Invisível aos olhos escrita por Flávia Monte


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!!



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— Por quê? – Sua voz é baixa, e está visivelmente seduzindo a pobre garota. - Eu não estou saindo com ninguém.

— Você chegou como quem não queria nada. – A menina se levanta, e Dylan tenta a segurar contra a árvore.

Diferente da maioria das desmioladas que eu vi com o cara no zoológico. Essa parece ter algo interesante a dizer.

— Eu te entreguei tudo que havia de melhor em mim. Dou a você o meu amor e meus melhores sorrisos. Sou condenada pelas minhas amigas e elas me sentenciam com a diastância, só por que me apaixonei por você. E acho que elas estão certas em uma coisa. – A garota deixa que ele segure suas duas mãos a cima da cabeça e a beije no pescoço.

Sinto que eu não deveria estar aqui...

— Estou presa para sempre em suas mãos, e mesmo que você chegasse mil vezes e agisse da mesma forma, eu te daria tudo em todas as vezes. Eu me entregaria completamente a você.

Sinceramente... Dylan está sugando a energia vital dela, sem nem ligar para o que a garota está falando. E olha que ela não parece ser novinha e ingênua. Toco em minha testa e balaço a cabeça. Tanta gente desejando ser amada, e esse aí rejeitanto o amor...

— Então, eu serei a primeira. – Ela solta uma das mãos e o afasta um pouco, para conseguir olhá-lo nos olhos. Levanta o dedo para ele, como que quisesse representar o número. - Me faça ser a sua primeira.

Eu não sei se eu sinto pena ou se acho graça. Seja lá que tipo de primeira a garota quer ser, com certeza, não será. Acredito que todas as primeiras vezes dos gêmeos, já aconteceram.

— Certo.

É essa a resposta do idiota. Certo. Como se isso fosse simples assim. É preciso que você tenha mais noção, Dylan! Por exemplo, ser sincero é um ótimo inicio para um relacionamento.

Nunca acreditei em príncipes encantados. Junto com as outras histórias, era só mais uma que eu achava desnecessária e idiota. Um lindo homem, irrestível e honroso, montado em um cavalo majestoso e forte sempre foi uma história de faz-de-conta que eu escutava das minhas amigas na infância. Um conto bem bonitinho, para ser sincera, mas talvez esse seja o motivo de eu sempre achar que as pessoas são menos interessantes e sem brilho, no mundo real. E percebo agora que alguns daquelas lendas e histórias são reais, mas as que importam de verdade, não.

Os homens de agora são reais. E eu também não sou nada mais que uma garota normal. E mesmo assim às vezes eu penso nessa coisa boba de principe encantado e cavalo branco, como se isso fosse acontecer nessa era globalizada. Alguns momentos, busquei alguém com uma tonalidade diferente em seu coração, palavras e jeitos. Agora, eu apenas sei que não tinha como eu achar alguém assim tão... Extravagante e diferente. Por que meu coração já havia sido roubado. Talvez seja por isso que não cai em papos de garotos parecidos com os gêmeos. Não poder me apaixonar fácil deve ter me ajudado a passar tranquilamente pela adolescencia. Só de pensar naquelas garotas que sofreram por amor...

— Fico tão feliz! – É essa a resposta da garota. Ela se pentura no pescoço de Dylan, e ele a segura como se agora pudesse realmente aproveitar a refeição.

Saio da sombra do muro e ando pela rua como se não tivesse presenciado todo esse cenário. Meus passos são leves e mal fazem ruidos, mas quando estou prestes a sair de vista escuto as folhas se mexerem.

— A onde você vai? – Olho para trás, e Dylan está segurando a garota pela cintura, e é como se eu visse a vida dela indo para ele. Isso é por ela estar excitada ou algo assim? A garota parece radiante, e ela a mostra como se fosse um objeto qualquer. Sem muita importancia. – Não quer aprender mais sobre como funciona a minha vida, Cass?

Ele é tão... Simpático. Mesmo depois disso. Mesmo por tirar a vida da garota aos poucos. Talvez ele nem esteja saciado com essa pequena refeição.

— Eu não gosto do jeito que você as trata. O que você acha que elas são? – Coloco minha mão no bolso e seguro firme a minha chave, como se isso fosse me fazer ter força por não esmurrar a cara dele.

— Mulheres. Qual o problema, docinho? – Ele dá um passo em inha direção e tanto os seus olhos quanto o seu cabelo, parecem mais escuro, por causa da noite. – São iguais a bonecas.

— Bonecas? – Murmura a garota parecendo cansada, o segurando pela camisa. Ela sorri como se fosse o elogio mais sensual que já ouviu. Deve ter ouvido poucas coisas na vida.

— Sim, amor. Você pode bagunçar os cabelos delas, jogá-las no canto... – É como se ele tivesse descrevendo o que fez com ela. – E no final, quando cansar, é só trocá-las por outras.

Eu já li algo assim em um livro. E quem dizia, também era um idiota. Sorrio e dou meia volta.

— Pois é... Você até pode fazer isso tudo. – Olho por cima do ombro e ambos parecem estar prestando atenção. E dessa vez de verdade. - Só que homem de verdade, não brinca de boneca, Dylan.

— Dylan? Você se enganou, menininha. Esse aqui é o Caleb! – A garota parece bêbada. E também parece não ligar para isso. Seja lá que amor a menina tinha, já alimentou o galinha alí.

Ele me olha de uma forma que eu sei o que significa. Fazia um tempo desde que conversamos pela última vez. No entanto, tanto Dylan, quanto Caleb, costumam ficar assim quando acerto quem é cada. Como se isso fosse importante.

Vou pelo resto do caminho até o mercadinho. Quando enfim chego, Dylan está na porta me esperando. Como chegou mais rápido? Eu até usei um atalho. Passo reto por ele e vou pegar o que Pam me pediu.

— Eca! Quiabo. Por que está comprando isso? – Sua voz atrás de mim, não me faz estremesser nem me pega de surpresa. Dylan é realmente insistente em encher o saco.

 - Pam fez uma listinha. – Termino de colocar as batatas no saco e vou até o frizer, pegar os três picolés. Que tipo Gae deve gostar? Ela disse que o que eu gosto, ela gosta. Ou algo assim... Isso é muito amplo. Pego um de uva, um de coco e um de chocolate. Gosto dos três e esses gostos são comuns, então Tom deve gostar também. Ao menos de um.

— E os picoles?

Levo tudo ao caixa, enquanto Dylan me segue.

— Para o Tom e para mim. – Entrego a nota e recebo meu troco.

— Ah! – Ele parece reclamar, mas não sai de perto. – Que chato! Você só pensa nele! Você não percebe que Tom é muito novo para você?

Sua pergunta me faz parar. O que isso tem a ver? No que Dylan está pensando? Posso ter amado o menino rápido demais, mas meu amor é tão infantil quanto Tom. Eu não pensaria em ter algo com o menino. Como Dylan diz, Tom é muito novo.

Novo ou não, é o único de vocês que eu quero me ligar.

— Não diz isso, Cass! – Ele estica a mão, como se fosse para me tocar. – Você é especial e...

— Não me toque. – Dou um tapa em sua mão e volto a andar. – Eu não sou como as suas garotas. Se não entendeu, pergunte ao Caleb. Falei sobre isso no zoológico.

A rua está escura, que nem naquele outro dia. Ao menos eu esbarrei em Dylan, vindo para cá. Que sorte. Realmente acredita que tudo acontece por algum motivo? Eu escuto em minha cabeça, como se fosse a Pam me questionando.

Dylan segura a minha mão e a levanta, dando para ver o meu curativo. Fala sério...

— Posso te curar? – Apesar de ser uma pergunta simples, parece que falar essas palavras foi realmente uma dificuldade para o ruivo. – Eu posso?

— Para com isso. Você é um monstro ou o que? Dêmonios têm mesmo que se alimentar daquela forma horrível? – Eu sei que estou mudando de assunto. Mas, mesmo não sendo da minha conta. Aquilo que ocorreu a pouco tempo, me incomodou. – Qual quer um quer soubesse o que você é, se afastaria disso! – Aponto para seu corpo.

— Você vai me olhar com outros olhos, Cass? Ou com os olhos de outro? Acredita mesmo que sou assim? Que sou mau, ou algo do gênero? Sou solteiro, e é assim que caras solteiros se comportam... Você devia procurar aprender mais sobre isso.

Olho para cima e seus olhos verdes estão realmente mais escuros, e são bem expressivos. Como eu falei, quando eles perguntaram qual era a diferença entre os dois. Dylan parece magoado. Com algo que não deveria. Não é a primeira vez que digo que eles são monstros. O meu silêncio parece o aborrecer, mas meus olhos estão concentrados nos seus.

— Você não entendeu o motivo deu elogiar os seus olhos, não foi? – Assim que começo a falar, percebo que é exatamente uma coisa que Gaelle exageraria se estivesse aqui. Se eu não for sincera com seja lá o que eu pense, ela vai me explanar sem nem eu saber exatamente o que eu acho. Dylan para de andar, e também de pensar na minha mão machucada. – O motivo por eu amar tantos seus olhos, é por que são as minhas partes favoritas em você. Já que as únicas vezes que os vi de perto, eles brilhavam, como se pudesse ver literalmente “a felicidade em seu olhar”.

Dylan parece não saber o que responder. Apesar de ter escutado agora a pouco uma declaração de amor, daquela pobre menina. Sua cabeça abaixa um pouco, como se quisesse que eu visse.

— Bem... Foram poucas as vezes que eu cheguei a ver. Em geral, você estava com Caleb. Por isso estava feliz. Quando está sozinho, sem o seu irmão, eu vejo a tristeza... Como se qualquer outra pessoa fosse apenas um ser inútil alí por perto. Mas agora olhando tão de perto... – Não me aproximo, nem me afasto. Continuo apenas olhando para cima, para a imensidão verde escura, escondida pela noite. – O melhor de tudo, é que dessa vez está brilhando para mim. 

Não sei bem o que o garoto entendeu do que eu disse. Eu apenas quis explicar uns dos motivos deles dois não serem iguais. Caleb não é tão fácil de ler pelos olhos. E sim pelo sorriso. A cada sorriso significa uma coisa diferente. Muitas pessoas são assim. A noite está fria, e a rua deserta. Estamos em pé em baixo de um dos postes de luz, e isso dificulta ainda mais eu observar seus olhos.

Sua mão volta a tocar a minha, mas dessa vez ele não se incomoda por eu estar machucada. Nem pede para me curar. Eu não consigo entender. Eu não o entendo. Por que de repente ele ficou tão tocado? Sinceridade realmente afeta as pessoas?

— Seja lá o que você esteja tentando fazer... – Digo abaixando a mão e voltando a andar. – Não tente. Já falei, eu não sou como as outras garotas que você se alimenta.

— Eu não me alimentaria de você. – A forma que Dylan fala isso é como se fosse algo terrivel e impensável. Sendo que ele faz esse tipo de alimentação todos os dias. Com qualquer garota. E se ele for como Caleb, não ligaria nem um pouco por se alimentar por um cara. Caleb disse que humanos são comidas, e é isso.

Como se o silêncio fosse algo insuportável, ele começa a assobiar. As quadras até a casa do meu irmão nunca pareceram tão longe quanto agora. Por um momento olho para o céu e percebo que as nuvens estão tampando tudo. Não consigo ver a lua, nem as estrelas. Que pena.

E então todas as luzes da rua se apagam.

As paredes são enormes, fazendo com que qualquer luz que tenha nas casas com geradores, não chegue a rua. O problema não é essa falta de luz momentanea. E, sim, que eu tenho medo do que acontece quando o céu fica assim. Começa a chover forte desde o ínicio e os únicos barulhos que escuto são das gotas das chuvas tocando nas pedras da rua.

— Isso não é bom sinal... – Eu sussurro, com a mão na boca e continuo parada. Sei que Dylan está por perto, mesmo não o vendo. Acho que pelo fato deu tê-lo afastado, ele não tentará nada nessa escuridão. Eu espero. — Contanto que não...

Um relampago corta o céu, e tanto a luz, quanto o barulho me assustam. Engulo em seco por que essa é a pior coisa que pode acontecer quando o céu está assim. Sinto meu coração acelerar. Ainda está escuro, Dylan não vai perceber o meu medo. Consigo escutar outro trovão e acho que solto um grito agudo um pouco baixo. Ele não vai perceber. Não vai.

— Cass, está tudo bem? – A sua voz está a uma distância pequena a minha frente. – Por que parou de andar?

Escuto de novo, mas meus olhos não captam a luz. Está completamente escuro. Eu tenho que segurar a mão dele. E para pegar a mão dele... Somente para isso... Eu vou... Solto um pequeno grito de novo, tentando me controlar ao máximo, ao mesmo tempo consigo me segurar em sua blusa e apertar firme. Estou segurando sua blusa e mantendo a distância, para conseguir controlar meu pavor. Eu tenho astrofobia desde sempre... E isso nunca foi confortável. Não é algo que eu possa evitar o contato, já que em qualquer lugar pode chuver ao ponto de trovejar.

— Não vai embora...

— Não me diga... Você tem medo de trovoada? – Sinto quando ele se mexe, mas minha mão não solta de forma alguma a camisa molhada dele. Isso faz com que eu dê alguns passos a frente, e minha cabeça se encoste ao seu peito.

Sua mão passa devagar por meu cabelo molhado e parece que ele está tentando me reconfortar. Me acalmar ou outra coisa que não irá funcionar. A outra mão segura meu corpo apertado, enquanto eu tremo.

— Não conte isso a ninguém. – Ameaço, apesar de minha voz não parecer nem um pouco confiante.

Escuto um ronronado em seu peito, como um gato e depois sinto o seu riso. Como se fosse possível. Ele tenta não ri, mas seu corpo se mexe contra a vontade dele. Dylan parece impressionado e o fato de me achar ainda mais frágil que antes, me aborrece e muito.

— Eu consigo fazer o seu medo ir embora.

Ele apoia o queixo em cima da minha cabeça, e com os meus olhos fechados fico em dúvida o que achar disso.

— O que... Como você faria isso?

Ele levanta o meu rosto e chega perto do meu ouvido. A ponto de eu conseguir sentir seus lábios se encostarem a minha orelha.

— Deixa eu te beijar até você sentir vontade de tirar a roupa. – Sua voz é séria, e ao mesmo tempo sensual, como ele é o tempo todo. Outra diferença dos gêmeos.

Mas apesar do que ele diz, seu toque é leve. Como se dessa vez estivesse com medo deu, simplesmente, desabar. Não que eu duvide dele tentar tirar a minha roupa. Como eu não respondo, seu rosto para a alguns milímetros de distância. Sinto seu nariz encostar ligeiramente no meu, mas não consigo ver nada.

— Vamos andando devagar?

Tento dar um passo, mas minhas pernas estão bambas. Outro raio e, dessa vez, faz com que ilumine nossos rostos. Seus olhos estavam mais perto de estar fechado do que outra coisa, mas assim que me enxerga, parece se assustar.

— Você está chorando?

Sua pergunta é idiota. Mas me faz ficar pior. Eu estava controlando a respiração para ele não notar. Maldito raio de merda! Porque caralhos resolveu aparecer logo quando eu estou desprotegida nessa noite fria? Seguro firme em sua camisa e apoio minha cabeça em seu peito de novo. Ele passa a mão nas minhas costas, como se isso fosse mudar o fato que está muito frio.

Logo depois disso ele se afasta.

Meu medo aumenta e eu começo a tremer desesperada. Foi em um dia assim que meus pais... Balanço a cabeça rápido, tentando afastar o pensamento.

— Sobe. – Ele toca em meu braço e me puxa. Percebo que Dylan está agachado no chão. Isso que dizer que ele notou que não consigo andar. Ele quer que eu o segure pelo pescoço e passe as pernas pela cintura dele. Não é algo fácil de se fazer, nas minhas condições.

Diferente do que eu pensava, ele não está aproveitando a situação para fazer algo estranho. Isso é sem dúvida... Ainda mais assustador. Consigo segurar em seu pescoço e meu peito fica um pouco apertado contra suas costas. Ele segura firme minhas duas coxas e se levanta, começando a andar. Dylan não parece ter muitos problemas com o meu peso, e seu corpo está muito quente que eu chego a duvidar se é possível. Estou tremendo.

— Você não é normal. – Ele comenta. Meu rosto está apoiado em seu pescoço, e meu queixo está em seu ombro. – Não entenda mal. Você é diferente das outras garotas como você disse. Elas são tão... Fúteis, eu acho. Por isso que é fácil com elas.

— E eu sou o que... Exatamente? – Minha voz sai um pouco abafada, por meu peito estar precionado. Sinto o seu rosto de mexer, como se quisesse olhar para mim, mas Dylan continua firme, olhando reto para a escuridão.

— Talvez leve e suave como uma pétala de flor. Ao mesmo tempo, acho que você é explosiva como uma granada. Você é grosseira o tempo inteiro e com qualquer um... Mas há aqueles pequenos momentos em que você se sente indefesa. E, sério, os dois são muito bonitos.

As palavras de Dylan me surpreendem. Eu não esperava ter o suberestimado. Mas foi exatamente o que fiz. Eu realmente o vejo, diferente do que a maioria vê. No entanto, continuo não vendo tudo...

— Pessoas grossas são interessantes. Bem mais do que pessoas simpáticas ou amigaveis. – A luz da rua volta, mas Dylan continua andando, normalmente. O que é bom, já que não sei se consegueria colocar os meus pés no chão, a essa altura. - Isso deve acontecer por que costumam ter uma ferida muito funda por baixo da grosseria. Ninguém é do jeito que é por escolha própria. Sempre tem um motivo. E eu gosto de descobrir isso nas pessoas, os pontos mais baixos, sabe? Prefiro isso a só ver os altos. Além do mais, quando você conquista uma pessoa assim, ela te faz sentir especial. Por que, ela trata todo mundo mal, mas contigo é diferente...

— Eu não trato todo mundo mal.

— Trata todos os que você não confia. Hoje você foi diferente comigo e isso foi bem... Peculiar. – Dylan vira um pouco o rosto e a luz inunda seus olhos verdes. Meu nariz toca em sua bocheca e isso faz com que a situação pareça ainda mais estranha e incomum. – Eu fico imaginando... Como você aguentava as noites sozinhas quando criança. Willian me contou que mesmo no Canadá, você morava em uma casa diferente de sua tia. E que você dormia sempre sozinha. Também me disse que você nunca pedia ajuda...

Irmão linguarudo que eu tenho.

— Parece que teve algum sentido eu vir até aqui. – Em frente a porta da casa, ele me coloca no chão. – Mesmo que tenha sido apenas para levar uma bronca. – Seu sorriso é misterioso, e eu não consigo saber o que pensar disso.

Agora me vem a mente se Gae também sentiu medo essa noite. Olho para o saco que estou segurando e suspiro.  Espero que ainda estejam bons, os sorvetes.

— Sabe Dylan, não vou dizer que meus pensamentos sobre você estão errados ou que me arrependo de alguma coisa. – Dou de ombros, trocando de peso de um pé para o outro. – Como meu pai dizia... Nesse mundo, não existe ninguém que seja inutíl.

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