Peguei um taxi praticamente em frente à minha casa, disse o endereço ao motorista e permaneci o trajeto calada, apenas observando o movimento das belas ruas de Miami.

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Paguei o motorista, lhe dando uma gorjeta e saí do carro. Parei em frente ao grande prédio empresarial. Suspirei, estava insegura, quase desistindo, talvez não fosse o melhor a fazer. Suspirei novamente, agora decidida. Iria fazer isso sim, teria o fim que tivesse. Ergui a cabeça, estufei o peito, respirei fundo e comecei a andar até o prédio, com o mesmo andar que eu tinha antes desse casamento, há dois anos.

Fui caminhando pelos longos corredores, sentia os olhares tantos masculinos quando femininos que eram direcionados a mim enquanto passava, sorri mais confiante, até agora, tudo certo. Cheguei a frente ao elevador, apertando o botão, e logo depois o esperei chegar.

Fiquei cantarolando para o tempo passar rápido, enfim o elevador chegou. Entrei no mesmo e apertei o décimo sexto andar.

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Saí do elevador, já me encontrava no andar o qual solicitei que o elevador se direcionasse. Fui passando pelos empregados da empresa, e logo avistei a mesa da secretária, ela tentou me impedir.

- A senhora tem hora marcada? O Sr. Uchiha sabe que a senhora viria? Precisa de autorização prévia para entrar na sala dele. – Perguntou enquanto andava do meu lado, nervosa.

- Não preciso de hora, nem da autorização de ninguém. Sou esposa dele e metade dessa empresa é minha, por tanto, volte a fazer o que estava fazendo, para não perder seu emprego. – Disse talvez um pouco ríspida demais. Quando disse a palavra esposa, ela pareceu ficar mais nervosa, mas assim que acabei a frase, ela parou de me acompanhar.

Entrei na sala sem ao menos bater. E a cena que eu vi não me chocou, mas assim que um nó na minha garganta se formou, meus olhos queimaram de ódio. Somente ódio. Sasuke estava com sua prima, Tayuya se amassando em cima da mesa. Ela já estava com a blusa meio aberta e a roupa e o cabelo bagunçado. Pareciam não ter notado minha presença, pois ainda continuam o que estavam fazendo.

- Que irresponsáveis, nem ao menos trancam a porta. Tsc Tsc. – Disse em tom de reprovação.

Logo os olhares foram direcionados para mim, terrivelmente assustados.

- Sakura... Eu posso explicar... – Ele disse se afastando dela, e passando a mão nos cabelos, nervoso.

- Se for explicar sobre agora, aproveitarei e pedirei uma explicativa sobre todos os dias, desde que o juiz disse “marido e mulher”, isso é sinal que perderíamos muito tempo, e não estou afim disso, tenho coisas melhores a fazer. – Disse indo até um pequeno sofá de couro branco que tinha na parte lateral da sala, e joguei minha bolsa, voltando o olhar para eles. – E além do mais, preciso falar com você em particular, em outras palavras, fora daqui Tayuya. – Disse com o tom sério, sem dar de ele argumentar, pois logo ouvi a porta sendo fechada e a presença da ruiva já não estava na sala. Ele permanecia com a expressão confusa. - Bom, antes que pergunte vou lhe dizer. – Suspirei, cruzando os braços, encarando-o. – Quero começar a administrar a empresa com a parte. Com minha parte.

- O que? Que história é essa? – Perguntou soltando uma risada cínica.

- Não é história, é realidade, não se lembra querido? – Me aproximei dele, colando meu corpo ao dele.

Fiquei roçando uma perna minha na dele, enquanto passava a mão pelos ombros do mesmo e paravam em volta de seu pescoço. Fui aproximando meus lábios do ouvido dele e disse com uma voz sexy e provocativa.

- Vou refrescar sua memória. – Disse e logo depois dei uma pequena mordida no lóbulo dele. – Quando nos casamos no cartório, ambas as famílias fizeram um acordo. Que cada um de nós tinha metade das ações da empresa filial de Miami, e as duas juntas, completavam a empresa totalmente. Eu disse que ainda não tinha interesse em administrar minha parte. O juiz disse que você poderia tomar conta, mas a qualquer momento que eu quisesse poderia começar a cuidar da parte que tinha direito. – Passei a língua pelos lábios dele, dando uma leve mordida no lábio inferior dele. – Esse dia chegou querido. – A expressão dele havia voltado à fria de sempre. Ele segurou minha cintura e levantou-me o que fez que eu rodeasse a cintura dele com minhas pernas. Ele me sentou em cima da mesa e ficou entre minhas pernas que permaneciam em volta dele.

- O que aconteceu com aquela mulher tola e ingênua que eu deixei em casa quando saí pela manhã? – Ele perguntou debochado jogando-me na cara o que achava. E era isso o que eu realmente era. Era.

- Aquela? Foi internada no hospício, ela estava louca naquela casa. Enquanto o idiota do marido dela ficava se esfregando com uma puta. Oh não puta não, desculpa. Uma puta Uchiha. – Disse no mesmo tom que ele usou anteriormente.

- Entendo. E você é... – Disse enquanto passava a mão pelas minhas coxas desnudas, já que o vestido havia praticamente se levantado todo.

- Uchiha Sakura. E não, não sou mais uma puta da família. Sou sua nova esposa e dona de metade dessa empresa. – Sorri debochada. – Bom Sr. Uchiha, deixe-me ir, tenho que começar a trabalhar, essa empresa não se desempenhará sozinha. – Fui empurrando-o para trás delicadamente pelos ombros e desci da mesa, abaixando e endireitando meu vestido e meu cabelo, indo até o sofá, e pegando minha bolsa. Antes de sair pela porta, vire-me encarando-o. – Nós vemos por aí... – Dei uma piscada, levei a mão na boca, e logo depois assoprei em forma de beijo para ele.

Saí da sala sorrindo orgulhosa. Havia saído melhor do que meus planos.

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Entrei em uma sala com belos móveis. Era perfeita, só faltava alguns detalhes de decoração. Hoje mesmo iria comprar alguns objetos que me agradassem para decorar. Sentei-me na confortável cadeira, me acomodando. Fiquei um tempo ali, sentada, observando o local. Teria que me acostumar mesmo com ali. Girei-me junto com a cadeira em direção à janela que ficava atrás de minha mesa, era linda a vista. Seria fácil se acostumar.

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Sasuke POV’S

Assim que ela saiu, passei a mão pelo cabelo, bagunçando-os. Era estranho ver ela assim, estava diferente mudada. E gostosa. Não que antes ela não fosse, mas não era tão sensual. Mas agora vinha um pacote completo. Gostosa e sensual. Duas combinações que me fazem delirar.

Voltei a ficar sério. Ela aqui na empresa? Isso ia me dar problemas. Ela nunca administrou uma, pode levar a falência. Mas se ela fizer isso, coitada dela... Nem quero pensar o que vai acontecer com ela. Não que eu vá fazer alguma coisa... Demais. Mas o pai dela... Tsc tsc. Não vai gostar nada, nada disso.