Escarlate escrita por LSN


Capítulo 12
Capítulo 12 - Final


Notas iniciais do capítulo

Queridos, como não tenho certeza de como a correria vai se seguir essa semana, decidi terminar de postar hoje. Aproveitem ;)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/691412/chapter/12

Um século depois

Susan abriu os olhos devagar, preguiçosamente. Não sabia que horas eram, mas aquilo não importava. Sentiu o braço que repousava despreocupado em seu ventre se mover e sabia que ela havia acordado também. Virou-se e observou Agatha. A vampira sorriu e a beijou, sem pressa. Ela adorava aquele ritual diário. Susan sorriu e tentou sentar-se na cama, mas os braços de Agatha a envolveram em um abraço por trás, a fazendo parar a meio caminho.

— Não quer tomar café na cama hoje? – Sussurrou em seu ouvido, com um sorriso nos lábios.

Susan sorriu e sentiu um arrepio a invadir. Pelo visto, não importavam quantas décadas se passassem, a vampira ainda conseguiria seduzi-la facilmente. Deitou-se por cima de seu corpo e deslizou os lábios pelo pescoço de Agatha, sentindo as mãos da vampira arranhando suas coxas delicadamente. Logo que provou seu sangue e ouviu o gemido delicado de Agatha em seu ouvido, as duas ouviram uma batida na porta. Susan limpou os lábios revirando os olhos, enquanto Agatha suspirava.

— O que você quer agora, Amber? Não se pode mais ter privacidade por aqui? – Susan gritou para a porta, ranzinza. A voz da ruiva ecoou abafada no quarto das duas.

— Ora, quietas. Melinda mandou chamar vocês, vocês sabiam o que tem hoje. Se arrumem depressa e depois vocês voltam a... fazer o que diabos estiverem fazendo. – Ouvindo seus passos pesados se afastarem, riram e começaram a se arrumar entre um beijo e outro.

Aquele era o dia em que o grupo fazia uma pequena comemoração. Esta acontecia a cada século que passavam juntos. Agatha havia explicado antes para Susan que era como uma festa de natal ou réveillon para os humanos. Ao chegarem na sala, viram uma mesa grande coberta com com uma toalha carmesim, com várias caixas embrulhadas acima dela. Uma musica alegre invadia toda a sala. Luke conversava animadamente com Jhonny sobre alguma coisa, enquanto Daniel tentava ensinar Amber a jogar video game, aparentemente sem sucesso. Melinda voltou da cozinha com diversas taças cheias de líquido vermelho, sorridente. Limpou a garganta e, dispondo a bandeja no canto da mesa, começou a solenidade.

— Mais um século se passou, e a comemoração de hoje é mais especial por ser a primeira vez em que Susan participa conosco. – falou, lançando um sorriso terno para a jovem vampira. – Que essa noite seja de pura alegria e marque o início de mais um século de companheirismo e união. Quem tiver presentes a entregar, fique à vontade.

A primeira a levantar-se foi Amber, um pouco desconcertada. – Uh, bom, esse presente é em nome de todos nós para você, Melinda. – A líder sorriu animada enquanto Jhonny e Daniel traziam uma tevê gigantesca com um pequeno laço para a sala. Ela começou a plugar os cabos cheia de satisfação quando Jhonny foi até a mesa e pegou uma caixa que possuía pequenos furos por todos os cantos e a ofereceu a Luke. O rapaz abriu animadamente e não acreditou no que viu.

Hector! – Gritou aos pulos, segurando a pequena bola de pelos que o encarava inocentemente com seus pequenos olhos azuis. – Encantado, deu um selinho no vampiro musculoso, que sorriu sem graça, mas cheio de satisfação por ver seu amado tão feliz.

— Que ótimo, agora nossa casa vai viver infestada de pelos e pulgas – Resmungou Amber, olhando o rapaz saltitando de um lado para o outro. Só percebeu a presença se Daniel quando ele depositou o embrulho em suas coxas, timidamente. Ela observou o embrulho azul escuro com curiosidade e o abriu. Levantando a tampa, levantou uma sobrancelha. Quando entendeu do que se tratava, mal conseguiu falar. Tirou da caixa uma tarântula metálica do tamanho da sua mão, a colocou no piso e a viu mover-se freneticamente, caminhando em sua direção e fazendo círculos em seu pé.

— NEFASTA! – A caçadora explodiu em pura animação abraçando o rapaz, o fazendo rodopiar no ar.

As garotas sorriram e Susan levantou-se. Pegou a pequena caixa retangular e a entregou a Agatha, que recebeu com um sorriso de ponta a ponta. Ao abrir, viu que era um livro sobre as teorias humanas envolvendo vampiros.

— Espero que você ainda não tenha lido esse – disse a novata – Tenho certeza que vai te render boas risadas.

— Eu tenho certeza que sim - Agatha sorriu e a beijou. A voz latente de Amber fez as duas olharem em direção a ela, sem entender nada.

— Ei! –A ruiva gritava correndo atrás o gato de Luke. Ele estava perseguindo a sua tarântula de metal, que por sua vez corria pela sala inteira, tão desesperada quanto uma aranha robótica poderia ficar. Quando a ruiva finalmente conseguiu pegar o bichano, fuzilou com os olhos os dois rapazes – Mantenham esse saco de pulgas longe da minha Nef... – Antes de completar, sentiu a pequena bola de pelos emitir um som suave e arqueou uma sobrancelha – Qual o problema dessa coisa? – Perguntou, a encarando.

— Ele está ronronando. Ele... gostou de você – Respondeu Luke, boquiaberto. A caçadora então olhou para o bichano por um instante e o para o rapaz, visivelmente desconcertada.

— Bom... Pois que goste bem longe de mim e de minha Nefasta – Pegou a aranha e seguiu resmungando para o seu quarto, olhando cuidadosamente para ver se não havia algum arranhão na aracnídea.

Vendo a cena, Jhonny acariciou o bichano no colo de Luke e completou, com um olhar confuso.

— Gatos são mesmo criaturas de gostos peculiares – Luke apenas balançou a cabeça, encarando a pequena bola de pelos, igualmente confuso.

***

Quando voltaram para o quarto, Agatha entregou uma pequena caixa para Susan. Ao abrir, a novata viu um anel de ouro com pequenas luas perfeitamente talhadas por toda a sua extensão e com um rubi em seu centro.

— Agatha, ele é... lindo – Susan mal conseguia encontrar palavras; olhava para o presente, encantada.

A vampira retirou o anel da caixa e segurou a mão da novata, dando um pequeno beijo.

— Susan – Falou, olhando fixamente em seus olhos – Você aceita ser minha mulher por toda a eternidade?

A jovem vampira abriu a boca, mas não conseguiu dizer nada. Um sorriso formou-se em seus lábios e lágrimas de pura felicidade começaram a surgir. Sem nada dizer, aproximou-se e a beijou, deixando que tudo o que precisava ser dito fosse explicado através daquele beijo. Daquele momento em diante, nenhuma das duas jamais se sentiu sozinha de novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

... Mas ainda tem mais. ;)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Escarlate" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.