Por Broduey

Broduey: Nunca mais chegue perto dela!

Ele assentiu tentando parar o sangramento do seu nariz.

Fui em direção a Cami, me agachei e toquei o seu braço, ela se assustou e se esquivou de mim.

Broudey: Cami... Sou eu.

Ela olhou para mim e nos seus olhos tinham medo, ela começou a soluçar e se jogou nos meus braços. Eu a puxei pra mais perto e ela afundou a cabeça no meu peito e continuou a chorar, a puxei para o meu colo e ela se encolheu se acomodando.

Diretor: O que está acontecendo aqui? – ele olhou para a gente e ia falar algo, mas Francesca interviu.

Francesca: Nós vamos explicar tudo, só deixa eles.

Violetta, León e Francesca começaram a explicar tudo o que tinha acontecido, e o diretor se surpreendeu ao ver o estado que o Felipe estava. Cami fungou parando de chorar, mas ainda com a cabeça no meu peito.

Broduey: Tá tudo bem – acariciei o cabelo dela e ela se contorceu – Cami? – minha mão estava suja de sangue – Sua cabeça... Cami, precisamos te levar pro hospital.

Diretor: Já chamamos uma ambulância e a polícia.

Camila: N-Não – ela se remexeu.

Broduey: Está tudo bem Cami.

Logo a ambulância chegou, eu ajudei a Cami a vestir a blusa, como só uma ambulância veio eles levaram o Felipe, já que ele não estava tão bem. Cami se recusou a ir na mesma ambulância, então fomos no carro do diretor....

.......

Para ela era normal estar no hospital, só não sei como ela aguenta. O diretor foi cuidar da questão do Felipe, os médicos fizeram um check up na Cami e ela tinha alguns machucados e a pancada na cabeça, causada pela queda da escada, não era nada grave. Ela apenas teria algumas tonturas.

Fisicamente ela estava bem, mas emocionalmente...

Broduey: Você está bem? – ela apenas concordou com a cabeça – Mas você não parece bem.

Estávamos na sala de exames, ela já tinha feito todos, mas esperávamos lá sentados nas poltronas, ela segurou minha mão.

Camila: Obrigada – ela sussurrou.

Broduey: Não precisa, eu não deixaria nada acontecer com você – acariciei a sua mão com o meu polegar.

Camila: E-Eu fiquei com... com medo, na verdade ainda estou... Lá no fundo penso que vou acordar e tudo não vai passar de um pesadelo.

Broduey: Às vezes a realidade é dura – olhei pra ela – Não precisa ter medo, as coisas já vão se resolver.

xXx: Minha pequena! – a senhora e o senhor Torres entraram praticamente correndo na sala, a Sra. Torres puxou a Cami da poltrona e a abraçou.

Camila: Eu estou bem mãe – a Sra. Torres a soltou.

Sr. Torres: Esse desgraçado vai pagar pelo que fez – ele a abraçou – A quanto tempo ele vem te incomodando filha? – Camila se distanciou um pouco e olhou pro chão.

Sra. Torres: Por que não nós disse nada?

Camila: Não queria incomoda-los – ela sentou na poltrona e continuou a fitar o chão.

Sra. Torres: Filha... – a Sra. Torres sentou no braço da poltrona e acariciou a cabeça da Cami.

Os três estavam em família e eu não queria atrapalhar, levantei e fui em direção a porta.

Camila: Broduey – ela me chamou – Não vai agora, por favor.

Broduey: Tudo bem, vou dar uma passadinha na lanchonete e já volto...

Por Violetta

Francesca: Minha vontade é de acabar com a cara do Felipe.

Violetta: Broduey já fez isso por você.

Francesca: Que idiota, desgraçado, filho de uma...

Violetta: Ouu, olha a boca.

Francesca: É porque você não sabe o que estou dizendo mentalmente.

León: Café? – ele entrou na sala de espera com três copos de café.

Francesca: Tudo bem, mas se eu socar a cara de alguém culpem o café.

León nos entregou os cafés e sentou no meu lado, ele pegou a minha mão e a acariciou. Isso era estranho, mas bom. Nunca pensei que ia gostar mesmo de alguém, e que se um dia acontecesse esse alguém fosse o León.

Francesca: Por quanto tempo vamos ter que esperar?

León: Eles provavelmente não vão nos deixar entrar.

Francesca: Pois eu só saiu daqui quando me deixarem entrar, e podem se preparar para um barraco.

Violetta: Não vai ser preciso, Broduey está vindo.

Ele entrou na sala de espera, parecia cansado e tinha poucos machucados causados pelo Felipe. Ele praticamente se jogou na poltrona do lado da Francesca.

Francesca: Como ela está?

Broduey: Está com os pais.

León: E como você está com tudo isso?

Broduey: Minha vontade é de encontrar o Felipe e acabar mais ainda com ele.

Violetta: Isso não ajudaria a mudar as coisas.

Broduey: Mas ajudaria pra ele perceber que o que fez foi errado.

León: Já sabemos que ele não vai sair impune. Ele é um covarde, um...

Francesca: Desgraçado, merece ir pro inferno, é um FDP.

Violetta: Francesca!

Francesca: Que? FDP é Filho de Poseidon – a encarei e ela ergueu as mãos – Tudo bem, nada mais de palavrões.

Violetta: Ele merece pagar pelo que fez, a justiça vai fazer isso.

Broduey: Justiça? – ele riu – Não existe justiça.

Francesca: Não seja pessimista Broduey.

León: Ele está certo. No máximo ele vai preso, mas terá direito a fiança, os pais vão pagar e ele estará andando por aí... E o que vai impedi-lo e fazer isso com qualquer outra mulher?

Todos ficaram em silêncio... No fundo sabíamos que ele estava certo. Não existe uma punição merecida para todos. Já pararam para pensar que pelo mundo vários assassinos estão à solta? E se pensarmos nas pessoas inocentes que estão presas?

Broduey: Eu posso dar só mais um soco?

Francesca: Você não vai querer, a polícia chegou à um tempo e está na sala com ele.

Broduey: Eu corro o risco.

Francesca: Sabemos porque você está com raiva, é que além dele ter assediado uma mulher, essa mulher foi a Camila. Ou seja, ele mexeu no seu ponto fraco e você ficou com raiva, muita raiva.

Broduey: León, o que você faria se fosse a Violetta?

León: Eu... – ele olhou para mim – Quebraria a cara dele... Se não matasse.

Violetta: ... – eu ainda abri a boca, mas fechei e mordi o meu lábio inferior.

Francesca: Todos acham que as mulheres são o sexo frágil, mas se as pessoas parassem de pensar dessa forma... O mundo seria diferente.

 Violetta: Isso é um absurdo. Existem mulheres que tem medo de sair na rua por serem mulheres, falam sobre roupas curtas, mas isso não tem nada a ver.

León: Todos tem o direito sobre o seu corpo.

xXx: Com licença – um homem entrou na sala.

Broduey: Senhor Torres...

Sr. Torres: Nada de Senhor, podem me chamar de Kevin – nós concordamos com a cabeça e eu deu um meio sorriso.

Francesca: A Camila está bem?

Sr. Torres: Sim, sim ela está – ele olhou para o Broduey – Eu gostaria de falar com você rapaz...