Por Violetta

Francesca: Camila?

Camila: Eu não posso.

Broduey: Alguma das três está me ouvindo?

Violetta: Precisamos da sua ajuda.

Camila: Eu queria muito ajudar, mas...

Broduey: Meu sangue é O -.

Fran encarou a Cami por um momento e depois olhou para Broduey.

Francesca: Por que não me disse antes?

Broduey: Nos conhecemos a mais de cinco anos, achei que você sabia qual era o meu tipo sanguíneo.

Francesca: Você acha o que? Que eu fico por aí olhando a ficha médica das pessoas como uma psicopata sanguínea?

Violetta: Psicopata sanguínea?

Francesca: Não importa... Agora Broduey, levanta esse traseiro daí e vaí logo fazer uma transferência de sangue.

Camila: É transfusão

Francesca: Tanto faz!

Violetta: Francesca mantenha a calma por favor! Nós duas vamos falar com o médico, e você vai logo passando o seu sangue.

Broduey: Que delicada.

Violetta: Vamos Francesca...

Por Broduey

Mantenha a calma Broduey é só uma agulha, é por um amigo, e por uma amiga que pode te matar de você não fizer isso.

Broduey: Você vai ficar aí? – perguntei pra Cami.

Camila: Eu nem deveria estar aqui.

Broduey: Mas, já que está... você... poderia... ham... me acompanhar? – ela ergueu as sobrancelhas.

Camila: Tudo bem.

Ok, eu posso dizer que odeio agulhas. É sério! São pontiagudas e te espetam.

Enfermeira: É tipo sanguíneo compatível, você parece ter uma vida saudável, pratica esportes, então está tudo bem – ela analisou minha ficha – É só esperar um pouco.

Eles me guiaram até uma sala própria para o ´´procedimento``, eu sentei na poltrona e a Torres se escorou na bancada.

Broduey: Quanto tempo será que isso vai durar?

Camila: Em média uns dez minutos.

Então ficamos em silêncio ouvindo o barulho dos corredores e dos aparelhos. Um hospital deveria ser mais silencioso.

Camila: Elas devem estar pensando horrores de mim.

Broduey: Por que pensariam isso? – ela olhou para mim e depois balançou a cabeça e olhou para o chão.

Camila:  Nada.

Broduey: Pelo fato de você não doar? – ela me encarou – Elas não podem julgar sem conhecer.

Então outra enfermeira entrou com uma bandeja.

Enfermeira: Então vamos começar? – ela pegou algumas seringas e colocou sobre o balcão, minha cara não deve ter sido das melhores por que a Torres riu.

Broduye: O que foi?

Camila: Medo de agulha? Ô jogador de futebol americano tem medo de agulhas?

Broduey: Um jogador pode ter sentimentos... e todo mundo tem medo de alguma coisa, você não? – a expressão do rosto dela mudou.

Camila: Sim, mas... mas medo de agulhas é irracional.

Broduey: Ok, se é você que fala.

Camila: É só pensar no que te faz feliz ou o que você vai fazer quando sair daqui, eu sempre penso em um incrível pote de sorvete como recompensa.

Broduey: Se é assim então...

Por Francesca

Algumas horas depois*

O sol já estava nascendo e eu ainda não tinha dormido. A Castillo praticamente desmaiou em um dos bancos, Broduey tirou alguns cochilos e sempre que acordava ia pegar um café, a Torres seguiu o exemplo da Vilu, mas foi mais decente e não ficou babando no banco.

Violetta: Que horas são?

Francesca: 05:14.

Violetta: Meu final de semana vai ser dormindo.

Médico: Com licença – ele entrou na sala – Eu venho avisar que a operação já terminou...