Elizabeth e Edward estavam na varanda observando a lua e aproveitando a companhia um do outro, enquanto ainda podiam. “Eu devo entrar, não é educado a dona da festa ficar longe por muito tempo.” disse Elizabeth dando as costas para a paisagem, “Ficarei mais um pouco, passar com o Winter agora não seria uma boa ideia.” disse Edward, apenas arranjando motivo para ficar longe de tudo, Lizzy compreendeu dando um sorriso e confirmando com a cabeça. Ela atravessou o salão até encontrar Mr. Bennet e Conde Austen em um local distante, a tensão entre eles era palpável, então ela resolveu quebrar o clima de forma leve e brincalhona.

“Então é aí que estão, me abandonaram com os leões e se espreitaram para o canto.” falou Lizzy de forma descontraída, agarrando o braço de Mr. Bennet e sorrindo de forma reluzente para ele, Conde Austen cerrou os olhos, virou o rosto e tomou um grande gole do que restava em seu copo, “Papai, o senhor ainda não dançou comigo, não fazemos isso a tanto tempo, a última vez foi no meu casamento. Vamos? Podemos dançar um pouco hoje e se quiser podemos sair para caçar amanhã.” tentou barganhar Elizabeth, tanto Lizzy quanto Mr. Bennet repararam o desconforto de Austen com a relação deles, mas ela decidiu ignorar, diferente de Mr. Bennet. “Hoje não querida, sabe que não gosto de coisas sem sentido como essas, aposto que Mr. Wolff adoraria.” os olhos do Conde se iluminaram.

Estavam os três tão entretidos que não perceberam a aproximação de Mr. Darcy, este pigarreou para chamar a atenção, “Se deseja dançar, acredito que posso fazer esse esforço.” ele poderia ter mudado muito, mas seu orgulho era a essência de sua personalidade, ele não conseguia pedir desculpas. Conde sabia a tensão que pairava sobre os dois e decidiu, “Você tem razão ainda não vi os anfitriões dançando juntos, seria um grande problema político para a família Darcy se os convidados suspeitarem que algo está errado.”, tomando a deixa Darcy pega a mão de Elizabeth e com uma leve reverência eles foram a pista de dança.

Elizabeth se calou, um arrepio de maus presságios se arrastou pela espinha de Darcy, enquanto a moça ainda estivesse falante não criava preocupação, era quando se calava que ele sentia o inferno congelar e os ventos frios soprarem sua alma. A música começou a tocar e logo os passos passaram a ser ritmados com a dança, a princípio resolveu ficar calado, mas decidiu que calar-se aumentaria a distância entre eles, então fez algumas ligeiras observações sobre a dança. Ela respondeu e calou-se. Alguns minutos depois dirigiu-se novamente a ela e disse:  

“Agora é a sua vez de dizer alguma coisa, Mrs. Darcy. Falei a respeito da dança e a senhora devia fazer algumas observações sobre o tamanho da sala e sobre o número dos pares.”

Ela sorriu, lembrando-se q ela mesma já havia dito essas palavras a ele anos atrás, tanto em uma tentativa de irrita-lo quanto para acabar com o silencio desconfortável. Então tentou imita-lo, com o comportamento de anos atrás e afirmou que diria tudo o que desejasse.

“Muito bem, a resposta basta para o momento. Talvez a propósito eu possa observar que os bailes particulares são muito mais agradáveis do que os bailes públicos. Agora podemos ficar calados.” Imitou ele a arrogância do passado, a tensão foi deixando o ar entre eles, que agora sorriam um para o outro.

“Eu achei, na época, que esse seria seu maior castigo, obriga-lo a falar.” Disse ela, esquecendo-se das preocupações passadas.

“O meu maior castigo foi o rumo q a conversa tomou e meu orgulho me impediu de vê-la novamente por um longo tempo.”

“Então foi isso que o fez correr para Londres? E eu acreditando que era o intenso desejo de ver sua irmã.” Eles não falavam do que Darcy havia feito a Jane, os maus foram perdoados, mas Lizzy lembrava-se das desculpas q a última carta havia dado. A dança acabou e antes q Darcy pudesse se pronunciar Edward apareceu ao lado deles e com um semblante preocupado falou:

“Lizzy, Georgiana não está aqui, vc poderia fazer a gentileza de verificar seu bem estar?” Edward era um cavalheiro, a educação q lhe foi propiciada o fazia ser inflexível quanto o uso de suas maneiras, Lizzy sabia q ele estava realmente preocupado para se aproximar desse jeito.

“Não se preocupe essa será a minha maior prioridade no momento.”

Darcy pegou a mão de Elizabeth e a guiou pela multidão, saindo do salão e deixando Edward para trás, foram p os corredores mais distantes da festa, aqueles q não era permitido aos visitantes, quando chegaram ao corredor próximo à biblioteca ele parou virou-se abruptamente p Lizzy e a encostou na parede a prendendo entre seus braços com as mãos na parede.

O corredor era escuro, não se podia ver o corar nas maçãs do rosto de Elizabeth, ou as mãos de Mr. Darcy descendo para pegar o rosto dela de forma delicada, ele acariciou com o polegar as maçãs dela e desceu a mão para seu pescoço a puxando em um beijo. Provavelmente era essa a sensação de achar água após andar pelo deserto, pensou Fitzwilliam.

"Eu fui um tolo, por todas as coisas q disse, pela pressão sobre seus segredos. Vc está certa ao se zangar, provavelmente eu faria o mesmo." Disse ele com a testa encostada na dela.

 "Mas...?" Perguntou ela com os olhos fechados, respirando devagar.

 "Sem mas. Eu amo vc, apesar de não está confortável com isso, tudo o q eu preciso saber é o q vc me contar." Elizabeth se chocou com as palavras do marido, inspirou fundo e sorriu, foi com esse sorriso no rosto q ela o puxou encontrando seus lábios, eram macios e quentes, diferente do q ela acreditava no passado, as palavras frias q saram deles antes não condiziam com os lábios dele em chamas nos dela, naquele momento. Devagar os lábios foram-se abrindo e a língua deslizando p se encontrar, o q uma vez foi calmo agora era desejo, o beijo foi aprofundando e as mãos correndo pelos corpos, as de Elizabeth foi mais ousada, passando por cima da ereção dele, o fazendo mergulhar no mar de desejo. Apenas quando o ar lhes faltou foram capazes de se separar.

 "Parece q vc sentiu minha falta" disse ela maliciosa, sem mover a mão do contato com a região endurecida. "Parece q fazem séculos desde a última vez q eu a tive."

"A culpa é sua, eu estaria alegre em ter deixado a discussão a qualquer momento. Vc foi quem remediou o prazer." Ela o provocou, retirando a mão e subindo com o dedo até o queixo, "mas agora... teremos q esperar, cada um de nós temos prioridades e a sua é retornar ao baile e ter longas discussões sobre negócios."

"E a sua? Porque posso facilmente lidar com as minhas, afinal seu prazer vem acima de todas elas." Sussurrou ele no ouvido dela, com uma voz rouca, q a fazia aquecer nos lugares mais íntimos, e mordiscando o lobo da orelha dela. "As minhas são irremediáveis, há uma linda garotinha sozinha em um quarto, provavelmente chorando, não deveria a fazer esperar mais." Disse ela colocando os dedos finos sobre os lábios dele é o afastando com delicadeza. Ele lembrou do ocorrido no terraço, e com desgosto se separou da esposa, ele ficava feliz q a pequena fosse prioridade, mesmo em horas como essa.

 Ele seguiu para o baile e ela se dirigiu ao quarto da mais nova, bateu três vezes e não teve resposta, então abriu a porta para se deparar com uma cena de cortar o coração. A linda garotinha loira chorava lagrimas silenciosas, encolhida na grande cama, retraindo e se escondendo das lembranças que a afligiam, mesmo agora Wickham a machucava e aos outros a sua volta, mas o mais doloroso era o estrago ao seu futuro.

Elizabeth fechou a porta, sem falar nada subiu na cama e colocou a cabeça da moça no seu colo, ficou ali mexendo nos cabelos da outra e cantarolando as canções de ninar que seu pai cantava quando os pesadelos a atormentava. Em algum momento elas caíram no sono.