*Balada 21 hrs*

Estevão se vira e vê uma linda mulher que achou familiar, mas não a conheceu. Decidiu ser cavalheiro.

— Posso lhe pagar uma bebida? – Diz Estevão já reconhecendo que era sua nova secretária.

Maria se assusta e fica constrangida.

— Nossa, senhor San Román, o senhor por aqui! – Diz Maria assustada e com vergonha de estar vestida com uma roupa provocante em frente ao seu chefe.

— Que foi! Um homem não pode se divertir?! Aliás eu tenho 29 anos, ainda sou jovem, então não estamos trabalhando me chame de Estevão. – Diz Estevão RILEX. – Então posso lhe pagar uma bebida?

— Se tanto insiste, eu aceito. – Diz ela sem graça.

A bebida de Estevão tinha acabado então o barman traz uma bebida pra ele e pra ela.

— Então vem sempre aqui? – Diz ele querendo puxar conversa.

— Não senhor...

— Se me chamar de senhor de novo, eu juro que te demito. – Diz ele meio aborrecido, mais ao mesmo tempo brincando.

— Sim sen... Estevão. – Diz ela com cara de medo.

— Ta aí nem doeu. Então ta sozinha?

— Não.

— Com namorado?

— Não.

— Amiga?

— Não.

— Quem então.

— Meu chefe de trabalho.

— Há, há. Engraçadinha. – Diz ele com ironia.

Maria sorri, ela já estava começando a se soltar, parece que ele também, estavam bebendo e quando acabava Estevão pedia mais, Maria não pedia, mas Estevão insistia que ela bebesse junto com ele. Eles começaram tomando bebidas normais, e depois foram passando para algumas mais fortes e mais fortes. Até que já estavam bêbados demais. Mais nada em que um bom café não resolva. Começou a tocar uma música lenta, aquelas que você dança agarradinho com seu parceiro.

El vino es mejor en tu boca 
te amo es más tierno en tu voz 
la noche en tu cuerpo es mas corta 
me estoy enfermando de amor. 

Quisiera caminar tu pelo 
quisiera hacer noche en tu piel 
pensar que fue todo un sueño 
después descubrirte otra vez.

— Vem dançar comigo. – Diz Estevão já a levando sem esperar ela dizer a resposta.

— Só digo uma coisa, eu não sei dançar. – Diz ela sorrindo, estava bêbada não podia se negar.

— Fica em cima dos meus pés.

— Mais eu vou te machucar.

— Fica, sobe, vai mulher.

Ela subiu em cima dos pés dele e ele foi dando os passos com ela nos pés dele.

— Pronto está dançando. – Diz ele olhando para ela com um sorriso que a fez se derreter.

Ela foi ganhando espaço e já estava com a cabeça no peito dele, sem dúvida eram um casal lindo de se dar inveja pra qualquer outro casal.

Y amarte como yo lo haría 
como un hombre a una mujer 
tenerte como cosa mía 
y no podérmelo creer 
tan mía, mía, mía, mía 
que eres parte de mi piel 
conocerte fue mi suerte 
amarte es un placer 
mujer. 

Estevão começa a conversar com Maria.

— Parece que eu te conheço a tanto tempo. Sabe porque eu vim pra uma balada?!

— Não. Por quê?

— Porque eu to com um problemão. Pode me chamar de doido, mais eu só venho pra uma festa, boate, ou balada, quando eu to com problemas graves. Quando meus pais morreram eu vivia em boates, toda noite eu ia beber.

— Quando os meus pais morreram eu só não fiquei em depressão porque eu tinha minha amiga Ana aqui comigo.

— Sua amiga morreu também?

— Mora nos Estados Unidos, foi pra la atrás de experiência na área de trabalho dela. Eu acabei perdendo o contato dela, mais ela tinha o meu, só que tava sem tempo de me ligar, mais ela ligou hoje. Fiquei muito feliz, to com muitas saudades dela, chorei quando falei com ela. Ela mudou logo de assunto pra mim não chorar. É incrível como ela me conhece bem.

— É. – Diz ele meio pensativo.

— Mais me diga qual o seu problemão. Queria poder tirar essa sua carinha de tristinho. – Diz ela falando no diminutivo pra tentar alegrar ele.

Quisiera beber de tu pecho 
la miel del amanecer 
mis dedos buscando senderos 
llegar al fin de tu ser 
bailar el vals de las olas 
cuerpo a cuerpo tu y yo 
fundirme contigo en la sombra 
y hacerte un poema de amor 

*Apartamento de Eveline**

: Começo de chamada:

: Alô! : O quê? : Estevão San Román, dançando agarradinho com uma mulher?! : Não posso perder isso. : Onde ceh ta? : Sei onde é. : Vou pra i agora mesmo, não posso perder essa. : Essa pode ser minha chance de trabalhar na revista.

*Balada***

— Então, meu irmão pode ficar tetraplégico por causa do acidente. – Estevão terminava de contar o problemão dele pra Maria.

— Nossa. Ceh já perdeu os pais, e agora não vai perder o irmão, pensa positivo, ele vai sair dessa. Vou rezar por ele. Vou ficar do teu lado nesse momento triste. Pode acreditar, eu vou estar aqui. – Diz Maria olhando nos olhos dele. 

Y amarte como yo lo haría 
como un hombre a una mujer 
tenerte como cosa mía 
y no podérmelo creer

Tan mía, mía, mía, mía 
que eres parte de mi piel 
conocerte fue mi suerte 
amarte es un placer mujer. 

Eles param de dançar pois a música acaba. Sentam novamente no bar. Maria olha a hora e diz.

— Nossa, ta tarde. Me perdoe não te acompanhar mais Estevão, mais eu tenho que ir pra casa. Tenho trabalho amanhã, e disseram que me chefe é muito rígido com horários. – Diz ela brincando com a verdade.

— E é?! Quem é teu chefe? – Diz ele entrando na brincadeira, se aproximando um pouco dela.

— Não o conheço bem, só sei que ele não dura muito com secretárias, e pretendo continuar tendo esse emprego por um tempo. – Diz ela sem perceber a aproximação dele, tomando o último gole de sua bebida, que parece que deu rasgando a garganta pois ela fez uma careta.

— Fraquinha – diz ele rindo da careta dela.

— Não sou fraca, bebo coisas mais fortes que esse drink aqui.

— Hum... duvido... – Diz ele desafiando, querendo que ela ficasse.

— Não duvide. Quem sabe outro dia eu lhe mostre, mais agora eu tenho que ir. – Diz ela pegando a bolça e se levantando.

— Espera eu te levo – diz ele bebendo o último gole da bebida dele – Vem vamos. – Diz ele pegando ela pela cintura e a levando para fora da boate.

... Em Um lugar dessa boate...

Eveline Oliver já havia chegado e tirara umas fotos de Estevão e Maria. Ela os viu saindo e foi até a fora para tentar tirar mais fotos.

... Estacionamento...

— Só aceito a carona porque está tarde. – Diz Maria entrando no carro.

— Hum... ta certo... vou fingir que acredito... – Diz ele desafiador.

— Por que não acredita? – Diz ela olhando para ele curiosa.

— Porque... porque... porque sim hora... – Diz ele sem resposta.

— Porque sim, não é resposta. – Diz ela. – Mais vamos dirige que eu quero chegar em casa to cansada.

— Ta calma sua mandona... – Diz ele brincando. Ele liga o carro e começa a dirigir. – Se quiser ligar o rádio fique à vontade.

Maria liga o rádio e começa a soar uma música calma Dos Enamorados da Laura Pausini.

Eles vão ouvindo a música em silêncio.

Una lágrima se va

resbalando a mi garganta, sí, por ti,

que me dejas sola, ¡oh no!,

precisamente aquí,

sintiendo tus suspiros sobre mí,

y los escalofríos que me dan al sentir

un dolor amargo, un beso tierno sobre mí

porque estoy en el límite del mundo junto

a ti

Porque dos enamorados, tú y yo,

no nos tenemos que rendir,

ni ahora cuando una mentira

nos roba el sueño y la alegría,

Enamorados nada más,

indivisibles, uno en dos,

con nuestras cosas es normal, tú y yo.

Esta noche te busqué,

haré el amor contigo,

soñaré, dos corazones y un latido.

Grito a Dios que eres mío

un instante más y estás llegando

sobre mí, hasta que

se confunden nuestros cuerpos, nuestras

piel.

Porque dos enamorados, tú y yo,

nada nos puede separar,

por esa magia que nos guía

Entre tus días y mis días.

Enamorados nada más,

inconfundibles, uno en dos,

las mismas caras, es normal,

como un espejo, tú y yo.

Solo dos, con las ganas de sentirse juntos,

sí, tú y yo,

conjugando al mismo tiempo el verbo

amar.

Porque dos enamorados tú y yo

se tienes siempre que buscar

y nunca, nunca aprenderán

a separarse nunca más.

A separarse nunca más.

La playa solo es de los dos,

la arena nos acompañó

nadie se puede enamorar

como te quiero y me querrás.

Enamorados tú y yo

Tú dime solo que estarás

conmigo y nunca cambiarás,

es lo que trato de escuchar

Enamorados tú y yo

Somos la misma cosa, sí,

dos con un solo corazón,

te miro y me reflejo en ti,

Enamorados tú y yo

sí, indivisible, uno en dos...

tú y yo, enamorados, tú y yo

Enamorados tú y yo

uno en dos

enamorados tú y yo.

Maria já o tinha dito onde morava. A música acaba e Estevão chega ao prédio onde Maria morava, ele entra no estacionamento do prédio, desliga o rádio e sai, abre a porta pra Maria e ela sai.

— Então você mora aqui nesse prédio. Bonito! – Diz Estevão.

— Sim.

— Não vai me convidar pra um café? – Diz ele querendo subir ao apartamento dela.

— Não sei. Está tarde. Moro sozinha. O que vão pensar de mim levar um homem para meu apartamento, tarde da noite, e ficar sozinha com ele. Vão pensar muitas coisas, e amanhã eu trabalho. – Diz ela. – Mais to vendo que você precisa mesmo de um café. Vem. – Diz ela o puxando pela mão ao elevador.

Eles sobem ao 9° andar, Maria abre a porta e eles entram.

— Não se importa com a bagunça neh? – Diz ela colocando a bolça na mesa que tinha na sala, e indo até a cozinha.

— Admito, meu quarto é mais desarrumado. – Diz ele rindo.

— Vou preparar o café fique à vontade. – Grita ela da cozinha.

Ele ri, fica olhando algumas fotos nos quadros pequenos que havia em uma mesa de centro na sala e em uma prateleira na parede. Ele ria vendo algumas fotos em que Maria tinha batido com Ana. Ela se aproxima o vê com o quadro na mão e diz.

— Essa é Ana minha melhor amiga. – Diz ela sorrindo.

— Linda ela. – Diz ele elogiando. – Você também claro. – De pronto fala.

— Obrigada – ela sorri.

Ele coloca o quadro no lugar, se vira, e eles ficam muito próximos um do outro. Se olham nos olhos, haviam um brilho no olhar deles. Eles não paravam de se olhar, vão se aproximando...

>—< Fim de Capítulo >—