Filhos do Império - Chapeuzinho Vermelho(Livro Um) escrita por Ally Faro


Capítulo 18
Capítulo Dezoito - Surpresa!


Notas iniciais do capítulo

Primeiro de tudo, desculpa a demora, eu realmente não sabia como escrever o capítulo, mas agora está aqui! eu escutei um VIVA? Kkkkkk
Segundo, obrigada pela paciência que vocês têm comigo e pelo apoio com a história.
Terceiro, vamos ao capítulo que eu sei que é isso que vocês realmente querem.



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Harry estava sentado na varanda da casa de Sra. Ornet, que o encarava de cenho franzido desde o momento em que ele chegou, parecendo com a mente mais distante que nunca.
–O que está acontecendo com você, garoto? —Ela questionou e ele a encarou sorrindo de lado.
–Por que a senhora acha que tá acontecendo alguma coisa? —Sra. Ornet deu um sorriso sábio e bebeu um gole do chá.
–Essa sua cara preocupada. —Ela sorriu novamente, os olhos verdes brilhando de forma irritantemente inteligentes. —Nossa Chapeuzinho está bem, a garota é forte, você sabe disso melhor que ninguém.
–Estou preocupado com ela, somente isso. —Decidiu contar parte da verdade. —Ela tá longe a dias e passou a Lua Cheia longe, é estranho.
Harry viu a senhora mexer distraidamente com um biscoito e depois sorrir.
–Charlotte está bem. —Disse de modo firme e bebeu outro gole do chá. —Não importa o que aconteça, ela sempre fica bem.
Harry sorriu, era verdade, Char conseguia superar todo tipo de dificuldade, não importa o que os outros achassem.
–Harry! —Fernanda vinha correndo, as bochechas avermelhadas pelo esforço. —Desculpa Sra. Ornet, mas eu preciso que o Harry venha comigo.
–O que aconteceu? —Harry questionou, já se colocando de pé.
–Você... —Nanda tomou ar. —Eu explico no caminho.
Harry e Fernanda correram durante o percurso até a casa de Suzana e o rapaz ainda não conseguia aceitar o que ouvira da irmã, que parecia lutar contra os sentimentos que pediam passagem. Harry empurrou a porta da casa de Charlotte e entrou de uma vez, ainda ouvindo a frase final.
–É sua culpa. —A voz era conhecida, mas não era de Suzana.
Harry encarou Suzana e depois uma senhora alta, rechonchuda, de cabelo grisalho e ondulado, com olhos verde-acinzentados muito profundos e que ele conhecia desde a infância.
–Vó Juliana. —Disse ele e a senhora o encarou, o olhar duro dando lugar a um amável, embora preocupado. —Onde está a Char?
–É isso que eu quero saber meu querido. —Respondeu após um momento de silêncio. —Esperei por ela por vários dias, após Suzana mandar uma carta, —Disse o nome com desgosto. —mas Char não apareceu, então peguei a primeira Caravana após a Lua Cheia, mas acabo de ser informada de que ela pegou uma Caravana pra ir até mim.
–Char não chegou até sua casa? —Harry se sentia perdido, sua irmãzinha estava em perigo, mas ele tinha certeza que ela estava viva, ela tinha que estar viva.
Harry poderia fingir que era maduro o suficiente e tentar acalmar os gritos de Suzana e Juliana, que sucederam a sua questão, ou o choro silencioso de Fernanda, mas a verdade foi que ele simplesmente deu as costas pra tudo e se afastou, seguindo direto para a Floresta, aonde ele sempre encontrava Char após uma briga dela e da mãe, ou qualquer coisa que a deixasse aborrecida.
Harry socou uma árvore e soltou uma série de xingamentos e palavrões, não podia acreditar que ela estivesse morta, Char simplesmente não podia estar morta.
–Droga Charlotte, onde diabos você se meteu? —Ele xingou enquanto chutava um graveto, que voou de encontro a um tronco de árvore e se quebrou.

Charlotte encarava o homem a sua porta, sem realmente acreditar no que estava acontecendo.
–O que tá acontecendo aqui? —Repetiu ele, a voz bem mais controlada, porém ainda era notório sua irritação.
–E eu repito, que merda VOCÊ faz aqui? —A voz estava inabalada agora, assim como a postura, mas seus olhos denunciavam seu desespero e confusão.
–Creio que tenhamos muito a conversar, não é?
–Na verdade eu não sei se temos. —Disse com rispidez.
–Charlotte...
–Não me venha com essa. —Cortou e cruzou os braços em frente ao peito. —Sem falar que você não tem direito de cobrar nada.
–Olhe só as roupas que você tá usando! —Se exasperou. —E recebendo homens no seu quarto... Você o estava beijando! —Acusou e a menina teve que rir, fora algo completamente debochado e irritado.
–Não me diga que isso o deixa chocado. —Zombou. —Pobre homem.
–Não me julgar antes de ouvir. —Disse e ela travou a mandíbula.
–Acho que eu tenho direito de julgar numa situação dessas. —Revidou e ele suspirou.
–Achei que tivéssemos um trato.
–ATÉ EU ACHAR QUE VOCÊ TAVA MORTO! —Se descontrolou e fechou os olhos, tentando acalmar a raiva que ameaçava explodir.
–Eu posso explicar isso.
–Então é bom começar logo, não acha?
–Kyle, sai. —A dureza naquele olhar surpreendeu Kyle, já vira raiva naqueles olhos, dirigidas a ele também, mas nunca como naquele momento, jamais vira tanta raiva no homem.
Kyle sabia que a vontade que ele estava de arrancar sua jugular era grande, contudo não podia. E foi essa raiva recém nascida, que nem era sua, que fez Kyle finalmente reencontrar sua voz, percebendo que acabara de receber uma bronca e ajustou a postura, deixando a surpresa de lado e encarou o homem de cima.
–Você não tem direito de falar comigo dessa forma. —Disse o mais ríspido e autoritário que pôde.
O homem devolveu o olhar fazendo Kyle erguer uma sobrancelha, geralmente qualquer um recuaria, mesmo que contra vontade.
–A partir do momento que você beija a minha filha, eu falo como quiser. —E Kyle se viu completamente desarmado com aquela revelação.
–Agora lembra que tem uma filha? —Char chamou e Christopher murchou.
–Eu nunca esqueci.
–Não foi o que pareceu!
–Eu conheço essa voz irritante. —Disse uma nova voz, vinda do corredor, que a desarmou.
O rapaz surgiu atrás de Christopher, os olhos quentes e observadores de sempre.
–Céus! —Char riu verdadeiramente, sentindo alívio pela primeira vez em dias.
Charlotte viu um grande sorriso surgir nos lábios do rapaz e ele passar a mão na nuca, bagunçando o cabelo.
–Parece que viu um fantasma. —Zombou e ela riu audivelmente.
Char não saberia quem ficou mais surpreso com sua reação, mas ela simplesmente atravessou os poucos passos, se esquivando do pai e se atirando nos braços dele, que sorriu, apesar da surpresa e a abraçou.
–Eu achei que você estava morto. —Falou se afastando e lhe dando um soco no ombro, o fazendo xingar baixo e massagear rapidamente o local da porrada. —SEU CRETINO! —Ele deu de ombros, um sorriso entretido brincando em sua boca.
–Sou difícil de matar. —Ela rolou os olhos. —Por que? Sentiu minha falta, Char?
–Se não parar de se achar, vamos fazer eu estar certa quanto sua morte. —Ele bufou.
–Seu drama realmente não tem limites, não é?
–Você sabe como é. —Foi a vez dele de rolar os olhos castanhos, que pareciam mais escuros que o normal.
–Sabe Chapeuzinho, tenho certeza que chorou por minha ausência.
–Na verdade eu tava muito feliz. —Zombou. —Só o que me fez falta foi uma boa música.
Alfred gargalhou e ela sorriu, por um momento esquecendo do pai e de Kyle e de como diabos Alfred aparecera junto com Christopher. Eram tantas questões, mas a simples e repentina aparição de Alfred fez tudo parar por um momento, até ela se dar conta disso.
–Como diabos você se salvou? —Questionou e viu o sorriso dele sumir. —E mais, o que merda tá fazendo aqui? E com ele. —Apontou para Christopher.
Alfred suspirou, sabia que era inevitável fugir da verdade, tanto pra ele, quanto para Christopher. Talvez Char perdoasse um dia, tanto ele quanto Christopher.
–É melhor se sentar, temos muito a conversar, Chapeuzinho.
Uma sensação estranha lhe percorrer, não somente por ele a chamar tão intimamente ou porque os olhos castanhos percorriam seu corpo, mas ele estava vivo, assim como seu pai. A verdade é que ela tinha medo de saber tudo, porque no fim, tudo parecia trazer ao Vale Vermelho.


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Notas finais do capítulo

E ai? Curtiram?
Deixem seus comentários.
E o que acharam da aparição do Christopher? E melhor ainda, POR QUE NOSSO QUERIDO ALFRED APARECEU COM O PAI DA CHAR?
Beijos e até o próximo capítulo.



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