Depois do Orgulho e Preconceito escrita por Princesa ou Sapo


Capítulo 15
Segredos revelados


Notas iniciais do capítulo

O momento que muito esperamos, não sei se é tudo o que vocês esperaram. Para dizer a verdade estou desde o começo da narrativa procurando a melhor forma de revelar, tantas opções, mas a que achei que cabia mais na história foi essa.
Espero que gostem...
E Obrigada por todos os comentários, eu sempre amo ler a opinião de vcs e qualquer coisa que queiram contribuir com a historia.



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Após a chegada da caçada todos se dividiram, sem comentar sobre o acontecimento, Mr. Bennet se isolou na biblioteca, Bingley, Kitty e Coronel Fitzwilliam foram procurar pelas moças, deixando Edward, Georgiana, Conde Austen, Mr. Darcy e Elizabeth na sala de estar. "Você foi incrível Lizzy, melhor do que qualquer atirador que eu já vi." Disse Edward encantado, com um sorriso largo que fazia borboletas baterem no estômago da jovem loira, que sem perceber sorria de leve.
   "Eu não sabia que você sabia caçar, como aprendeu?" Perguntou Darcy fascinado, com os olhos brilhando. "Meu pai me deu a liberdade de ser o que eu quisesse ser, nunca fui boa como caça, então fazia sentido ser caçador. Conde Austen me deu os meios para ser o que eu queria, de fato você era melhor criando homens." Explicou Lizzy, de uma forma que faria o conde sorrir, passar as mãos pelos cabelos dela e dizer 'mas eu criei uma bela mulher', essa reação não veio, os olhos dele estavam vazios com dor de uma perda.
  "Querida, acredito que não sou capaz de guardar isso apenas para mim, a forma que fala... de qualquer maneira poderia me seguir a biblioteca? Quero lhe dizer algo, e seria melhor ter a presença de Mr. Bennet." Disse conde, em pé na frente de Lizzy, ele pegou a mão dela com a esquerda e acariciou seu rosto com a direita, ela virou o rosto para encarar Edward, que retornou o olhar de forma significativa.
    "Se é tão importante devemos ir." Ela pegou a mão de Darcy e já estava dando o primeiro passo. "Não, acho que é um assunto que talvez você deva escutar sozinha." Comentou o conde, todos na sala estavam tensos, menos Lizzy que parecia alheia ao clima e ignorante do quão estranho conde estava agindo.
"Meu querido Conde, se é algo que tem a me dizer não tem nada que meus ouvidos devam escutar que meu marido não possa, além disso, Edward está vindo tbm." Ela falou olhando o conde nos olhos, a postura poderia fazer homens destreinados confundi-la com uma realeza, alguém que ninguém deveria mexer e perante aquele olhar eram todos pequenos.

Vendo aqueles olhos determinados o conde levou uma mão a cabeça e voltou sua face para o chão, vencido gesticulou para a porta, então Edward, Darcy e Elizabeth o seguiu, deixando uma curiosa e assustada Georgiana para trás. Eles entraram na biblioteca, onde estava Mr. Bennet com um livro na mão sentado na mesa, percebeu a chegada de todos, quando levantou a cabeça os olhos dos dois homens mais velhos se encontraram é uma tensão se espalhou pelo corpo de Mr. Bennet.

“Não acho que seja um momento apropriado.” Falou Mr. Bennet ao entender algo que os outros não entendiam, “Você pode tolerar o silêncio por mais um dia, ou por toda a vida, mas eu não, preciso que ela saiba!” Conde Austen estava irremediável em sua decisão, Elizabeth ainda estava com a mão na de Darcy, mas a que estava livre deslizou sobre o braço de Edward até chegar na ponta da manga dele, segurou-a entre o polegar e o indicador. Mr. Darcy não compreendia a situação, mas instintivamente apertou a mão da esposa e se aproximou mais dela, em uma posição tanto de proteção quanto apoio.

“Então eu devo começar dizendo, sou aquele que a viu se tornar em uma mulher e convivi com a morte da pior forma.” Disse Mr. Bennet, era estranho o ver se posicionar sem o usual sarcasmo. “Não acho que seja justo usando esses motivos, mas vc deve ser a pessoa a lhe dar a notícia.” Conde Austen parecia tanto triste quanto nervoso, enquanto Edward passava a mão nos cabelos soltos de Elizabeth.

“Querida, é algo que acredito que você suspeite a tanto tempo quanto anda e fala… Eu a amo, e a criei com a maior liberdade que fui capaz de lhe dar, eu me coloquei como um pai que achei que vc precisasse ter, mas hoje sou responsável por revelar que Mrs. Bennet e eu não somos responsáveis por concebê-la. Não somos seus verdadeiros pais, o que não significa que você não seja parte dessa família, a mulher que lhe deu a luz era minha irmã que teve que ser esquecida pela nossa história.” Me. Bennet falava cruzando a sala e ficando na frente de Elizabeth, colocou a mão em seus ombros e a encarou passando toda confiança e seriedade que tinha. “Seu verdadeiro pai é o outro homem que a criou, Conde Austen Wolff.”

Darcy estava assombrado, Elizabeth piscou algumas vezes depois olhou para Edward, “Que surpresa, eu nunca poderia imaginar algo assim!” Disse ela de forma forçada, em um sarcasmo explícito, todos os homens da sala entraram em pânico com a fala. “Vc deveria ser menos óbvia nessa situação, mas NÃO , o sarcasmo é a melhor resposta.” Disse Edward revirando os olhos, em resposta a moça. Os outros olhavam de um para outro, percebendo que a revelação chocante não era novidade, Darcy entendeu, então, qual era o segredo que a esposa se recusava contar.

Tudo entrou em perspectiva, a forma como Edward e Elizabeth se tratavam, a fala do garoto aquele primeiro dia na sala de visitas, ‘ela deveria ter adotado o nome Wolff a muito tempo’, ou até o simples fato de o lobo obedecê-la, as atitudes dos homens Wolff eram diferentes com cada uma das irmãs mais velhas, com Jane eram carinhosos mas distantes, com Elizabeth parecia que não conseguiam se manter longe dela. Esse era o segredo que não era apenas dela, que os mudaria apenas se ele deixasse q os mudasse.

“Como você sabe? Como descobriu? Eu não entendo com vc, Edward, tbm sabe.” Disse conde Austen descrente.

Elizabeth olhou para o irmão, colocou a cabeça no ombro dele por um momento e voltou a posição que apenas segurava sua manga, inspirou e disse:” Quando éramos pequenos brincávamos escondidos no seu escritório, às vezes pegávamos livros sem vc saber e líamos até tarde da noite. Um desses livros estava encadernado e guardado em sua gaveta, dentro dele tinha um pequeno retrato, uma carta e uma rosa branca a muito tempo murcha, não tinha nome na frente, mas dentro dizia ‘Diário de Keira Bennet’.”


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Notas finais do capítulo

Então.... é isso.
Era o que vocês esperavam?
Eu acho que dei muita dica obvia, mas espero que ainda tenha alcançado as expectativas de vocês.
Ahh, Mais uma coisa, eu ia fazer em combo esse capítulo, mas ai eu pensei "NAA, eles não vão ficar tão curiosos, eles conseguem suportar até eu ter o próximo e a impaciência é um tempero divertido de se jogar."
Comentem, se vcs não suspeitavam desse segredo, qual vcs imaginavam?