A Sombra do Pistoleiro escrita por Danilo Alex


Capítulo 19
Uma Razão para Voltar


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos!
Mais um capítulo curtinho pra vocês, só para abrir o apetite mesmo e ajudar vocês a tomar fôlego para os próximos. rsrs
Ainda assim, acho que vão gostar.
Vamos mudar um pouco, para sair da rotina e agradar os shippers de plantão, né? Afinal, de contas, nem só de Colts vive o homem do Oeste.
Dedico esse capítulo aos meus queridos Matheus Braga, Jessica, ArveeneNymeria e minha mais nova amiga, a querida LehhTD.
Meu muito obrigado também a você que sempre lê, mas por algum motivo nunca comenta. rsrs
Espero que gostem!
Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/690826/chapter/19

Mal entrou no quarto, Enrico viu, surpreso, Catherine dar um salto em sua direção e se pendurar em seu pescoço, chorando copiosamente de alegria. Ela perguntou:

— Você está bem?

— Sim, ainda estou inteiro.

— Graças a Deus! Tive tanto medo...

Ao vê-la sorrindo de alívio, Enrico sentiu-se intensamente comovido. Para variar, era bom haver alguém feliz por ele ainda respirar. Afinal, naquele lugar muitos o queriam morto e enterrado. Enxugando as lágrimas, a garota disse:

— Não quero mais que persiga os bandidos. É muito perigoso.

— Não devo desistir agora; tenho de salvar seu pai.

— Posso contratar outra pessoa.

Ele balançou a cabeça negativamente antes de retrucar de modo resoluto:

— Não é tão simples encontrar alguém para esse tipo de trabalho. Além do que, tenho que matar Herrera. Ele não merece viver.

— É arriscado. Mudei de ideia. Não quero que vá.

— Posso perguntar o motivo?

— Pode. Não quero que vá porque me apaixonei por você. – ela respondeu, sem titubear.

Enrico reprimiu a custo um sorriso vaidoso. Disse suavemente:

— Gostei de saber disso. Mas infelizmente ainda não é o suficiente para que eu desista.

— Ah, não? Então, vamos tentar de outro modo. – mal acabou de dizer isso, a linda moça envolveu Enrico com seus braços macios, tratando de colar os lábios aos dele com ternura e sofreguidão.  

Enrico estremeceu. Um turbilhão de emoções atravessou-lhe o corpo. Cerrou os olhos e, deliciado, sentiu o perfume e o calor do corpo jovem dela vibrando junto ao seu. As mãos dele, calejadas pelo trabalho de vaqueiro e ásperas devido ao contato frequente com a pólvora liberada nas detonações de seus Colts, passearam pelas costas dela e depois desceram até a cintura estreita dela. Mantiveram-se abraçados assim, ele a segurando pela cintura como se estivessem no meio de uma dança romântica, e ela na ponta dos pés, pendurada em seu pescoço, empenhada em beijá-lo com ardência apaixonada. Os corações sincronizaram-se, passando a pulsar no mesmo ritmo. O perfume floral dela parecia extasiar a alma dele. Afagando aqueles cabelos macios, o rapaz sentiu-se transportado para as nuvens. Experimentou aquele longo beijo com a avidez de um homem encontrando um oásis no deserto, como se do sabor daqueles lábios dependesse a continuidade de sua vida.  Desejou que aquele momento jamais tivesse fim.

Mas infelizmente teve um fim. Ela se afastou delicadamente para olhá-lo nos olhos.

— Senhorita Summers, eu...

— Me chame de Cat. – pediu ela.

— Como quiser, Cat.

— O que achou, Enrico?

— Sem dúvida acabou de me dar um bom motivo.

— Para desistir da missão? — indagou prontamente a bela garota, e seus olhos brilharam esperançosamente.

— Não. Para voltar vivo dela. Antes de conhecer você, eu não tinha nenhum.

Ouvindo isso, a jovem o abraçou fortemente e apoiou a cabeça em seu peito, enquanto repetia ardentemente:

— Meu querido, você não pode morrer. Promete que voltará vivo para mim?

— Gostaria de poder prometer. Mas fique despreocupada, não pretendo encerrar a conta nesse mundo. Ainda não.

Depois desse apaixonado e surpreendente diálogo, Enrico pediu a Catherine que o esperasse ali mesmo, em Denver. Sem se dar conta, prometeu que logo voltaria para buscá-la, acompanhado do pai dela. Acabou aceitando uma quantia considerável de dólares oferecida por ela. Afinal, precisava de dinheiro para prosseguir em sua caçada, e estava a nenhum. Logo que recebesse o patrocínio enviado pelo senhor Hector, devolveria o dinheiro de Catherine. Foi essa a condição que Enrico impôs para aceitar o empréstimo oferecido pela garota.

Então, despediu-se dela. Foi ver o armeiro, o qual fez a manutenção em seus revólveres, já que os mesmos estavam desgastados por serem utilizados tantas vezes em tão curtos espaços de tempo. Uma arma avariada pelo uso contínuo perde a precisão e a potência, colocando em risco a vida daquele que a empunha.

Consertados os Colts, o jovem mexicano comprou munição. Depois, adquiriu também mantimentos e conseguiu água. Passou no estábulo e selou Muchacho. Partiu quando o sol inclemente se achava boiando no céu muito azul e sem nuvens.

O jovem abandonou Denver e cavalgou rumo ao seu destino.

Sombrio destino.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Olá mais uma vez!
E aí? Bom? Ruim? Regular? Péssimo?
Que vocês, senhoras e senhores, tem a me dizer? rsrs
Deixa seu review para que eu possa me orientar, por favor.
Quarta que vem a gente se encontra aqui de novo, meus amigos!
Hasta!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Sombra do Pistoleiro" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.