len pra Elinor no 32. Mais detalhes disso, num futuro mais próximo do que imaginam ;-)

Não da pra enrolar mais porque ainda tenho que postar no Social Spirit sdbnfikj
Muita obrigada pela leitura ♥
Até meu próximo sinal de vida~



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