Escarlate escrita por LSN


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Mais uma sexta, mais um capítulo. o
Desculpem a demora, estava terminando de ler um livro. :B
Boa leitura!



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— Mas o que diabos aconteceu? – Questionou Amber, saltando imediatamente da cadeira onde estava sentada.

— Ela precisava de alimento urgente e estávamos muito longe de casa. – Respondeu Agatha enquanto sentava, exausta, na poltrona vinho da sala de estar.

— Ela precisava de alimento ou ela estava querendo te matar? Olha pra você! Seus olhos estão quase sem cor! – Aproximando-se ameaçadoramente de Susan, que recuou assustada, falou cerrando os dentes – Você queria matá-la? Então vou te ensinar uma coisinha sobre querer matar alguém do seu próprio bando, sua... – Sentiu uma mão em seu ombro e parou de falar. Quando olhou para trás, era Melinda.

— Acalme-se, Amber. Ela estava faminta. Sabe quanto tempo ela passou sem comer desde que nasceu? E, além disso, é normal que os novos vampiros sintam muita fome. Ainda bem que Agatha estava por perto e pode ajudar. – Voltou para o seu sofá preferido e deitou-se, preguiçosamente – Susan, já que já está melhor, vá na geladeira e pegue algumas bolsas para Agatha. E Agatha – olhou para a moça com um olhar terno – Descanse. Já chega de emoções nessa casa por hoje. Céus, já é quase de manhã. Vão dormir, sim? – Afofou a almofada e fechou os olhos. Com esse gesto habitual, pontuou que a conversa estava encerrada.

Todos seguiram para suas dependências, e Susan foi atrás das bolsas. Ainda atordoada com todas as vezes que quase morrera naquele dia – pela fome ou pelas mãos de Amber – se sentiu uma completa idiota. Quase matou Agatha e ainda não sentia como se tivesse se desculpado o suficiente. Na verdade, desde que tinha... nascido, só recebeu atenção e dedicação dela, e não devolveu nada além de tentativas de fuga e frieza. Já estava na hora de mostrar alguma educação.

Entrou no quarto e entregou duas bolsas do líquido vermelho para a vampira. A moça agradeceu, rasgou a ponta do saquinho e começou a beber despreocupadamente. Susan ainda não havia se acostumado com a cena e não conseguiu esconder a expressão de desconforto. Notando isso, Agatha parou de beber, se levantou e pegou no seu armário uma taça cristalina, despejando o líquido nela.

— Assim está melhor? – Disse, tomando um gole num movimento perfeitamente humano. – Podemos chamar de vinho até você se adaptar, se quiser. – completou, com um sorriso cúmplice.

— Vinho? – Respondeu, um pouco desnorteada com a comparação e com aquele sorriso, por mais que não quisesse assumir. – Como você sabe...?

— Observar humanos já foi um hobby nas horas vagas. Lembro de algumas coisas. São seres... interessantes. Apesar de um pouco irracionais. – Completou, com a expressão de quem se lembra de alguma situação estranha em particular.

Susan revirou os olhos, mas queria saber mais. Ainda estava muito disposta e não sentia sono.

— E porque você parou? Cansou de nós... quer dizer, deles?

— Não. Como disse, são seres muito interessantes. – Disse, tomando outro gole realmente como quem bebe uma taça de vinho. – Na verdade eu parei porque não estou tendo muito tempo, já que preciso correr atrás de uma novata cheia de energia a noite toda. – Falou, numa expressão doce e divertida.

— Ora, me desculpe. Não vou mais me meter em encrencas de agora em diante e você pode voltar para o seu entretenimento – Sorriu, surpresa com a facilidade que a conversa fluía entre as duas.

Terminando de beber, a vampira colocou a taça em seu criado mudo, com um sorriso de canto se formando em seus lábios.

— Eu duvido.

— ...Eu também. – Disse Susan, olhando olhando perdidamente para a pequena biblioteca de Agatha e fazendo cálculos sobre própria capacidade de se envolver em algum problema.

Rindo, Agatha aproximou-se da garota e sentou ao seu lado na cama. – Está tudo bem. – Delicadamente, pôs a mão sobre a dela e completou, olhando em seus olhos – Algumas coisas se tornaram bem mais interessantes para mim. – Seu olhar, já de um vermelho intenso, era ao mesmo tempo gentil e sedutor. Involuntariamente, o olhar de Susan se direcionou para os lábios da vampira e, por um instante, sua mente ficou completamente em branco.

Susan piscou, desconcertada, separou suas mãos e falou do primeiro assunto que veio a sua cabeça – Uh, já ta meio tarde, né? Você tá fraca e precisa descansar e eu aqui te fazendo ficar acordada. Acho que é melhor irmos deitar.

— Sim, você tem razão. – respondeu, com um sorriso educado. Embora tivesse a expressão doce como sempre, não conseguiu esconder o traço de tristeza na voz. Levantou-se e seguiu para sua cama. Percebendo o descontentamento da vampira, Susan falou antes que pudesse se impedir.

— Ei, quando eu... te mordi hoje, eu acho que ouvi um... Você... Uh... – Parou, mordendo o lábio.

A vampira, tornando a observá-la, aguardou pacientemente a confusão mental da novata se desfazer, não conseguindo evitar olhar para o lábio sendo mordido. 

Balançando a cabeça numa tentativa de afastar os pensamentos, a novata completou – Nada, deixa pra lá. Boa noite, Agatha – Se condenando por não ter calado a boca a tempo, deitou-se e tratou de dormir.

Agatha se despediu, voltou para sua cama e ficou esperando o sono chegar. Após algum tempo esperando em vão, virou-se e viu a novata, que dormia tranquilamente na cama ao lado. Lembrou-se de todos os eventos daquela noite. Embora a lembrança do horror de encontrá-la no chão, imóvel e fraca, ainda a acompanhasse, a imagem de tudo que havia acontecido do momento em que ela a mordera até quando conversavam em seu quarto tomou conta de sua mente, a fazendo desejar levantar-se e deitar ao lado da novata. Mas não o fez. Fechou os olhos, deu um longo suspiro e, em um sussurro inaudível, respondeu a pergunta que a garota não conseguiu fazer.

— Sim, Susan.


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Notas finais do capítulo

Eita eita. :3
Até a próxima!
P.S.: Comentários são sempre bem vindos. Se tiverem um tempinho, me deixem saber o que tão achando da história. Eu gosto muito disso, hihi. ♥



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