Pov's Manuela

Acordei mais tarde do que de costume porque não teria aula na faculdade e seria meu dia de folga no meu trabalho.

Fui para a sala disposta a fazer alguma coisa para eu comer, mas logo percebi que a bolsa da minha mãe estava no sofá, o que era estranho já que ela vai para o trabalho cedo e já eram dez da manhã. Fui procura-la em seu quarto.

— Mãe! _ a chamei assim que entrei.

Ela estava deitada de costas para a porta.

— Tá tudo bem? _ perguntei me sentando do seu lado na cama.

— Sim, só estou com um mal-estar. _ sentou-se. _ Não se preocupe.

— Eu aposto que é uma intoxicação alimentar por culpa dessa tal carne. _ me levantei.

— Claro que não, Manuela! Pare de ser implicante. Deve ter sido algo estragado que comi ontem. Provavelmente o salgado da lanchonete ao lado o mercado.

— Ou você comeu a carne XNP0 e agora está passando mal. Acredito que meu palpite seja o certo. _ ela apenas negou com a cabeça assim que terminei de falar.

— Será que sou a única que não suporta essa carne?! _ perguntei levantando os braços em sinal de exaltação.

— Provavelmente. _ falou enquanto se ajeitava sobre a cama para ficar mais confortável. _ Já que é uma carne tão saborosa. Tem um gosto melhor do que a de origem animal. Não sei o que eles fizeram para conseguir isso.

— Eu sei. Colocaram veneno! _ falei um pouco debochada. _ Eles precisas acabar com as vendas desse... treco! Será que uma manifestação daria certo?

— Claro, se tivesse mais de uma pessoa. _ falou minha mãe brincando com a situação. _ A não ser que você esteja tão inconformada que resolva ir para a rua sozinha. _ riu.

Ficamos alguns segundos em silêncio, pouco menos de 1 minuto.

— Será que pode dar certo? _ perguntei séria e imediatamente ela tirou o sorriso, um pouco sarcástico, do rosto.

— Eu estava brincando.

— Mas eu não. _ falei segura. _ Talvez resolva!

— Enlouqueceu! _ murmurou pondo a mão na cabeça.

Sim, podia ser loucura mas provavelmente viraria notícia e talvez isso forçasse a barra para eles acabarem com as vendas e não cheguem a vender internacionalmente.

— Não mãe. _ me ajoelhei ao seu lado. _ Se eu der sorte, talvez uma pessoa que tenha o mesmo pensamento que eu, apareça e me ajude.

— Parece impossível.

— Não parece não. Mas agora vou fazer algo para comermos, _ falei dando um beijo em sua testa e indo para a cozinha. Percebi que ela estava um pouco febril, mas logo assim que ela comesse, eu lhe daria um remédio.

Fiz o nosso café da manhã e logo depois lhe dei o remédio para enjoo e febre, e ela resolveu dormir mais um pouco.

Fui para a mesa da sala e comecei a fazer um cartaz para a minha manifestação individual. Como eu disse, é uma loucura que pode dar certo.