Take me to church escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 7
Nadando em sangue




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— Nat? – Me remexi no pequeno sofá, sem sentir a presença dela ao meu lado. Ah, não, Natasha. A televisão estava ligada, e o lençol que nos cobria antes, estava no chão. – Natasha, não me assusta! – Eu gritei, esperando uma resposta. Nada. Me levantei, olhando ao redor – Nat!
— Steve! – ouvi um grito, que logo foi abafado por alguma coisa.
Merda.
Corri em disparada atéo andar de cima, onde sugeri que vinha o grito. Haviam vasos de planta derrubados, e uma marca de sangue na parede. Meu coração parou. Segui o rastro de destruição até que dois homens armados apareceram, do nada.
— Mãos na cabeça! – Um deles gritou. Obedeci. Que escolha eu tinha? Estavam armados.
— O que fizeram com ela?! – gritei, preocupado. Minhas pernas tremiam, e eu só conseguia pensar em algum jeito de contornar a situação.
— Você tem direito de permanecer calado. – ele ironizou, e se aproximou de vagar.
Já contei que meu avô era um lunático, que acreditava que os robôs do futuro viriam atrás dele? Então. Eu te amo, vovô. Em um movimento de pé, chutei o pé de uma mezinha, e acionei uma armadilha, na qual o imã na parede foi acionado. As armaduras deles eram inteiramente de ferro, o que os fez ficarem presos. Eles urraram de raiva, em quanto eu sai correndo pro andar de cima.
Mais caras vieram até mim, e derrubei propositalmente um vaso de planta, o que fez um alçapão enorme se abrir e fazer os cinco homens ficarem presos no porão que suporta um ataque nuclear. Eles não sairiam tão cedo. Coloquei o vaso no lugar, e segui nas escadas.
Sempre reclamei com meu pai que essas armadilhas eram perigosas, e que deviamos mudar de casa. Mas ele dizia que era uma casa histórica de família e custava milhões. Uma vez quase sai de casa quando, com treze anos, derrubei o vaso sem querer e fiquei preso lá por três dias. Mas agora foram muitíssimo úteis.
Subi correndo a grande escada dos cinco andares da casa. Mas antes, agarrei o telefone e liguei pro Bambi.
— Erik Bambostroff falando.
—  Aqui é Steve Rogers, minha casa está sendo invadida!
— Você está bem? Eles te usaram de refêm?
— Não, mas estão levando Natasha.
—Estamos chegando.  Não vá atras dela.
— O que? Eu já estou derrotando os caras há uns quinze minutos! Não vou ficar parado vendo ela ser levada! – Gritei, desligando.
Voltando a minha ruiva, cheguei no terréo, onde ficam a piscina e a churrasqueira, e, pelo visto, um rangar para helicóptero.  Eu a vi sendo levada por dois caras desarmados, mais o piloto do helicoptero. Ela olhou pra mim, com um olhar de medo e desespero. Eu não podia deixar levarem ela, eu jurei que nada mais aconteceria. Sai do transe, e corri até os dois homens.
Lembrando dos conhecimentos de lutas basicos  que aprendi no filme Capitão América junto com o treinamento de karatê que meu avô me fez fazer por dez anos, chutei a canela de um deles, e tirei Natasha de seus braços. Dei uma rasteira em um, o fazendo cair, e em seguida, chutei sua cabeça em seguida, e o homem perdeu a conciencia. O outro sacava uma arma do coldre, mas num movimento rápido e meio desajeitado,  chutei sua mão fazendo a arma cair, em seguida o joguei pela sacada, vendo seu corpo de espatifar em meu jardim.
Olhei pra Natasha que estava jogada no chão com um sorriso, que é substituído por olhos arregalados, e ia gritar quando senti uma pancada na cabeça, o que me fez cair meio zonzo ao lado da ruiva, que me abraçou e manteve meu corpo junto ao dela, como se quisesse me proteger.
Minha visão ficava cada vez mais debilitada, e vi a ruiva acariciando meu cabelo, em quanto o homem apontava uma arma para a cabeça dela, e a ruiva só me olhava, com os dedos tremendo em minha face.
Mas a mesma porta pela qual eu subi, foi escancarada, e ouvi a voz do velho Bambi gritar:
— FBI! LARGUEM AS ARMAS, E MÃOS PARA O ALTO!
— Steve? Está me ouvindo? – A doce voz dela me fez prestar atenção apenas no momento. Nunca fiquei tão feliz por ve-la. Assenti com a cabeça. – Obrigada. – Sorri. Minha visão foi aos poucos voltando, e consegui ver Erik prender os filhos da mãe.
A dor na cabeça voltou, e só aí percebi que estava jorrando sangue da minha cabeça. Muito mesmo, pra todo lado. As mãos da ruiva estavam cheias, a pscina, o helicoptero, no meu unifome de Capitão América, agora estou nadando em sangue vendo a ruiva de biquini pular na água vermelha, e Tony montar num Unicórnio e sair gritando “EU TE AMO PEPPER“
Eu apaguei em seguida.
(...)
Abri os olhos, encarando o teto branco do hospital.
— Ste? – Ouvi a voz aliviada de Natasha novamente. Levantei a cabeça num impulso, ainda com a pergunta rodeando minha cabeça.
— Eles te machucaram? – Ela assentiu, me mostrando um curaivo enorme no ante braço.
— Ai meu Deus... Era daí que vinha todo o sangue que eu vi? – ela assentiu, com uma cara triste. – Eu achei que era de mim. Preferia que fosse de mim. – minha voz sai rouca, e ela dá um sorriso tímido, que me faz sorrir também. – O que foi?
— Nada.
— O que aconteceu antes disso...?
— Eu... Só...
Flash back on
POV Natasha
Acordei aos poucos. Steve me abraçava, e só aí percebi o quanto me sentia segura em seus braços. Ele é tudo pra mim. Somos amigos desde a adolescência. Quando vi aquele saco de ego e brincadeiras bobas, sabia que ele seria meu amigo, e aquele primeiro filme que fizemos juntos seria o começo de uma história.
É, me tornei totalmente dependente dele. Não sei o que faria se um dia perdesse esse loiro, idiota. Por que eu não tiro ele da minha cabeça?
Eu sei a resposta, só não quero aceitar.
Eu o amo.
Mas... Por que não aceitar? Porque ele é meu melhor amigo. Sim, por isso ele vai continuar sendo a melhor coisa que aconteceu na minha vida.
E tenho a certeza que ele será melhor que Wolwen, e nunca mais terei que me preocupar, por que seria estremamente feliz. Steve é totalmente incapaz de me mechucar, e sinto que me ama incondicionalmente, desde sempre. Ele sempre esteve ali comigo, e quando penso na palavra "casamento" ele vem a minha mente: passar o resto da minha vida com Steve Rogers.
Nossos filhis serão ruivinhos de olhos azuis, ou loiros de olhos verdes. Talvez sejam ruivos de olhos verdes como eu ou loiros de olhos azuis, como Steve. Vou leva-los pra conhecer minha mãe na Rússia.
É, eu seria feliz com meu melhor amigo. Sorri para o anjo loiro a meu lado, e acariciei seus cabelos.
— É Rogers, eu te amo. – Sorri.
 Mas tudo isso está acontecendo... Estão atrás de mim, e agora querem mata-lo. Eu dimplesmente não posso coloca-lo em risco.
Ouvi um pequeno barulho vindo da cozinha. Levantei devagar, com cuidado para não bater o pé no chão e acordar Steve. Adentrei a cozinha, vendo um pote de frutas derrubado no chão. Estava pronto para cata-lo, quando algo puxou meu cabelo me fazendo cair para trás.
O homem tinha um colete a prova de balas, com uma máscara cobrindo o rosto. Um chapéu preto de ferro, com roupas militares pretas. Estava pronta para gritar, quando ele injetou uma seringa no meu ombro.
(...)
Abri os olhos, e vi que estava sendo arrastada pelo chão de madeira da casa de Steve. Espera, eu estava sendo arrastada pelo chão da casa de Steve!
Levantei os olhos, e vi o homem. Ele parou, largou minha perna bruscamente no chão (doeu sim) e trocou algumas palavras com dois outros agentes, as quais não entendi direito.
—Qual o plano?
—... helicóptero... leva-la ao chefe...
—...ele acordou, está procurando a mulher.
— Mate-o. – Não, não, merda. Eu simplesme não consegui aceitar a probabilidade de Steve morrer. Me pus de pé em um pulo, e começei correr pra longe deles.
— Steve! – Eu gritei o mais alto que pude. Senti algo passar raspando em meu antebraço. Numa dor absurda, cai no chão, comprimindo o ferimento. Os agentes chegaram perto de mim. Chutei as bolas de um deles, que caiu choramingando. Mas os dois outros me seguraram e amarraram um pano branco em minha boca.
— Ele está subindo rápido. Detenham-no. – Um homem, que supus estar no comando disse.
Flash back off
— E o resto você já sabe.
— Isso que te deixou abalada desse jeito?
— É. – Menti. Ele tinha abalado minhas estruturas.
— Não fique assim, vai dar tudo certo. – Ele pegou minha mão, e sorriu.


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