Take me to church escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 6
Meu querido Wolwen




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— Oi Wol... – ela disse se sentando na cama, se lamentando por não ter dado tempo de trancar a porta do quarto.
— Aquele dia. - ele larga a bolsa no chão. - O acidente no tanque?
— O que tem o acidente? – ela foi chegando pra trás, com a mão tremendo.
— Não me contou como Steve salvou sua vida. –Ela gelou. Três semanas depois, por que ele veio com isso agora?
— M-Mas eu ia morrer, ele fez o que foi preciso pra salvar minha vid... – ele a deu um soco, que a fez cair no chão, com sangue escorrendo da boca. Seus olhos se encheram de lágrimas. Lágrimas de raiva. Chega. – Eu juro que se você me bater de novo, eu nunca mais vou te perdoar! – ela berra, se levantando. Ele chutou a perna dela.
— Nunca o que?
— Nunca vou te perdoar! – ela cuspiu sangue nele. – E vou te denunciar!
— E se eu nunca mais te deixar sair? – ela sabia que aquilo não seria possível, ela é uma atriz. Sentiriam a falta dela. Ele a segurou, e a socou de novo. – Acha que eu não sabia que um dia iria se rebelar desse jeito? Você só serve pra levar tapas, sua imprestável! – ele a socou de novo. – Eu comprei um chicote sabia? – ele a largou e foi até a bolsa no chão. Superando a dor, ela foi até seu quarto correndo, e trancou a porta. – Abra essa porcaria de porta! – ele socou ela com força.
Natasha ignorou a dor do corte na cabeça, o da boca e o roxo em sua perna, e colocou um casaco, e pulou a janela. Ela abriu o portão, ainda ouvindo as tentativas dele arrombar a porta, e saiu correndo. Quando não aguentou mais a dor em sua perna por ser maior que o medo, ela parou e respirou, se permitindo chorar.
Steve saiu do bar que gostava de frequentar, e descobriu que o destino fez Natasha correr pra aquele lado. Sorte, destino, não tinha outra explicação lógica. Ela voltou a andar, e acabou trombando com alguém.
— Desculpe... Nat? – ele reconheceu o casaco que ela sempre usava em casa. Ela o olhou, e ele arregalou os olhos. – Você caiu de novo? – ela assentiu, e o abraçou, voltandl a chorar. – Ai Meu Deus Nat... Q-Quem te bateu? – ela negou com a cabeça. – Quer que eu te leve pra casa?
— Não, Não por favor, lá não.
— Ei, tudo bem. – ele acariciou o cabelo dela. – Está segura. Eu juro. Quer que eu te leve pra onde pequena?
— E-Eu não sei... Eu ia pra algum lugar, qualquer lugar menos minha casa.
— Quer ir pra minha, é perto daqui...? – Ela assentiu. – Não quer ir pro hospital?
— Não, não.
— Vamos. – ele pegou sua mão. Natasha andou mancando. – Eu te levo. – Ele a pegou no colo. Ela envolveu seu pescoço com os braços. – Você está segura.
(...)
Ele a colocou na cama, e foi pegar a caixa de primeiros socorros. Ela envolveu as pernas com os braços. Ela finalmente se sentia segura. Steve a abraçou com toda força.
— Quem fez isso?
— W-Wolwen. - Steve ficou sério. Não, não podia ser. Sentia o ódio fervilhando em suas veias. Ele mataria esse homem. - Me desculpa por ter mentido, eu sinto muito mesmo.
— Não, - ele nega, com os próprios olhos se enchendo de lágrimas - Nat eu entendo. Você estava assustada, eu sei. – ele segurou seu rosto com as mãos. – Eu juro, nunca mais ninguém vai tocar em você, minha pequena.
— O-Obrigada, Steve. – ela disse, com um sorriso meio as lágrimas.
— Não fiz mais que minha obrigação. – eles sorriram. Steve limpou os machucados, e fez um curativo neles, e colocou gelo na perna dela. – Pronto, ruivinha.
— Obrigada.
— Quer passar a noite aqui? Não seria problema nem um. Aliás, você esta louca se acha que vou te deixar sair por aí? E eu te prometo que amanhã a gente vai resolver isso.
— Tudo bem. – ele sorriu, e se levantou pegando um travesseiro e uma coberta.
— Vou pegar uma roupa minha pra você tudo bem? – ela assentiu. Ele voltou em pouco tempo. – Fica bem sozinha?
— Fico. – ela beijou a bochecha dele. – Boa noite Ste.
— Boa noite Nat. – ele fechou a porta.
Ela vestiu a camisa xadrez de botões de Steve, que ficava igual a uma camisola nela, e se acomodou na cama. Ela sorriu do modo que Steve cuidou dela. Foi a única coisa que a fez dormir.
Steve só conseguiu dormir, quando foi até o quarto dela, checar se ela tinha dormido bem.
— Nat? Está acordada? – ele cochichou. Sem resposta. Ele ajoelhou do seu lado, e fez carinho em seu cabelo. – Nada vai te machucar. Não mais. – Steve beijou a testa dela. – Eu te amo, ruivinha. – ele se levantou, e foi até a porta. O loiro finalmente conseguiu dormir naquela noite.
Mas, os gritos de Natasha o acordaram. Ele correu o máximo que pode até o segundo andar, onde o quarto de hóspedes ficava. Ele abriu a porta e viu Natasha gritando e se contorcendo na cama, com lágrimas no rosto.
— Nat! – ele a balançou. – Natasha! Nat, é um pesadelo, só isso! Nat! – ele a sacudiu. Ela abriu os olhos e começou a esperniar para se livrar do toque dele, em quanto gritava e chorava. Steve segurou seu rosto e a beijou, fazendo a ruiva parar. Eles se separaram e Natasha o olhou surpresa. – M-Me desculpa eu... – ela o beijou dessa vez, o abraçando no processo.
— Por favor, fica comigo... – ela disse, ofegante. Eles estavam com a testas coladas.
— Sempre. – ele a empurrou a fazendo deitar. Ele a envolveu em seus braços, e Nataha deitou a cabeça sobre deu peito.
— Esse beijo significa o que, Rogers?
— Que eu te amo. Eu te amo, Natahsa. – ela sorriu. – E você?
— Eu... Não sei, de verdade.
— Tudo bem. Vou te dar tempo pra descobrir.
— Desde... quando?
— Ah, não sei. Acho que desde Nota Máxima. – ela o fitou incrédula.
— O filme que fizemos há 12 anos? STEVE, AI MEU DEUS. Por que não me disse?
— Me toquei a pouco tempo, quando te beijei de novo na escada rolante. E você gostava do... Me esculpe.
— Tudo bem. Foram os pires momentos da minha vida. – ela suspirou.
— Eu sei. Não vão se repetir, eu prometo a você. Nem que eu tenha que mata-lo.
— Rogers...
— Tudo bem, mata-lo talvez não, mas... Vou fazer ele pagar por isso, eu prometo. – ele beijou a cabeça dela. Depois de um tempo ela conseguiu dormir. Steve não.
(...)
POV Steve
Me mexi na cama, sem sentir a presença dela do meu lado. Tudo bem, talvez ela tenha ido no banheiro... Fui até lá. Estava vazio. A SEQUESTRARAM JESUS! Fui correndo pela casa gritando seu nome, com o desespero já rasgando meu peito.
— Oi Steve? – ela apareceu na porta da cozinha.
— Jesus, e-eu achei que... Ah meu Deus. –ele a abraçou.
— Eu estou bem, Ste. Só... Estava com fome e vim fazer o café... Tudo bem?
— Caralho, que susto. - ela sorriu. - Sim, tudo bem, a casa é sua.
— Pode me largar agora... – ele a largou. – Fiz ovos e bacon... gosta disso?
— Gosto. Você é a única vegetariana aqui, tá? Tem cereal no armário, alface na geladeira... – ela riu.
— Já estou terminando de fritar teu bacon. – ela se virou pra frigideira de novo. Eu a abracei por trás e comecei a distribuir beijos por seu pescoço.
— Sabia que foi ótimo ontem? Mas poderia ter sido melhor... E você fica linda com minha blusa...
— Vai sonhando. – ela riu me empurrou com a mão – Pervertido.
— Anw pervertido?
— É.
— Tá, eu mereço. – fui  até a janela. – Nat... Temos um problema...
— Que foi? – liguei a televisão no canal de fofocas 13.
— Essa noite, nossas fontes informaram que o ator Steve Rogers estava carregando uma mulher no colo para dentro de sua casa, por volta das 22:00. Será que o galã desencanou? – Uma mulher de voz irritante disse.
— Ei, eu não sou encanado. Só não estava procurando nada sério. – Natasha me olhou. Sorri. – Mentira, é porque eu gostava de você. E sabia que tem um fandom sobre a gente? Descobri isso ontem.
— Fandom?
— É. Romanogers. Ih minha querida, as pessoas shippam muito a gente!
— Que fofo, querido. Não se convence não, ainda não sei, melhor amigo.
— Aff, Nat. Melhores amigos não se agarram de madrugada, querida.
— Quer me perder?
— Golpe baixo. – sorri. – Vou avisar que não vou hoje gravar... Acho que eles ficaram sabendo. – Disquei o número de Tony.
— Alô, pegador do pedaço? - ele diz, e eu reviro os olhos.
— Tony, que merda. Olha, eu não vou hoje não tá?
— Hm, nos sabemos. – ele riu. – O estúdio inteiro estava vendo o jornal das fofocas da Josie. E quem é a premiada?
— Ela tá do meu lado, e quer falar com você. – eu passei o celular pra ela.
— Preste atenção Anthony, se você disser isso pra alguém, eu vou te matar antes que vire a esquina, assim que eu matar o Steve por ter me dado esse telefone. Entendido? E não é isso que você estava pensando. Eu estava bêbada de mais pra...
— Você ao menos se lembra da noite passada? – ele riu igual a uma hiena.
— ANTHONY!
— Desculpa ruivinha... É A NAT!
— O que é a Nat? – deu pra ouvir a voz de Pepper. – No celular do Stev... AH MEU DEUS, NATTTTTT!
— A Nat dormiu na casa do Steve? – surgiu uma Wanda do além falando isso.
— Vão se foder todos vocês okay? Eu estava com problemas.
— Que tipo de problemas? – Pepper perguntou.
— Do tipo que eu não posso falar agora. – Lágrimas começaram a rolar de seu rosto. Mas estava tudo bem a meio segundo!
— Você tá chorando? – Wanda perguntou. – Ah Nat... Desculpa. Nós não vamos nos intrometer nisso... Nos conta assim que quiser tudo bem?
— Foi mal ruivinha. Eu não sabia. – Tony disse.
— Tudo bem, eu ligo pra vocês mais tarde. – ela desligou. – Ufa, foi fácil.
— Filha da mãe... Você estava fingindo
— É. Mas a dor de verdade.
— Eu sei pequena. – eu a abracei de novo. – Ta afim de ver um filme?
— Tá. – eu a puxei pro sofá e ela sentou no meu colo, toda encolhidinha. Coloquei em diário de uma babá. Ela riu com minha escolha. – Adorei.
(...)
No set de filmagens
— O que será que aconteceu com a Nat? – Pepper disse.
— Não sei. Mas tomara que esteja bem. – Tony disse.
— Viram a Natasha? - Wolwen aparece, cambaleando.
— N-Não. Ela não vem hoje. – Wanda respondeu, com um toque de medo.
— Ela ligou? Disse onde estava? O que ela disse pra vocês? – ele chegou mais perto de Wanda.
— Hey namorado da Nat, ela ligou pra Pepper, e disse que não vinha hoje. – Tony disse tocando no ombro de Wanda. Ele saiu andando com raiva de novo.
— Acho que achei o problema da Nat. – Pepper disse.
(...)
— O dinheiro não estava na bolsa. Era um rastreador que eu destruí. Ela desafiou os suicidas macabros. Sem rendição! - O homem de armadura falava no microfone.
— Sem rendição! – os homens em fileiras perfeitas gritaram. – Hail macabros! – eles completaram. O líder dos macabros, saiu pelas cortinas a dentro. Ele tirou o capacete, e se sentou na poltrona. Uma mulher loira foi até ele.
— Teve um dia cansativo amor? Precisa de uma massagem?
— Seria ótimo.
— Como vai com a atriz, benzinho?
— Ela fugiu, e vai me denunciar. Isso não vai ficar assim, eu vou mata-la. E aquele Steve Rogers também.
— Você não merece isso meu querido Wolwen.
— Não mesmo.


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