Um novo recomeço escrita por IsabellaORodrig


Capítulo 7
Capitulo 7


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Então , demorei um pouco para postar capítulo novo, mas espero que com esse , compense um pouquinho a demora. Beijos de luz ✨



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Depois daquele dia eu desisti. Grande besteira, pensar que eu poderia me apaixonar de novo. Merda! Eu já estava arrumando minhas malas por que iria voltar a minha casa. Ao chegar em casa, a olhei um pouco antes de entrar. Girei a chave na porta devagar e com um suspiro eu entrei.

— É, finalmente estou em casa! Mas uma vez sozinho, em casa! - Falei alto. Larguei a mala perto da porta e vi que havia um vaso de flores na entrada, Rosa havia colocado, pois o perfume que elas exalavam era fresco. Subi as escadas, e novamente eu estava sozinho com as memórias de Sarah. E agora, também de Ehlena.

Merda! Por que pensar nela agora? Peguei minha toalha e segui ao banheiro, depois de um banho, resolvi comer algo, cheguei na geladeira. E havia uma mensagem de Rosa.

" Sr. Erick, eu não sabia quando voltaria da sua casa de praia, tomei a liberdade de fazer as compras. Os armários estão com todas as bolachas que o Senhor gosta, e na geladeira os iogurtes de morango.

Rosa. "

Ao ler o bilhete de Rosa, sorri. Abri a geladeira, e vi os iogurtes que ela havia falado, peguei um copo no armário e me servir. Pude saborear devagar o gosto da fruta em minha boca. Segui rumo ao armário de baixo e peguei um pacote de cookies. Fui para a sala e liguei a tv. Estava reprisando um dos episódios de friends. Passei muito tempo por ali até adormecer.

Acordei momentaneamente. Sarah. Meu primeiro pensamento. Tentei me mover e não conseguia, esperei alguns segundos até a minha visão focalizar o local onde eu estava. Quando percebi os tubos e os aparelhos ligados a mim, uma dor atingira meu abdômen.

— Ai! - Grunhi alto. Olhei para o lado e percebi várias flores perto de mim. Percebi onde se encontrava o botão para chamar a enfermeira, imediatamente tentei alcançar, quando não precisei continuar o esforço pois ela havia entrado na sala.

— Meu Deus! Graças a Deus, vou chamar o médico. - Disse ela surpresa por eu estar acordado e me movendo devagar. Não demorou muito e o médico apareceu.

— Que maravilha, consegue falar alguma coisa? - Perguntou-me

—S-Sarah...- A única coisa que eu consegui falar.

— Isso já é o começo. - Disse ele fingindo não ouvir. Com isso disse novo.

— O-n-d-e S-S-a-r-a-h Está? - Perguntei-lhe com um esforço tremendo.

— Sr. Erick, acho que agora não é o momento adequado...

— P-por Favor... - Disse-lhe com a voz fraca. Ele suspirou. E então falou:

— Infelizmente a perdemos no dia do acidente, sinto muito Sr. Erick, sua esposa faleceu a 7 meses.

Momentaneamente minha visão ficou turva e desabei em lágrimas, no momento, era a única função do corpo, que conseguia fazer sozinho."

Mas uma vez eu acordei em um sobressalto, todas as vezes em que eu dormia era a mesma coisa, flash de memórias tomavam conta de meus sonhos, tudo aquilo me deixava exausto. Peguei o controle da tv., desliguei e fui para cima. Passei em frente ao meu quarto e o de Sarah e senti meu corpo gelar, não queria mais aquilo, tudo machucava. Cheguei em meu quarto, deitei e adormeci novamente.

O voo havia sido tranquilo, havia avisado Julia sobre minha volta para casa. E que a viagem ocorrera bem. Ao chegar no aeroporto em Brasília, vi Julia com uma plaquinha com meu nome escrito. Me aproximei e fui falando:

— Pelo o amor de Deus, não acredito que você fez isso de novo. - Falei sorrindo.

— Fiz, porque você merece rir um pouquinho. - Ela disse para mim sorrindo carinhosamente.

— Você é louca! - E rimos juntas. Saímos dali, e fomos seguindo para Taguatinga.

Nosso apartamento ficava no 9° andar de um prédio chamado " Residencial dos Arvoredos", ainda tentava entender o nome daquele lugar, e mesmo depois de tantos anos morando ali, eu sorri. Peguei minha mala e subimos para o apartamento, Julia falava sem parar, me perguntei que horas ela pararia para respirar.

— Ehl?

— Oi?

— Você não me mandou tantas notícias nesses dias, fiquei preocupada. - Ouvi-a dizer e entendi o motivo de preocupação de minha amiga.

— Ju, tudo bem eu vou lhe contar tudo.

— Até mesmo Sobre o irmão do seu cunhado? - Disse ela suspirando e me encarando.

— Até mesmo Sobre ele.

— Ainda bem, por que você só havia me falado dele, durante essa viagem umas 4 vezes.

— Você andou contando? - Eu soltei uma gargalhada.

— Sim, para isso servem as amigas, ainda mais as que dividem apartamentos com você há 8 anos. - Sorrimos juntas.

Ao chegar em casa eu suspirei. Aquele aconchego de minha casa, era reconfortante. Cheguei tirando os sapatos e andando em cima do tapete que havia na pequena sala. Julia havia pegado minhas malas e levado ao meu quarto para mim.

— Aí, o que vai querer comer?

— Você irá cozinhar para nós?

— Ah..., farei um excelente jantar, já ouviu falar do prato chamado "Vamos ligar para uma pizzaria?"- Sabia que com Julia, haveria piadinhas das quais eu sorriria de verdade.

— E aí? O que vai querer?

— A mesma de sempre. Metade calabresa, metade americana, e uma de banana pequena.

— Não entendo, qual é, a sua relação de amor com essa pizza de banana? - Disse ela sorrindo. - Como também tenho as mesmas preferências, vou pedir metade banana e metade brigadeiro.

— Nossa, até em pizza você tem fetiche por esses seus chocolates. - Disse-lhe fingindo seriedade.

— Fica quieta ai! - E rimos, então ela ligou. Enquanto a pizza chegava eu segui para tomar um banho. Ao sentir a água caindo em meu corpo nu, respirei profundamente. Relaxando a cada jato de água. A quanto tempo não me sentia assim? Frustrada? Isso me deixava louca. O pior é ter se apegado a ele. Tirando-lhe de meus pensamentos, Julia bateu a porta:

— Vai morar aí para sempre? A Pizza chegou, anda logo, está esfriando. - Sai do banheiro, troquei de roupa e fui para a cozinha, ao chegar lá, vi Julia colocando a um pedaço de pizza em seu prato e outro no meu. Colocamos uma música para tocar, e enquanto comíamos ela me perguntou:

— E aí? Me conta.

— Por onde quer que eu comece?

— Como ele é?

— Tenho fotos, é mais fácil. - Peguei meu celular e a mostrei.

— Ehl, ele é lindo, meu Deus!

— Amiga, menos por favor ...- Disse-lhe meia desanimada.

— Mas me conte o resto da História.

— Bem, ele destruiu todas as minhas defesas...

— Todas elas?

— Todas. Eu não sei o que deu em mim.

— Você se permitiu, Ehl! A conheço desde que estudamos em Yale, e os únicos garotos do qual você se envolveu, eram extremamente, esquisitos.

— Eu sei disso, mas ele Ju, foi bem diferente.

— E se foi, porque você voltou? Nós duas pegamos 30 dias fechado de férias.

—Ele não gosta apenas de mim, e aí eu peguei ele e uma outra garota...

— Então ele não é tão diferente assim, não é? ...

— É, acho melhor nem continuarmos o assunto.

—Tudo bem. Agora me conta, como sua irmã estava? Se eu não tivesse que ter recebido meu irmão de Portugal, eu tinha ido junto com você, tenho muitas saudades da Califórnia, e morro de saudades de sua irmã.

— Ah, ela também Ju, falar nisso, ela mandou uma coisa para você.

— O que ela mandou?

— Eu te faço um café se você adivinhar.

— Não me diga que ela comprou meu box do Harry Potter?

— Sim, e todas autografadas pela J. k. Rolling.

— Na moral, eu amo sua irmã.

— Eu sei disso. - Rimos e depois vi Julia parecer uma criança com seu box do Harry Potter.

Naquela noite, fui deitar pensando em tudo que acontecera na Califórnia, lembrar de Erick, fazia com que meu coração quase saltitasse do peito. Levantei, fui a cozinha pegar um copo de água quando vi meu celular apitando.

" Me liga"

Era uma mensagem de minha irmã no WhatsApp. Sentei-me na varanda de meu apartamento, e senti a brisa da madrugada atingir em cheio o meu rosto, e então, liguei para Lily.

— Minha irmã, e aí? Como está sendo a lua de mel?

— Mil maravilhas Ehl, estou adorando. - Disse-me ela ao telefone.

— Que bom, e aí como está Felipe?

— Agora está dormindo, feito um anjo, acabou de ligar para o Erick.

— Ah...

— Não quer saber como ele está?

— Não!

— Ele perguntou sobre você.

— Não me importo.

— E disse que você entendeu errado.

— Eu que vi o que ele fez.

— E ele disse também que queria ter impedido de você ir embora, mas ele achou que você não aceitaria...- Nesse momento eu fiquei muda ao telefone.

— Ehl?

— Oi?!

— O que foi?

— Nada.

— Tem certeza?

— Tenho

— Ah...

— A propósito, Julia adorou o presente, e disse que está com muitas saudades.

— Manda um beijão para ela, que para o Final do Ano, vou visitar o Brasil junto de Felipe.

— Pode deixar.

— Ehl? Você e Erick são lindos juntos...

— Lily, para. Não viaja!

— Só acho que deveriam se permitir.

— Agora, não consigo enxerga-lo nos meus planos.

— Tudo bem Ehl, agora eu vou ter que desligar.

— Tchau Lily.

Desliguei o telefone e suspirei. Merda! Eu já estava ficando louca com tudo aquilo. Beberiquei mais uma vez a minha água, e então fui dormir.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Ehlena está nos prestigiando com os seus pensamentos e bem , ela é muito confusa, não sabe o que fazer. Haha bem vamos esperar o novo sair. ♥ obrigada por quem me acompanha gente, vocês não sabe o tanto que isso me dá motivação, muito obrigada ♥



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