Por Francesca

Francesca: Que tipo sanguíneo?

Médico: O senhor Hernadez tem tipo sanguíneo AB +, mas o mais indicado para esse caso é O -   

Violetta: Não tem no banco de sangue?

Médico: Já entremos em contato com outros hospitais, e o único que pode fazer essa doação fica em La Plata.

Francesca: O que vocês vão fazer?

Médico: Esperar.

Francesca: Esperar? Ele está morrendo aos poucos e tudo o que vocês podem fazer é esperar?

Médico: Isso é tudo.

Então ele saiu nos deixando na sala de espera, sem mais nenhuma notícia.

Violetta: Você não conhece ninguém que poderia doar?

Francesca: Não, acho que não.

Meu celular tocou, o atendi sem nem olhar quem era.

Ligação On*

xXx: Fran?

Francesca: Oi Broduey.

Broduey: Desculpa, eu não vi as chamadas. Estava expulsando o pessoal da festa. Está tudo bem?

Então em contei tudo o que tinha acontecido , deixando algumas lágrimas descerem.

Broduey: Eu estou indo.

Francesca: Não... – mas ele já tinha desligado o telefone...

Por Violetta

Eu odeio hospital... Esse lugar é deprimente, é como se não existisse mais esperança. É um lugar onde todos estão sofrendo por algum motivo.

Broduey: Fran – ele entrou na sala de espera.

Ele a abraçou e ela começou a chorar de novo.

Broduey: Vai ficar tudo bem.

Francesca: Você não sabe.

Broduey: Ninguém sabe, mas sempre tem uma luz no final do túnel, sempre existe esperança. Pode se encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias, se a pessoa se lembrar de acender a luz.

Violetta: Dumbledore.

Francesca: Que? – ela olhou para mim.

Violetta: Ele está citando Dumbledore.

Francesca: Sabia, ele é incapaz de falar algo bonito.

Broduey: Às vezes esqueço que você é intelectual – eu sorri.

Violetta: Torres? – Francesca e Broduey acompanharam meu olhar até a porta, Camila parou e olhou para gente – O que ta fazendo aqui? – ela abriu a boca para falar, mas uma enfermeira a interrompeu.

Enfermeira: Aqui estão os exames, desculpa ter ligado essa hora.

Camila: Não tem problema.

Enfermeira: Esses são os mais importantes – ela a entregou alguns envelopes – Os traga semana que vem, agora deixa eu voltar ao trabalho.

A enfermeira saiu da sala, e a Torres ficou um tempo encarando os envelopes e depois olhou para gente.

Camila: O que estão fazendo aqui? – ela falou voltando a olhar para o chão.

Explicamos tudo o que tinha acontecido e ela se ofereceu para fazer companhia. Cada segundo que passava Francesca roía mais uma unha, e a vida do Diego estava por um fio.

Violetta: Camila – falei olhando para os envelopes – Isso é seu? – ela apenas concordou com a cabeça, eu não estava querendo saber o que tinha dentro, mas sim sobre a ficha que estava por fora com os dados pessoais da Camila – Seu sangue é O -?

Camila: Sim – nos encaramos por um tempo.

Francesca: Você pode doar.

Camila: Que?

Francesca: Diego está precisando de doação de O -.

Camila: Eu... Eu não posso.

Violetta: Por que?

Broduey: Por que não disseram isso antes?

Francesca: Camila?

Camila: Eu não posso.

Broduey: Alguma das três está me ouvindo?

Violetta: Precisamos da sua ajuda.

Camila: Eu queria muito ajudar, mas...

Broduey: Meu sangue é O -.....