Forbidden escrita por Koyama Akira


Capítulo 9
Summer Showers


Notas iniciais do capítulo

Então gente, mais uma vez eu pisei na bola com o prazo de entrega, o fato é: A faculdade me aconteceu, mas agora esse segundo semestre vai ser mais suave e eu pretendo terminar essa fic esse mês, mas não vamo estipular prazos né? Eu já mostrei que não sou muito bom com essas coisas kkkkk enfim, sem mais delongas, eis o capitulo, espero que gostem!
Obs: o cap ainda não foi revisado, qualquer coisa desculpa ai



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Marceline e Bonnibel não se falavam há dois dias, um curto período de tempo, mas que fez um imenso estrago. A princesa não conseguia se concentrar e consequentemente não conseguia pensar em sua pesquisa, na verdade ela não conseguia pensar em nada que não fosse Marceline. Sabia que só conseguiria voltar ao normal depois de ter uma conversa com a vampira, mas não saberia o que dizer pra ela, não havia nada que o orgulho ou o constrangimento a permitissem falar, por isso estava tão angustiada, porque Marceline dessa vez estava com a razão. Claro que não completamente, mas isso era o suficiente para dar o direito de estar irritada.

— Como eu pude ser tão vaca?! — A princesa se debruçava sobre a bancada de seu laboratório, com toda sua frustração.

— Finn e Jake! — Ela ouviu um barulho de marcha em direção a porta e se aproximando. — Se apresentando para o serviço!

Ao levantar o olhar, Jujuba percebeu que Finn fazia uma continência enquanto Jake repetia o gesto, mas ao levar sua mão até a cabeça, percebeu que esta tinha um formato de bunda.

— Jake! Não faça isso na frente da princesa! — Finn tentava conter um riso enquanto seu irmão ria descontroladamente.

Naquele momento nem mesmo aqueles dois garotos conseguiram arrancar um sorriso da princesa, mas ela se esforçou em fazer com que seu humor não afetasse a visita deles.

— Bom dia, rapazes! — A princesa forçou um sorriso. — Que bom que vieram.

— Então, qual a missão de hoje P.J.? — Jake se esticava, voltando à sua forma original.

— Na verdade, não é bem uma missão. —  Ela se levantou tirando o jaleco e pendurando-o em uma cadeira. — Está mais pra uma conversa.

Jake e Finn se entreolharam com um ar de decepção.

— Mas vai ser uma conversa muito importante — tentou animá-los.

— Que tipo de conversa, princesa? — Finn se pronunciou, demonstrando um pouco de curiosidade.

— Me acompanhem.

Juntos, os três foram até o salão de jantar. Haviam alguns doces servidos, dentre eles, bolos, sorvetes, pirulitos e várias outras guloseimas que fizeram os olhos dos dois irmãos brilharem como se fossem duas bolas de cristal. Jake foi o primeiro a se servir com uma montanha de sorvete.

— Então, Finn, você havia mencionado algo a algum tempo atrás a respeito de um desejo que você havia feito.

— O desejo que o Lich nunca tivesse existido! — Quase não era possível entender o que o cachorro falava devido à quantidade de comida em sua boca.

— É, você não pareceu muito interessada nessa história quando eu toquei no assunto, disse que mágica é uma forma simples de expressar algo que você não pode explicar porque não sabe como funciona…

Jujuba lembrou que ela realmente havia dito aquilo com aquelas mesmas palavras, mas tentou se corrigir.

— Eu disse isso, é verdade, mas estou estudando essas questões, por isso preciso saber com detalhes o que você desejou e o que aconteceu.

— Parece justo.

Finn estava convencido, pois se havia algo muito característico daquele garoto humano era que ele não possuía malícia alguma. O garoto contava a história com todos os mínimos detalhes, inclusive as partes que menos importavam para Jujuba como as cenas de luta e coisas do tipo. Até que a conversa finalmente chegou no que interessava: o Lich.

— Simon conseguiu congelar a bomba e ela nunca chegou a explodir…

Jujuba parou por um instante levantando uma das mãos para que o garoto parasse de falar, como se estivesse tentando juntar as peças do quebra-cabeça.

— Você disse que não havia tecnologia, certo?

— Sim, era como se tudo tivesse parado no tempo desde a gue…

— Certo. — a princesa o interrompeu. — Preciso pensar agora, podem me dar um tempo?

— An… — Finn e Jake se entreolharam e responderam em uníssono. — Claro.

— Acho que ouvi os guardas banana comentando algo sobre falha de segurança no Pizza Sassy’s, por que vocês dois não vão dar uma olhada?

— Pode deixar com a gente! — disseram os dois irmãos animados.

Depois que os rapazes saíram correndo, a princesa ajeitou-se na cadeira juntando as duas mãos sob o queixo. O Lich não existiu porque não havia tecnologia? Ou seria devido especificamente à tecnologia daquela bomba? Lembrou-se também que a população era majoritariamente humana, sim… aquilo tinha algo a ver, mas teorias não seriam de grande ajuda naquele momento. Ela precisava saber o que se passava na cabeça do Docinho. Bem, quem não arrisca não petisca.

— Ei, princesa! — Finn apareceu na porta mais uma vez. — Vai ter um luau em Red Rock Pass amanhã, seria legal se você fosse, sabe… se você não estiver fazendo nada, sei que você nunca não está fazendo nada, mas…

— O que o garoto quer dizer é que seria legal se você fosse — Jake interrompeu o loiro enrolando seu braço elástico em seu rosto.

— Certo… — Jujuba pensou por um instante, era possível que Marceline estivesse lá, não saberia o que dizer se a encontrasse. — Eu vou tentar comparecer.

— Matemático! — Finn conseguiu dizer quando Jake finalmente descobriu seu rosto.

 

Após os dois se retirarem mais uma vez, Jujuba tomou um banho rápido e voou com Manhã até a casa de Dona Tromba, na esperança que ela pudesse colaborar com sua “pesquisa”.

— Olá, Dona Tromba! — pronunciou-se ao ver que a pequena elefante abriu a porta.

— Oh! Olá, princesa! — disse com sua voz arrastada. — Em que posso ajudá-la?

Jujuba estava um pouco receosa de pedir um favor tão grande para uma mulher cujo casamento ela havia quase arruinado.

— Bem… eu… — Jujuba estava inesperadamente nervosa. Era orgulhosa demais para pedir desculpas, mas também sabia que aquele favor poderia ser a coisa mais importante de todas para o esclarecimento das suas dúvidas.

— Está tudo bem princesa, eu não vou brigar com você, sei o que você estava falando sobre o Rei de Ooo no meu casamento, ele é um homem muito mal, o Docinho me falou sobre ele. Além do mais, ele roubou o seu trono, não é mesmo?! Eu devo pedir desculpas por não tê-la ouvido antes.

Jujuba estava sem palavras. Não sabia que alguém como Dona Tromba pudesse ter tanto discernimento. A princesa assentiu com a cabeça, aceitando as desculpas da idosa.

— Eu também devo desculpas…

— Bobagem! — interrompeu-a. — Entre, fiz torta de maçã, está fresquinha!

Depois de comer uma fatia da torta, a princesa mal conseguia conter sua ansiedade. Tentava pensar na melhor forma de pedir aquele favor, mas nada útil lhe ocorria.

— Sabe, o Docinho anda tendo uns pesadelos ultimamente, eu queria pedir sua ajuda, mas não sabia como, fico feliz que tenha vindo aqui hoje.

— Pesadelos, você diz? — Jujuba quase não conseguia conter sua felicidade, ela não havia precisado dizer nem mesmo uma palavra, era como se tudo estivesse correndo naturalmente.

— Sim, ele quase sempre acorda de noite dizendo que ele era o menino cometa, eu não sei mais o que fazer.

— Eu acho que posso ajudar — adiantou-se. — Mas pra isso eu precisaria monitorar os sonhos dele.

— Qualquer coisa que o faça parar de ter esses pesadelos.

Sem pensar duas vezes, Jujuba puxou de dentro de sua mochila os equipamentos que havia levado. Dona Tromba a conduziu até o quarto onde Docinho dormia profundamente, afinal de contas, já passava das nove horas da noite, e segundo Dona Tromba, era o horário de crianças estarem na cama.

— Dona Tromba, a senhora se incomodaria de sair um pouco? Preciso ficar sozinha com o Docinho agora.

— Só não o machuque, princesa — a elefante disse preocupada.

— Não se preocupe, eu não vou.

Assim que a senhora se retirou, a princesa deu início ao procedimento. Colocou uma ventosa na testa do garoto, esta que estava ligada com um pequeno aparelho que Jujuba segurava. Puxou outra ventosa e a grudou na própria testa e depois de verificar se estava tudo pronto apertou o único botão presente no dispositivo.

Não demorou nem dez minutos até que a princesa fosse transportada para um lugar escuro, e aparentemente vazio.

— Ei, tem alguém aí? — não esperava por uma resposta.

— ‘Pincesa’, é você?

— Docinho? — era a única coisa que conseguia pensar ouvindo aquela voz infantil.

A escuridão abria espaço para um enorme bebê com chifres, com uma expressão tensa no rosto.

— Ele já foi? — sua voz era quase um sussurro.

— Quem, Docinho? — A princesa se aproximava para poder ouvir melhor o que o garoto tinha a dizer.

— O homem esqueleto, ele quer que eu seja mau! Mas eu não quero ser mau.

— Você não precisa ser mau. — Ela demorou um pouco viajando em seus pensamentos, sabia que se não fosse por Finn, o Docinho nunca teria existido. Até então ele nunca havia demonstrado nenhum tipo de inclinação para o mal. — Você é um bom garoto, Docinho, continue assim, aposto que seus pais estão orgulhosos de você… mas, será que você poderia me mostrar onde está esse homem esqueleto que você falou?

Docinho assentiu com suas bochechas coradas e rapidamente começou a andar com seus pesados passos de bebê gigante. Por algum motivo que a princesa não conseguia explicar, o enorme bebê que anteriormente era o assustador e implacável Lich não causava nenhum tipo de sentimento negativo, de certo ela sempre ficava desconfiada quando perto dele, mas nada intenso o suficiente para que a fizesse repudiar o enorme bebê que a acompanhava. Por algum motivo, aquele menino era puro.

Depois de uma caminhada longa, Docinho parou. Logo a sua frente estavam Toronto e o Rei de Ooo, parecia que os dois estavam provocando Docinho, a princesa tentou se aproximar para ver do que se tratava, só conseguia ouvi-los dizer “homem bebê” repetidas vezes. Já estava prestes a proteger o garoto, quando se deu conta de que aquilo era uma lembrança, não poderia fazer nada para mudar aquilo.

— Parem — uma voz monstruosa e infelizmente familiar ecoou por todo aquele lugar vazio. Ao fitar Docinho, a princesa percebeu que seus olhos tinham sido tomados por uma chama igualmente familiar, uma chama verde, que dançava enquanto encarava os dois trapaceiros a sua frente. — Eu aprendi muito com vocês. Obrigado, meus professores, e agora para sua educação. Antes que houvesse tempo, antes que houvesse qualquer coisa, não havia nada, e antes de não haver nada, havia monstros. Aqui está sua estrela de ouro.

Com isso, docinho abriu a boca, deixando que uma névoa negra ocupasse o lugar, mas antes que pudesse alcançá-la, a princesa acordou. O sonho foi muito perturbador. Tinha sido uma boa fonte de pesquisa, porém sugou boa parte de sua energia sair de lá, de tal forma que ela não queria pensar naquele assunto o resto da noite. Concedeu à Dona Tromba uma amostra do antídoto que havia feito para que ela mesma usasse, disse que poderia servir para o Docinho. Exausta, a princesa partiu para seu castelo mais uma vez.

Estava tão satisfeita por finalmente estar tomando banho. Aquela água morna relaxava e convidava seu sono a se acomodar em seus olhos. Depois de se enxugar, a princesa pegou sua camisa de gatinho e vestiu um short rosa. Ao deitar-se na cama, era como se o lençol e os travesseiros a abraçassem confortavelmente para que nunca mais quisesse sair, e foi exatamente o que aconteceu. Exceto pelo fato de que uma coisa dentre tantas outras importâncias não saia de sua cabeça.

Marceline.


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Notas finais do capítulo

Isso aí, obrigado por ter chegado até aqui, obrigado as pessoas que pacientemente acompanham desde o inicio. Prometo que no proximo cap vai ter bastante bubbline



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